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Caldeirão da Bolsa

Ideia para aumentar a produtividade em 40%

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por rpmt » 15/9/2010 23:56

Estava a ler este topico com atenção,mas ao mesmo tempo a olhar para a realidade Portuguesa, após 30anos de trabalho e passagem por varias empresas começamos a ver que seja pequena ou grande a maneira de pensar não muda muito, em 1º lugar a repartição da riqueza criada haja pouca produtividade ou muita é escandalosamente distribuida muito sempre para os mesmos, as desculpas habituais para os mesmos de sempre ( posso dar um exemplo que aconteceu comigo durante uns anos eu + uma equipa tivemos de trabalhar muitos fins de semana seguidos sem descanso fosse qual fosse o feriado demos muita riqueza a empresa e decobrimos + tarde que aqueles que não contribuiram em nada levaram BMW e nós os ossos)2º Existe um grande falta pessoas competentes nas direcções, nos departamentos etc, assiste-se ao afastamento de chefes, directores etc competentes e a colocação de personagens uteis sem capacidade alguma para gerir pessoas (fazem o trabalho sujo do superior Hierarquico)e aquilo que comento passa-se no sector privado depois é só negocios e esquemas quando olhamos para o governo é apenas o tamanho maior daquilo que se passa em muita empresa,até a crise que hoje está instalada não deixa de ser util a muita gente os povos vão se tornando mais maleaveis, sem alternativas são facilmente convencidos a fazer e a aceitar tudo,cada vez creio mais que o País não tem solução é um País pequeno todos se conhecem e isto esta feito para meia duzia e para os amigos sempre os mesmos rodando de lugar, e o resto é paisagem.
 
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por Elias » 15/9/2010 20:40

carf2007 Escreveu:
Bull Bull Escreveu:uma boa forma de aumentar a produtividade é dar prémios de produtividade. Algo pouco usado neste pais nas pequenas e médias empresas


Exactamente. Basta eleger todos os meses o funcionario do mes e oferecer um bom premio.


Em teoria.

Na prática os resultados não são aqueles que se poderia imaginar.
 
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por carf2007 » 15/9/2010 20:39

Bull Bull Escreveu:uma boa forma de aumentar a produtividade é dar prémios de produtividade. Algo pouco usado neste pais nas pequenas e médias empresas


Exactamente. Basta eleger todos os meses o funcionario do mes e oferecer um bom premio.
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por carf2007 » 15/9/2010 20:24

Trabalhadores altamente produtivos !! :lol:

<object width="480" height="385"><param name="movie" value="http://www.youtube.com/v/tViZc37zxGw?fs=1&hl=pt_PT"></param><param name="allowFullScreen" value="true"></param><param name="allowscriptaccess" value="always"></param><embed src="http://www.youtube.com/v/tViZc37zxGw?fs=1&hl=pt_PT" type="application/x-shockwave-flash" allowscriptaccess="always" allowfullscreen="true" width="480" height="385"></embed></object>
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por rmachado » 15/9/2010 16:06

Bull Bull Escreveu:uma boa forma de aumentar a produtividade é dar prémios de produtividade. Algo pouco usado neste pais nas pequenas e médias empresas


Bull, desafio-te a ler dois livros...

SuperFreakonomics e o de Bom a Excelente...

Ambos tem uma visão interessante sobre incentivos.

A produtividade aumenta se a gestão melhorar e se nas várias empresas todos tiverem a noção exacto do que se quer para a empresa.

Além de que continuo a achar que o cálculo da produtividade pra mim está errado, ou pelo menos ainda ng me mostrou como se calcula... Digo isto pq a produtividade da AutoEuropa é teoricamente mais fácil de medir do que a produção de software por exemplo.
 
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por whitebala » 15/9/2010 15:04

MarcoAntonio Escreveu:Já agora, a minha formula para o aumento da produção "em 40%" é totalmente diferente.

