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Caldeirão da Bolsa

Winning the loser's game

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Winning the loser's game

por Pata-Hari » 31/8/2015 13:11

Já agora, um outro factor determinante no resultado e sobre o qual ninguém fala, é o impacto da fiscalidade. Ao comprar e manter tens uma carteira que capitaliza pelo seu valor bruto enquanto não a venderes (excepção feita aos dividendos). Quando compras e vendes, estás a capitalizar o investimento por valores significativamente mais pequenos porque a fiscalidade te come parte do bolo a investir. E olha que a diferença se torna enorme ao longo dos anos.
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Re: Winning the loser's game

por Pata-Hari » 31/8/2015 13:08

SMA50, exactamente por ter já muitos anos de experiência (em anos de mercado e em investidores acompanhados), sei que muito dificilmente um investidor "normal" consegue fazer timing de mercado. Não consegue fugir apenas dos dias muito maus, nem estar presente nos dias muito bons apenas. Tende a fugir quando os dias muito maus já aconteceram e a querer entrar quando os dias muito bons já aconteceram.

A realidade é que a maior parte dos investidores profissionais se cola a benchmarks, porque são avaliados pelos desvios face a esses e os não-profissionais são incapazes da disciplina e modéstia que o market timing obriga. Poucos são os investidores que se comprometem com uma regra e a cumprem, que têm a capacidade de mudar de direcção nos trades e que e têm o tempo para implementar um sistema tendencial. A minha experiência é que os investidores que fazem dinheiro são os que sabem à partida que vão ter subidas e descidas nas suas carteira e que, desde que suficientemente diversificadas, tenderão a ganhar dinheiro, mais dinheiro que escolhendo momentos e pagando comissões de compra e de venda a intermediários. A minha experiência diz-me que o mercado paga um prémio de risco e que os investidores "normais" esperam que não haja risco para investir achando que ainda vai haver prémio....

A estatística é um tool fantástico mas sozinha não chega para se ganhar dinheiro.
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Re: Winning the loser's game

por SMA50 » 31/8/2015 13:00

LTCM Escreveu:
Time, not timing

Imagem

Remember, it is time invested in the market -- not market timing


Uma pessoa técnicamente séria, com rigor estatístico e sem bias na análise e interpretação de dados referente ao diferente impacto da falta dos melhores e piores dias de cotação dos ativos (dias com maiores ganhos e dias com maiores perdas) nos retornos acumulados decorrentes do market timing de uma estratégia de gestão ativa versus estratégia de buy&hold, deveria apresentar qualquer coisa do género das duas tabelas seguintes que põe em confronto os retornos do S&P 500 sempre investido com os retornos correspondentes às faltas de alguns dos dias com maiores ganhos (melhores dias) e dos mesmos nºs de dias com as maiores perdas (piores dias):

capture1.jpg
capture1.jpg (65.38 KiB) Visualizado 10082 vezes

capture2.jpg
capture2.jpg (64.26 KiB) Visualizado 10082 vezes


Agora vejam lá a muito maior impactação ou influência dos piores dias (dias com maiores perdas) em relação aos melhores dias (dias com maiores ganhos) nos retornos acumulados no período considerado, como era de prever em termos teóricos, pois uma determinada % de perdas é equivalente a uma % maior de ganhos, como, por exemplo, uma perda de 10.00% corresponde a um ganho não de 10.00% mas sim de 11.11% para se atingir o break even ou recuperação dessa perda (Exemplo demonstrativo para o pessoal da área de letras menos esclarecidos: por ex., se eu partir de um valor inicial de 100 € e se depois tiver uma perda de 10.00%, fico com 100 € * 0.90 = 90 €, agora,com este valor remanescente de 90 €, para depois passar a ter o capital antes dessa perda, isso implica ter um ganho de 11.11% (100 € - 90 €) / 90 € = 0.11111... => 11.11%).
Isto quer dizer que mais importante do que não captar ganhos é não tomar perdas.

Nota: O exemplo das 2 tabelas que apresentei é também uma resposta aos foristas LTCM-dependentes que intervieram de forma jocosa a apoiar o mestre LTCM, sem terem o cuidado de pensarem pelas suas próprias cabeças sobre toda a amplitude da análise estatística em apreço. Conclusão: pouco inteligente gozarmos (cartas da Maya) e/ou menosprezarmos a capacidade de análise e de resposta de uma pessoa que não conhecemos pessoalmente.
Pela minha parte, vou encerrar de vez este assunto, independentemente das respostas que possam advir: eu só respondo quando quero.
 
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Re: Winning the loser's game

por O Alquimista » 30/8/2015 17:01

fj201 Escreveu:
Pensa assim: a gestão activa é como aquele homem que tem uma mulher lindíssima ao seu lado, e passeia de mão dada com ela o tempo todo. E enquanto todos olham para essa visão, os gestores passivos - o amante nesta história - é que faz amor dia e noite com ela. O marido (gestão activa) paga as despesas, atura nos maus dias, compra prendas, viagens, gasta imenso dinheiro. O amante (gestor passivo) é que tem a satisfação toda, sem nenhumas das despesas.


Ainda não percebeste? Eu penso assim (vou repetir-me):
No âmbito do FI Alquimia 2015 foram concluídos até ao momento 4 negócios com o seguintes resultados (números redondos) +18%, -2%, + 20% (estes 3 já referidos), + 15% (tesla). O objectivo permanece inalterado.

viewtopic.php?f=3&t=83549&start=300#p1183342

E tu, o que pensas?

Quanto à parte "sem nenhumas das despesas": enquanto não identificares um activo de gestão passiva que não tenha despesas, seja qual for a roupagem, direi que tens de pensar melhor, muito melhor, visto que a mensagem que queres transmitir é falsa. Fico à espera da gentileza dos passivos na indicação de um exemplo que me contrarie.
"Ever tried. Ever failed. No matter. Try again. Fail again. Fail better." - Samuel Becket
Pára de dar crédito fácil ao que lês e ouves, escuta o que o preço está a fazer e olha para o que te rodeia. - O Alquimista
 
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Re: Winning the loser's game

por LTCM » 30/8/2015 11:03

FDPC Escreveu:
LTCM Escreveu:Imagem


...

:?:
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***
"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
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Re: Winning the loser's game

por fj201 » 30/8/2015 8:41

fj201 Escreveu:Aqui vai a contestação técnica:
http://eu.spindices.com/resource-center ... /research/

2014
Fundos Activos de gestores profissionais altamente bem pagos esmagados pelo SP500: 86,44% (Oitenta e seis vírgula Quarenta e Quatro por Cento)

2015?
Ainda não saiu o scorecard - deve estar para breve. Mas já saiu o performance persistence e pinta um cenário terrível para os fundos de gestão activa. :lol:

Hoje em dia já só quem gosta de perder dinheiro se mete em fundos de gestão activa. Boa sorte! Vão precisar! :mrgreen:


Isto nem é um raciocínio. É um facto tão avassalador, que qualquer um deveria perceber. É esmagador.
Para os activos é como estar aos 89 min de um jogo de 90 min, a perder 15-0 e a tentar explicar a todos através de fórmulas matemáticas como ainda vão ganhar o jogo. Aos 89 min a verdade já lhes deveria ter entrado pelos olhos a dentro. :lol: :mrgreen:


O Alquimista Escreveu:Se os passivos não compraram (já tinham feito o buy, agora estvam em hold), quem comprou nesses 15 m? Os passivos hão-de sempre contar com os activos para que a cotação suba. Dois passivos a comprar e a cotação a estagnar...


A conclusão que deveria estar a tirar é precisamente a contrária a essa. A esmagadora maioria dos activos meteu-se fora de jogo - e secalhar ainda lá está. O que já sabemos é que quando chegar ao fim de 2015, com esta queda que ocorreu agora + qualquer outra que apareça, mesmo assim o etf do SP500 com muito probabilidade terá um melhor retorno que os activos. Tem sido assim. Continuará a ser assim.

