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Caldeirão da Bolsa

Winning the loser's game

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Re: Winning the loser's game

por LTCM » 3/2/2015 20:31

Cem pt Escreveu: Não consegui encontrar nada em relação aos “drawdowns”, não sei se foi nabice minha na pesquisa ou se só estão acessíveis a clientes com acesso a dados mais restritos.


O Max drawdown fica abaixo de - 5,5% (ano de 1981).
Remember the Golden Rule: Those who have the gold make the rules.
***
"A soberania e o respeito de Portugal impõem que neste lugar se erga um Forte, e isso é obra e serviço dos homens de El-Rei nosso senhor e, como tal, por mais duro, por mais difícil e por mais trabalhoso que isso dê, (...) é serviço de Portugal. E tem que se cumprir."
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Re: Winning the loser's game

por LTCM » 3/2/2015 16:03

Cem pt Escreveu: Cada vez que tomamos conhecimento mais aprofundado das performances do mundo dos fundos profissionais, mais me convenço que um investidor médio em sua casa, desde que tenha umas bases razoáveis para perceber o que está a fazer, pode conseguir bater com um certo à vontade a esmagadora maioria dos fundos.


Só discordo:
nas bases razoáveis para perceber o que está a fazer.
Para bater a generalidade dos fundos profissionais, a longo prazo, nem isso é preciso.
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Re: Winning the loser's game

por Cem pt » 3/2/2015 14:56

Citação do amigo Mouro Emprestado:

Cem pt Escreveu:
O ideal numa carteira na minha ótica será fazer acompanhar boas rentabilidades com baixos “drawdowns”. É difícil mas é possível, e em seguida capitalizar os ganhos de forma exponencial no menor período possível, essa seria a etapa seguinte de ouro sobre azul.


Tens as carteiras-tipo do Harry Browne que, de uma forma passiva, tem tido muito poucos DD nos últimos 25 anos:

- 25% accções
- 25% Obrigações AAA de LP
- 25% cash/obrigações AAA de muito curto prazo
- 25% Ouro




Fui espreitar as performances sugeridas no “Permanent Portfolio” do Harry Browne.

Os retornos nos últimos 8 anos variaram entre os +14% aos -2%, com uma média ligeiramente abaixo dos +8% e com um desvio-padrão desses mesmos valores a rondar os 6%.

Não consegui encontrar nada em relação aos “drawdowns”, não sei se foi nabice minha na pesquisa ou se só estão acessíveis a clientes com acesso a dados mais restritos.

Embora os valores encontrados se consigam comparar de forma satisfatória com os grandes tubarões dos “Vanguard”, acho que voltamos a cair naquela classe de produtos que quando ultrapassam os 10% ao ano devem fazer uma grande festa.

Cada vez que tomamos conhecimento mais aprofundado das performances do mundo dos fundos profissionais, mais me convenço que um investidor médio em sua casa, desde que tenha umas bases razoáveis para perceber o que está a fazer, pode conseguir bater com um certo à vontade a esmagadora maioria dos fundos.

Quando aprofundamos as pesquisas por rácios de eficiência das carteiras, como sejam os “Profit Factors” ou “Return / Drawdown” só para dar 2 pequenos exemplos, os dados vão rareando mas os valores encontrados são de tal forma dececionantes que me pergunto por que razão existe tanta gente que disponibiliza a estes fundos milhões e milhões de dólares e para se obterem rentabilidades jeitosas, digamos mais de 20% ao ano, estamos perante uma tarefa ciclópica sobre como encontrar uma agulha num palheiro!

Daí que conclua que bastaria a um investidor médio perder mais um pouco de tempo nuns minutos à noite em casa, depois de chegar do trabalho, para conseguirem bater com alguma facilidade, em valores médios de retorno e risco, toda a panóplia existente de fundos disponíveis ao público em geral.

Só que provavelmente o problema está mesmo aí uma vez que a maioria dos investidores não está para se maçar muito com essas perdas de tempo e nem deve fazer ideia dos ganhos potenciais que deixa de ganhar se investisse um pouco do seu tempo nessa atividade de monitorização periódica duma sua própria carteira. É pena que não tenham essa perceção!
O autor não assume responsabilidades por acções tomadas por quem quer que seja nem providencia conselhos de investimento. O autor não faz promessas nem oferece garantias nem sugestões, limita-se a transmitir a sua opinião pessoal. Cada um assume os seus riscos, incluindo os que possam resultar em perdas.