Eu avançaria com uma série de medidas, uma ou outra com um toque de criatividade e inovação que talvez seja ao gosto do Atomez (que frizou essa necessidade), outras que são mais convencionais e que no seu conjunto certamente teriam ampla oposição popular (como praticamente qualquer medida que tenha o forte potencial de nos tirar deste buraco):


> Alteração do montante do subsidio de desemprego pelo salário mínimo acrescido de uma percentagem variável do diferencial entre o SM e o anterior vencimento. Este montante variável seria reduzido em caso de recusas de oferta de emprego (um desincentivo à recusa de trabalho, no limite o desempregado poderia chegar a receber apenas o montante do SM) e em caso de aceitação de trabalho durante o período de abrangência, essa parcela era somada ao vencimento oferecido pelo empregador. Assim, o subsídio de desemprego era como que substituído por um "incentivo de regresso ao mercado de trabalho". O Estado estaria a pagar um montante para fazer regressar as pessoas ao mercado de trabalho de forma voluntário em lugar de tentarem maximizar a subsidiação não trabalhando. Esta medida requeriria também provavelmente uma reformulação dos centros de emprego, o que certamente exigiria investimento mas que estaria mais do que coberto pela poupança subjacente e efeitos positivos directos e indirectos, estou em crer;

> Introdução de novas regras no acesso ao RSI (mais criterioso) e introdução de contrapartidas para a manutenção no sistema (o trabalho social obrigatório para individuos saudáveis e em idade activa parece-me "incontornável"), alterando o binómio de benefício x conforto para os que estão a ser suportados pelo sistema, por forma a fazer caminhar as taxas de adesão em direcção às reais necessidades;

> Cortes salariais (com especial incidência na função pública) de forma progressiva em função de gamas de valores de vencimentos;

> Cortes semelhantes nas pensões e eventualmente com a introdução de tectos de vencimento;

> Menos feriados, menos pontes e menos tolerâncias de ponto substituindo dias de consumo (com influência negativa no bolo e volume total de importações) por dias de maior produção "útil" (potenciando em seu lugar as exportações).


Este conjunto de medidas visa combater o abstencionismo, promover a produção de várias formas e simultaneamente reduzir a despesa ou aumentar o retorno para a mesma despesa.

Seria preciso uma enorme coragem política para introduzir tudo isto de uma vez. Mas houvesse essa coragem e dentro de um par de anos teriamos por certo resultados evidentes, não tenho qualquer dúvida, e a contestação social imediata deria lugar à constatação das melhores condições de vida e nível económico do país dentro de 3, 4, 5, 6 ou 10 anos...

Até lá, teria que se aguentar a falta de visão de longo-prazo tão característica do tuga, sempre preocupado com o seu bolso e com o que lhe vai custar e o que vai receber já amanhã!


Marco

O que dizes é tão simples, realista e claro que eu unicamente te cito para ver se mais alguem lê o teu post.

Este tópico enferma dos defeitos tipicos dos Portugueses. Depois das tuas propostas e que qualquer pessoa com dois palmos de testa creio estar de acordo, é impressionante como o tópico se embrenha em raciocinios do meu ponto de vista acessórios.

Parece que nós os POrtugueses continuamos a olhar só para o acessório e esqueçemos o fundamental! Alguem contesta?

Alguem que leia p.f. o que diz o Marco... :cry: :cry: :cry: :cry: :cry: :cry: :cry: :cry:
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por Lion_Heart » 15/9/2010 14:52

Querem aumentar a produtividade?

Deixe de existir emprego para toda a vida e ponham objectivos como por ex na banca.

A produtividade e baixa porque nao e preciso mais, o salario aparece sempre no fim do mes.

O tuga nao e burro, para que vai fazer mais se nao recebe nada por isso nem e penalizado!
" Richard's prowess and courage in battle earned him the nickname Coeur De Lion ("heart of the lion")"

Lion_Heart
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por Elias » 15/9/2010 14:45

ferradura Escreveu:Solução dos nossos problemas:

1-Fechar a assembleia da republica e despedir com justa causa todos os politicos


Vamos por um momento admitir que isso era implementado.

O que fazias a seguir?
 
