Re: Obrigações europeias (Eurobonds)

Zona euro. FMI volta ao ataque com as polémicas eurobonds
ionline
25.09.2013
Fundo defende igualmente subsídio de desemprego comum e perda de soberania dos países membros
O Fundo Monetário Internacional continua a dar dores de cabeça à União Europeia e particularmente à Alemanha da reeleita Angela Merkel. Depois de críticas reiteradas à política de austeridade e mais recentemente à velocidade de ajustamento orçamental dos países sob resgate na zona euro, o FMI veio ontem defender a criação de uma união orçamental na zona euro, com um orçamento comum e a emissão de eurobonds, para se evitar uma nova crise na região.
Num relatório intitulado “Toward a fiscal union for the euro area [a caminho de uma união orçamental para a zona euro]”, o FMI defende que, no mínimo, uma integração orçamental mais profunda requer maior controlo dos estados-membros e a finalização rápida da união bancária, com um fundo comum de apoio a bancos em dificuldades.
Fundo para os mais fracos O FMI sugere aos decisores políticos que criem um fundo para eventualidades, com os países, no total, a contribuírem com até 200 mil milhões de euros por ano para ajudar países mais fracos, e assim evitar uma crise sistémica.
A organização diz que as actuais regras do Pacto de Estabilidade e Crescimento, que exigem um défice inferior a 3% do PIB anual a cada país, não são suficientes e que devia ser exigido aos estados-membros que criassem almofadas financeiras em tempos de crescimento que lhes dessem maior margem de manobra em tempos de crise.
Para a instituição, a criação da moeda única fez pouco para encurtar as desigualdades em termos de crescimento económico dos seus participantes. Para cimentar esta união monetário, o FMI defende por isso que seja criado um orçamento comum.
“Apesar de muito intrusiva, esta medida teria o benefício de dar a possibilidade de interventiva preventiva e atempada quando a estratégia orçamental fosse claramente incompatível com as metas orçamentais”, diz o relatório citado pela Bloomberg.
Merkel repudia eurobonds O Fundo Monetário Internacional volta ao tema das eurobonds (obrigações de dívida comuns aos países da zona euro), uma matéria muito querida da esquerda europeia. Para o FMI, seria uma forma de manter os custos da dívida em países periféricos, como Portugal, mais acessíveis e sob controlo. Acontece que a chanceler alemã já tinha dito que não haverá este tipo de mutualização de dívida “enquanto for viva”. A posição é idêntica à de outros países europeus, que recusam ter juros mais altos para pagar dívidas insustentáveis de alguns estados.
Com Lusa
ionline
25.09.2013
Fundo defende igualmente subsídio de desemprego comum e perda de soberania dos países membros
O Fundo Monetário Internacional continua a dar dores de cabeça à União Europeia e particularmente à Alemanha da reeleita Angela Merkel. Depois de críticas reiteradas à política de austeridade e mais recentemente à velocidade de ajustamento orçamental dos países sob resgate na zona euro, o FMI veio ontem defender a criação de uma união orçamental na zona euro, com um orçamento comum e a emissão de eurobonds, para se evitar uma nova crise na região.
Num relatório intitulado “Toward a fiscal union for the euro area [a caminho de uma união orçamental para a zona euro]”, o FMI defende que, no mínimo, uma integração orçamental mais profunda requer maior controlo dos estados-membros e a finalização rápida da união bancária, com um fundo comum de apoio a bancos em dificuldades.
Fundo para os mais fracos O FMI sugere aos decisores políticos que criem um fundo para eventualidades, com os países, no total, a contribuírem com até 200 mil milhões de euros por ano para ajudar países mais fracos, e assim evitar uma crise sistémica.
A organização diz que as actuais regras do Pacto de Estabilidade e Crescimento, que exigem um défice inferior a 3% do PIB anual a cada país, não são suficientes e que devia ser exigido aos estados-membros que criassem almofadas financeiras em tempos de crescimento que lhes dessem maior margem de manobra em tempos de crise.
Para a instituição, a criação da moeda única fez pouco para encurtar as desigualdades em termos de crescimento económico dos seus participantes. Para cimentar esta união monetário, o FMI defende por isso que seja criado um orçamento comum.
“Apesar de muito intrusiva, esta medida teria o benefício de dar a possibilidade de interventiva preventiva e atempada quando a estratégia orçamental fosse claramente incompatível com as metas orçamentais”, diz o relatório citado pela Bloomberg.
Merkel repudia eurobonds O Fundo Monetário Internacional volta ao tema das eurobonds (obrigações de dívida comuns aos países da zona euro), uma matéria muito querida da esquerda europeia. Para o FMI, seria uma forma de manter os custos da dívida em países periféricos, como Portugal, mais acessíveis e sob controlo. Acontece que a chanceler alemã já tinha dito que não haverá este tipo de mutualização de dívida “enquanto for viva”. A posição é idêntica à de outros países europeus, que recusam ter juros mais altos para pagar dívidas insustentáveis de alguns estados.
Com Lusa