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Enviado:
3/4/2011 22:33
por MarcoAntonio
Aparentemente, o autor do texto é Maria dos Anjos, uma das autoras deste blog:
http://assobiorebelde.blogspot.com/
Esta notícia do Correio da Manhã, por exemplo, esclarece que o escritor José Eduardo Agualusa, amigo de Mia Couto desmente que este último seja o autor:
http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/notic ... -mia-couto

Enviado:
3/4/2011 22:28
por mancha preta
Marco António.
Passei este texto conforme me enviaram, não fazia ideia que não era do Mia Couto, já agora se alguém souber quem é o autor, fico agradecido.
Quanto ao gráfico

.
Estou na Bolsa por Loucura.

Enviado:
3/4/2011 19:35
por MarcoAntonio
Mancha Preta, esse texto (que penso que está incompleto e já passou aqui no Forum) não é realmente de Mia Couto.
Em relação ao gráfico, ele vai até 2010. No fundo da página (do browser) corra tudo para a direita na barra de scroll, porque ele continua...

Enviado:
3/4/2011 19:21
por mancha preta
_ESCRITOR MOÇAMBICANO_
_ _
_Mia Couto - Geração à Rasca - A Nossa Culpa_
"Um dia, isto tinha de acontecer.
Existe uma geração à rasca?
Existe mais do que uma! Certamente!
Está à rasca a geração dos pais que educaram os seus meninos numa
abastança caprichosa, protegendo-os de dificuldades e escondendo-lhes
as agruras da vida.
Está à rasca a geração dos filhos que nunca foram ensinados a lidar
com frustrações.
A ironia de tudo isto é que os jovens que agora se dizem (e também
estão) à rasca são os que mais tiveram tudo.
Nunca nenhuma geração foi, como esta, tão privilegiada na sua infância
e na sua adolescência. E nunca a sociedade exigiu tão pouco aos seus
jovens como lhes tem sido exigido nos últimos anos.
Deslumbradas com a melhoria significativa das condições de vida, a
minha geração e as seguintes (actualmente entre os 30 e os 50 anos)
vingaram-se das dificuldades em que foram criadas, no antes ou no pós
1974, e quiseram dar aos seus filhos o melhor.
Ansiosos por sublimar as suas próprias frustrações, os pais investiram
nos seus descendentes: proporcionaram-lhes os estudos que fazem deles
a geração mais qualificada de sempre (já lá vamos...), mas também lhes
deram uma vida desafogada, mimos e mordomias, entradas nos locais de
diversão, cartas de condução e 1º automóvel, depósitos de combustível
cheios, dinheiro no bolso para que nada lhes faltasse. Mesmo quando as
expectativas de primeiro emprego saíram goradas, a família continuou
presente, a garantir aos filhos cama, mesa e roupa lavada.
Durante anos, acreditaram estes pais e estas mães estar a fazer o
melhor; o dinheiro ia chegando para comprar (quase) tudo, quantas
vezes em substituição de princípios e de uma educação para a qual não
havia tempo, já que ele era todo para o trabalho, garante do ordenado
com que se compra (quase) tudo. E éramos (quase) todos felizes.
Depois, veio a crise, o aumento do custo de vida, o desemprego, ... A
vaquinha emagreceu, feneceu, secou.
Foi então que os pais ficaram à rasca.
Os pais à rasca não vão a um concerto, mas os seus rebentos enchem
Pavilhões Atlânticos e festivais de música e bares e discotecas onde
não se entra à borla nem se consome fiado.
Os pais à rasca deixaram de ir ao restaurante, para poderem continuar
a pagar restaurante aos filhos, num país onde uma festa de
aniversário de adolescente que se preza é no restaurante e vedada a
pais.
São pais que contam os cêntimos para pagar à rasca as contas da água e
da luz e do resto, e que abdicam dos seus pequenos prazeres para que
os filhos não prescindam da internet de banda larga a alta velocidade,
nem dos qualquercoisaphones ou pads, sempre de última geração.
São estes pais mesmo à rasca, que já não aguentam, que começam a ter
de dizer "não". É um "não" que nunca ensinaram os filhos a ouvir, e
que por isso eles não suportam, nem compreendem, porque eles têm
direitos, porque eles têm necessidades, porque eles têm expectativas,
porque lhes disseram que eles são muito bons e eles querem, e querem,
querem o que já ninguém lhes pode dar!
A sociedade colhe assim hoje os frutos do que semeou durante pelo
menos duas décadas.
Eis agora uma geração de pais impotentes e frustrados.
Eis agora uma geração jovem altamente qualificada, que andou muito por
escolas e universidades mas que estudou pouco e que aprendeu e sabe na
proporção do que estudou. Uma geração que colecciona diplomas com que
o país lhes alimenta o ego insuflado, mas que são uma ilusão, pois
correspondem a pouco conhecimento teórico e a duvidosa capacidade
operacional.
Eis uma geração que vai a toda a parte, mas que não sabe estar em
sítio nenhum. Uma geração que tem acesso a informação sem que isso
signifique que é informada; uma geração dotada de trôpegas
competências de leitura e interpretação da realidade em que se insere.
-"Alexandre7dias, o gráfico retrata a Dívida Pública até 1955, existe a possibilidade de mostrar o restante até aos nossos dias, é que 1955 foi mesmo o ano do meu nascimento e já agora gostava de ver o que tenho andado a fazer".
Desde já os meus agradecimentos.
Estou na Bolsa por Loucura.