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por bolo » 15/9/2010 14:38

´mas é já!
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por nunofaustino » 18/6/2010 14:20

ferradura Escreveu:2-Despedir todos os empresários com funcionários com habilitações académicas superiores às suas, e se estes auferirem ordenados inferiores a 1500 €.

Estás a dizer que uma pessoa com 4ª classe não pode ter uma empresa de construção civil e contratar alguém com o 9º ano? Ou que um licenciado não pode contratar um mestre ou doutorado e pagar-lhe menos que 1500€?

Sabes qual deveria ser um dos principais critérios para contratar alguém? Esse alguém ser melhor do que quem está a contratar para a posição em aberto. Caso contrário dás por ti a conferir sempre o que eles estão a fazer e a não delegar responsabilidades...

Um abr
Nuno
Pluricanal... não obrigado. Serviço péssimo e enganador!!!
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por ferradura » 17/6/2010 19:01

Solução dos nossos problemas:

1-Fechar a assembleia da republica e despedir com justa causa todos os politicos

2-Despedir todos os empresários com funcionários com habilitações académicas superiores às suas, e se estes auferirem ordenados inferiores a 1500 €.

3-Despedir o governo, e criar um novo governo, com um vencimento em função dos seus KPI's
 
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por nunofaustino » 17/6/2010 12:41

Uma maneira de aumentar a produtividade é apostarmos em produtos mais caros. Só assim deixamos de competir através de salários baixos e de concorrermos com chineses, vietnamitas, ...

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por Bull Bull » 17/6/2010 12:26

uma boa forma de aumentar a produtividade é dar prémios de produtividade. Algo pouco usado neste pais nas pequenas e médias empresas
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por MarcoAntonio » 17/6/2010 8:48

E esta aqui também:

http://www.jornaldenegocios.pt/index.ph ... &id=430527

Governo corta no rendimento social de inserção
O Governo vai alterar o valor do rendimento social de inserção (RSI). O diploma ontem publicado em Diário da República reduz o montante devido pela Segurança Social a alguns membros do agregado familiar, eliminando, por outro lado, uma série de apoios acessórios.
Manuel Esteves
mesteves@negocios.pt
Catarina Almeida Pereira
catarinapereira@negocios.pt

O Governo vai alterar o valor do rendimento social de inserção (RSI). O diploma ontem publicado em Diário da República reduz o montante devido pela Segurança Social a alguns membros do agregado familiar, eliminando, por outro lado, uma série de apoios acessórios.

A lei actual determina que o segundo adulto da família em questão "vale" 100% da pensão social (189,52 euros), percentagem que desce para 70% com a nova lei. Também a proporção devida pelo terceiro filho desce de 60% para 50% da pensão social. O impacto dependerá, no entanto, de caso para caso (ver simulações ao lado).



Diário da República para quem quiser ver em maior detalhe:

http://dre.pt/pdf1sdip/2010/06/11500/0208102089.pdf
Imagem

FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por MarcoAntonio » 17/6/2010 8:46

Tenho alguma curiosidade em ver quais as medidas em concreto, mas para já aqui fica o cabeçalho da notícia:

Apoios sociais pagos a mais de dois milhões vão ser revistos

É uma autêntica revolução no sistema de protecção social. O Governo vai rever a atribuição de prestações sociais que beneficiam hoje mais de dois milhões de pessoas. E a estimativa é conservadora, já que o diploma ontem publicado em Diário da República vai mais longe do que o previsto.


http://www.jornaldenegocios.pt/index.ph ... &id=430505



(coloco aqui porque foi um dos tópicos onde abordei o tema e para não abrir outro desncessariamente)
Imagem

FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por _urbanista_ » 10/6/2010 23:14

MozHawk Escreveu:
_urbanista_ Escreveu:Acabei de chegar de uma empresa que produz componentes para automóveis, e as encomendas estão a crescer de dia para dia, e está a trabalhar hoje que é feriado e nas ultimas semanas já deu emprego a algumas dezenas de pessoas...
Falta estratégia à maior parte das empresas esse é o verdadeiro problema...


_urbanista_,

Estava a falar de Angola. Mesmo assim, o exemplo que referes, são ilhas isoladas no meio de uma crise a sério senão não seria designado por "crise".

bolo,

Comento mais logo que estou a ficar sem bateria.

