Off Topic- Sic Noticias Soares dos Santos
Já cá faltava este (o especialista em combustiveis).
Fernando Gomes: "Sócrates nunca disse que não governaria com o FMI."
"Ele nunca disse que não governaria com o FMI o que disse é que nunca pediria ajuda a menos que fosse obrigado", disse o administrador da Galp à entrada do congresso do partidos socialista.
Fernando Gomes acrescentou ainda que não espera nada de particularmente relevante no congresso deste fim-de-semana uma vez que há um largo consenso à volta do líder.
Gomes acredita ainda que é possível um acordo com o PSD referindo que o mesmo já foi validado pelo primeiro-ministro na recente entrevista à RTP “O que ele não disse é se estaria disponível para uma coligação de incidência governativa ou acordos na assembleia.”
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=478575
"Ele nunca disse que não governaria com o FMI o que disse é que nunca pediria ajuda a menos que fosse obrigado", disse o administrador da Galp à entrada do congresso do partidos socialista.
Fernando Gomes acrescentou ainda que não espera nada de particularmente relevante no congresso deste fim-de-semana uma vez que há um largo consenso à volta do líder.
Gomes acredita ainda que é possível um acordo com o PSD referindo que o mesmo já foi validado pelo primeiro-ministro na recente entrevista à RTP “O que ele não disse é se estaria disponível para uma coligação de incidência governativa ou acordos na assembleia.”
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=478575
“Buy high, sell higher...”.
MarcoAntonio Escreveu:migluso Escreveu:Qual é um dos grandes partidos europeus onde Portugal não tem representação?!?
Não temos ninguém no terceiro maior que é o ALDE - Grupo da Aliança Democrática e Liberais pela Europa.
Também não temos ninguém nos Greens, no ECR e no EFD.
E não temos independentes.
ALDE que, apesar de ter perdido alguns lugares em 2009(muito por culpa da Itália), tinha em 2004 praticamente tantos lugares como o 4º e o 5º juntos. É a terceira força política bem destacada das outras que se lhe seguem.
Os países nórdicos, Holanda e Alemanha todos elegem deputados para esse grupo. Os tais países que são o exemplo a seguir...
"In a losing game such as trading, we shall start against the majority and assume we are wrong until proven correct!" - Phantom of the Pits
MarcoAntonio Escreveu:E não temos independentes.
Independentes para um tachão de eurodeputado ? Aparecem na AR e já é um favor.

Estes número são realmente tristes... (e já agora, obrigado pelo apanhado Marco !)
P.S. Agora fora de gozo, o BE tinha um independente, mas não sei se ainda lá está e como é que é contabilizado.
http://www.esquerda.net/artigo/rui-tava ... -de-bolsas
No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
migluso Escreveu:Qual é um dos grandes partidos europeus onde Portugal não tem representação?!?
Não temos ninguém no terceiro maior que é o ALDE - Grupo da Aliança Democrática e Liberais pela Europa.
Também não temos ninguém nos Greens, no ECR e no EFD.
E não temos independentes.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
MarcoAntonio Escreveu:
Democracia não tem de ser isto. Isto até é uma Democracia em muito pequena escala, tem muito pouco de Democrático porque o povo efectivamente não manda quase nada, está sujeito a uma série de contingências e o seu "poder" é o de escolher entre meia duzia de propostas que se limitam quase o mesmo de eleição em eleição e as barreiras à regeneração são imensas. E no resto do tempo o povo come o que lhe metem no prato e acabou. Portanto, muito pouco de Democracia!
Qual é o tabu?
Viva, não é nenhum tabu, é um facto.
Para mim é ainda pior eu penso que, hoje em dia, a nossa Democracia é pior do que uma ditadura porque é legitimada pelo voto do povo (enganado e iludido).
Sim, iludido, porque em última instância em caso algum a culpa pode ser do povo quando decidiu o voto em função de promessas que, pelos vistos hoje em dia, não têm qualquer responsabilidade vinculativa.
Este sistema Político-mediático, em que o único objesctivo é a manutenção do poder, está baseado na maior fraqueza da natureza Humana : a ilusão.
Infelizmente as pessoas adoram iludir-se, mesmo os mais esclarecidos.
