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Caldeirão da Bolsa

Portugal um dos“melhores locais do mundo para ser despedido&

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Elias » 21/12/2010 0:18

AutoMech Escreveu:Bem Elias, então o melhor é mesmo cruzar os braços e não fazer nada, de facto.


O problema é que há neste país demasiadas pessoas a quem o actual estado de coisas convém. Não estou a falar dos políticos, mas sim da mentalidade dominante.

Pegando naquilo que foi escrito atrás (a parte que citei da notícia), há demasiadas pessoas que preferem que se beneficie o primo, o amigo, o camarada, em vez de premiar o mérito, e por isso apoiam (ainda que nem sempre abertamente) a situação actual.

Claro que alguns pensam de maneira diferente. E de vez em quando fazem ouvir a sua voz. Quando demasiadas vozes se levantam, tomam-se umas medidas simbólicas, muitas vezes no papel mas sem efeitos práticos. Como diz o outro, "é preciso mudar qualquer coisa para que tudo fique na mesma".
 
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por Automech » 20/12/2010 23:47

Bem Elias, então o melhor é mesmo cruzar os braços e não fazer nada, de facto.
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por Elias » 20/12/2010 23:29

AutoMech Escreveu:Não sei, por exemplo, o que será necessário fazer mais para as pessoas perceberem que os passeios não são para os dejectos dos cães (até me custa aceitar que ainda sejam necessárias mais campanhas para uma coisa tão básica como esta).


Provavelmente não podes fazer nada, porque não me parece que esse assunto incomode assim tanto as pessoas, tirando alguns esquisitos que não gostam de pisar o "presente". Os passeios são para os cães fazerem cocó e para estacionar o popó.

A mentalidade não se muda com leis. A repressão pode mudar comportamentos mas não muda mentalidades.

AutoMech Escreveu:Como a aplicação das coimas depende de uma autoridade e não podemos ter uma autoridade atrás de cada pessoa, eu só vejo como solução colocar uma coima de tal maneira alta que faça com que a pessoa pense duas vezes.


As coimas altas não têm qualquer utilidade num país onde a justiça não funciona...
 
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por Automech » 20/12/2010 16:37

Elias Escreveu:Não digo o contrário, rmachado, aliás eu até sou a favor da aplicação das coimas previstas quando elas existem (embora por vezes tenha dúvidas sobre o propósito de certas leis nas quais as pessoas não se revêem).

Quero dizer, mais importante do que obrigar as pessoas a adoptar certos comportamentos, seria convencer as pessoas de que certos comportamentos são realmente desejáveis.


Não sei, por exemplo, o que será necessário fazer mais para as pessoas perceberem que os passeios não são para os dejectos dos cães (até me custa aceitar que ainda sejam necessárias mais campanhas para uma coisa tão básica como esta).

E quando a persuasão falha e o civismo também não abunda, só restam as coimas.

Como a aplicação das coimas depende de uma autoridade e não podemos ter uma autoridade atrás de cada pessoa, eu só vejo como solução colocar uma coima de tal maneira alta que faça com que a pessoa pense duas vezes.

É uma forma de acelerar a captação de hábitos cívico.

É como o exemplo que deste em tempos da obra que não tinha medidas de segurança. Sabendo que não se pode ter um fiscal em cada obra, será que a coima não estará demasiado baixa ao ponto de levar ao raciocínio "Que se lixe, é bem provável que não seja fiscalizado. E se tiver o azar de ser, a coima é baixa...".
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por Elias » 20/12/2010 15:31

Não digo o contrário, rmachado, aliás eu até sou a favor da aplicação das coimas previstas quando elas existem (embora por vezes tenha dúvidas sobre o propósito de certas leis nas quais as pessoas não se revêem).

Quero dizer, mais importante do que obrigar as pessoas a adoptar certos comportamentos, seria convencer as pessoas de que certos comportamentos são realmente desejáveis.
 
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por rmachado » 20/12/2010 15:22

Claro Elias

Mas não deixa de ser parte da legislação.
Assim o crime assim não compensa..
 