Pensa assim: a gestão activa é como aquele homem que tem uma mulher lindíssima ao seu lado, e passeia de mão dada com ela o tempo todo. E enquanto todos olham para essa visão, os gestores passivos - o amante nesta história - é que faz amor dia e noite com ela. O marido (gestão activa) paga as despesas, atura nos maus dias, compra prendas, viagens, gasta imenso dinheiro. O amante (gestor passivo) é que tem a satisfação toda, sem nenhumas das despesas.
fj201 Escreveu:http://eu.spindices.com/resource-center/thought-leadership/research/
2014 Fundos Activos de gestores profissionais altamente bem pagos esmagados pelo SP500: 86,44% (Oitenta e seis vírgula Quarenta e Quatro por Cento)
2008 (BEAR MARKET) Fundos activos atropelados pelo SP500: 54,34%
Fundos Activos Mid Cap foram cilindrados pelo etf do SP MidCap 400: 74,74% Esmagados;
Fundos Activos Small Cap foram cilindrados pelo etf do SP Small Cap 600: 83,77% Esmagados;

 
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Re: Winning the loser's game

por SMA50 » 29/8/2015 23:32

O Alquimista Escreveu:(...)
Os passivos hão-de sempre contar com os activos para que a cotação suba. Dois passivos a comprar e a cotação a estagnar...


O amigo Alquimista pode não ser um mestre em matemática e em probabilidade estatística, dado que a sua formação superior é da área das letras, mas com esta frase, para além de outras, também já demonstrou várias vezes que percebe o óbvio dessas ciências exata e para-exata, ao contrário de outros que tinham obrigação de perceber as questões elementares básicas.

Agora está na moda em contestar as touradas, esquecendo-se os contras e os seus seguidistas de que sem touradas não há touros, e não havendo esses touros ou toiros passa a haver só bois, e dado que não são precisos tantos bois para as vacas existentes, isto quer dizer que parte dos bezerros que nascem mais depressa iam parar ao matadouro que um touro de lide, pelo que esses bezerros, por um lado, teriam menos anos para saborear um bom pasto natural em exploração extensiva com uma liberdade quase plena, e, por outro lado, parte desses bezerros iriam comer compostos granulados de rações em explorações intensivas de reduzida área de liberdade, de modo a assegurar-se uma engorda rápida para o matadouro.

Parafraseando o Alquimista que cita um provérbio espanhol, vou dar uma nova roupagem a esse provérbio: Uma coisa é falar de touros, outra é entrar na arena, aonde ocorre um espetáculo ativo e não passivo de bois mansos, e demonstrarmos as nossas competências em analisar e saber lidar com o touro de modo a minimizar as possíveis cornadas, para no final podermos estar vivos e assim ir receber, no final do evento, a 2ª tranche do pagamento devido ao toureiro.

Agora vou saborear a vitória arrancada a ferros do meu Benfica e mandar às malvas este tipo de discussão com ghorezes, porque já me deu gozo suficiente a entropia criada neste tópico para contrariar as ideias de "unicidade sindical" em relação ao patrão. Se todos os trabalhadores estão de acordo com as ideias do patrão, então para que servem os "sindicatos de ideias"?
Time out deste tópico pois este não é o meu habitat (já estou a sentir uma certa comichão cerebral), mas se os passivos vão ao tópico dos ativos mandar umas bocas desestabilizadoras, os ativos são obrigados a responder, mas só quando queremos ...
Passem bem e bons investimentos, não posso desejar bons negócios aos passivos porque um buy&hold não é um negócio. :twisted:
 
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Re: Winning the loser's game

por O Alquimista » 29/8/2015 21:01

Por um lado,
All this is part of a long series of adaptations by Main Street investors to the newest new thing, and the countermoves by the (alleged) pros. In response to this, Mom and Pop have wised up: they trade less and invest more. They are tuning out more of the noise, sending CNBC ratings to record lows. They are eschewing stock pickers, and embracing index and exchange-traded funds. They have figured out that the way you beat high-frequency trading is with low-frequency investing.


Por outro lado,
Speaking of which, the new dumb money got scalded by ETFs. Although U.S. equities as a whole never fell more than 6 percent, there were widely held ETFs that temporarily lost one third of their value.


Para no fim:
Watching it in real time was a sight to behold. Less than 15 minutes later, a huge chunk of those losses were recovered.


Se os passivos não compraram (já tinham feito o buy, agora estvam em hold), quem comprou nesses 15 m? Os passivos hão-de sempre contar com os activos para que a cotação suba. Dois passivos a comprar e a cotação a estagnar...
"Ever tried. Ever failed. No matter. Try again. Fail again. Fail better." - Samuel Becket
Pára de dar crédito fácil ao que lês e ouves, escuta o que o preço está a fazer e olha para o que te rodeia. - O Alquimista
 
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Re: Winning the loser's game

por SMA50 » 29/8/2015 20:38

LTCM Escreveu:Alguém que me indique, por gentileza, como é que se evitam os futuros 5,10,15,… piores dias de forma a se estar no mercado só nos dias em que existem subidas.

Muito agradecido desde já.


Tu tecnicamente não foste sério quando apresentas apenas uma comparação de um gráfico de barras da estratégia de buy& hold, de estar temporalmente 100% investido, com as situações de estar parcialmente investido sem captar 5, 10, 20 e 25 melhores dias (maiores ganhos), pois deverias também ter apresentado 4 gráficos de barras relativos às situações de não captação dos 5, 10, 20 e 25 piores dias (maiores perdas). Assim, para seres sério em termos de análise estatística comparativa, para confrontar o gráfico da estratégia de buy&hold, deverias ter apresentado também mais 4 gráficos de barras relativos às situações similares dos mesmos nºs de dias de não captação dos piores dias como as 4 situações consideradas para os melhores dias não captados.

LTCM Escreveu:Alguém que me indique, por gentileza, como é que se evitam os futuros 5,10,15,… piores dias de forma a se estar no mercado só nos dias em que existem subidas.


Esta questão que colocas revela uma baixeza técnica, porque está mal colocada conforme vou expor no parágrafo seguinte, por forma a tentares distrair os menos atentos sobre a tua falta de coerência na comparação estatística dos vários cenários de confronto similar. Qual é a seriedade técnico-estatística de uma pessoa que para comparar as virtudes e defeitos entre as sociedades de 2 países em relação a um país de referência qualquer, só apresenta gráficos de barras relativos aos mais ricos e omite os mesmos gráficos similares relativos aos mais pobres dos países em confronto? Pouco sério e altamente tendencioso.

Vamos então dar resposta à tua questão também falaciosa: para se tentar defender uma falácia técnica, tal só é possível com outras questões e respostas falaciosas. Então, neste aspeto, tu foste coerente nas falácias do teu post dos gráficos de barras e esta tua questão agora colocada.
Quem corta uns determinados nºs dos melhores dias (maiores ganhos), para apresentar os respetivos gráficos de barras, é porque está a considerar um cenário de não se estar temporalmente 100% investido. Então se não se está sempre investido, mas sim só parcialmente investido, assim, tal como ninguém consegue prever os futuros piores dias (maiores perdas), também ninguém consegue prever os futuros melhores dias (maiores ganhos). Sendo assim, porque é que só cortaram os melhores dias e também não cortaram os piores dias, para a comparação com a estratégia de buy&hold? Isto tem alguma seriedade técnico-estatística? Nenhuma.

A grande questão do sucesso possivel de um investidor ativo em FI's, que só está em termos temporais parcialmente investido num determinado mercado, é quando, nesses períodos em que está fora do mercado, consegue ter um balanço positivo entre a não captação de dias de ganhos nas subidas dos preços e o evitar/cortar as perdas nos dias de descidas. Ou seja, aquilo que ele deixa de ganhar é inferior aquilo que ele deixa de perder, logo fica com mais capital que no caso de estar sempre investido (buy&hold).
Mais, para um investidor ativo que numa drawdown consegue, por exemplo, evitar uma perda de 10.00%, isto equivale a deixar de ganhar não 10.00% mas sim 11.11%. Esta evidência matemática releva a seguinte verdade: mais importante do que perder parte dos ganhos nos upsides é evitar parte das perdas nos downsides.

