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MensagemEnviado: 15/3/2003 21:14
por CyberNet
Tudo isto mais parece uma ANEDOTA!

Um dia imagino este pais vendido aos espanhois: nesse dia, como é natural, deixaremos de ser República (das bananas?) e passaremos a ser Monarquia, com epicentro parlamentar em Espanha!

Dúvidas...

:shock:

MensagemEnviado: 15/3/2003 19:33
por Duckman
Mas o que é que o PR tem que se meter nisso?

Quando os políticos se metem em assuntos económicos, o resultado nunca é mau ... é péssimo !

Pois é...

MensagemEnviado: 15/3/2003 13:47
por Info
..ontem à noite quando me deitei...era notícia nos noticiários da madrugada.

E diziam que o Gonzales também mandou "a escada" ao Durão Barroso.. e disse que o governo português não concorda com mais influências da banca espanhola em Portugal, onde já a considera de enorme peso.


Outra para o que escrevi no "assunto" dos ratings da S&P sobre o BCP:
"Alguém pediu mais um tirinho no porta-aviões BCP?" Isto mais pela euforia no dia de ex-div e ex-dir. quanto à já "confirmada" opa do bbva sobre o bcp, pelo interesse em querer tudo o que sobrasse do aumento de capital.


Cump.

Expresso- "Sampaio afasta espanhóis"

MensagemEnviado: 15/3/2003 5:27
por Ulisses Pereira
"Sampaio afasta espanhóis

O presidente do BBVA foi recebido em Belém e não gostou do que ouviu. Enquanto os banqueiros portugueses tiverem dificuldades em Espanha, Jorge Sampaio vê com desagrado a entrada dos bancos do país vizinho nas instituições nacionais, nomeadamente no BCP "


João Carlos Santos

"O aumento de capital do banco presidido por Jardim Gonçalves ocorre de 14 a 31 de Março

O PRESIDENTE do Banco Bilbao Vizcaya Argentaria (BBVA), que esta semana esteve em Lisboa, questionou o Presidente da República sobre como Jorge Sampaio veria um aumento da posição do banco espanhol no mercado português. Sampaio desencorajou essa possibilidade, afirmando não só ser essa presença já muito forte, como existir um desequilíbrio, que desfavorece claramente a presença dos bancos portugueses em Espanha.

Francisco González lembrou então que o BBVA tem sido sempre respeitador das autoridades nacionais - estabelecendo assim um contraponto com o Santander - e que não gosta de operações hostis, ao que Sampaio terá retorquido que deveriam continuar a manter esse posicionamento.

González visitou também o governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio - e o que ouviu foi que o aumento da posição de um banco estrangeiro em Portugal depende sempre do acordo com parceiros locais, porque os bancos centrais não gostam de operações hostis.

O presidente do BBVA esteve ainda com o primeiro-ministro, a quem sondou sobre o mesmo assunto. Mas Durão Barroso está tranquilo, porque existe um acordo de cavalheiros com José Maria Aznar, segundo o qual tomadas de posição em Portugal nos sectores de energia, banca ou telecomunicações só se não forem consideradas hostis. A notícia de que o BBVA estaria interessado em ficar com as acções que sobrarem do aumento de capital do BCP, avançada pelo «Público», além de ter feito subir a cotação do banco, pode ter potenciado a união dos accionistas de referência.

Contudo, o BBVA afirma que o crescimento em Portugal será feito por via orgânica, «pelo menos no curto prazo», afastando a ideia de estar a fazer quaisquer «movimentos no sentido de adquirir uma posição no BCP». Certo é que o banco espanhol, ao fazer parte do conjunto de instituições que compõem o sindicato bancário que assegura a compra das acções, terá maior facilidade em adquiri-las.

Francisco González terá vindo a Portugal para dar conta do que se passou na assembleia geral de accionistas, realizada no dia 1, em Bilbao, e apresentar os objectivos do grupo para 2003. É neste âmbito que o banco diz ter aproveitado para fazer algumas visitas de cortesia ao Presidente da República, ao Primeiro-ministro e a responsáveis do Banco de Portugal.