Enviado:
3/4/2011 16:05
por alexandre7ias
Por acaso também recebi um email, e que email....de quem será a culpa?

Enviado:
3/4/2011 14:13
por mcarvalho
citação:
E a culpa desta desilusão é dos "papás" que os convenceram que a vida é um mar de rosas.
............
E quem são os papás???
São exactamente esses os responsáveis pela geração rasca que pariram e os responsáveis pela destruição do ninho.. que é ou era o nosso país..
ou a culpa é sempre dos outros??? ou seja ninguém ter coragem de assumir....
já diz o Fernando .. que não sabe ler nem escrever mas sabe "entreler"
filho de rico é fidalgo e filho de fidalgo é pobre
curiosamente .. acabado de receber por email:
Portugal, desde o séc. XX, tem estado sujeito a dois lemas:
No Estado Novo (1926-1974), o lema era:
"Deus, Pátria e Família!"
Na democracia, por espantoso que possa parecer, o lema tem sido praticamente igual, apenas aumentou... uma letra.
De facto, o lema actual que Portugal segue, é:
"Adeus, Pátria e Família!"

Enviado:
3/4/2011 12:09
por Deep Puple
artista Escreveu:Excelente Mech! É isso mesmo...
Divinal Mech.
Defines duas gerações. Uma batalhadora, criativa, ou seja uma geração de excelência, outra, a atual a dita geração à rasca, perdedora, RASCA e sem rumo.

Enviado:
3/4/2011 11:31
por artista_
Excelente Mech! É isso mesmo...