Os políticos cavalgam as ambições das pessoas , e por isso mesmo são o espelho das mesmas.
Abraços
“A única diferença entre mim e um louco é que eu não sou louco.”
Salvador Dali
Salvador Dali
bolo Escreveu:Marco, que horror! O que tu foste levantar: uma ideia de pouca democracia é mesmo uma visão desconcertante, humilhante e que nos veste a nós cidadãos com uma infelicidade digna de quem não se sabe abotoar. Não estou a dizer que não faz sentido, estou a dizer que é horrível admiti-la. Nós que pensávamos que 25 Abril tinha algo de piloto-automático, uma tatuagem de ferro quente com a insignia liberdade.
É horrível de admitir sim...
Mas aqui fica mais um dado: de seguida apresento para todo o parlamento europeu o número de sensibilidades políticas representadas por cada país nos seus eurodeputados (medido pela afiliação do respectivo partido nacional a nível europeu).
Belgica - 6*
Bulgária - 4*
R. Checa - 4
Dinamarca - 6
Alemanha - 5
Estonia - 4
Irlanda - 4
Grécia - 5
Espanha - 6*
França - 7*
Itália - 4
Chipre - 3
Letónia - 6
Lituânia - 5
Luxemb. - 4
Hungria - 4*
Malta - 2
Holanda - 8*
Austria - 4*
Polónia - 3
Portugal - 3 <<<<< (!)
Roménia - 4*
Eslovénia - 3
Eslováquia - 4
Finlândia - 5
Suécia - 5
R. Unido - 7*
A concentração política dos nossos 22 eurodeputados portugueses praticamente não tem paralelo.
No outro extremo está a Holanda: os seus 25 eurodeputados distribuem-se por 7 partidos europeus e ainda têm independentes. Está presente em todas as bancadas!
Nota 1: Os * significam que têm deputados que não estão inseridos em nenhum partido europeu.
Nota 2: Malta elege apenas 5 deputados, Chipre 6 e Eslovénia 7.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
MarcoAntonio Escreveu:Isto até é uma Democracia em muito pequena escala, tem muito pouco de Democrático porque o povo efectivamente não manda quase nada, está sujeito a uma série de contingências e o seu "poder" é o de escolher entre meia duzia de propostas que se limitam quase o mesmo de eleição em eleição e as barreiras à regeneração são imensas. E no resto do tempo o povo come o que lhe metem no prato e acabou. Portanto, muito pouco de Democracia!
Marco, que horror! O que tu foste levantar: uma ideia de pouca democracia é mesmo uma visão desconcertante, humilhante e que nos veste a nós cidadãos com uma infelicidade digna de quem não se sabe abotoar. Não estou a dizer que não faz sentido, estou a dizer que é horrível admiti-la. Nós que pensávamos que 25 Abril tinha algo de piloto-automático, uma tatuagem de ferro quente com a insignia liberdade.
Afinal, era preciso organizarmo-nos melhor do que simplesmente legalizar a resistência. Meus Deus, ser livre não é afinal o fim da linha! Há mais a fazer.
Marco, de caduco até cair ainda vai pelo menos o dobro do tempo! Portanto, vaticino mais 37 anos do mesmo.
Estratégia: se vos assustar pode ser que vocês se mexam! Vocês, porque eu sinceramente não tenho jeito!
Acabei de me auto-promover a Principiante!
Aaahhgrrr,... os meus dedos não estalam!!!
TAMBÉM QUERO SER RICO! Por onde começo? Estou disposto a deixar de trabalhar!
Aaahhgrrr,... os meus dedos não estalam!!!
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Editado pela última vez por bolo em 8/4/2011 18:15, num total de 1 vez.
Acabei de me auto-promover a Principiante!
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rg7803 Escreveu:Queres ver que ainda vais dar razão ao VARUS...?
Que o Salazar é sobre-dotado e anda por aí reencarnado em alguém?
Não!

Mais a sério, o meu discurso tem muito pouco que ver com o do Varus: o exercício dele é o de olhar obcecadamente para há 50 anos atrás e falar daquilo o tempo todo enquanto se fazem odes ao antigo regime, pintando-o de cor-de-rosa.
O meu é o de olhar para o Futuro...