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por Elias » 20/12/2010 15:17

AutoMech Escreveu:
Elias Escreveu:Mais do que alterar políticas e legislação, é necessário alterar comportamentos. Enquanto a sociedade não mudar de atitude, não vamos a lado nenhum.


É um facto Elias, mas por vezes a legislação pode dar um empurrão.

Duvido que, por exemplo, o hábito de por o cinto de segurança tivesse sido adoptado em larga escala apenas com acções de sensibilização.

E também penso que hoje, mesmo que se retirasse a coima, havia uma boa % de pessoa que continuaria a colocar o cinto apesar da não obrigatoriedade.


AutoMech não foi apenas a legislação, foi a repressão (materializada em coimas).
 
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por rmachado » 20/12/2010 15:14

SIm, a legislação deve ajudar a mudar mentalidades...

Temos variados exemplos disso aqui em Portugal.
 
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por Automech » 20/12/2010 15:01

Elias Escreveu:Mais do que alterar políticas e legislação, é necessário alterar comportamentos. Enquanto a sociedade não mudar de atitude, não vamos a lado nenhum.


É um facto Elias, mas por vezes a legislação pode dar um empurrão.

Duvido que, por exemplo, o hábito de por o cinto de segurança tivesse sido adoptado em larga escala apenas com acções de sensibilização.

E também penso que hoje, mesmo que se retirasse a coima, havia uma boa % de pessoa que continuaria a colocar o cinto apesar da não obrigatoriedade.
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por Elias » 20/12/2010 13:18

É importante que os novos trabalhadores vejam reconhecido o seu mérito e esforço e que não encontrem um mercado bloqueado, em que quem entrou há mais tempo tem todos os direitos adquiridos e quem está a entrar pode ficar condenado a anos e anos de instabilidade laboral e a ver a sua progressão bloqueada.


Mais do que alterar políticas e legislação, é necessário alterar comportamentos. Enquanto a sociedade não mudar de atitude, não vamos a lado nenhum.
 
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por Automech » 20/12/2010 13:11

Uma revisão laboral moderada

20 Dezembro2010 | 11:42
Manuel Caldeira Cabral

Portugal continua a ter um mercado de trabalho dual, onde coexistem trabalhadores com elevados níveis de protecção do emprego e trabalhadores quase sem protecção.
Uma situação injusta e pouco eficiente. Tem também um mercado com muitos factores de rigidez. É importante ajustar a legislação a um mundo onde a tecnologia e a globalização impõem mudanças cada vez mais rápidas. As medidas anunciadas na passada quarta-feira dão contributos para uma maior flexibilização. Nesse sentido são positivas, mas trata-se de um avanço moderado.

Nas medidas apresentadas para o mercado de trabalho destaca-se a ideia de reforço da negociação ao nível das empresas, o reforço da flexibilização de processos de redução de tempos de trabalho ou de suspensão temporária, e os tectos nas indemnizações a aplicar aos novos contratos de trabalho. Estas reformas devem ser encaradas como parte de um processo necessário de melhoria do mercado de trabalho.

De fora ficou a liberalização do despedimento individual, não se tendo mudado os motivos de justa causa. O Governo não seguiu aqui as indicações do FMI ou da Comissão Europeia. Defendendo um mercado de trabalho com mecanismos de protecção e regulação, considero que devemos estar abertos a rever algumas situações, adaptando-as em linha com o que muitos países europeus fizeram, mantendo muitos dos direitos dos trabalhadores, mas garantindo um maior equilíbrio com as expectativas dos empregadores.

A facilitação do processo de despedimento pode ser um factor importante para ajudar à criação de emprego quando há expansão económica, pois diminui o risco de empregar. Porém, numa situação de crise económica pode, no curto prazo, levar a que as empresas reduzam ainda mais o seu pessoal. Nesse sentido, compreende-se que não se queira avançar nesta matéria, no actual momento.

Outras medidas como a flexibilização do número de horas, a descentralização das negociações salariais, o aumento da mobilidade dos trabalhadores dentro das empresas, entre funções e postos de trabalho, ou a maior ligação entre remuneração e produtividade, podem ser mais interessantes no actual período. A revisão da lei laboral de 2009 já deu alguns contributos importantes nesta direcção. As novas medidas anunciadas dão mais alguns passos em frente nesse sentido.