Portanto, para a próxima coloca uma questão com mais nível intelectual e séria, não obstante poder ser jocosa, uma vez que nem todos os teus leitores são seguidistas, pois pensam pela sua própria cabeça e não pela tua.
Quanto ao ex-ghorez/Gervásio Lopes e a um tal Artista que normalmente estão sempre na 1ª fila para te prestar vassalagem, não vale a pena perder tempo com eles, porque é inconsequente responder a bajuladores, para além de que, normalmente, tenho uma grande dificuldade em perceber quais são os seus raciocínios, especialmente o ex-ghorez que habitualmente é desprovido de raciocínios próprios.
Editado pela última vez por SMA50 em 29/8/2015 22:40, num total de 1 vez.
 
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Re: Winning the loser's game

por FDPC » 29/8/2015 19:08

LTCM Escreveu:Imagem


...
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Re: Winning the loser's game

por LTCM » 29/8/2015 18:57

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Re: Winning the loser's game

por fj201 » 29/8/2015 18:05

Mom and Pop Outsmart Wall Street Pros
30 Aug 28, 2015 10:31 AM EDT
By Barry Ritholtz

Here’s a bit of role reversal for you: Mom and Pop were content to ride out the market’s volatility this past month, more or less sitting tight. Meanwhile, the pros were driven to the point of near panic.

What was all the fuss about? Take your pick. Perhaps the China slowdown will cause a global recession. Maybe the Federal Reserve is going to raise rates and kill the bull market. Oil prices might fall too far, destroying emerging markets. Or the U.S. economy is about to go belly-up.

Whatever the fear was, someone was there to give it voice. The downside of the Twitter era is that everyone has a megaphone, and any lack of wisdom of insight is no deterrent to broadcasting it. This month, that described Wall Street and not Main Street. It was the pros who lost it.


Start with hedge funds. After missing a generational rally in which the Standard & Poor's 500 Index tripled, hedge funds finally began going long U.S. equities -- just before the China trap door swung open. The Wall Street Journal reported that many funds got shellacked this month, giving up all of their year-to-date gains in a week. Bridgewater, Omega, Third Point and Pershing Square all took a beating, but only Omega seemed to be positioned to capture the bounce-back rally (note that I am not objective, as you can hear in my Masters in Business podcast with Omega founder Leon Cooperman).



Beyond the hedge funds, the algorithmic traders seemed to have run amok as well. It is a natural human response, to borrow from Daniel Kahneman’s book "Thinking, Fast and Slow," to react emotionally first and logically second. However, no one can think faster than a machine, and the algos managed to engage in some very fast, and what looked like emotionally driven trading. As we saw this week, that sort of behavior was amply punished. My colleague Josh Brown summed it up in a post, "Computers are the new Dumb Money:

You want the box score on this latest weekly battle in the stock market?

No problem: Humans 1, Machines 0

Because if you think it was human beings executing sales of Starbucks (SBUX) down 22% on Monday’s open, you’re dreaming. And if you believe that it was thinking, sentient people blowing out of Vanguard’s Dividend Appreciation ETF (VIG) at a one-day loss of 26% at 9:30 am, you’ve got another thing coming.

Sometimes instantaneous is too fast; occasionally the best thing to do is absolutely nothing. As Gillian Tett of the Financial Times noted, computers have come to dominate the trading volume of stock exchanges:

Orders are being executed at lightning speeds in huge volumes. But there is another, often overlooked implication: these machines are being programmed to link numerous market segments together into trading strategies. So when computer programs cannot buy or sell assets in one segment of the market, they will rush into another, hunting for liquidity.

All this is part of a long series of adaptations by Main Street investors to the newest new thing, and the countermoves by the (alleged) pros. In response to this, Mom and Pop have wised up: they trade less and invest more. They are tuning out more of the noise, sending CNBC ratings to record lows. They are eschewing stock pickers, and embracing index and exchange-traded funds. They have figured out that the way you beat high-frequency trading is with low-frequency investing.

Speaking of which, the new dumb money got scalded by ETFs. Although U.S. equities as a whole never fell more than 6 percent, there were widely held ETFs that temporarily lost one third of their value.

Ben Carlson described this as the ETF flash crash:

In the early minutes of the stock market open on Monday morning things got a little crazy. After a huge whoosh down in overnight futures trading, the NASDAQ fell almost 9% while the S&P 500 was down around 6% right after the opening bell. Watching it in real time was a sight to behold. Less than 15 minutes later, a huge chunk of those losses were recovered. Many individual stocks saw even larger moves.

Mom and Pop outwitting high-frequency traders; hedge funds being beaten by Main Street. It's enough to give a long-term investor some hope for the future of finance.

This column does not necessarily reflect the opinion of the editorial board or Bloomberg LP and its owners.

To contact the author on this story:
Barry L Ritholtz at britholtz3@bloomberg.net

http://www.bloombergview.com/articles/2 ... treet-pros
fj201 Escreveu:http://eu.spindices.com/resource-center/thought-leadership/research/
2014 Fundos Activos de gestores profissionais altamente bem pagos esmagados pelo SP500: 86,44% (Oitenta e seis vírgula Quarenta e Quatro por Cento)
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Fundos Activos Mid Cap foram cilindrados pelo etf do SP MidCap 400: 74,74% Esmagados;
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Re: Winning the loser's game

por O Alquimista » 29/8/2015 15:47

A propósito do ressurgimento do tema pensei em colocar aqui uma citação bem apropriada, mas depois, pensando no pedido do Ulisses, respirei fundo, contei até 10 e...

viewtopic.php?f=3&t=83549&start=300#p1183342 ( § 1; feito às claras).
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Re: Winning the loser's game

por Artista Romeno » 29/8/2015 14:26

isto já parece uma questiúncula administrativa para ser tratada por amanuenses, vejamos o seguinte há mais marés que marinheiros :mrgreen: logo a seguir aos melhores dias hão de vir os piores, veja-se a bolha chinesa :wall: :-" falando mesmo a sério é obvio que ninguém saberá quando são os piores dias....tirando o bruxo alexandrino
As opiniões expressas baseiam-se essencialmente em análise fundamental, e na relação entre o valor de mercado dos ativos e as suas perspectivas futuras de negocio, como tal traduzem uma interpretação pessoal da realidade,devendo como tal apenas serem consideradas como uma perspetiva meramente informativa sobre os ativos em questão, não se constituindo como sugestões firmes de investimento
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Re: Winning the loser's game

por rsacramento » 29/8/2015 14:25

rg7803 Escreveu:
LTCM Escreveu:Alguém que me indique, por gentileza, como é que se evitam os futuros 5,10,15,… piores dias de forma a se estar no mercado só nos dias em que existem subidas.

Muito agradecido desde já.


Simples. Pensei que fosses colocar uma questão difícil, tipo as que leio aqui...

http://www.cartasdamaya.pt/

lol, pensei que ias perguntar como é que se evitam os 5, 10, 15, ... melhores dias
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Re: Winning the loser's game

por rg7803 » 29/8/2015 14:09

LTCM Escreveu:Alguém que me indique, por gentileza, como é que se evitam os futuros 5,10,15,… piores dias de forma a se estar no mercado só nos dias em que existem subidas.

Muito agradecido desde já.


Simples. Pensei que fosses colocar uma questão difícil, tipo as que leio aqui...

http://www.cartasdamaya.pt/
Anexos
maya.jpg
“Buy high, sell higher...”.
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Re: Winning the loser's game

por LTCM » 29/8/2015 12:35

Alguém que me indique, por gentileza, como é que se evitam os futuros 5,10,15,… piores dias de forma a se estar no mercado só nos dias em que existem subidas.