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
MarcoAntonio Escreveu:artista Escreveu:Concordo inteiramente Marco mas o problema é mesmo o que referes, eles pensam mais na estratégia política do que nos país, a forma como criaram esta crise política é apenas a última prova disso... talvez a mais cara que alguma vez os contribuintes tiveram de pagar!
Eu ainda acredito que isto um dia mudará com alguém que demonstrará que a seriedade e a honestidade são possíveis em política, terá de vir alguém e dar esse exemplo para os seguintes. Tenho é muitas dúvidas de que o político que venha a fazer isso esteja neste momento em posição para o fazer, ou seja, tenho muita dúvida que seja o PPC a dar esse exemplo... o Sócrates obviamente nunca o dará!
Sobre o Sócrates e o PPC não tenho também quaisquer ilusões...
Que coisa tão parecida: são ambos, o produto acabado de um modelo politico-partidário no auge da sua cristalização.
O que falta a um em desgaste, tem-no em falta de experiência mas é essa só a diferença entre os dois.
Preocupadíssimos com a imagem, todos engravatados, de discursos sinuosos, contraditórios no tempo, vazios, ilusórios, de culpabilização permanemente do outro e de auto-desresponsabilização dos seus próprios actos enquanto dizem hipocritamente que tudo fazem para bem do país enquanto bajulam o eleitor ("os portuguese sabem isto e aquilo") e repetem o nome do partido 50 vezes que é para ver se fica martelado nos nossos cérebros.
Isto só convence dois tipos de pessoas:
A) as que vestem camisolas e com uma camisola vestida, o raciocinio e a objectividade sai toldada;
B) as que enfim, a massa cinzenta não dá para mais e deixam-se enganar com a mesma facilidade que se enterram num qualquer conto do vigário que lhes bata à porta.
(eu disse convencidas, há pessoas que votam como quem passa um cheque em branco e não estão realmente convencidas, não fazem parte nem do grupo A nem B mas lá voltarei)
Lamento se estou a ser ofensivo para alugém mas, frontalmente, é o que eu acho e no que diz respeito à nossa vivência em sociedade e governação... é o problema essencial.
Que fique também muito bem claro que eu sou totalmente a favor das diferenças de opinião e cada um deve fazer a sua avaliação.
Agora, entendo é que as pessoas não devem limitar-se a escolher um partido em função da cor da bandeira e é aquilo para todo o sempre ou simplesmente dizerem algo do tipo "bem, vou escolher o menos mau porque têm de ser assim, tem de ser um destes"!
Há terra para lá do horizonte, portanto, alarguem-se os horizontes....
Queres ver que ainda vais dar razão ao VARUS...?

“Buy high, sell higher...”.
Que simpáticos, obrigado pelo empurrão, agradeço a encomenda...
A minha intenção é como disse que as pessoas pensem e reflictam sobre isto. E que em consequência, que se faça pressão para uma regeneração, regeneração que é óbvio que não partirá de dentro, dos partidos confortavelmente sentados no poder de quem o povo notoriamente se afasta cada vez mais!
Sobre propostas em concreto, eu dei um exemplo mostrando o que se pode fazer e em que direcções se pode ir a título de exemplo, tentando demonstrar essencialmente que não temos de ficar agarrados ao que temos, tacanhamente, como se não existisse mais nada.
Mas tenho a consciência que uma coisa destas tem de ser pensada e pensada por muitas pessoas e sensibilidades, não vai ser uma pessoa que isoladamente vai dizer "vai ser assim". Tem de ser maturado e maturado por grupos de trabalho, por pessoas com experiência em várias áreas sociais, políticas, etc.
Quanto à mudança...
Nos últimos 120 anos mudamos de regime de poucas em poucas décadas, já tivemos uma meia dúzia. O último vai com 37 anos e já está suficientemente caduco na minha opinião. Porque é que havemos de parar por aqui, por acaso estamos a viver com alguma pérola de modelo para não mudar nada?!?
Democracia não tem de ser isto. Isto até é uma Democracia em muito pequena escala, tem muito pouco de Democrático porque o povo efectivamente não manda quase nada, está sujeito a uma série de contingências e o seu "poder" é o de escolher entre meia duzia de propostas que se limitam quase o mesmo de eleição em eleição e as barreiras à regeneração são imensas. E no resto do tempo o povo come o que lhe metem no prato e acabou. Portanto, muito pouco de Democracia!
