MarcoAntonio Escreveu:Mas Elias, o teu argumento inicial era o factor sazonal e que não fazia sentido associar a quebra à crise. E cito:
Elias Escreveu:(...)
Em suma, trata-se de um padrão anual e parece-me forçada a conclusão de que esta quebra tem a ver com a crise.
Correcto. Mas nota que essas palavras se referiam à quebra de Dezembro de 2010 para Janeiro de 2011. Essa quebra deu-se em ambas as pontes.
MarcoAntonio Escreveu:As passagens estão a cair para lá do factor sazonal: a quebra já se verificava ao longo de 2010 sendo que em Janeiro continua a acelerar (como de resto refere a notícia e é verdade).
Esta parte só é verdade para a Ponte 25 de Abril, pois conforme acima demonstrei, de 2009 para 2010 não houve quebra de tráfego na PVG.
MarcoAntonio Escreveu:A associação à crise e aos aumentos dos combustíveis torna-se ainda mais pertinente/lógica/óbvia por a quebra se verificar particularmente na Ponte 25 de Abril, passagem para a qual existem alternativas de transportes colectivos a fazer concorrência ao veículo particular e porque grande parte do tráfego (de mais pequeno curso) é precisamente o tipo de tráfego que está mais susceptível a ser afectado por aqueles factores.
Aliás, é o que tu acabas por dizer no teu último post, mas que contraria o teu post inicial...
Não contraria coisa nenhuma.
O post inicial destinava-se a comentar a notícia que fazia uma comparação (a meu ver disparatada) entre Dezembro de 2010 e Janeiro de 2011 retirando conclusões com base em extrapolações e invocando a crise. O último post fala da evolução ao longo de 2010. Logo os dois posts tratam de âmbitos temporais diferentes.
Vou tentar resumir aqui a minha opinião:
- primeiro: a quebra de tráfego de Dezembro para Janeiro é normal e por isso não pode ser explicada com base na crise
- segundo: a quebra de tráfego de Dezembro para Janeiro aconteceu em ambas as pontes, tendo aliás maior expressão na PVG
- terceiro: num horizonte temporal mais alargado, comparando os dados disponíveis para 2009 e 2010, verifica-se que apenas a P 25 de Abril apresenta uma tendência sustentada de redução, ao passo que o mesmo não acontece com a PVG
- quarto: as duas pontes representam realidades muito diferentes e não faz sentido retirar conclusões a partir de médias do que se passa no conjunto das pontes
Fiz-me entender?