Muito agradecido desde já.
Remember the Golden Rule: Those who have the gold make the rules.
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Re: Winning the loser's game

por fj201 » 29/8/2015 11:34

Aqui vai a contestação técnica:
http://eu.spindices.com/resource-center ... /research/

2014
Fundos Activos de gestores profissionais altamente bem pagos esmagados pelo SP500: 86,44% (Oitenta e seis vírgula Quarenta e Quatro por Cento)
2015?
Ainda não saiu o scorecard - deve estar para breve. Mas já saiu o performance persistence e pinta um cenário terrível para os fundos de gestão activa. :lol:

Hoje em dia já só quem gosta de perder dinheiro se mete em fundos de gestão activa. Boa sorte! Vão precisar! :mrgreen:
Anexos
PerformPersistenceJUNE2015.jpg
fj201 Escreveu:http://eu.spindices.com/resource-center/thought-leadership/research/
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Fundos Activos Mid Cap foram cilindrados pelo etf do SP MidCap 400: 74,74% Esmagados;
Fundos Activos Small Cap foram cilindrados pelo etf do SP Small Cap 600: 83,77% Esmagados;

 
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Re: Winning the loser's game

por SMA50 » 29/8/2015 11:09

fj201 Escreveu:
SMA50 Escreveu:
pata-hari Escreveu:Vou guardar este gráfico, acho que me vai ser muito útil a explicar muita coisa a muita gente....


Só se for para mostrares a meninos da escola primária como um exemplo de um gráfico de barras ou histograma. O que mais me admira é uma técnica sénior experiente como tu também caíres na falácia de baixo rigor intelectual desses gráficos comparativos em que tiveram um só propósito: relevar falsamente a estratégia de gestão buy&hold em detrimento de uma estratégia de gestão activa, pois o autor desses gráficos comparativos revela uma baixeza intelectual uma vez que pintou o quadro plástico da maneira que mais lhe convinha para tentar enaltecer a estratégia b&h, quando estrategicamente se esqueceu de lá por mais umas barras de gráficos complementares aos gráficos existentes de "missing ... best days" que são o de considerar a falta/não inclusão de alguns dos piores dias (maiores perdas) em complemento aos gráficos existentes de não inclusão dos melhores dias (maiores ganhos). Assim, faltam lá umas barras de gráficos com esta designação "missing ... the worst days", e aí iriam verificar que a barra do buy&hold ficaria com certeza menos alta que algumas daquelas barras de não inclusão dos piores dias (maiores perdas).

Estes gráficos comparativos de barras fazem-me lembrar alguns políticos que numa arruada com os jornalistas pela cidade só passam pelas zonas nobres da cidade como exemplo de montra da sua suposta politica de êxito urbano, esquecendo-se propositadamente de levar os jornalistas pelas ruas das favelas dos subúrbios. E mal andamos nós quando há jornalistas com falta de rigor técnico nas suas peças que também se esquecem de ir visitar a outra face da cidade - as favelas - prestando assim um bom serviço ao impostor do politico mas um muito mau serviço à sociedade técnica em geral. Mais, quem se presta a este tipo de encomendas, deveria ter a cassação da sua carteira técnica profissional.

Toda a gente devia saber que o grande ponto fraco da estratégia de buy&hold é não stopar/cortar, pelo menos, uma parte dos afundanços das maiores drawdowns, que lhe pode ser fatal depois em termos de break even do capital, e é principalmente nas drawdowns que devemos ser activos e não passivos do género "stay the course" nem que depois choquem contra um muro de betão, que depois pode ser muito difícil para se levantarem.
Na maré enchente todos os tipos de barcos sobem, mas na maré vazante é que se vê quem está com calções de proteção ou já está nu.


Não é uma falácia, é mesmo um facto que quem esteve num etf do S&P500 entre 1985-2015 teve 8,4%/ano. Com quedas brutais pelo caminho. Este gráfico é excelente.

Tens de compreender que em democracia e num fórum, não se deve silenciar as pessoas por terem uma opinião diferente da tua. Sobretudo se a opinião for válida, correcta e rigorosa. Ao contrário das tuas que têm valor nulo, como já foi demonstrado.

"Buy&hold pode ser fatal". Mas não o é, mesmo com os maiores drawdowns da história. Já a gestão activa, mesmo com os drawdowns, ano após ano é derrotada sem apelo nem agravo. Não são opiniões. São factos.


Oh ex-ghorez tu tens uma capacidade técnica de análise interpretativa e de crítica que é confrangedora, pois não detetas o óbvio de uma construção falaciosa que se esquece de propósito de apresentar a outra face dos dados, aquela face que iria estragar a falácia construída. Tu fazes me lembrar aqueles jornalistas acríticos lambe-botas dos políticos que estão no poder. Pareces um pajem a prestar sempre vassalagem ao chefe: já é tempo de cresceres como homem, de te emancipares e de deixares de ser escravo intelectual do teu ídolo, porque senão nunca passas da "cepa torta".

ex-ghorez, vou republicar um texto que apresentei em 17/02/2015 no tópico do Rick e em função do mesmo vou desafiar-te a contestá-lo tecnicamente:


O que você deve saber sobre os processos de investimento: limitações da gestão passiva, a falsa e a verdadeira gestão ativa avaliada pelas métricas do active share, do R2 e do tracking error, o paradoxo da teoria CAPM e as finanças comportamentais.


1. Limitações da gestão passiva de fundos.

A gestão passiva de investimento através da utilização de index funds ou de ETF’s passivos que replicam os respetivos índices dos mercados bolsistas de acordo com a sua capitalização bolsista (a capitalização bolsista de uma empresa corresponde aos valores que a mesma vai tendo em bolsa de acordo com a flutuação do preço das sua ações, sendo que o valor dessa capitalização é igual ao preço da ação a multiplicar pelo nº de ações em circulação), apresenta diversas limitações teóricas estruturais de base de maximização dos retornos, que a seguir vou enumerar:

a) O maior sucesso do investimento, com a maximização do lucro, corresponde à utilização da estratégia do tipo value ou contrarian que se traduz no comprar barato e vender caro.
Ora, os fundos passivos tendem a fazer exatamente o contrário, uma vez que, ao fazerem a sua alocação de ativos de acordo com a sua capitalização bolsista, estão a sobreponderar os grandes vencedores de ontem, logo ativos mais caros e logicamente com menor potencial de valorização futura, estando assim a perpetuar no tempo o efeito momentum (quer dizer que se um ativo está, no presente, num processo de valorização, então a sua tendência seria continuar essa valorização no futuro mais próximo), o qual incorpora um conceito de um mercado não totalmente livre entre a oferta e a procura, devido a esse arrastamento temporal dos preços provocado por esse efeito momentum.

Por exemplo, a Apple, desde que foi conhecido o recente relatório que indica um lucro brutal sobre as vendas, tem tido uma elevada valorização do valor de cotação das suas ações e dado que se manteve e não diminuiu o nº de ações em circulação dessa empresa, então o aumento do preço da ação implica um aumento da sua capitalização bolsista (o que ela vale em bolsa), pelo que a alocação dos fundos passivos que replicam os indices em função dos valores da capitalização bolsista, estão a sobreponderar os ativos da Apple e assim estão a comprar ativos cada vez mais caros, que é contrário ao investimento tipo value ou contrarian tão do gosto do Buffett e que lhe tem trazido retornos de médio-longo prazo fabulosos.

b) Outra limitação estrutural dos fundos passivos diz respeito ao facto de que os mesmos não têm em conta nem os fundamentais nem a avaliação (valuation) da valorização/desvalorização dos ativos constituintes do seu portfolio. Assim, podem estar a incorporar riscos significativos e desnecessários na sua alocação, que é cega quanto à diferenciação desses 2 factores essenciais da análise fundamental e alocam apenas o capital em função do tamanho dos ativos, de acordo com a capitalização bolsista, em vez de alocarem em função dos retornos esperados e dos respetivos riscos inerentes constantes do processo de valuation dos ativos. Ou seja, alocam em função da quantidade e não da qualidade.

c) A gestão passiva não podia existir se não houvesse gestão ativa, pois são os gestores ativos que, ao praticarem a due diligence às empresas (vão diretamente às empresas verificar e analisar todos os dados sobre a produção, vendas, inovação tecnológica, saúde financeira e todo o processo da fileira do negócio), facilitam a descoberta de preços mais ou menos atrativos e assim contribuem para a existência de mais e melhor mercado competitivo, pois caso contrário, na ausência de mercado livre e competitivo, também não haveria índex funds pois não existia nada para replicar (para replicar um portfolio de ovos, é preciso que hajam galinhas poedeiras).