Por isso, o meu objectivo é que as pessoas olhem para os lados e para a frente em vez de considerarem apenas o sitio onde estamos, como se não pudessemos sair daqui!
Como disse, alargue-se os horizontes, evolua-se, desenvolva-se, actualize-se o sistema.
Qual é o tabu?

A minha intenção é como disse que as pessoas pensem e reflictam sobre isto. E que em consequência, que se faça pressão para uma regeneração, regeneração que é óbvio que não partirá de dentro, dos partidos confortavelmente sentados no poder de quem o povo notoriamente se afasta cada vez mais!
Sobre propostas em concreto, eu dei um exemplo mostrando o que se pode fazer e em que direcções se pode ir a título de exemplo, tentando demonstrar essencialmente que não temos de ficar agarrados ao que temos, tacanhamente, como se não existisse mais nada.
Mas tenho a consciência que uma coisa destas tem de ser pensada e pensada por muitas pessoas e sensibilidades, não vai ser uma pessoa que isoladamente vai dizer "vai ser assim". Tem de ser maturado e maturado por grupos de trabalho, por pessoas com experiência em várias áreas sociais, políticas, etc.
Quanto à mudança...
Nos últimos 120 anos mudamos de regime de poucas em poucas décadas, já tivemos uma meia dúzia. O último vai com 37 anos e já está suficientemente caduco na minha opinião. Porque é que havemos de parar por aqui, por acaso estamos a viver com alguma pérola de modelo para não mudar nada?!?
Democracia não tem de ser isto. Isto até é uma Democracia em muito pequena escala, tem muito pouco de Democrático porque o povo efectivamente não manda quase nada, está sujeito a uma série de contingências e o seu "poder" é o de escolher entre meia duzia de propostas que se limitam quase o mesmo de eleição em eleição e as barreiras à regeneração são imensas. E no resto do tempo o povo come o que lhe metem no prato e acabou. Portanto, muito pouco de Democracia!
Por isso, o meu objectivo é que as pessoas olhem para os lados e para a frente em vez de considerarem apenas o sitio onde estamos, como se não pudessemos sair daqui!
Como disse, alargue-se os horizontes, evolua-se, desenvolva-se, actualize-se o sistema.
Qual é o tabu?
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
AutoMech Escreveu:Mas concretizando, o que é que tu individualmente, no teu caso pessoal, pensas que deves fazer ?
O que faço? Pelo país?
Pago os meus impostos e passei a votar em branco. Não faço muito mais.
desculpa.
Acabei de me auto-promover a Principiante!
Aaahhgrrr,... os meus dedos não estalam!!!
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Tridion Escreveu:Excelente reflexão MarcoAntonio, mesmo muito interessante e que nos faz pensar.![]()
Será que não seria possível aprofundares mais a ideia e depois publicá-la no Jornal de Negócios?
Isso seria um artigo de elevada qualidade...fica aqui a ideia.
Assim também jogo. Marco, avança!
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AutoMech Escreveu:bolo Escreveu:Os cidadãos podem organizar-se na defesa de novas forma de organização política, como dizes, mas precisarão de legitimidade democrática se quiserem aspirar a governar ou até mesmo subsistirem como tal, e não vejo essa ponte, uma vez que a população não sabe que pode fazer essa ponte, uma ponte para um sítio diferente. A população sabe quando está desconfortável, mas pouco mais.
Bolo, na tua opinião como é que se deve/pode fazer essa ponte ?
A representação que dou a esta figura de "ponte" é a exactamente a capacidade efectiva que temos para construir passagens para outros sítios onde queremos estar. Só quando não sabemos ou não desejamos é que não as construímos.