Citações que me assentam bem:


Sucesso é a habilidade de ir de falhanço em falhanço sem perda de entusiasmo – Winston Churchill

Há milhões de maneiras de ganhar dinheiro nos mercados. O problema é que é muito difícil encontrá-las - Jack Schwager

No soy monedita de oro pa caerle bien a todos - Hugo Chávez


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Re: Winning the loser's game

por Mouro_Emprestado » 3/2/2015 8:44

Cem pt Escreveu:O ideal numa carteira na minha ótica será fazer acompanhar boas rentabilidades com baixos “drawdowns”. É difícil mas é possível, e em seguida capitalizar os ganhos de forma exponencial no menor período possível, essa seria a etapa seguinte de ouro sobre azul.


Tens as carteiras-tipo do Harry Browne que, de uma forma passiva, tem tido muito poucos DD nos últimos 25 anos:

- 25% accções
- 25% Obrigações AAA de LP
- 25% cash/obrigações AAA de muito curto prazo
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Re: Winning the loser's game

por O Alquimista » 3/2/2015 2:01

Amigo Cem,

Sobre a má volatilidade dizes:
A volatilidade “má” é o conjunto de movimentos marcados por subidas e descidas sem nexo aparente mas de elevada amplitude.


Sobre a boa volatilidade dizes:
a chamada “boa” volatilidade, a qual é composta por movimentos de boa amplitude registados em sentidos bem marcantes do mercado, ou para cima ou para baixo.


Quer dizer que as duas se distinguem por a má volatilidade aparentemente não ter nexo? Como falaste nisto a propósito da má volatilidade mas não o referiste a propósito da boa volatilidade, pode legitimamente inferir-se que a boa volatilidade aparentemente terá nexo. Se sim, para quem?

Nada impede que a dita má volatilidade, aquela aparentemente sem nexo, seja "boa" para a carteira. Eu gosto de negociar e especular a má volatilidade, aquela que aparentemente não tem nexo, é isso que me pode dar vantagem. A outra, a que terá nexo, aquela que quase todo o mercado consegue ver e seguir...bem, essa deixo para os especialistas.

Moral da história: o nó górdio da questão está, como sempre esteve e sempre estará, no savoir faire. Uns podem ter muito savoir mas têm pouco pouvoir, outros tèm muito pouvoir mas quase nenhum savoir...

Abraço
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Re: Winning the loser's game

por Cem pt » 3/2/2015 1:30

Não fiz nenhum estudo estatístico sobre os retornos com fundos ligados aos índices acionistas, no entanto tenho o feeling que nos mercados ditos desenvolvidos, como é o caso exemplar do S&P 500, provavelmente existe um limite que os impede de atingir grandes rentabilidades por “exaustão” devida aos milhares e milhares de grandes fundos mundiais que se “marcam” uns aos outros com movimentos de compras e vendas que “anulam” volatilidades extremas impeditivas de grandes valorizações / desvalorizações.

Se fosse gestor de fundos profissional com toda a probabilidade o último índice acionista que escolheria para colocar na carteira seria precisamente o S&P 500, é o que ultimamente apresenta as variações mais pequenas e de menor volatilidade em relação à maioria dos demais.

Nessa perspetiva qualquer detentor de uma carteira que se preze gostará de ver ativos com grandes movimentos diários, aquilo que geralmente designamos por volatilidade.

Se assim não for, que me perdoem os adeptos de estratégias mais defensivas, os restantes tipos de carteiras profissionais, sejam eles de gestão ativa ou passiva, cairão na classe daquilo que eu chamo de “fundos medrosos”, em geral com o objetivo de obtenção de ganhos médios conservadores raramente a passar a barreira dos 10%, acompanhados por índices de Sharpe reduzidos.

Compreende-se que os fundos, em especial os muito capitalizados, queiram defender-se contra os riscos de grandes variações que, nos cenários mais adversos, certamente propiciariam grandes levantamentos de capital por parte dos seus clientes, o que poderia pôr em causa as metas dos bónus que os gestores esperariam obter no final de cada ano.

O ideal numa carteira na minha ótica será fazer acompanhar boas rentabilidades com baixos “drawdowns”. É difícil mas é possível, e em seguida capitalizar os ganhos de forma exponencial no menor período possível, essa seria a etapa seguinte de ouro sobre azul.

A chave duma boa escolha dos componentes da carteira residirá num “picking” ideal relacionado com a sua volatilidade histórica, na minha perspetiva, claro.