Exemplos como o da Autoeuropa, em que a negociação entre empresa e trabalhadores permitiu fortes poupanças em 2009, que garantiram a continuidade do projecto e a manutenção de postos de trabalho, mostram que soluções mais flexíveis, negociadas ao nível da empresa, podem ser muito eficazes, defendendo melhor os interesses dos investidores e dos trabalhadores.

É importante reconhecer que a globalização tornou mais rápidas as mudanças na localização da produção e a adopção de novas tecnologias, acelerando o ritmo a que as profissões mudam ou desaparecem, obrigando a ajustamentos mais rápidos e mais frequentes. Perante este cenário, os custos da falta de flexibilidade no mercado de trabalho aumentaram.

No lado da oferta, também está a acontecer uma enorme transformação em Portugal. A nova geração de trabalhadores que está a entrar no mercado de trabalho tem, pela primeira vez, qualificações semelhantes às dos países europeus. Entram para um mercado dominado por uma geração que beneficia de maior estabilidade no trabalho, apesar de ter qualificações muito mais baixas.

Se quisermos que as novas gerações dêem todo o seu contributo para a renovação e modernização das empresas e do Estado em Portugal, o mercado de trabalho tem de ser capaz de integrar esses novos trabalhadores em novos sectores, em novas empresas, mas também nas já existentes, que necessitam desta renovação para se manterem competitivas.

É importante que os novos trabalhadores vejam reconhecido o seu mérito e esforço e que não encontrem um mercado bloqueado, em que quem entrou há mais tempo tem todos os direitos adquiridos e quem está a entrar pode ficar condenado a anos e anos de instabilidade laboral e a ver a sua progressão bloqueada.

A manutenção desta situação está longe de ser justa. A defesa dos interesses de quem está instalado, face aos de quem é mais fraco e mais jovem, parece uma ideia pouco consistente com valores de esquerda. No entanto, esta tem sido a posição defendida pela esquerda mais radical, e em grande medida pelos sindicatos.

Não há soluções simples para o problema do desemprego ou para os problemas criados pela dualidade existente no mercado de trabalho. No entanto, é necessário encarar as reformas do mercado de trabalho de forma aberta, vendo em que medida podem contribuir para resolver estes problemas e de que forma podem ajudar a economia portuguesa na adopção de novas tecnologias, a ser mais competitiva no mercado global e a conseguir integrar da melhor forma os novos trabalhadores qualificados - três aspectos que são determinantes para a evolução da produtividade, da qual depende a competitividade da economia e a evolução dos salários no longo prazo.


Departamento de Economia, Universidade do Minho


http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=459471
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por Automech » 14/12/2010 16:45

rmachado Escreveu:Auto


Claro que é legal pagarem menos... mas ai se vê a mentalidade... pagamos o minimo que é de lei.. e a valorização da pessoa como activo?


Não é bem assim. Apenas 9% dos trabalhadores é que ganham o salário mínimo (embora tenha vindo, de facto, a aumentar).

http://dn.sapo.pt/bolsa/interior.aspx?c ... id=1548442

rmachado Escreveu:
Olha que não é bem assim... há razões que são tão obscuras que até ficavas pasmado... e sim os patrões não são muito inteligentes... parece que é um dado comprovado pelos estudos que se fazem.


Mas então até é bom nem trabalhar para um tipo desses.


rmachado Escreveu:
Não é por o mercado ser rígido... é pelo medo de um trabalhador saber mais e não puderem abusar dele.
Mais acrescento que tenho amigas que já omitem o ter filhos pois isso já é um factor de risco... existirá aqui algum beneficio com a flexibilização?


Eu penso que sim pela maior oferta de emprego e logo maior concorrência pelas (melhores) pessoas.

rmachado Escreveu:
Muito perferem horas a experiência... pois assim conseguem tapar erros de gestão e planeamento

Nesse caso é porque são profissões de baixas qualificações. Mas, mais um vez, a decisão é puramente económica.