À partida, todos os accionistas com assento no Conselho Superior do BCP acompanharão o aumento de capital. Esta semana, João Pereira Coutinho, que tem cerca de 2%, confirmou que vai entrar na operação. Já o grupo José de Mello diz que «é accionista de referência do BCP, quer manter esse estatuto e vai continuar a apoiar o desenvolvimento do banco». Com 4,91% do capital do BCP, também a Intesa vai acompanhar o reforço de capital do banco. Quanto ao silêncio da CGD, a instituição estatal adianta que «em anteriores aumentos de capital de empresas em que a Caixa participa nunca foi divulgada previamente a sua posição», acrescentando que «um procedimento diferente poderia ser interpretado como uma eventual interferência no mercado».

Caixa inocente



Soube-se, entretanto, que a queda 15,71% na cotação do BCP ocorrida no dia 23 de Outubro não foi provocada por operações conduzidas pelo grupo Caixa Geral de Depósitos (CGD). Esta foi a conclusão da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) após ter analisado as transacções realizadas por altura da divulgação de resultados do terceiro trimestre de 2002. Na altura, o BCP anunciou a emissão de 500 milhões de euros de valores mobiliários obrigatoriamente convertíveis em acções, assim como importantes mudanças de estratégia, como o abandono do projecto de uma seguradora pan-europeia, a Eureko.

A acentuada desvalorização registada na altura levou o BCP a comunicar à CMVM a existência de operações invulgares, levantando a suspeita de que o grupo Caixa estaria por trás destas movimentações. Algo que a Caixa sempre negou. A CMVM acabaria por analisar as transacções, afirmando ter em conta o pedido do banco nesse sentido, para concluir agora que nenhuma das operações intermediadas pelo Caixa Banco de Investimento teve efeitos directos na cotação do BCP.

O que se passou na altura foi que alguns investidores apostaram na continuação da queda das acções e decidiram avançar para operações de venda de títulos que não tinham e que tiveram de pedir emprestados. Para tal recorreram à CGD, tal como a outros intermediários, numa operação usual na Bolsa que pode, no entanto, fazer cair, no curto prazo, o valor dos títulos. A CGD terá, assim, utilizado acções do BCP que eram detidas por clientes sem recorrer às que constituem a sua participação estratégica - é o maior accionista do BCP, com 8,37% do capital. As transacções ocorreram no mercado «after hours», pouco tempo antes de serem anunciados os resultados.

A CMVM remete as conclusões desta análise para o BCP. Por seu turno o BCP recusa comentar este assunto, enquanto a CGD diz desconhecer qualquer pedido de esclarecimento do BCP à CMVM.

Isabel Vicente, Nicolau Santos e Pedro Lima


Perdas nos EUA
AS NORMAS contabilísticas impostas pela entidade de supervisão norte-americana explicam a diferença substancial nos resultados apresentados pelo BCP na Europa e nos EUA. Em 2002, o banco voltou a apresentar prejuízos - 738,1 milhões de euros - segundo as regras usadas nos EUA, o que contrasta com o lucro obtido em Portugal (272,721 milhões de euros). E embora o BCP já tenha tornado pública a intenção de sair da Bolsa norte-americana, ainda não a formalizou. As maiores diferenças entre as regras aplicadas nos EUA e na Europa resultam da amortização do «goodwill» (diferença entre o valor pago por uma empresa e o seu valor contabilístico) no Sotto Mayor, Eureko e Millennium Bank, o que levou o banco a abater 673,9 milhões de euros nos resultados, assim como 441,7 milhões de euros decorrentes de desvalorizações na carteira de participações financeiras não consolidadas e títulos de investimento, e ainda 200 milhões de euros relativos a perdas na Eureko. É que nos EUA o «goodwill» ou as menos-valias registadas em participações financeiras não contabilizadas cotadas em bolsa são consideradas como custos. "

(in www.expresso.pt)