Em matéria de pontes para outras formas de organização política, quem podia puxar a si o ferro e o betão seriam os políticos. Contudo, eles não estão efectivamente focalizados nisso nem seguramente interessados (porque, apesar do nosso descontentamento, a vida sorri-lhes, na mesma). A função deles é olhar para o umbigo do seu partido e não para o corpo do país. O que eles dizem é que o umbigo do seu partido é o umbigo do país e que se ganharem depois se abrem aos outros partidos e a toda a população. É tão lindo que já estou emocionado! Aliás ando emocionado desde que ouvi o Nuno Melo dizer ao Paulo Portas em pleno congresso do CDS que ele seria o melhor primeiro-ministro que Portugal podia ter. Desde esse momento juntei-me a eles a chorar. É tão bom, quando temos essa capacidade única de salvar milhões de pessoas. Não chorava assim desde os Defenders of the Earth.
Afinar o sistema político, é uma cruzada para a qual ninguém está preparado. Podemos desejar isso, mas o que é facto é que "ninguém" está preparado. Não há agenda de reflexão nem compromisso para essa matéria: a agenda é: impostos, diplomas ao domingo, orientação sexual, sá carneiro, merkl, e um pouco de futebol (sabem do que falo. Para quem não sabe, futebol é um jogo, derivado de uma brincadeira, normalmente praticado em relva, com uma bola, que é preciso meter num cesto grande que está deitado num dos topos da área relvada. Há dois cestos destes, um para cada equipa de pessoas que são contratadas para fazer esta tarefa e tem bastante importância na vida das pessoas, sobretudo para aquelas que não jogam).
Como se poderia fazer essa ponto em termos de passagem para outras regras no sistema político?
Vontade política ou vontade popular.
Onde apostas o teu optimismo. Se precisares estou aqui para te estorvar!
Editado pela última vez por bolo em 8/4/2011 11:10, num total de 1 vez.
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bolo Escreveu:Os cidadãos podem organizar-se na defesa de novas forma de organização política, como dizes, mas precisarão de legitimidade democrática se quiserem aspirar a governar ou até mesmo subsistirem como tal, e não vejo essa ponte, uma vez que a população não sabe que pode fazer essa ponte, uma ponte para um sítio diferente. A população sabe quando está desconfortável, mas pouco mais.
Bolo, na tua opinião como é que se deve pode essa ponte ?
bolo Escreveu:[humor]: Não sei o que me deu hoje, estou com visões tão estranhas. Deve ser destes políticos miseráveis! Eu é que devia lá estar!
Sim, é verdade. Andas muito reaccionário estes últimos dias

No man is rich enough to buy back his past - Oscar Wilde
migluso Escreveu:Aqui sou mais optimista do que tu. Acredito que a mudança possa ser implementada do exterior e de forma pacífica.
Os cidadãos que se organizem em torno deste domínio, que cheguem a um consenso alargado e depois, nem que seja pela via do referendo, vote-se uma alteração de regime.
Deus te ouça!
Estou pronto para esse optimismo, mas não lhe vejo suportes.
O actual sistema, como qualquer outro, tem regras, e elas não prevêem a reflexão para evolução dessas regras. Os partidos fecham-se em si, protegem os seus secretários gerais. As bases e mais de 50% da população eleitora põe-se novamente na fila para descargar o seu voto e reafirmar o PSD, PS, CDS, PSP, BE como as suas escolhas.
Recentemente apareceram partidos novos que experimentaram ares diferentes e nem expressão ganharam, esfumaram-se!
Os cidadãos podem organizar-se na defesa de novas forma de organização política, como dizes, mas precisarão de legitimidade democrática se quiserem aspirar a governar ou até mesmo subsistirem como tal, e não vejo essa ponte, uma vez que a população não sabe que pode fazer essa ponte, uma ponte para um sítio diferente. A população sabe quando está desconfortável, mas pouco mais.
Quem tem a faca e o queijo na mão, os políticos executivos, os partidos com assento na assembleia da república, que é um orgão de poder, não pensam como tu nem eu, não pensam "ora deixa cá ver como é que Portugal se governaria bem, onde é que isto está a falhar". Não, eles pensam "pois claro, isto falhou por causa do primeiro-ministro, e por causa de nós não estarmos no governo". Já o governo diz "como é possível que a oposição não nos deixe governar o país como nós sabíamos (daquela maneira correcta que só nós sabíamos?!!" mais ou menos, deste género). Não vejo forma de sair daqui de forma organizada!