Atenção, há no entanto que distinguir a boa da má volatilidade.

Agora está na moda esta coisa do ex-BES com o Banco bom e mau, no caso da volatilidade esta distinção é crítica no trading bom e mau que se possa vir a executar.

Mas o que é isto da volatilidade boa e má?

A volatilidade “má” é o conjunto de movimentos marcados por subidas e descidas sem nexo aparente mas de elevada amplitude. No trading não quero isso para nada mas há muita boa gente, em especial centrada nos “swing traders”, que adora negociar esses movimentos. Atenção, não estou a criticar mas apenas a ressaltar que o potencial do retorno duma carteira poderia ser bem maior numa perspetiva bem diferente deste tipo de volatilidade composta por swings de duração e amplitudes bastante aleatórios.

O ideal será portanto negociar ativos financeiros com a chamada “boa” volatilidade, a qual é composta por movimentos de boa amplitude registados em sentidos bem marcantes do mercado, ou para cima ou para baixo. Creio que deveria estar aqui centrada a escolha que os gestores de carteiras deveriam fazer quando selecionam os papéis que vão negociar.

Nesta perspetiva de termos de lidar com papéis com movimentos unidirecionais bem marcantes está toda a diferença!

No novo cenário deixa de ter qualquer nexo saber se vamos investir num mercado com papéis baratos e com potencial de subida, isso seria o tradicional e nada tem que ver com a nova estratégia que se limita a acompanhar a posição detida com os movimentos dominantes que o mercado nos oferece!

Basta-nos recorrer simplesmente a ferramentas que nos digam se a tendência dominante de cada componente da carteira se pode classificar em 2 categorias bem definidas: ascendente e descendente, vá lá, poderemos condescender quanto muito também com a deteção dum terceiro movimento chamado neutral ou não tendencial. Para em seguida tomarmos a decisão correta e lógica, numa ótica de seguimento passivo da tendência existente até que a mesma se esgote por indicação do próprio mercado, obviamente com a incorporação de alguma precisão de “timing” na avaliação do esgotamento da referida tendência terminada.

Os papéis não estão portanto neste tipo de carteiras “hedge-fund” para serem valorizados mas apenas para seguirem o movimento do “vento” que empurra o balão no ar no seu sentido mais marcante, ou seja, que acompanhe a tendência dominante.

Porque não?! Este tipo de carteiras 100% “trend guided” são os que com toda a lógica oferecerão as perspetivas mais risonhas a longo prazo, desde que acompanhadas por ferramentas de análise fiáveis, logicamente baseadas na Análise Técnica, que ajudem os gestores dos fundos a mudar o seu posicionamento nas alturas convenientes, consoante o novo sentido dominante detetado em cada papel.
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Re: Winning the loser's game

por LTCM » 2/2/2015 22:30

.
Como o mercado está muito "esticado" vou usar aos meus conhecimentos de “Market Timing” para entrar na altura certa. :twisted:

Imagem


Whenever you first invest, time is on your side. Over the long haul, the compounding returns of a well-chosen investment will add up nicely, whatever the market happens to be doing when you buy your first shares.
:-#
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Re: Winning the loser's game

por LTCM » 1/2/2015 20:10

VirtuaGod Escreveu:Só para avisar os mais distraídos que o Pimco está alavancado e a carteira inclui "Número total de obrigações diferentes na carteira 205"

Em USD muito semelhante ao Pimco têm o IE0033609722, que para além de não estar alavancado não usa obrigações, pena os 5000 usd de mínimo de compra do fundo, tal como todos os AXA Rosenberg.


Aqui se prova que para ter retornos acivos tem de se investir de forma passiva. :mrgreen:

4/5 dos activos do extraordinário, fantástico, soberbo, super, PIMCO (IE00B1D7YP71), diz quem sabe: um dos melhores FIGA acionistas em todas as categorias dos EUA, estão investidos em E-mini S&P 500 Index Futures e o resto são bonds; Priceless!

:lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol: :lol:

Why Invest In This Fund

Traditional index funds aim to match the performance of a market index by investing in all, or a representative sample, of the stocks in the index. PIMCO StocksPLUS® Fund goes further, combining passive exposure to the S&P 500 with active bond management in an effort to outperform the index.
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Re: Winning the loser's game

por VirtuaGod » 30/1/2015 18:34

rokk Escreveu:Não... estou a falar de um caminho/estratégia que a 5 anos já bate a maioria das estratégias de Bill Gross, Michael, etc. E que a 10 ou 20 anos, nem se fala.
Quando me lembrar do nome já te digo.