A grande crítica que se faz à gestão ativa dos fundos é de que a mesma gera maioritariamente menos rentabilidade do que os respetivos index funds depois de comissões. E isso é um facto, pois os desequilíbrios entre as rentabilidades da gestão passiva e ativa têm essencialmente a ver com os desequilíbrios das respetivas taxas cobradas, sendo que esta diferença perpetuada no tempo tem um efeito similar mas contrário ao dos juros compostos (capitalização), por isso é que, no longo prazo, essas diferenças nas rentabilidades médias dos 2 tipos de gestão são ainda mais acentuadas.

Só que este problema das rentabilidades médias da gestão ativa é o resultado dessa realidade matemática da diferença de comissões e não propriamente da gestão ativa em si, pelo contrário. Segundo o principio fundamental de Sharpe, a soma acumulada de todos os investimentos seria igual ao retorno do mercado, o que exclui as comissões. Por isso o mal não está na gestão ativa, está sim na matemática da diferença das taxas pagas, isto porque uma gestão ativa com um processo adequado de stock picking de value, deve dar sempre melhores rentabilidades, antes de comissões, que as da gestão passiva.

Para além disso, existe uma grande falácia estatistica na comparação das estratégias de gestão passiva vs gestão ativa, pois uma grande parte desses fundos considerados ativos, não são verdadeiramente ativos, sendo closet index, uma vez que replicam quase a totalidade dos respetivos índices de referência ou benchmarks. Mas sobre essa falácia vou tratar mais a seguir.


2. A verdadeira gestão ativa de fundos medida pela métrica do active share.

Em 2009 os professores de Yale – Martijn, Cremers e Antti Petajisto – apresentaram um estudo onde pela 1ª vez aparece o conceito de active share como uma métrica de avaliação da gestão verdadeiramente ativa dos gestores, e o que mais os surpreendeu foi o facto de afinal não haver assim tantos gestores verdadeiramente ativos e com uma grande preocupação e um objetivo de bater os respetivos índices de referência ou benchmarks.

Há cada vez mais fundos que têm uma falsa gestão ativa pois a sua alocação é do tipo “closet indexing”, ou seja, pouco se distinguem da alocação dos respetivos indices de referência, apresentando valores de R2 > 95%.
Com efeito, verificaram uma coisa surpreendente: a taxa de gestores verdadeiramente ativos caiu de 60% em 1980 para menos de 20% em 2009.

Também constataram uma coisa teoricamente óbvia: tão importante como o afastamento do índice de referência é manter o investimento por um longo prazo, de modo a se melhorar a rentabilidade do mesmo.

A métrica do active share mede a percentagem de posições do portfolio de um fundo que difere do seu índice de referência, e a fórmula matemática do rácio do active share é a seguinte:

Capturar 1.JPG
Capturar 1.JPG (13.71 KiB) Visualizado 13420 vezes


Assim, o active share é calculado através do somatório do valor absoluto das diferenças entre o peso percentual de cada um dos ativos do portfolio do fundo e o peso percentual que cada um desses ativos tem no respetivo índice de referência, e depois dividir por 2 esse resultado do somatório.

Chamo a atenção para o facto de que os valores do active share de um fundo podem ser superiores a 100%, no caso de fundos alavancados com posições longas e posições curtas. A título de exemplo, os gestores do famoso fundo UBS European Opp. Unconstrained intervêm na alocação do mesmo sempre que o active share cai abaixo dos 100%, sendo que esse valor anda à volta dos 110%.

O estudo conclui que os gestores verdadeiramente ativos que aloquem de forma distintiva dos index funds e façam a alocação de ativos com um potencial de geração de valor (tipo value) ou do tipo contrarian (comprar ativos baratos, no presente, quando está a haver uma venda massiva de ativos - sell off - para depois no futuro os vender caros) e cujo investimento seja detido por períodos de longo prazo, podem demonstrar as suas vantagens de outperformance de rentabilidades, sendo que esta conclusão não é só apoiada pela investigação académica mas também por provas empíricas matemáticas perfeitamente demonstráveis, como aliás se pode concluir da leitura do presente post.

O estudo conclui que os gestores com um active share elevado tendem a superar o seu benchmark e de forma consistente. De facto, depois de analisarem 2.650 fundos entre 1980 e 2003, verificaram que os fundos com um rácio de activo share de pelo menos 8% superaram a média do seu benchmark em 2-2,71% antes de comissões e de 1,49-1,59% depois das comissões. Deve notar-se, que estes dados se referem à média do grupo, pelo que é provável que alguns gestores não tenham conseguido superar o índice de referência, apesar de apresentarem um active share elevado.


3. As métricas do R2 e do Tracking Error de avaliação da gestão ativa.

3.1 Coeficiente de determinação R2.

Na análise comparativa usada pela Morningstar, o valor do coeficiente de determinação R2 (R ao quadrado) é a medida de correlação entre um fundo e o seu indice de referência ou benchmark, o qual varia entre 0 e 1 (diferente do coeficiente de correlação, r, que varia de -1 a 1).

Quanto maior for o valor de R2, maior será a correlação entre os dois. A Morningstar calcula o valor de R2 para o período dos últimos 36 meses (3 anos).

O valor de R2 = 1 significa que num gráfico “x”,”y” (fundo,benchmark) os dados dos resultados (x,y) caem todos em cima da reta de regressão linear, ou seja, significa que todos os movimentos (para cima ou para baixo) do fundo em causa são completamente explicados pelas variações do benchmark.

O valor de R2 = 0 significa que no tal gráfico “x”,”y” não é possível definir nenhuma reta de ajustamento aos resultados (x,y) obtidos, devido à nuvem de resultados totalmente dispersa, ou seja, significa que nenhum dos movimentos do fundo em causa é explicado pelas variações do benchmark.

Por exemplo, o valor de R2 = 0.05 significa que apenas 5% dos movimentos do fundo em causa podem ser explicados pelas variações do benchmark.

Um fundo com um valor de R2 = 0.97, quer dizer que 97% dos movimentos do fundo são explicados pelas variações do seu benchmark ou índice de referência, e, consequentemente, o mesmo é dizer que apenas 3% dos movimentos do fundo é que não seguem o benchmark, e é precisamente apenas estes 3% que constituem a muito pequena margem do gestor em poder gerar um alfa positivo ou outperformance em relação ao índice de referência.

Sendo assim, para mim, é questionável chamar fundos de gestão ativa a fundos com um R2 > 0.95, visto que na prática é mais um index fund (índice de referência ou benchmark), pelo que andam para aí muitos fundos “ativos”por excesso que só vão falsear os resultados da gestão ativa. O caricato é estar-se a pagar uma elevada comissão de gestão a estes tipos de fundos, quando na realidade eles quase que replicam integralmente o índice de referência, e, como tal, deveriam ter umas taxas de fees muito mais baixas.

3.2 Tracking Error.

Antes de expor a métrica do Tracking Error (TE) de verificação da eficácia ou não da gestão ativa nos preços dos ativos do portfolio de um fundo e os preços dos respetivos ativos do indice de referência, vou antes expor o Rácio de Informação onde o TE está incluído e faz parte desse rácio.


Rácio de Informação:

O rácio de informação mede a performance dos retornos ajustados ao risco do fundo relativamente à performance dos retornos e risco do seu benchmark ou índice de referência.
O rácio de informação é calculado através da seguinte expressão:

RI = (Rp – Rb) / TE

em que:

RI- Rácio de Informação;
Rp- Retornos do portfolio do fundo;
Rb- Retornos do seu benchmark ou índice de referência.
TE- Tracking Error (desvio padrão da diferença entre os retornos do fundo e os retornos do índice de referência).

O rácio de informação (RI) mede capacidade do gestor de um fundo para gerar retornos em excesso em relação ao seu valor de referência ou benchmark, mas também verifica a consistência do gestor em bater o benchmark por um grande nº de meses, alguns meses ou apenas um pouco de cada mês.

Quanto maior é o RI, mais consistente é o gestor e a consistência é uma característica ideal para bater o benchmark numa perspetiva de médio-longo prazo.