Enviado:
3/4/2011 11:07
por paulop2009
AutoMech Escreveu:Recebido por email. Não consegui descobrir o autor original, uma vez que já se encontra reproduzido em muitos blogues:
A geração dos meus pais não foi uma geração à rasca.
Foi uma geração com capacidade para se desenrascar.
Numa terriola do Minho as condições de vida não eram as melhores.
Mas o meu pai António não ficou de braços cruzados à espera do Estado ou de quem quer que fosse para se desenrascar.
Veio para Lisboa, aos 14 anos, onde um seu irmão, um pouco mais velho, o Artur, já se encontrava.
Mais tarde veio o Joaquim, o irmão mais novo.
Apenas sabendo tratar da terra e do pastoreio, perdidos na grande e desconhecida Lisboa, lançaram-se à vida.
Porque recusaram ser uma geração à rasca fizeram uma coisa muito simples.
Foram trabalhar.
Não havia condições para fazerem o que sabiam e gostavam.
Não ficaram à espera.
Foram taberneiros.
Foram carvoeiros.
Fizeram milhares de bolas de carvão e serviram milhares de copos de vinho ao balcaão.
Foram simples empregados de tasca.
Mas pouparam.
E quando surgiu a oportunidade estabeleceram-se como comerciantes no ramo.
Cada um à sua maneira foram-se desenrascando.
Porque sempre assumiram as suas vidas pelas suas próprias mãos.
Porque sempre acreditaram neles próprios.
E nós, eu e os meus primos, nunca passámos por necessidades básicas.
Nós, eu e os meus primos, sempre tivémos a possibilidade de acesso ao ensino e à formação como ferramentas para o futuro.
Uns aproveitaram melhor, outros nem tanto, mas todos tiveram as condições que necessitaram.
E é este o exemplo de vida que, ainda hoje, com 60 anos, me norteia e me conduz.
Salvaguardadas as diferenças dos tempos mantenho este espírito.
Não preciso das ajudas do Estado.
Porque o meu pai e tios também não precisaram e desenrascaram-se.
Não preciso das ajudas da família que também têm as suas próprias vidas.
Não preciso das ajudas dos vizinhos e amigos.
Porque o meu pai e tios também não precisaram e desenrascaram-se.
Preciso de mim.
Só de mim.
E, por isso, não sou, nunca fui, de qualquer geração à rasca.
Porque me desenrasco.
Porque sempre me desenrasquei.
O mal desta auto-intitulada geração à rasca é a incapacidade que revelam.
Habituados, mal habituados, a terem tudo de mão beijada.
Habituados, mal habituados, a não precisarem de lutar por nada porque tudo lhes foi sendo oferecido.
Habituados, mal habituados, a pensarem que lhes bastaria um canudo de um qualquer curso dito superior para terem garantida a eterna e fácil prosperidade.
Sentem-se desiludidos.
E a culpa desta desilusão é dos "papás" que os convenceram que a vida é um mar de rosas.
Mas não é.
É altura de aprenderem a ser humildes.
É altura de fazerem opções.
Podem ser "encanudados" de qualquer curso mas não encontram emprego "digno".
Podem ser "encanudados" de qualquer curso mas não conseguem ganhar o dinheiro que possa sustentar, de imediato, a vida que os acostumaram a pensar ser facilmente conseguida.
Experimentem dar tempo ao tempo, e entretanto, deitem a mão a qualquer coisa.
Mexam-se.
Trabalhem.
Ganhem dinheiro.
Na loja do Shopping.
Porque não ?
Aaaahhh porque é Doutor...
Doutor em loja de Shopping não dá status social.
Pois não.
Mas dá algum dinheiro.
E logo chegará o tempo em que irão encontrar o tal e ambicionado emprego "digno".
O tal que dá status.
O meu pai e tios fizeram bolas de carvão e venderam copos de vinho.
Eu, que sou Informático, System Engineer, em alturas de aperto, vendi bolos, calças de ganga, trabalhei em cafés, etc.
E garanto-vos que sou hoje muito melhor e mais reconhecido socialmente do que se sempre tivesse tido a papinha toda feita.
Geração à rasca ?
Vão trabalhar que isso passa.
À rasca, mesmo à rasca, também já tenho estado.
Mas vou à casa de banho e passa-me.
Se isto fosse o Facebook, faria um "like" a este post.