Tu se tiveres de escolher uma empregada doméstica entre duas com igual qualidade de trabalho, vais escolher a que trabalhe mais ou a que ganhe menos (ou ambas as coisas).

rmachado Escreveu:
Eu na pele de um empresário pagava de acordo com a vantagem competitiva que o empregado me desse, logo se isso implica pagar 1500 mesmo que a média seja 1000 então pagava.

Sim, mas não vais pagar mais do que o necessário para teres as pessoas que queres, com as qualificações que queres.

Se uma empresa têxtil pode ter operárias a pagar o salário mínimo (e tem muita gente a querer ir para lá) não precisa de pagar mais.

E não precisa porque há muita oferta. Se fosse escassa já teriam de competir pelas pessoas.

rmachado Escreveu:

Aqui o exemplo servia para os patrões.. vais-me dizer que 10 euros de aumento iria provocar uma onda de fechos? É de rir


Pois isso é uma anedota.

Deixa-me só acrescentar que eu defendo a liberalização mas claro que o problema não se esgota aí. Os empresários portugueses deixam muito a desejar em capacidade de gestão e no aumento da produtividade dos trabalhadores.
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por rmachado » 14/12/2010 16:31

Auto


Claro que é legal pagarem menos... mas ai se vê a mentalidade... pagamos o minimo que é de lei.. e a valorização da pessoa como activo?


Sim, acontece em qq empresa publico ou privada..


Olha que não é bem assim... há razões que são tão obscuras que até ficavas pasmado... e sim os patrões não são muito inteligentes... parece que é um dado comprovado pelos estudos que se fazem.


Não é por o mercado ser rigido... é pelo medo de um trabalhador saber mais e não puderem abusar dele.
Mais acrescento que tenho amigas que já omitem o ter filhos pois isso já é um factor de risco... exitirá aqui algum beneficio com a flexibilização?


Muito perferem horas a experiência... pois assim conseguem tapar erros de gestão e planeamento


Eu na pele de um empresário pagava de acordo com a vantagem competitiva que o empregado me desse, logo se isso implica pagar 1500 mesmo que a média seja 1000 então pagava.


Estamos de acordo


Sim mas negoceiam e ambos cedem... :)


Aqui o exemplo servia para os patrões.. vais-me dizer que 10 euros de aumento iria provocar uma onda de fechos? É de rir
 
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por mais_um » 14/12/2010 16:19

AutoMech Escreveu:
rmachado Escreveu:
Infelizmente tb o sentido de dignidade de trabalho de alguns protugueses parece que acaba quando fica "efectivo"... especialmente na função pública.

E mesmo nas empresas privadas acontece muito. É extremamente difícil despedir alguém que deixou de produzir.


Então mudaste de opinião? Excepto nas escolas privadas!!! :lol: :lol: :lol: :lol:
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por Automech » 14/12/2010 16:14

rmachado Escreveu:
Infelizmente os patrões portugueses são os que mais usam esquemas para pagar o minimo possivel ao empregado e ao estado e como tal esticam as leis laborais a seu favor até ao limite...

Se pagam o mínimo possivel não se trata de esticar a lei. Ou é legal ou não é legal.:wink:

rmachado Escreveu:
Infelizmente tb o sentido de dignidade de trabalho de alguns protugueses parece que acaba quando fica "efectivo"... especialmente na função pública.

E mesmo nas empresas privadas acontece muito. É extremamente difícil despedir alguém que deixou de produzir.



rmachado Escreveu:Conheço pessoas que davam o litro pela empresa... e foram para a rua,

Isso é que é a confusão habitual. Dar o litro não significa ser produtivo ou que não haja quem faça mais barato.

Além disso continuo a ouvir estas histórias dos empresários que despedem gente produtiva mas ainda ninguém explicou porquê. Serão os empresários burros ?

Se são, então não faz sentido trabalhar para eles e convém procurar alternativa. A não ser que não haja alternativa porque o mercado é rígido.

rmachado Escreveu:e é muito bonito estarmos a falar disto, mas se eu for despedido aos 45 anos é muito dificil arranjar emprego pois serei velho para a maior parte deles

É difícil arranjar porque o mercado é rígido. Isso deveria ser um argumento a favor da flexibilização mas, não sei porquê, as pessoas pensam precisamente ao contrário.

rmachado Escreveu:e a experiência não conta se existe um jovem que trabalha 12-14 horas por dia e recebe metade do que eu recebo mesmo que produza menos do que eu.

Se não estamos a falar dum ordenado milionário, então é difícil perceber que alguém com tanta experiência não consegue justificar um salário superior ao de um jovem sem experiência.


rmachado Escreveu:O problema é a mentalidade do patrão e do empregado e mais nada... aqui não me venham com essa teoria esquerda e direita que a maior parte dos patrões nem vai por ai... ou vai consoante a algibeira que o dinheiro entra.. e o mesmo para os empregados.


Agora põe-te tu na pele de um empresário. Tens de contratar um contabilista. Imaginemos que o salário de mercado é de 1.000 euros. Tu vais pagar 1.500 euros ?
rmachado Escreveu:E eu não suporto sindicatos, pois acho que não fazem o trabalho que deviam na maior parte dos casos...

Aí estamos de acordo. São uns dos responsáveis pela radicalização que vemos.
rmachado Escreveu:Só digo uma coisa: AutoEuropa (sim na Alemanha os sindicatos são fortissimos mas negoceiam)


Cá também negoceiam... se a outra parte aceitar tudo o que eles pedem. :mrgreen:

rmachado Escreveu:E acrescento que acho vergonhoso a discussão que se faz acerca do sálario minimo... é mesmo de rir.


Aqui perdi-me :wink:
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por MNFV » 14/12/2010 13:17

É a unica lista em que nos vejo em cima com a Suiça, e não em baixo com a Grécia.

Vamos mudar o que está bem? é isso que querem?
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por rmachado » 14/12/2010 13:03

Não querendo parecer fundamentalista, acho alguma piada as dicussões sobre as leis laborais nomeadamente quando ouço a palavra flexibilização...

Se é dificil despedir (mais ou menos...) como alguns dizem, e isto é um entrave a contratação eu diria que isto é um argumento falacioso..

Infelizmente os patrões portugueses são os que mais usam esquemas para pagar o minimo possivel ao empregado e ao estado e como tal esticam as leis laborais a seu favor até ao limite...

Infelizmente tb o sentido de dignidade de trabalho de alguns protugueses parece que acaba quando fica "efectivo"... especialmente na função pública.

Note-se que não estou a dizer que são todos assim, mas conheço casos de ambas as situações...

Até mais, conheço casos de verdadeiro terrorismo patronal para mandar o trabalhador embora por razões que a própria razão desconhece.

Conheço pessoas que davam o litro pela empresa... e foram para a rua, e é muito bonito estarmos a falar disto, mas se eu for despedido aos 45 anos é muito dificil arranjar emprego pois serei velho para a maior parte deles e a experiência não conta se existe um jovem que trabalha 12-14 horas por dia e recebe metade do que eu recebo mesmo que produza menos do que eu.

O problema é a mentalidade do patrão e do empregado e mais nada... aqui não me venham com essa teoria esquerda e direita que a maior parte dos patrões nem vai por ai... ou vai consoante a algibeira que o dinheiro entra.. e o mesmo para os empregados.

E eu não suporto sindicatos, pois acho que não fazem o trabalho que deviam na maior parte dos casos...

Só digo uma coisa: AutoEuropa (sim na Alemanha os sindicatos são fortissimos mas negoceiam)

E acrescento que acho vergonhoso a discussão que se faz acerca do sálario minimo... é mesmo de rir.
 
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por Automech » 14/12/2010 12:21

Primeiro dizes:

Mcmad Escreveu:A maioria dos trabalhadores em Portugal não sabe os direitos que a CRP lhes consagra. Ai ai se os soubessem! :P


Não explicas quais.

Quando te pergunto dizes para consultar a constituição:


Mcmad Escreveu:
AutoMech Escreveu:
Essa escapou-me. Quais são os direitos que os trabalhadores não conhecem Mcmad ?


Sim CRP = Constituição

Tens de a consultar para saberes. Porn exemplo vencimentos minimos para licenciados, mestrados, entre muitos outros direitos que não são cumpridos.


Como volto a insistir (porque na constituição não por*** de salários mínimos nenhuns) mandas mais esta:

Mcmad Escreveu:O meu tempo é muuuito escasso.

Procura aqui sff :P

http://www.mtss.gov.pt/docs/Cod_Trabalho.pdf


Afinal parece que já não é a constituição mas sim o código do trabalho (é quase o mesmo... :roll: ). Caso não saibas os salários mínimos nem sequer são regulados aí.

Mas ficámos verdadeiramente sem saber quais os tais "direitos que a CRP lhes consagra" que "A maioria dos trabalhadores em Portugal não sabe".

Deve ser alguma legislação secreta. O meu tempo também é muito escasso para argumentos destes.
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por Mcmad » 14/12/2010 12:02

O meu tempo é muuuito escasso.

Procura aqui sff :P

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por Automech » 14/12/2010 3:44

Mcmad Escreveu:
Eu não estou a questionar se a norma é idiota ou não, nem sequer me pronunciei sobre ela. Apenas constatei que ela existe.





Já pedi antes, mas volto a pedir-te Mcmad:

Mcmad escreveu:
Porn exemplo vencimentos minimos para licenciados, mestrados, entre muitos outros direitos que não são cumpridos.

AutoMech escreveu:
Essa para mim é nova Mcmad. Podes por favor colocar aqui (ou indicar) os artigos da CRP em que diz quais os vencimentos mínimos para os licenciados, mestrados, etc. ?

E já agora, presumo que a Constituição seja actualizada todos os anos, não ?

Com base em quê ? Na inflação ?

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por Mcmad » 14/12/2010 1:40

Lion_Heart Escreveu:
Mcmad Escreveu:Tens de a consultar para saberes. Porn exemplo vencimentos minimos para licenciados, mestrados, entre muitos outros direitos que não são cumpridos.


Portanto é a CRP que dita o comportamento do mercado. Desculpa , mas esse artigo da constituição (como muitos outros é idiota).

No entanto isso é aplicado na f. publica (na ,maioria dos casos)

Por essa logica se existissem 1000 advogados e 1 canalizador , esse canalizador por não ser licenciado recebia muito menos que os doutores apesar de ser o unico a saber fazer aquilo (isto é um ex.). Isso é ridiculo!

O mercado é livre. Cada um é livre de pagar o que quiser e cada trabalhador de aceitar ou não. Impor vencimentos minimos só leva ao buraco onde estamos. Quando muito o salario tera que estar ligado a produção e responsabilidades assumidas.

Deve no entanto existir um salario minimo como referência .


Eu não estou a questionar se a norma é idiota ou não, nem sequer me pronunciei sobre ela. Apenas constatei que ela existe.

Os salários minimos disvirtuam o equilibrio de um mercado, da mesma forma que um tecto máximo, os impostos e subsidios.
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por A330-300 » 13/12/2010 4:25

AutoMech Escreveu:A330


A330, talvez seja do adiantado da hora e por isso desculpa-me se estava evidente, mas depois desta tua longa intervenção fiquei na dúvida se és a favor ou não da liberalização dos despedimenos.

Eu quando digo liberalização é qualquer empresa poder despedir qualquer trabalhador (ou os trabalhadores que escolher e não pela ordem que a lei determinar) e, dependendo das causas, a indemnização ser maior ou menor (ou nem existir, claro, se for justa causa).[/quote]

Sou contra não se poder despedir , mas também sou contra o despedimento com uma palmadinha nas costas.
Quer despedir , paga indenização.A menos que haja justa causa provada.

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por Automech » 13/12/2010 4:04

Mcmad Escreveu:Porn exemplo vencimentos minimos para licenciados, mestrados, entre muitos outros direitos que não são cumpridos.


Essa para mim é nova Mcmad. Podes por favor colocar aqui (ou indicar) os artigos da CRP em que diz quais os vencimentos mínimos para os licenciados, mestrados, etc. ?

E já agora, presumo que a Constituição seja actualizada todos os anos, não ?

Com base em quê ? Na inflação ? :roll:
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por Automech » 13/12/2010 4:01

A-330 Escreveu:Não me atenho aos números que foram apresntados no artigo e nem me interessa se é verdade ou não.
Mas acho que em um país como este em que escasseiam os empregos , nada mais justo do que haver boas condições para quem vai para o desemprego.

Falar em lei de mercado em um país como o nosso é uma piada. Qual mercado?Não produzimos quase nada , não temos indústria.Quem está empregado não lhe resta outra alternativa do que ficar por ali mesmo e conformar-se.

Isto tá tudo tão virado de cabeça para baixo que aqui mesmo no caldeirão onde suponho a maioria trabalha por conta de outrem, defendem os patrões e seus interesses como se fossem um deles e os patrões choram como se fossem um empregado.

Se um país não ofereçe condições de emprego , tem ao menos que ofereçer condições para evitar o desemprego ou ajudar no pós desemprego.

Eu não sou contra os patrões. Até quero que eles ganhem cada vez mais para darem cada vez mais empregos , mas há que olhar para o trabalhador também para evitar muitas situações abusivas.

Nunca me esqueço de um patrão que tive que dizia: As minhas próximas 3 gerações podem viver como reis sem trabalhar, mas se vcs não açeitam as minhas condições eu fecho a empresa e vcs vão para a miséria em 3 meses.

Os salários em Portugal são francamente baixos.E a situação é tão caótica que vemos que há pessoas a ganhar 2000 euros e a achar que ganham bem.Tá bem que ganham a cima da média ,é o primeiro patamar de um salário digno , mas daí a ganhar bem , vai uma distância muito grande.

As pessoas andam a perder o senso crítico , talvez por não conheçerem outras realidades , por estarem fechadas no seu mundinho casa-trabalho-casa , conformadas que estão com a sua situação.O tuga é manso , conforma-se facilmente , e é mestre em encontrar desculpas e argumentos para convençer-se a si mesmo que está tudo bem.Se o tuga fosse mais crítico e auto crítico , talvez estivéssemos mais para os franceses ou espanhóis do que para os marroquinos.

A330


A330, talvez seja do adiantado da hora e por isso desculpa-me se estava evidente, mas depois desta tua longa intervenção fiquei na dúvida se és a favor ou não da liberalização dos despedimenos.

Eu quando digo liberalização é qualquer empresa poder despedir qualquer trabalhador (ou os trabalhadores que escolher e não pela ordem que a lei determinar) e, dependendo das causas, a indemnização ser maior ou menor (ou nem existir, claro, se for justa causa).
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por A330-300 » 13/12/2010 3:53

Lion_Heart Escreveu:
A-330 Escreveu:O tuga é manso , conforma-se facilmente , e é mestre em encontrar desculpas e argumentos para convençer-se a si mesmo que está tudo bem.Se o tuga fosse mais crítico e auto crítico , talvez estivéssemos mais para os franceses ou espanhóis do que para os marroquinos.

A330


Exacto, principalmente o tuga é Manso . E depois é invejoso . Não tem sentido Patriótico. E isto vem de cima.

E um povo sem sentido de união e Patria não vai a lado nenhum. Vejam a America, A Alemanha , o UK . O que faz a força deles é a união e o sentido patriotico. Não tenho duvidas que em caso de guerra ou ataques qualquer um destes Países defenderia a sua Nação até o ultimo homem. Em Portugal é ao contrario.


Realmente o sentido patriótico da gente de um país faz toda a diferença.È isso que faz de um país um grande país.Mas isso é uma coisa tão longínqua entre nós..Basta ver que aqui em Portugal se alguém cola uma bandeira de Portugal em algum lugar é bimbo , nos EUA ou até mesmo no Brasil é fashion.O brasileiro adora a sua bandeira.Usa-a até como toalha de praia.
Essa mudança de mentalidade ainda vai demorar tantas gerações...

Quanto a uma situação de guerra ,dependendo do país que fosse até entregaria mesmo o país.Podia ser aos espanhóis já aqui ao lado. Acho que o povo português está pior entregue a si mesmo do que se estivesse na mão dos espanhóis.

Já agora é pela mesma razão que defendo a vinda do FMI. Alguém que venha administrar isto como deve ser.

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