Quanto maior é o alfa (outperformance de retornos em relação ao seu benchmark) de um gestor, maior será o seu RI.

Quando o benchmark é o ativo sem risco (risk free), então o Rácio de Informação é equivalente ao rácio de Sharpe (RS). No entanto, nos restantes casos, o ranking dos fundos obtido a partir do Rácio de Informação pode diferir do obtido pelo RS, como é lógico, pois as fórmulas de cáculo são diferentes.

Tal como acontece com o RS também o RI tem as mesmas limitações matemáticas de difícil interpretação quando a rentabilidade em excesso é negativa, uma vez que o rácio será menos negativo na carteira com maior volatilidade, indicando assim, erradamente, uma carteira mais eficiente, quando na realidade é ao contrário. Outra limitação matemática, tal como no RS, é quando o denominador do quociente é zero (no caso de não haver diferença entre os retornos da carteira ou do fundo e os retornos do indice de referência, ou seja, com desvio padrão nulo) ou próximo de zero, e então o RI dará matematicamente um valor infinito ou extremamente elevado, longe então da realidade.

Tracking Error:

O Tracking Error (TE) é a divergência entre o comportamento das posições de preços no portfolio de um fundo e o comportamento das respetivas posições de preços no índice de referência.

O TE reporta o desvio padrão da diferença entre os retornos do fundo e os retornos do índice de referência.

O TE pode ser interpretado como o risco residual (não correlacionado com o benchmark), ou seja, como os desvios da rentabilidade do fundo em relação à rentabilidade do benchmark.

Um alto valor do RI pode ser obtido à custa de um alto retorno do fundo, um baixo retorno do benchmark e um TE baixo. Se este risco residual é baixo, isto quer dizer que o risco incorrido pelo gestor é similar ao risco sistemático ou risco do mercado (beta), e se mesmo assim obteve maiores retornos relativamente aos do benchmark, então isso quer dizer que este excesso de retornos (alfa) não foi à custa do aumento do risco especifico do fundo em relação ao risco do benchmark (beta = 1, por definição) mas sim à custa da qualidade da sua escolha diversificada dos ativos do fundo, revelando assim uma alta qualidade de stock picking.

O processo de stock picking constitui a base determinante do sucesso ou insucesso do fundo de gestão ativa, e é esta escolha ativa das acções e do necessário turnover de ajustamento dos ativos no portfolio do fundo, com o objectivo de tentar garantir um continuado potencial de valorização dos seus ativos, que se distingue e pode fazer (ou não) toda a diferença em retornos para um index fund, dado que este só replica um qualquer índice bolsista, havendo assim só uma espécie de escolha inicial (replicação) e depois não há mais escolhas de ativos através dos turnovers de ajustamento.

Assim, o andamento do trajeto de um índex fund pode ser comparado à circulação de um automóvel em modo automático de cruise control, em que este está ligado à velocidade do índice bolsista que está a replicar, pelo que o tal automóvel passivo, sem condutor/gestor, não pode ajustar a sua velocidade ao traçado mais ou menos sinuoso da estrada (volatilidade ou swing dos preços), à sua inclinação ascendente (upside) ou descendente (downside) mais ou menos acentuada, ao estado do piso da via ou às condições atmosféricas (tendências do mercado: bull, bear ou lateralização), sendo que, não tendo condutor, o tal automóvel corre o risco de chocar contra um muro de betão (crash bolsista), pois ele está programado só para seguir o seu índice bolsista e não para se desviar dos diferentes obstáculos que podem surgir ao longo da estrada.

Para um index fund só existe uma estação do ano - o seu índice bolsista – e então corre o risco de andar com uma camisola de lã (muitos ativos na alocação) num verão quente, e aqui entende-se por verão uma fase de upside do mercado, pois o mesmo não sabe adaptar o seu vestuário/instrumentos de controlo de riscos às diversas estações do ano/tendências do mercado, por forma a se poder mitigar uma constipação/bear ou uma pneumonia/crash bolsista, sendo que a tal camisola de lã, carregada de ativos, no verão, vai funcionar como um travão da volatilidade, por excesso de peso dos ativos, que, na fase de upside, implica a diminuição do potencial de geração de retornos, isto porque no upside a volatilidade, por definição, é sempre boa, e neste caso a volatilidade não é sinónimo de risco, sendo que esta similitude de significado só se verifica na situação de bear market e em parte da tendência de lateralização, sendo assim particularmente importante efetuar uma alocação qualitativa de ativos em detrimento da quantidade.



4. O paradoxo dos princípios de Harry Markowitz e da respetiva teoria do CAPM para o médio-longo prazo.

De acordo com os princípios do prémio Nobel Markowitz e da respetiva teoria CAPM (Capital Asset Pricing Model) da construção de portfolios, os retornos seriam proporcionais ao risco assumido ou volatilidade. Ou seja, para se ter uma maior rentabilidade na carteira teríamos que fazer uma alocação de ativos financeiros com um maior desvio padrão dos retornos.

Acontece, que se observarmos os resultados dos retornos acumulados dos fundos acionistas das duas últimas décadas, os fundos setoriais com maiores rentabilidades acumuladas são os fundos com menos volatilidade, como sejam os do setor da saúde e do setor do consumer staples. Então, estes resultados constituiem o paradoxo ou a negação dos princípios de Markowitz e da respetiva teoria do CAPM, pelo que esta teoria está incorreta para o médio-longo prazo.

Agora, se observarmos períodos curtos após o crash de 2008 e o bear market de 2011, verificamos que os fundos que tiveram maiores rentabilidades durante esses períodos de recuperação, foram os que apresentaram uma maior volatilidade, precedidos de maiores quedas ou drawdowns no período de downside generalizado ou de bear market. Assim, estes resultados de recuperação de retornos após grandes perdas, prova que a teoria do CAPM só está correta para o curto prazo.

Assim, face ao exposto, em termos teóricos, o melhor fundo do tipo “all weather” capaz de apresentar uma maior rentabilidade acumulada no período de médio-longo prazo e que atravessasse vários períodos de bull e bear market, seria aquele que combinasse melhor a estratégia de controlo e prevenção de riscos nos períodos de bear com ativos de baixa volatilidade, com a estratégia de geração de alfa elevado nos períodos de bull com ativos de maior volatilidade mas sem agravar o risco; estratégias essas que deveriam obedecer a uma política de investimento do tipo “unconstrained” (sem restrições), ou seja, sem qualquer obrigação em seguir os índices de referência ou benchmarks, de modo a dar total liberdade aos gestores desses fundos para mais rapidamente poderem fazer os turnovers na alocação de ativos que melhor se pudessem adaptar às mudanças de tendências do mercado acionista (bull, bear market e lateralização), devendo para tal também recorrer, sempre que necessário, a alavancagem, com utilização de posições longas e curtas, e a instrumentos alternativos como futuros, opções, CFD’s, etc.

Assim, o Santo Graal do investimento de um fundo será obter uma alta rentabilidade com um baixo risco, em todas as tendências do mercado, e são este tipo de fundos que têm gerado mais rentabilidade acumulada em períodos de longo prazo.

Estes fundos do tipo “unconstrained” têm um R2 (coeficiente de determinação) baixo relativamente ao respetivo benchmark, sendo assim uns puros fundos de gestão ativa aonde os gestores podem exponenciar toda a sua categoria de stock picking na seleção de ativos a alocar, pois não estão amarrados a cumprir uma deteminada percentagem do respetivo index fund (fundo passivo) ou benchmark, da política de investimento dos fundos.


5. Finanças Comportamentais.

O conceito de finanças comportamentais, como um dos factores essenciais para o sucesso ou insucesso do investimento, começou a ganhar destaque e adeptos a partir do inicio dos anos 90, os quais acreditam que o investimento tem 80% de psicológico.
Assim, se uma grande parte do investimento envolve psicologia, então se os investidores forem capazes de entender os aspetos psicológicos, poderão também evitar potenciais inconvenientes financeiros.
As finanças comportamentais mostram que quando se trata de risco e incerteza, o comportamento dos investidores se desvia muito do cenário ideal do investidor racional.