Enviado:
2/4/2011 22:01
por Automech
Recebido por email. Não consegui descobrir o autor original, uma vez que já se encontra reproduzido em muitos blogues:
A geração dos meus pais não foi uma geração à rasca.
Foi uma geração com capacidade para se desenrascar.
Numa terriola do Minho as condições de vida não eram as melhores.
Mas o meu pai António não ficou de braços cruzados à espera do Estado ou de quem quer que fosse para se desenrascar.
Veio para Lisboa, aos 14 anos, onde um seu irmão, um pouco mais velho, o Artur, já se encontrava.
Mais tarde veio o Joaquim, o irmão mais novo.
Apenas sabendo tratar da terra e do pastoreio, perdidos na grande e desconhecida Lisboa, lançaram-se à vida.
Porque recusaram ser uma geração à rasca fizeram uma coisa muito simples.
Foram trabalhar.
Não havia condições para fazerem o que sabiam e gostavam.
Não ficaram à espera.
Foram taberneiros.
Foram carvoeiros.
Fizeram milhares de bolas de carvão e serviram milhares de copos de vinho ao balcaão.
Foram simples empregados de tasca.
Mas pouparam.
E quando surgiu a oportunidade estabeleceram-se como comerciantes no ramo.
Cada um à sua maneira foram-se desenrascando.
Porque sempre assumiram as suas vidas pelas suas próprias mãos.
Porque sempre acreditaram neles próprios.
E nós, eu e os meus primos, nunca passámos por necessidades básicas.
Nós, eu e os meus primos, sempre tivémos a possibilidade de acesso ao ensino e à formação como ferramentas para o futuro.
Uns aproveitaram melhor, outros nem tanto, mas todos tiveram as condições que necessitaram.
E é este o exemplo de vida que, ainda hoje, com 60 anos, me norteia e me conduz.
Salvaguardadas as diferenças dos tempos mantenho este espírito.
Não preciso das ajudas do Estado.
Porque o meu pai e tios também não precisaram e desenrascaram-se.
Não preciso das ajudas da família que também têm as suas próprias vidas.
Não preciso das ajudas dos vizinhos e amigos.
Porque o meu pai e tios também não precisaram e desenrascaram-se.
Preciso de mim.
Só de mim.
E, por isso, não sou, nunca fui, de qualquer geração à rasca.
Porque me desenrasco.
Porque sempre me desenrasquei.
O mal desta auto-intitulada geração à rasca é a incapacidade que revelam.
Habituados, mal habituados, a terem tudo de mão beijada.
Habituados, mal habituados, a não precisarem de lutar por nada porque tudo lhes foi sendo oferecido.
Habituados, mal habituados, a pensarem que lhes bastaria um canudo de um qualquer curso dito superior para terem garantida a eterna e fácil prosperidade.
Sentem-se desiludidos.
E a culpa desta desilusão é dos "papás" que os convenceram que a vida é um mar de rosas.
Mas não é.
É altura de aprenderem a ser humildes.
É altura de fazerem opções.
Podem ser "encanudados" de qualquer curso mas não encontram emprego "digno".
Podem ser "encanudados" de qualquer curso mas não conseguem ganhar o dinheiro que possa sustentar, de imediato, a vida que os acostumaram a pensar ser facilmente conseguida.
Experimentem dar tempo ao tempo, e entretanto, deitem a mão a qualquer coisa.
Mexam-se.
Trabalhem.
Ganhem dinheiro.
Na loja do Shopping.
Porque não ?
Aaaahhh porque é Doutor...
Doutor em loja de Shopping não dá status social.
Pois não.
Mas dá algum dinheiro.
E logo chegará o tempo em que irão encontrar o tal e ambicionado emprego "digno".
O tal que dá status.
O meu pai e tios fizeram bolas de carvão e venderam copos de vinho.
Eu, que sou Informático, System Engineer, em alturas de aperto, vendi bolos, calças de ganga, trabalhei em cafés, etc.
E garanto-vos que sou hoje muito melhor e mais reconhecido socialmente do que se sempre tivesse tido a papinha toda feita.
Geração à rasca ?
Vão trabalhar que isso passa.
À rasca, mesmo à rasca, também já tenho estado.
Mas vou à casa de banho e passa-me.

Enviado:
20/3/2011 12:19
por pvg80713
hoje de manhã vi na Sic Not o programa 60 com o Mário Crespo, mas que copia o 60 minutes da ABC americana.
Um dos temas foram os 16 milhões de sem abrigo Americanos, e entrevistaram várias crianças com fome !