As pessoas reclamam do sócrates, que é uma pessoa a quem podem apontar o dedo e isso é um maná para a maior parte de nós, encaixando na nossa necessidade de vitimização. Apontar o dedo é um dos maiores festins que a vida em grupo permite e que encaixa na maior parte das percepções sobre as coisas da maior parte das pessoaas. Apontar o dedo em vez de perceber o porquê das pessoas errarem e onde pode estar alguma solução.
Vamos acusar sócrates, todos o fazemos, famos acusar Cavaco, Guterres e Durão e vamos esperar que D. Sebastião, desculpem, Passos Coelho que já disse que iria fazer uma governação perfeitamente divina como nunca ninguém viu, desculpem, apenas que nunca ninguém viu, e depois malhar também nele, lá para 2013, 2014. Para 2020 prevejo já que malhemos noutro gajo mais novo que entretanto reuna boas condições para governar, desculpem, que floresça nas jotas do PS ou do PSD, ou que tenha feito carreira num destes partidos.
[humor]: Não sei o que me deu hoje, estou com visões tão estranhas. Deve ser destes políticos miseráveis! Eu é que devia lá estar!
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Aaahhgrrr,... os meus dedos não estalam!!!
TAMBÉM QUERO SER RICO! Por onde começo? Estou disposto a deixar de trabalhar!
Aaahhgrrr,... os meus dedos não estalam!!!
TAMBÉM QUERO SER RICO! Por onde começo? Estou disposto a deixar de trabalhar!
bolo Escreveu:Outro problema, para se alcançar essa evolução em eficiência de um sistema político é que a alternativa à questão que apontei em cima, da regeneração vinda de dentro que não se faz, é que a regeneração a acontecer de fora tem que ser feita pela força, e com a força, em momentos de tensão, tudo pode acontecer e não é certo que o resultado seja uma evolução positiva.
Aqui sou mais optimista do que tu. Acredito que a mudança possa ser implementada do exterior e de forma pacífica.
Os cidadãos que se organizem em torno deste domínio, que cheguem a um consenso alargado e depois, nem que seja pela via do referendo, vote-se uma alteração de regime.
"In a losing game such as trading, we shall start against the majority and assume we are wrong until proven correct!" - Phantom of the Pits
migluso Escreveu:
Os cidadãos estão descontentes com o sistema e é inevitável que ele se vai transformar, com mais ou menos rapidez. Pode ser uma evolução gradual ao longo de 2 ou 3 décadas, como pode ser com um acto revolucionário alimentado por uma qualquer grave crise.
Dado que as nossas elites políticas (das democracias ocidentais) estão adormecidas, que seja o povo a exigir, e pela via pacífica implementar, um aprofundamento democrático.
Basicamente este é o ponto que considero mais crítico na questão da situação do país.
Contudo, o maior entrave a podermos sair para uma situação nova, dentro do que falamos, de uma organização política/cívica mais eficiente é o sistema não prever isso mesmo. O nosso sistema tal como está, tende a proteger-se a si próprio, e não auto-avaliar-se (desculpem, mas para mim, que sou vingativo, o acordo ortográfico passou a significar um vale-tudo sempre que me dá jeito (e é com estas atitudes que queremos um país melhor....!!!)).
Os partidos tal como são, mesmo sendo "partidos", puxam a si a perspectiva correcta das coisas. Os governantes defendem a sua ideologia pragmática e ninguém reconhece qualquer erro quando está no poder! Isso é impossível! O contrário é obrigatório para garantir o apoio da população. Ninguém, no povo, apoia um gajo que reconhece um erro. Um gajo que erra é como um gajo que chora: é um fraco. As pessoas querem e votam para elegerem uma pessoa que seja perfeita. Depois é claro, a máscara cai em meses ou ao fim de um ano ou dois (a não ser que haja dinheiro a rodos)e depois o namoro acaba-se normalmente com toda a gente a apelidar o tipo com todos os adjectivos desumanos possíveis.
Outro problema, para se alcançar essa evolução em eficiência de um sistema político é que a alternativa à questão que apontei em cima, da regeneração vinda de dentro que não se faz, é que a regeneração a acontecer de fora tem que ser feita pela força, e com a força, em momentos de tensão, tudo pode acontecer e não é certo que o resultado seja uma evolução positiva.