Esse fundo que nomeias é a excepção ou a regra geral na estratégia que segues? E se é a excepção, qual a lógica ou sentido do teu argumento? :-s

É suposto eu seguir um caminho garantidamente pior porque 1 dos caminhantes se deu bem? Espero que não seja este o conselho. =;


Concordemos em discordar :wink: Eu sigo o que dá lucro independentemente de clubites.

Não vale a pena discutir com um benfiquista/portista que foi penalti (ou que não foi). Não gosto muito de conversas improdutivas que me queimem os neurónios. Dou-me bem com a minha estratégia e ainda bem que te dás com a tua :wink:

Comparo sempre o que faço com benchmarks (gestão passiva). Até agora não vi razões para mudar a 100% para gestão passiva. Não digo que não mudarei no futuro, nem que não uso parte da minha carteira para gestão passiva. Encontrar um fundo que bata o S&P por exemplo é complicadíssimo, pelo que um ETF não é mal pensado, já um que bata AGG/BND já não o é. E ao contrário da tua opinião na Europa os ETFs infelizmente estão a milhas dos EUA. Se negociasse em USD provavelmente usaria mais ETFs.

Não discordo que gestão passiva é o melhor para a maioria das pessoas. Só que defendes isso como se fosse o Santo Grall e isso faz-me confusão, só isso. Ah, e eu tenho backtests de fundos no excel na assinatura, se te apetecer dar uma olhadela, por isso aquilo que digo não é blá blá blá nem uma opinião não fundamentada ( e não, não são só backtests teóricos 8-) )

Perco grande parte do meu dia a ler notícias e a estudar, talvez por isso nunca gostei do Bill Gross. Já o Hasenstab é uma pessoa bastante inteligente. Se vou sair de um fundo porque teve um ano mau? O negócio na ucrania ainda nem acabou... Seria o mesmo que vender SPY e resmungar que é mau fundo porque caiu 20% num ano LOL Underperformance de curto prazo é uma preocupação extra em fundos activos, não discordamos, mas é uma preocupação que me dou bem. Como um value investor num Bull Market brutal como no final dos anos 90, ou estes últimos anos (O Buffett teve menos rentabilidade que o S&P a 5 anos, isso invalida o que fez no passado e será impossível voltar a bater o S&P nos próximos 5 ou 10 anos??)

Felizmente no mercado há muitos caminhos, o que interessa é fazer $...

P.S. Index funds em agregado serão sempre melhor que fundos activos, já que a gestão activa é um zero sumgame. É uma verdade matemática. Quem tem menos custos ganha sempre, em média. Nem precisava de ver estudos sobre isso lol. É como dizer que 10-1 é superior a 10-2. Se o mercado dá 10, quem tem mais custos perde SEMPRE mais, em agregado (ou ganha menos, como quiseres)

Lê notícias sobre a CalPERS, deves simpatizar com o que a Stausboll anda a fazer :-)
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Re: Winning the loser's game

por rokk » 30/1/2015 16:36

Não... estou a falar de um caminho/estratégia que a 5 anos já bate a maioria das estratégias de Bill Gross, Michael, etc. E que a 10 ou 20 anos, nem se fala.
Quando me lembrar do nome já te digo.


Esse fundo que nomeias é a excepção ou a regra geral na estratégia que segues? E se é a excepção, qual a lógica ou sentido do teu argumento? :-s

É suposto eu seguir um caminho garantidamente pior porque 1 dos caminhantes se deu bem? Espero que não seja este o conselho. =;
 
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Re: Winning the loser's game

por VirtuaGod » 30/1/2015 15:05

rokk Escreveu:
VirtuaGod Escreveu:Nem de propósito. Acabei de ler isto:

Would Keynes Have Been Fired as a Money Manager Today?

"Short-termism and status quo are so widely practiced in [today's] institutionalized world of investing that it’s highly unlikely that investors would have the requisite patience to stick with someone like Keynes today. Investors would certainly chase performance after the string of good years, but very few would be able to earn the overall outperformance figures."



short-termism é algo que pode ser praticado por qualquer um com qualquer tipo de ativo. Não é isso que estamos a falar. O que estou a perguntar é se não há outro caminho barato (ER<0,50%), simples(1, 2 ativos) e comprovadamente melhor (estatisticamente claramente superior a outra estratégia). :wink:


Estás a falar do Weslley? VWINX??
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Re: Winning the loser's game

por rokk » 30/1/2015 13:14

VirtuaGod Escreveu:Nem de propósito. Acabei de ler isto:

Would Keynes Have Been Fired as a Money Manager Today?