Enviado:
16/3/2011 2:28
por Lion_Heart
Vigília pela demissão do Primeiro-Ministro - Lisboa
Share · Public Event
Time Saturday, April 9 at 10:00pm - April 10 at 6:00am
Location Junto à residência oficial do Primeiro-Ministro, em S. Bento
Rua da Imprensa à Estrela, 4
Created By Movimento de Cidadãos Que Exigem a Demissão de José Sócrates
More Info Vigília à porta da residência oficial do Primeiro-Ministro (São Bento) para exigir a sua demissão.
A vigília será silenciosa e pacífica.
Os participantes deverão levar uma vela como símbolo de esperança. Quem assim o entender poderá também levar cartazes.
Serão bem-vindos: todos os cidadãos desagradados com as políticas incompetentes e incoerentes deste Governo; todos os cidadãos saturados das mentiras e das faltas de respeito deste Primeiro-Ministro; todos os cidadãos cansados das injustiças que sofrem diariamente; todos os cidadãos preocupados com o futuro dos seus filhos e netos.
Esta vigília será uma manifestação do povo, sem o dedo de nenhum partido político ou sindicato.
Serão realizadas, no mesmo dia e à mesma hora, vigílias noutros pontos do país, junto aos Governos Civis de cada distrito.
in
http://www.facebook.com/#!/event.php?ei ... 1894514003

Enviado:
14/3/2011 20:40
por keijas
Alladin Broker Escreveu:Seria muito interessante implementar em Portugal o voto electrónico através da internet, telemóvel ou telefone fixo.
As pessoas que não tivessem estes dispositivos ser-lhe-ia dada formação e a possibilidade de adquirir computador com acesso à internet. Seria uma forma das pessoas sem conhecimentos de informática, poderem ter acesso às novas tecnologias da informação.
A abstenção diminuiria consideravelmente e não existiram tantos info-excluídos nem diferenças entre gerações.
Abraço
De certo que os Valentim Loureiros não ofereciam mais frigorificos ou fogões, era uma distribuição de portateis, previamente preparados para canalizar a cruzinha para o tal candidato.
keijas

Enviado:
14/3/2011 20:11
por Alladin Broker
Seria muito interessante implementar em Portugal o voto electrónico através da internet, telemóvel ou telefone fixo.
As pessoas que não tivessem estes dispositivos ser-lhe-ia dada formação e a possibilidade de adquirir computador com acesso à internet. Seria uma forma das pessoas sem conhecimentos de informática, poderem ter acesso às novas tecnologias da informação.
A abstenção diminuiria consideravelmente e não existiram tantos info-excluídos nem diferenças entre gerações.
Abraço

Enviado:
14/3/2011 18:38
por keijas

Enviado:
14/3/2011 17:00
por Elias

Enviado:
14/3/2011 16:58
por Tridion
Eu estava a concordar contigo...depois da observação que fizeste.
Elias Escreveu:Não é essa a leitura que eu faço do artigo.
Os círculos uninominais pouco ou nada alteram, porque:
1. os deputados continuam a ter de obedecer à disciplina partidária
2. em lado nenhum se refere que os deputados passam a representar os círculos por onde são eleitos (a constituição proíbe expressamente isso).
Por isso, sinceramente parecem-me propostas da treta.
Como diz o velho ditado "é preciso mudar qualquer coisa para que tudo fique na mesma".
E como concordei contigo, achei disparatado os políticos utilizarem o conceito politicamente correcto de aproximar os eleitos aos eleitores... e por isso a ironia.


Enviado:
14/3/2011 16:54
por Pantone
Elias Escreveu:Tridion Escreveu:Sim, mas pelo menos começam a ponderar isso...
Não é essa a leitura que eu faço do artigo.
Os círculos uninominais pouco ou nada alteram, porque:
1. os deputados continuam a ter de obedecer à disciplina partidária
2. em lado nenhum se refere que os deputados passam a representar os círculos por onde são eleitos (a constituição proíbe expressamente isso).
Por isso, sinceramente parecem-me propostas da treta.
Como diz o velho ditado "é preciso mudar qualquer coisa para que tudo fique na mesma".
Quer-me parecer que houve por aí um jovem que queria mudar a constituição, e foi apelidado por isso de coisas feias...