Num recente estudo sobre finanças comportamentais e psicologia sobre o investidor, apresentado pelo Instituto de Investigação do Credit Suisse juntamente com a Universidade de Zurich, e que foi elaborado pelos professores Thorsten Hens e Anna Meier, pode-se analisar a informação aduzida para se perceber as influências emocionais e psicológicas que podem ter impacto nas decisões financeiras, e como é que isto pode resultar num comportamento irracional.

O estudo refere que as finanças tradicionais do investimento, baseadas na Hipótese do Mercado Eficiente e na otimização de parâmetros matemático-estatísticos, como medidas de média-variância e de vários rácios, sugere que investir tem muito a ver com as áreas da matemática e da estatistica. No entanto, as finanças comportamentais põem em evidência a necessidade de colocarmos o principal enfoque no comportamento psicológico das pessoas, quer de maneira individualizada quer no meio da população investiora e do efeito de contágio que a grande maioria das pessoas recebe da multidão ou do rebanho dos investidores.

Tal como noutra área qualquer, no processo de investimento, as pessoas cometem erros que se traduzem em ineficiências a nível do mercado, sendo considerado que o investimento é 80% psicológico. Nesse sentido, as finanças comportamentais criaram métodos que ajudam os investidores a identificar os seus erros tipo, ao mesmo tempo que recomendam a carteira adequada para eles.

Assim, as finanças comportamentais conseguem fechar a brecha entre a teoria e a prática por terem, cientificamente, em conta o comportamento humano. Até então, a investigação centrava-se no cenário ideal de investidores completamente racionais em mercados eficientes, enquanto que a realidade é tratada quotidianamente através dos comportamentos irracionais dos investidores e através de mercados ineficientes.

Nesse sentido, as finanças comportamentais ao combinar a teoria com a prática humana, permite dotar de ferramentas fundamentais os serviços de assessoramento, gestão de ativos e desenvolvimento de produtos financeiros, por forma a se melhorar o sucesso do investimento.

Segundo o Credit Suisse, existem 4 tipos de investidores - os intuitivos, exploradores, realistas e os estratégicos:

a) Os investidores intuitivos, são os que tomam decisões emocionais, sem uma estratégia adequada para eles, existindo o risco de que sejam demasiado influenciados pela evolução atual de mercado, e que percam de vista os seus objetivos de investimento.

b) Os investidores exploradores, caracterizam-se por estarem muito familiarizados com o mercado financeiro mas que tomam decisões emocionais. Têm uma boa perspetiva dos riscos e das oportunidades de mercado, embora por vezes fiquem deslumbrados por novos e inovadores produtos financeiros, mas têm sempre os riscos em conta. Apesar dos seus vastos conhecimentos financeiros, esta classe de investidores por vezes abandona a sua estratégia de investimento pré-definida por causa de razões emocionais. Por esta razão, os seus investimentos devem ser revistos periodicamente para se assegurar que cumprem com a estratégia de investimento.

c) Os investidores realistas, são capazes de deixar as suas emoções de lado e não se deixam influenciar por elas. No entanto, carecem de conhecimentos financeiros para avaliar adequadamente os riscos e as oportunidades. É recomendável que tenham uma assessoria profissional de investimento, que os ajude a tomar decisões de investimento mais adequadas e a melhorar os seus conhecimentos financeiros.

d) Os investidores estratégicos, revelam um bom conhecimento dos mercados financeiros, de tal forma que podem avaliar os riscos e as oportunidades que enfrentam, não sendo sequer influenciados pelas emoções e podem tomar decisões objetivas. O seu enfoque estratégico ajuda-os a manter os seus objectivos de investimento.
 
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Re: Winning the loser's game

por fj201 » 29/8/2015 9:09

SMA50 Escreveu:
pata-hari Escreveu:Vou guardar este gráfico, acho que me vai ser muito útil a explicar muita coisa a muita gente....


Só se for para mostrares a meninos da escola primária como um exemplo de um gráfico de barras ou histograma. O que mais me admira é uma técnica sénior experiente como tu também caíres na falácia de baixo rigor intelectual desses gráficos comparativos em que tiveram um só propósito: relevar falsamente a estratégia de gestão buy&hold em detrimento de uma estratégia de gestão activa, pois o autor desses gráficos comparativos revela uma baixeza intelectual uma vez que pintou o quadro plástico da maneira que mais lhe convinha para tentar enaltecer a estratégia b&h, quando estrategicamente se esqueceu de lá por mais umas barras de gráficos complementares aos gráficos existentes de "missing ... best days" que são o de considerar a falta/não inclusão de alguns dos piores dias (maiores perdas) em complemento aos gráficos existentes de não inclusão dos melhores dias (maiores ganhos). Assim, faltam lá umas barras de gráficos com esta designação "missing ... the worst days", e aí iriam verificar que a barra do buy&hold ficaria com certeza menos alta que algumas daquelas barras de não inclusão dos piores dias (maiores perdas).

Estes gráficos comparativos de barras fazem-me lembrar alguns políticos que numa arruada com os jornalistas pela cidade só passam pelas zonas nobres da cidade como exemplo de montra da sua suposta politica de êxito urbano, esquecendo-se propositadamente de levar os jornalistas pelas ruas das favelas dos subúrbios. E mal andamos nós quando há jornalistas com falta de rigor técnico nas suas peças que também se esquecem de ir visitar a outra face da cidade - as favelas - prestando assim um bom serviço ao impostor do politico mas um muito mau serviço à sociedade técnica em geral. Mais, quem se presta a este tipo de encomendas, deveria ter a cassação da sua carteira técnica profissional.

Toda a gente devia saber que o grande ponto fraco da estratégia de buy&hold é não stopar/cortar, pelo menos, uma parte dos afundanços das maiores drawdowns, que lhe pode ser fatal depois em termos de break even do capital, e é principalmente nas drawdowns que devemos ser activos e não passivos do género "stay the course" nem que depois choquem contra um muro de betão, que depois pode ser muito difícil para se levantarem.
Na maré enchente todos os tipos de barcos sobem, mas na maré vazante é que se vê quem está com calções de proteção ou já está nu.


Não é uma falácia, é mesmo um facto que quem esteve num etf do S&P500 entre 1985-2015 teve 8,4%/ano. Com quedas brutais pelo caminho. Este gráfico é excelente.

Tens de compreender que em democracia e num fórum, não se deve silenciar as pessoas por terem uma opinião diferente da tua. Sobretudo se a opinião for válida, correcta e rigorosa. Ao contrário das tuas que têm valor nulo, como já foi demonstrado.

"Buy&hold pode ser fatal". Mas não o é, mesmo com os maiores drawdowns da história. Já a gestão activa, mesmo com os drawdowns, ano após ano é derrotada sem apelo nem agravo. Não são opiniões. São factos.
fj201 Escreveu:http://eu.spindices.com/resource-center/thought-leadership/research/
2014 Fundos Activos de gestores profissionais altamente bem pagos esmagados pelo SP500: 86,44% (Oitenta e seis vírgula Quarenta e Quatro por Cento)
2008 (BEAR MARKET) Fundos activos atropelados pelo SP500: 54,34%
Fundos Activos Mid Cap foram cilindrados pelo etf do SP MidCap 400: 74,74% Esmagados;
Fundos Activos Small Cap foram cilindrados pelo etf do SP Small Cap 600: 83,77% Esmagados;

 
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Re: Winning the loser's game

por SMA50 » 29/8/2015 0:01

pata-hari Escreveu:Vou guardar este gráfico, acho que me vai ser muito útil a explicar muita coisa a muita gente....