É o que temos!
Mas se este sistema nos encher a paciência, iremos mesmo, sem certeza de nada, provocar uma rotura pela força. Tudo seria mais fácil se admitíssemos o erro e se prevíssemos o espaço para implementar a aprendizagem subsequente.
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bolo Escreveu:sim temos que entender tanto que tu já o fizeste. por isso defendes a mudança.
basicamente o que queria dizer é que não nos devemos espantar com o facto de os partidos se comportarem da maneira que se comportam, pois eles tentam sobreviver o melhor que podem, dentro do actual sistema político.
devemos sim espantar-nos por não percebermos que temos que mudar de sistema.
Bom post bolo.
Marco, óptimo raciocínio.
É neste domínio que a "geração à rasca" se deve unir, que o país deve debater - o domínio do próprio sistema político.
Penso que deste um óptimo contributo com a proposta de metade da assembleia ser composta por independentes e penso que, tendo em conta a época que vivemos ao nível das tecnologias de informação, tal proposta é absolutamente exequível.
Este é um problema que abrange praticamente todas as democracias ocidentais. Os cidadãos estão descontentes com o sistema e é inevitável que ele se vai transformar, com mais ou menos rapidez. Pode ser uma evolução gradual ao longo de 2 ou 3 décadas, como pode ser com um acto revolucionário alimentado por uma qualquer grave crise.
O maior perigo é voltarmos a sistemas políticos da extrema direita ou extrema esquerda, como aconteceu na primeira metade do século passado.
Os políticos deviam conhecer a história e saber os perigos que espreitam a humanidade quando as populações estão descontentes com os seus representantes.
Dado que as nossas elites políticas (das democracias ocidentais) estão adormecidas, que seja o povo a exigir, e pela via pacífica implementar, um aprofundamento democrático.
O pioneirismo da empreitada dos descobrimentos fez de Portugal uma potência mundial.
O pioneirismo da empreitada do aprofundamento democrático poderá fazer de Portugal uma potência de desenvolvimento humano e bem-estar.
EDIT - Haja liberdade, ser pioneiro é fonte de desenvolvimento.
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MarcoAntonio Escreveu:
Estou é a dizer que não tenho que entender coisa nenhuma mas partir para outra, estudar como é que se pode implementar isto de forma mais eficiente. E as alternativas podem ser muuito diferentes do modelo actual...
sim temos que entender tanto que tu já o fizeste. por isso defendes a mudança.
basicamente o que queria dizer é que não nos devemos espantar com o facto de os partidos se comportarem da maneira que se comportam, pois eles tentam sobreviver o melhor que podem, dentro do actual sistema político.
devemos sim espantar-nos por não percebermos que temos que mudar de sistema. É como tu dizes, vivemos como se o actual sistema fosse a derradeira forma de organização política/cívica que existe e vivemos encurralados entre duas percepções: por um lado maravilhados convencidos que atingimos essa derradeira forma de organização política e por isso nem equacionamos se a devemos alterar ou não e por outro lado frustrados por ela não ser melhor do que aquilo que vemos.
dizemos, que só queríamos mais um bocadinho: um bocadinho disto, daquilo. e pomos o ónus desse bocadinho apenas na mãos da integridade e capacidade dos políticos (mais no primeiro-ministro) como se eles pudessem ser super-homens e quase nada na forma e nas ferramentas que devem estar ao seus dispor para desempenharem o seu trabalho.
muita reflexão há a fazer neste campo. - "deve existir curso para primeiro ministro?" se calhar respondemos que isso é uma anedota. -"não!"
- "devemos esperar que o primeiro ministro depois de eleito diga qualquer coisa como: ora bem, eu cá acho que isto é assim!"? se calhar nem ideia temos sobre isto!
há várias questões interessantes cada uma mais engraçada do que a outra!
Para não troçarem da minha ingenuidade nesta matéria, digo que vou pedir mais uma caneca!
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MarcoAntonio Escreveu:Ruizzz, mas porque havemos de ficar pelas pessoas mediáticas?
Algumas delas não passam de bons comunicadores. Outros têm carisma. Etc. Na generalidade a virtude é mediática, um individuo até pode ter dificuldade num debate televisivo e depois chegava à AR e fazia um trabalho bestial!