"Short-termism and status quo are so widely practiced in [today's] institutionalized world of investing that it’s highly unlikely that investors would have the requisite patience to stick with someone like Keynes today. Investors would certainly chase performance after the string of good years, but very few would be able to earn the overall outperformance figures."



short-termism é algo que pode ser praticado por qualquer um com qualquer tipo de ativo. Não é isso que estamos a falar. O que estou a perguntar é se não há outro caminho barato (ER<0,50%), simples(1, 2 ativos) e comprovadamente melhor (estatisticamente claramente superior a outra estratégia). :wink:
 
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Re: Winning the loser's game

por rokk » 30/1/2015 13:10

http://www.bloomberg.com/news/articles/ ... -fund-fees

And Gross's new fund, the Janus Unconstrained Bond Fund? It has even higher fees than his old Pimco fund. For example, investors in Class A shares pay a 4.75 percent load and are then charged 1.08 percent annually. Even the annual fees for the institutional class are unusually high, at 0.83 percent. Gross has $700 million of his own money in the fund, and Janus has said there's no special arrangement regarding fees on his investment.

Since Gross joined Janus, the fund is down 1.2 percent. Aggregate bond ETFs such as AGG and BND, which are 13 times cheaper, are up 3 percent. Investors who want to bet on Gross may want to wait for the ETF version of his fund that Janus plans to launch in coming months.


Será que não há outro caminho?
 
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Re: Winning the loser's game

por VirtuaGod » 29/1/2015 13:59

Nem de propósito. Acabei de ler isto:

Would Keynes Have Been Fired as a Money Manager Today?

"Short-termism and status quo are so widely practiced in [today's] institutionalized world of investing that it’s highly unlikely that investors would have the requisite patience to stick with someone like Keynes today. Investors would certainly chase performance after the string of good years, but very few would be able to earn the overall outperformance figures."
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Re: Winning the loser's game

por VirtuaGod » 29/1/2015 2:01

rokk Escreveu:Será que não há outro caminho? Um que não te preocupes nem com nomes, nem fundos, nem com nada? :wink:


Ui, tens de me explicar esse investimento onde não tenho de me preocupar com nada. Andei aqui eu iludido estes anos todos a gerir risco e pelos vistos inútilmente :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :twisted:

Sou muito fã de gestão passiva mas não é o Santo Grall. O Hasenstab mesmo depois do ano passado ainda bate largamente o Benchmark a médio/longo prazo :wink: Uma das coisas que se tem de se lutar muito em investimento (tanto faz se passivo ou activo) é Short-Termism, isso sim um grande problema no mundo de investimento, bem maior do que um gestor activo ter um mau ano depois de 10 bons!!
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Re: Winning the loser's game

por LTCM » 28/1/2015 18:46

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Re: Winning the loser's game

por rokk » 27/1/2015 16:58

VirtuaGod Escreveu:
rokk Escreveu:O que devemos concluir disto tudo?


Que o ser humano erra. Para se ter performance melhor que o mercado a médio/longo prazo tem que se correr riscos, eventualmente uma das apostas corre mal e tem um enorme impacto no curto prazo. É assim a vida... acho que não há ng que possa dizer que tudo lhe correu sempre de feição!!

Uma das coisas mais complicadas em fundos activos é mante-los em períodos de underperformance. Sofri isso na pele ao vender o Carmignac. Neste momento é dos mistos que melhor se comporta!!


Depois de veres Bill Gross, Michael Hasenstab, apontados como os melhores entre os melhores do planeta a falharem categoricamente, tu mesmo a reconhecer a má "desaposta" no Carmignac, o que te leva a concluir?