Só se for para mostrares a meninos da escola primária como um exemplo de um gráfico de barras ou histograma. O que mais me admira é uma técnica sénior experiente como tu também caíres na falácia de baixo rigor intelectual desses gráficos comparativos em que tiveram um só propósito: relevar falsamente a estratégia de gestão buy&hold em detrimento de uma estratégia de gestão activa, pois o autor desses gráficos comparativos revela uma baixeza intelectual uma vez que pintou o quadro plástico da maneira que mais lhe convinha para tentar enaltecer a estratégia b&h, quando estrategicamente se esqueceu de lá por mais umas barras de gráficos complementares aos gráficos existentes de "missing ... best days" que são o de considerar a falta/não inclusão de alguns dos piores dias (maiores perdas) em complemento aos gráficos existentes de não inclusão dos melhores dias (maiores ganhos). Assim, faltam lá umas barras de gráficos com esta designação "missing ... the worst days", e aí iriam verificar que a barra do buy&hold ficaria com certeza menos alta que algumas daquelas barras de não inclusão dos piores dias (maiores perdas).

Estes gráficos comparativos de barras fazem-me lembrar alguns políticos que numa arruada com os jornalistas pela cidade só passam pelas zonas nobres da cidade como exemplo de montra da sua suposta politica de êxito urbano, esquecendo-se propositadamente de levar os jornalistas pelas ruas das favelas dos subúrbios. E mal andamos nós quando há jornalistas com falta de rigor técnico nas suas peças que também se esquecem de ir visitar a outra face da cidade - as favelas - prestando assim um bom serviço ao impostor do politico mas um muito mau serviço à sociedade técnica em geral. Mais, quem se presta a este tipo de encomendas, deveria ter a cassação da sua carteira técnica profissional.

Toda a gente devia saber que o grande ponto fraco da estratégia de buy&hold é não stopar/cortar, pelo menos, uma parte dos afundanços das maiores drawdowns, que lhe pode ser fatal depois em termos de break even do capital, e é principalmente nas drawdowns que devemos ser activos e não passivos do género "stay the course" nem que depois choquem contra um muro de betão, que depois pode ser muito difícil para se levantarem.
Na maré enchente todos os tipos de barcos sobem, mas na maré vazante é que se vê quem está com calções de proteção ou já está nu.
 
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Re: Winning the loser's game

por Pata-Hari » 28/8/2015 9:38

Vou guardar este gráfico, acho que me vai ser muito útil a explicar muita coisa a muita gente....
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Re: Winning the loser's game

por LTCM » 27/8/2015 21:15

Time, not timing

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Remember, it is time invested in the market -- not market timing
Remember the Golden Rule: Those who have the gold make the rules.
***
"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
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Re: Winning the loser's game

por LTCM » 25/8/2015 15:12

Market timing is difficult at best. Professional money managers pursue it to sell their investment strategy. That will not change. Individual investors are different. Many become entrapped by their own emotional reaction to market losses. There is a cure for this – it’s called education. People who have the right asset allocation from the start tend to be far less likely to capitulate in a bear market.
Remember the Golden Rule: Those who have the gold make the rules.
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"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
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Re: Winning the loser's game

por fj201 » 24/8/2015 17:53

http://www.bloombergview.com/articles/2 ... the-market

Investing
You Can't Time the Market
Aug 24, 2015 12:43 PM EDT
By Megan McArdle

As I write this column, the S&P 500 was down almost 3 percent from its Friday close -- or, for the optimists in the room, up more than 2 percent from its morning bottom. One is tempted to send the market a gentle note inviting it to really spend some time getting to know itself, maybe work through some issues in therapy, channel its highs and lows in a productive direction.

The proximate cause of this chaos is the meltdown in the Chinese stock market, which has prompted a global selloff in financial markets. You financial pros probably have a lot of important questions. Does this herald a Chinese recession, and if so, what does that mean for the rest of the world's major economies? If America's economy slows down, how much room will the Fed have to loosen after seven years of holding interest rates to the zero lower bound? What does this tell us about the limits of both fiscal and monetary policy in the face of long-term real shocks and structural weaknesses in the underlying economy?

But this is a market move so big that even those of you who are not financial pros are asking more prosaic questions. Like "What does this mean for my 401(k)?" Luckily, we live in the Internet age, and you no longer have to wait for a quarterly statement, or call your broker in a panic. You can log on right now and look. My advice is: Don't.

Unless maybe you're planning to retire tomorrow. Are you planning to retire tomorrow? I don't mean "soon." I mean, are you planning to retire on Aug. 25, 2015? Because if not, there's no reason for you to be looking at the day-to-day movements in your 401(k). You probably lost a lot of money in the last week. And you know what you can do about that? Nothing.

Oh, sure, you could try to time the market by selling now, waiting for it to bottom, and buying back. A lot of people get rich doing this in novels, particularly novels set in the Great Depression. You know why they're able to do this? Because the author gets to cheat; they have the prices right there in front of them, and they can whisper them to their character, maybe along with a plausible rationale as to how they should know this is the top, and then recognize the bottom when it comes along. In the real Great Depression, a lot of people took a bath attempting this strategy, because what they thought was the bottom turned out to be a temporary pause before the market dropped into the basement, then got out a pick and a shovel and started digging through the bedrock.

Ah, but financial professionals will protest that many people in their industry do sell into a crash and then pick up assets on the cheap. True, though my experience is that you are more likely to hear about the times this was a winning strategy than the times when it was not. More importantly: Are you, dear reader, a financial professional who spends all day glued to the market data feed, watching for the bottom? Or are you the sort of person more likely to park some cash in your trading account in preparation for that golden moment to buy ... and then forget about it for six months because Mom had a nasty bout with pneumonia right after you had to shepherd Junior through the college application process?

Attempting to time the market, like most other active trading strategies, produces at best a modest premium that roughly pays for the work needed to generate the excess profits. (At worst, you lose much more in herd behavior and trading fees than you gain in value.) But that's for people who do this for a living. The odds that you, who have so many other things to think about, are going to wade into the market and outperform the professionals are approximately the same as the odds of you getting up out of your armchair, wandering down to the nearest major league sports arena, and outperforming the folks on the field.

That's why all the best financial advice is to buy broad market funds and then just hold them. I've interviewed a fair number of finance professors over my years as a columnist. These people spend their lives studying how to make money in financial markets. You know what they do with their nest eggs? That's right, all the ones I've ever talked to had the overwhelming majority of their money in the same boring Vanguard or TIAA-CREF index funds.

As you get older, you can shift more of your investment portfolio toward bonds, which offer lower but more stable returns. But you should not be trying to pick mutual funds (you won't be any better at this than you will be at picking individual stocks, and historical performance data don't tell you anything useful about what will happen in the future). You buy an index because it's diversified -- you won't be undone if a major company suddenly goes bankrupt -- and because it's cheap. Fees are low because the fund isn't paying a battalion of analysts and managers to pick stocks; the fund just mirrors the broad market.

And then once you've bought index funds, you're done. Don't look at your statements unless you need to for planning purposes -- to figure out whether you're on track for the retirement you want, and calculate how much more you need to contribute, or how much lifestyle you need to cut back. Otherwise, your mutual funds should be out of sight, out of mind. I see our mutual fund status about once a month, and that's only because we have accounts outside of our employer-sponsored retirement funds that I have to manually purchase fund shares for when I transfer money in. I do my best to ignore it.

If you look, you will be tempted to do something. And if you do something, the odds are that this will be the wrong thing, something that will cost you money. Market tops and market bottoms are fundamentally herd behavior. And while I'm sure that every cow in the herd feels that she is special, just a little bit more insightful than the average cow, collectively they are a bovine mass.

Of course, indexing is a herd strategy too. But it's less of a stampede from some imagined danger, more of an amble toward green pastures. And it works.

This column does not necessarily reflect the opinion of the editorial board or Bloomberg LP and its owners.

To contact the author on this story:
Megan McArdle at mmcardle3@bloomberg.net
fj201 Escreveu:http://eu.spindices.com/resource-center/thought-leadership/research/
2014 Fundos Activos de gestores profissionais altamente bem pagos esmagados pelo SP500: 86,44% (Oitenta e seis vírgula Quarenta e Quatro por Cento)
2008 (BEAR MARKET) Fundos activos atropelados pelo SP500: 54,34%
Fundos Activos Mid Cap foram cilindrados pelo etf do SP MidCap 400: 74,74% Esmagados;
Fundos Activos Small Cap foram cilindrados pelo etf do SP Small Cap 600: 83,77% Esmagados;

 
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