O problema é o modelo. Tu insistes no modelo mas querias outras pessoas lá...
Ora, o sistema tendeu para estas pessoas porque é para onde ele converge precisamente. Parece-me perfeitamente óbvio que o sistema, estando todo dominado pelos partidos e fechado sobre eles, tenderá a favorecer internamente os individuos que estão lá (para além da carreira individual) a operar pelo partido e para o partido!
MarcoAntonio,
Compreendo a tua posicao que acho altamente coeerente e lógica, mas a meu ver impraticavel por ser algo utopica.
Acho que qualquer modelo de pluralidade tem as suas falhas que poderão ser aproveitadas de uma forma interesseira, tal como acontece hoje a nivel partidário.
A meu ver o sistema democratico que temos é suficiente para resolver as nossas questoes. Acredito que o nosso principal problema politico tem a ver com a forma como se faz politica e não com o sistema em si ou com a competencia (ou falta dela) dos nossos politicos.
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- Registado: 29/11/2007 13:01
Ruizzz, mas porque havemos de ficar pelas pessoas mediáticas?
Algumas delas não passam de bons comunicadores. Outros têm carisma. Etc. Na generalidade a virtude é mediática, um individuo até pode ter dificuldade num debate televisivo e depois chegava à AR e fazia um trabalho bestial!
O problema é o modelo. Tu insistes no modelo mas querias outras pessoas lá...
Ora, o sistema tendeu para estas pessoas porque é para onde ele converge precisamente. Parece-me perfeitamente óbvio que o sistema, estando todo dominado pelos partidos e fechado sobre eles, tenderá a favorecer internamente os individuos que estão lá (para além da carreira individual) a operar pelo partido e para o partido!
Relegando, é claro, o país para segundíssimo plano...
Um partido na oposição, por exemplo, quer que o pais se espatife todo nas vésperas das eleições para poder culpabilizar o adversário político e ganhar votos nas eleições seguintes.
Isto é o modus operandi dentro deste modelo, agora que se cristalizou!
Por exemplo, naquela sugestão que deixo, a outra metade não opera segundo esta dinamica porque não representa um bloco que pode ganhar ou perder votos: os 115 lugares para independentes estão garantidos.
Teriam de actuar pela positiva para atrair o voto. Nada ganhariam em actuar pela negativa porque nada ganham com a perda de voto do partido do Governo ou com a perda de voto do maior partido da oposição!
Nem sequer iam a votos no mesmo boletim...
Haverá outras hipóteses, isto é um exemplo que deixo que alteraria completamente esta dinamica de política destrutiva e de caça ao voto!
Algumas delas não passam de bons comunicadores. Outros têm carisma. Etc. Na generalidade a virtude é mediática, um individuo até pode ter dificuldade num debate televisivo e depois chegava à AR e fazia um trabalho bestial!
O problema é o modelo. Tu insistes no modelo mas querias outras pessoas lá...
Ora, o sistema tendeu para estas pessoas porque é para onde ele converge precisamente. Parece-me perfeitamente óbvio que o sistema, estando todo dominado pelos partidos e fechado sobre eles, tenderá a favorecer internamente os individuos que estão lá (para além da carreira individual) a operar pelo partido e para o partido!
Relegando, é claro, o país para segundíssimo plano...
Um partido na oposição, por exemplo, quer que o pais se espatife todo nas vésperas das eleições para poder culpabilizar o adversário político e ganhar votos nas eleições seguintes.
Isto é o modus operandi dentro deste modelo, agora que se cristalizou!
Por exemplo, naquela sugestão que deixo, a outra metade não opera segundo esta dinamica porque não representa um bloco que pode ganhar ou perder votos: os 115 lugares para independentes estão garantidos.
Teriam de actuar pela positiva para atrair o voto. Nada ganhariam em actuar pela negativa porque nada ganham com a perda de voto do partido do Governo ou com a perda de voto do maior partido da oposição!
Nem sequer iam a votos no mesmo boletim...
Haverá outras hipóteses, isto é um exemplo que deixo que alteraria completamente esta dinamica de política destrutiva e de caça ao voto!
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
Quem está ligado: