
Elas estão de volta. A Gorila quer que os miúdos voltem a fazer bolas com pastilhas
Se tem mais de 30 anos certamente se lembra das pastilhas Gorila. As pastilhas nacionais, que marcaram toda uma geração, estão de volta, com uma nova imagem e querem conquistar as crianças portuguesas.
As Gorila nunca tinham sofrido uma alteração de imagem e de embalagem desde que entraram no mercado em 1975. Coube à BAR, agência de publicidade da Lusiteca, empresa que detém a marca, fazer e renovação e reapresentar as pastilhas ao mercado português a uma nova geração.
A necessidade era óbvia. Neste momento, o foco da Lusiteca não é o mercado português, com 40% da faturação da empresa a ter origem na exportação, em concreto dos PALOP (em particular Angola onde estão há 20 anos) e mercados do Médio Oriente. A empresa, admitiu a presidente Ana Paula Costa, num encontro com jornalistas, "esteve adormecida" no mercado nacional. Mas agora acordou. E tal como em 1975 - ano económica e politicamente duro para Portugal - quer em 2012, com o país sob a monitorização da troika, apostar na sua marca mais conhecida.
Francisco Ramos, diretor-geral das áreas de negócio com responsabilidades nas áreas comercial e de marketing, admite que o atual momento "ajudou" na decisão. Com esta aposta na comunicação e marketing (até a esta administração não havia direção de marketing), a ideia é "aproveitar o momento em que as marcas nacionais estão na moda e são apetecíveis para o consumidor".
Francisco Ramos admite, no entanto, que tem uma dura tarefa pela frente. Enquanto a Gorila olhava para fora do país, gigantes como a Adams (Chicletes) conquistaram 80% da quota de mercado das pastilhas e confeitaria (rebuçados). Neste momento, a Gorila detém 10% de quota de mercado das chamadas bubble gum (pastilhas que fazem balão), combatendo no mesmo segmento que as Bubblelicious e a Bubbaloo, ambas da Adams. O segmento das bubble gum representa 10% do mercado das pastilhas elásticas, adianta Francisco Ramos. Mas, frisa, "do lado das bubble gum não foram eles [os concorrentes] que ganharam, foi a Gorila que se deixou adormecer". "Temos marca e temos uma marca forte", garante.
A estratégia está delineada. Além da renovação da imagem e embalagem (mantém-se a unidose e o preço de 5 cêntimos), a BAR renovou o cromo, algo que Francisco Ramos considera "uma vantagem competitiva face aos nossos concorrentes". O cromo vai também ser um veículo para a promoção de um concurso, Gorila é Power (com oferta de um MP3). Uma aposta na comunicação do ponto de venda - essencialmente quiosques e pastelarias - e nas redes sociais marca o arranca da comunicação. Esta terá uma primeira fase até maio e uma segunda na abertura das aulas. Mais tarde, quando a marca tiver maior visibilidade, poderão avançar para rádio ou televisão, admite.
A Gorila ataca também com uma "nova fórmula": mais goma, mais aromas naturais e dois novos sabores: Tropicool (algodão doce e ananás) e Coca-Cola Limão. E, promete Francisco Ramos, "vamos ter por ano uma rotação de dois sabores".
Com esta nova aposta na comunicação - os rebuçados Penha foram também renovados - a Lusiteca conta duplicar a faturação nos próximos quatro anos, atualmente nos10 milhões de euros. "Desses 100%, 80% será do mercado de exportação", acredita Pedro Ribeiro da Cunha, administrador.
O próximo passo é as Super Gorila. Mas essa é uma história que ainda está a ser planeada.
http://www.dinheirovivo.pt/Buzz/Artigo/CIECO034985.html?page=1

Se tem mais de 30 anos certamente se lembra das pastilhas Gorila. As pastilhas nacionais, que marcaram toda uma geração, estão de volta, com uma nova imagem e querem conquistar as crianças portuguesas.
As Gorila nunca tinham sofrido uma alteração de imagem e de embalagem desde que entraram no mercado em 1975. Coube à BAR, agência de publicidade da Lusiteca, empresa que detém a marca, fazer e renovação e reapresentar as pastilhas ao mercado português a uma nova geração.
A necessidade era óbvia. Neste momento, o foco da Lusiteca não é o mercado português, com 40% da faturação da empresa a ter origem na exportação, em concreto dos PALOP (em particular Angola onde estão há 20 anos) e mercados do Médio Oriente. A empresa, admitiu a presidente Ana Paula Costa, num encontro com jornalistas, "esteve adormecida" no mercado nacional. Mas agora acordou. E tal como em 1975 - ano económica e politicamente duro para Portugal - quer em 2012, com o país sob a monitorização da troika, apostar na sua marca mais conhecida.
Francisco Ramos, diretor-geral das áreas de negócio com responsabilidades nas áreas comercial e de marketing, admite que o atual momento "ajudou" na decisão. Com esta aposta na comunicação e marketing (até a esta administração não havia direção de marketing), a ideia é "aproveitar o momento em que as marcas nacionais estão na moda e são apetecíveis para o consumidor".
Francisco Ramos admite, no entanto, que tem uma dura tarefa pela frente. Enquanto a Gorila olhava para fora do país, gigantes como a Adams (Chicletes) conquistaram 80% da quota de mercado das pastilhas e confeitaria (rebuçados). Neste momento, a Gorila detém 10% de quota de mercado das chamadas bubble gum (pastilhas que fazem balão), combatendo no mesmo segmento que as Bubblelicious e a Bubbaloo, ambas da Adams. O segmento das bubble gum representa 10% do mercado das pastilhas elásticas, adianta Francisco Ramos. Mas, frisa, "do lado das bubble gum não foram eles [os concorrentes] que ganharam, foi a Gorila que se deixou adormecer". "Temos marca e temos uma marca forte", garante.
A estratégia está delineada. Além da renovação da imagem e embalagem (mantém-se a unidose e o preço de 5 cêntimos), a BAR renovou o cromo, algo que Francisco Ramos considera "uma vantagem competitiva face aos nossos concorrentes". O cromo vai também ser um veículo para a promoção de um concurso, Gorila é Power (com oferta de um MP3). Uma aposta na comunicação do ponto de venda - essencialmente quiosques e pastelarias - e nas redes sociais marca o arranca da comunicação. Esta terá uma primeira fase até maio e uma segunda na abertura das aulas. Mais tarde, quando a marca tiver maior visibilidade, poderão avançar para rádio ou televisão, admite.
A Gorila ataca também com uma "nova fórmula": mais goma, mais aromas naturais e dois novos sabores: Tropicool (algodão doce e ananás) e Coca-Cola Limão. E, promete Francisco Ramos, "vamos ter por ano uma rotação de dois sabores".
Com esta nova aposta na comunicação - os rebuçados Penha foram também renovados - a Lusiteca conta duplicar a faturação nos próximos quatro anos, atualmente nos10 milhões de euros. "Desses 100%, 80% será do mercado de exportação", acredita Pedro Ribeiro da Cunha, administrador.
O próximo passo é as Super Gorila. Mas essa é uma história que ainda está a ser planeada.
http://www.dinheirovivo.pt/Buzz/Artigo/CIECO034985.html?page=1