Enviado:
14/3/2011 16:53
por Elias
Tridion Escreveu:Então a questão de aproximar os eleitos dos eleitores é só para ficarmos mais quentinhos?
Deixa-me perguntar-te assim: para ti aproximar os eleitores dos deputados significa o quê?

Enviado:
14/3/2011 16:51
por Tridion
Então a questão de aproximar os eleitos dos eleitores é só para ficarmos mais quentinhos? É que a Joana Amaral já nem é deputada...


Enviado:
14/3/2011 16:47
por Elias
Tridion Escreveu:Sim, mas pelo menos começam a ponderar isso...
Não é essa a leitura que eu faço do artigo.
Os círculos uninominais pouco ou nada alteram, porque:
1. os deputados continuam a ter de obedecer à disciplina partidária
2. em lado nenhum se refere que os deputados passam a representar os círculos por onde são eleitos (a constituição proíbe expressamente isso).
Por isso, sinceramente parecem-me propostas da treta.
Como diz o velho ditado "é preciso mudar qualquer coisa para que tudo fique na mesma".

Enviado:
14/3/2011 16:41
por Tridion
Sim, mas pelo menos começam a ponderar isso...

Enviado:
14/3/2011 16:40
por Elias
Tridion,
Por esta notícia se vê que existe muita resistência nos partidos para mudar o actual sistema eleitoral...

Enviado:
14/3/2011 16:38
por Tridion
Lei eleitoral:
Lacão, Marques Mendes e Vitorino defendem mudanças no sistema eleitoral que forcem reforma dos partidos
“Não acredito na auto-reforma dos partidos”, resumiu Marques Mendes.
Num debate sobre o “estado da Assembleia da República” promovido pelo Diário de Notícias e a TSF, o antigo líder social-democrata defendeu mudanças no sistema eleitoral que conduzam a “mudança nos partidos”, através de um “choque vital”.
Marques Mendes defende a redução do número de deputados, não como forma de reduzir a despesa, mas para aumentar a eficiência do Parlamento, e um sistema eleitoral que favoreça a “personalização” e a “responsabilização” dos parlamentares através da eleição por “círculos uninominais”.
O ministro dos Assuntos Parlamentares, defensor da redução do número de deputados, sublinhou que essa não é a questão central dessa discussão, mas sim a “personalização dos mandatos” para “aproximar os deputados daqueles que os elegeram”.
Jorge Lacão defendeu uma “lei eleitoral que favoreça a personalização e responsabilização e obriguem os partidos a ter mais rigor na escolha dos candidatos a deputados”.
O ministro ressalvou, contudo, “a prioridade neste momento não é a revisão das leis eleitorais”.
“Temos que ser realistas”, afirmou.
O antigo comissário europeu e ex-dirigente socialista António Vitorino argumentou que a mudança no sistema eleitoral vai “facilitar aquilo que é essencial, que é a reforma dos partidos políticos”.
António Vitorino vê com bons olhos a realização de eleições primárias e apontou “soluções intermédias” para aquele tipo de sufrágio, realizadas na Grécia e em Itália, e não reconhece mérito às eleições directas das lideranças dos partidos, como é o caso do PS.
“Eleições directas é mais do mesmo”, afirmou.
Para António Vitorino, eventuais mudanças no sistema eleitoral não devem “introduzir nenhuma ruptura de representatividade”, mas “manter o critério de representatividade”.
Fonte: Público

Enviado:
13/3/2011 11:26
por Tridion
Actualmente é completamente impossível pertencer a um partido, as pessoas são peças num movimento coorporativo cheias de interesses individuais e colectivos, para além de serem desinteressantes e incompetentes. E eu gosto de aprender com os outros..
Mas gostava de que as pessoas interessantes tomassem esses lugares e eu gostaria de estar presente.
Gostaria sobretudo que em Portugal pessoas que tenham uma vida familiar forte, que gostam de estar com ela e dediquem uma boa parte do seu dia a ela, conseguissem pelo seu mérito aceder a lugares profissionais que actualmente estão ocupados por pessoas que só lá estão porque estão disponíveis e são yes-men.