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Direitos do BCP iniciam amanhã negociação com valor teórico

MensagemEnviado: 13/3/2003 17:48
por TRSM
Direitos do BCP iniciam amanhã negociação com valor teórico de 0,23 euros



Quinta, 13 Mar 2003 16:45

Os direitos do aumento de capital do Banco Comercial Português (BCP) iniciam amanhã a transacção com um valor teórico de 0,23 euros, com a negociação a estender-se até ao dia 25 de Março, disseram analistas ao Negocios.pt.

As acções do Banco Comercial Português (BCP) [Cot, Not, P.Target], que encerram hoje nos 1,58 euros, iniciam amanhã o período de negociação dos direitos referentes ao aumento de capital da instituição bancária.

O maior banco privado nacional tem em curso uma operação de reforço de capital de 930.685.950 acções, reservado aos accionistas, com um valor de subscrição de 1 euro por título. Com a inclusão das novas acções, o BCP passará a ter 3,257 mil milhões de títulos dispersos em Bolsa.

Segundo um analista de banca contactado pelo Negocios.pt, «amanhã, e dado o preço de fecho de 1,58 euros, os direitos começam a negociar com um valor teórico de referência de 0,23 euros».

«Estamos, no entanto, a ignorar um impacto marginal derivado do facto das acções agora garantidas e que vêm do aumento do capital não poderem ser negociadas de imediato», diz a mesma fonte.

De acordo com o analista, «deveremos agora assistir a um período de arbitragem entre os direitos e a cotação do BCP, que condicionará a evolução da cotação até ao final desde período de negociação».

Um accionista que tinha em carteira, antes de terça-feira, uma acção do BCP ser-lhe-ia atribuído 1 direito de subscrição. Por cada 5 direitos, é possível subscrever duas novas acções do BCP, ao preço unitário de 1 euros.

O período de subscrição ocorrerá de 14 de Março a 28 de Março, enquanto a negociação em Bolsa dos direitos far-se-á a partir de amanhã até ao próximo de 25 de Março.

Segundo uma nota da OK2Deal, «as novas acções resultantes do aumento de capital serão fungíveis com as restantes na data da sua emissão em Bolsa», em princípio, três dias úteis após o final do período de subscrição.

A negociação destes direitos esteve envolta em especulações depois do jornal «Público» ter avançado que, no âmbito do aumento de capital, a UBS Warburg e a Merrill Lynch, que tomaram firme a operação, terão organizado uma «pool» restrita de instituições onde se encontra o Banco Bilbao Vizcaya Argentaria (BBVA), que além de se comprometer a ficar com as acções que lhe fossem atribuídas, estaria em contacto com corretoras para a tomada dos direitos sobrantes do aumento de capital, entrando assim para a estrutura accionista da instituição liderada por Jardim Gonçalves.

A intenção de entrar no BCP já foi posta de lado pelo BBVA. A não participação no aumento de capital por parte da Caixa Geral de Depósitos (CGD) que controla 8,43% do BCP, foi hoje igualmente posta de lado, depois do «Jornal de Negócios» ter dado como certo que o banco estatal iria acompanhar o reforço de capital do BCP.

As acções do BCP fecharam nos 1,58 euros, a desvalorizarem 1,25%. O banco interrompeu assim uma série de seis sessões consecutivas a valorizar, período ao longo do qual subiu 16%.