Será que não há outro caminho? Um que não te preocupes nem com nomes, nem fundos, nem com nada? :wink:
 
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Re: Winning the loser's game

por LTCM » 27/1/2015 16:18

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- Warren Buffett
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Re: Winning the loser's game

por O Alquimista » 24/1/2015 15:02

Foi sorte!, dizem uns. Não, não: competência!, opinam outros. A opção é simples: queremos um gestor incompetente com sorte ou um gestor competente com azar? Eu já escolhi o meu: é competente e tem sorte.
Quem olha para o investimento nos mercados financeiros e amiúde sente necessidade de falar em sorte, tem sorte em nele não estar de forma activa pois teve o azar de já ter estado nessa qualidade. Penso eu de que...
Aproveitando este Sábado soalheiro neste espaço solarengo lanço um desafio: apontem os foristas que aqui têm coragem para mostrar resultados e que acham que têm tido sorte. Podem começar pel´O Alquimista: a sorte faz andá-lo de bem com a vida. O que sentirá quem não é bafejado por ela?
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Re: Winning the loser's game

por VirtuaGod » 24/1/2015 12:25

rokk Escreveu:O que devemos concluir disto tudo?


Que o ser humano erra. Para se ter performance melhor que o mercado a médio/longo prazo tem que se correr riscos, eventualmente uma das apostas corre mal e tem um enorme impacto no curto prazo. É assim a vida... acho que não há ng que possa dizer que tudo lhe correu sempre de feição!!

Uma das coisas mais complicadas em fundos activos é mante-los em períodos de underperformance. Sofri isso na pele ao vender o Carmignac. Neste momento é dos mistos que melhor se comporta!!
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Re: Winning the loser's game

por Mouro_Emprestado » 24/1/2015 10:09

E será que das vezes anteriores eles sabiam realmente mais do que os outros, ou simplesmente tiveram sorte nas suas apostas?

O mundo das Finanças estão cheios de gurus, mas poucos são aqueles que se podem gabar de terem retornos ajustados ao risco acima da média (especialmente se tivermos em conta que cobram entre 1 a 1,5 p.p. de comissões de gestão a mais do que fundos/ETFs índice).
 
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Re: Winning the loser's game

por ruicarlov » 23/1/2015 17:06

rokk Escreveu:O que devemos concluir disto tudo?

Abraços!


Que mesmo os "melhores" gestores são falíveis e que mais vale "take matters into our own hands" em fundos de índice, talvez?
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Re: Winning the loser's game

por rokk » 23/1/2015 16:33

http://www.bloombergview.com/articles/2 ... -investors

Bond guru Michael Hasenstab has probably made the most embarrassing mistake of his stellar career. Ukraine, on whose bonds he made a risky bet while President Viktor Yanukovych was still in power, is beginning to talk to international creditors about restructuring its foreign debt. The negotiations will be tricky, and even if the Ukrainian government makes its inevitable default relatively painless, Hasenstab stands to lose significant money on his investment.
(...)
Hasenstab will be an important figure in these negotiations. He runs bond funds for Templeton that held $8.8 billion of Ukrainian debt at the end of September 2014. (They have not yet reported newer data.) In June, the fund manager, who has won big on Irish and Hungarian debt in the past, painted a rosy picture of this investment:
(...)
Granted, it only constitutes a small part of the $119 billion in bonds he runs for Templeton, but for someone who has a reputation as a successful contrarian to maintain, the almost inevitable restructuring is a blow quite out of proportion to the actual financial effect of the losses. Besides, Hasenstab's recent record has already been uncharacteristically weak. The one-year performance of his biggest find, Templeton Global Bond is only in the 54th percentile of his peers, and this month, it's in the lowly 27th percentile so far.


Parece que aparentemente um dos gestores ativos profissionais mais citados neste fórum (a seguir ao Bill Gross) também fez asneira da grossa. :oh: :cry:
Falta mais algum gestor ativo profissional cair (dos muito citados em alguns tópicos)?

O que devemos concluir disto tudo?

Abraços!
 
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Re: Winning the loser's game

por ruicarlov » 23/1/2015 12:02

p3droPT Escreveu:Bem visto ruicarlov, uma opção a considerar dado que quero, aos poucos, ir mudando para ETF's que capitalizem dividendos. É uma chatice ter de fazer a declaração mesmo não tendo vendido nada (apenas comprado) para pagar a restante percentagem dos dividendos.

Ja agora um "aparte": Esta queda do Eur/Usd está a dar-me mais "ganhos" que a valorização dos fundos em si. Se por acaso liquidasse as posições e recomprasse Euros alguém me sabe dizer de que forma teria de declarar estas mais valias?

Obrigado


Para efeitos da declaração de mais-valias em Portugal, os valores das operações têm sempre de ser convertidos a euros através da taxa de câmbio diária do banco de Portugal. Logo teria de declarar do mesmo modo de sempre, preço de venda-preço de compra-comissão de alienação.
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