Um abraço,
MozHawk


Realmente há crise, mas nós algum dia não estivemos em crise?? :lol: :lol: :lol:
Este país tem bons exemplos de como se faz, falta é o resto ir a traz desses bons exemplos... o problema é que Dá trabalho e deixa-se andar até um dia, é a mentalidade do portuga... Claro que acredito que ha empresas que se esforçam e não estão bem, mas onde está a estratégia? onde estão as cabeças pensadoras?
Muitos estão nas caixas de hipermercados, olhem o ikea :lol: ...

O problema é que muitos empresários preferem contratar 3 ou 4 funcionários para trabalhar, do que um doutor ou engenheiro que segundo eles, está no gabinete todo dia e não faz nada....Este é um dos grandes problemas...
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por bolo » 10/6/2010 19:30

... :mrgreen:
é um bom alinhamento com a ideia de apreciar a vida e fazer disparates!
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por atomez » 10/6/2010 18:17

Isto é que é "horário flexível"!
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por MozHawk » 10/6/2010 11:46

_urbanista_ Escreveu:Acabei de chegar de uma empresa que produz componentes para automóveis, e as encomendas estão a crescer de dia para dia, e está a trabalhar hoje que é feriado e nas ultimas semanas já deu emprego a algumas dezenas de pessoas...
Falta estratégia à maior parte das empresas esse é o verdadeiro problema...


_urbanista_,

Estava a falar de Angola. Mesmo assim, o exemplo que referes, são ilhas isoladas no meio de uma crise a sério senão não seria designado por "crise".

bolo,

Comento mais logo que estou a ficar sem bateria.

Um abraço,
MozHawk
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por bolo » 10/6/2010 11:21

MozHawk Escreveu:
Indo um pouco mais acima, estou como o Carrancho. Uma das minhas ideias agora no regresso a Portugal é comprar 1ha de terra junto e com acesso ao mar, enfiar por lá uma ponte cais, comprar uma traineira em 2ª mão e ir à pesca. Com os hortícolas e frutas produzidas no terreno, de preferência com poço, sou capaz de me tornar auto-suficiente e vender os excedentes aos vizinhos (se eles não tiverem traineiras, claro!). MozHawk


Será que disseste mesmo: baixar o nível(de consumo) e converter o tempo de trabalho em tempo livre para recreação?(para quem o trabalho não é o seu objectivo de vida).

É a ideia do Atomez, baixar o nível e recuperar tempo livre! Resta saber onde está o nível óptimo de cada pessoa.
A problemática da avaliação da relação custo/benefício marginal entre mais e menos horas de trabalho por compensação de mais ou menos horas de tempo de recreação é uma questão fulcral, quanto a mim.
O conforto dado pelas auto-estradas, pelo tecnologia é muito bom, mas uma sociedade sem cultura é uma sociedade em risco de sucumbir! Como isso não nos deve tirar o sono, podemos dizer que uma pessoa sem cultura não é a mesma coisa! Caso isso não nos diga muito, podemos trabalhar todo o nosso tempo disponível. Mais uma vez tudo é relativo.

Eu sou pela cultura e ela faz-se com recreação. O trabalho é muito vezes benéfico para além de útil, pois não queremos viver em cavernas, mas ficamos com a questão de onde fica o equilíbrio entre trabalho e a recreação.

Como 'deixa', cito um desconhecido que diz: "a vida é para se apreciar e fazer disparates"!
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por _urbanista_ » 10/6/2010 9:18

MozHawk Escreveu:Caro Atomez,
A crise está a afectar fortemente a procura com a consequente redução dos postos de trabalho, directamente proporcional com a duração da crise... Nós, por cá, estamos precisamente a viver isso. As encomendas pararam, ...

MozHawk


Acabei de chegar de uma empresa que produz componentes para automóveis, e as encomendas estão a crescer de dia para dia, e está a trabalhar hoje que é feriado e nas ultimas semanas já deu emprego a algumas dezenas de pessoas...
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por _urbanista_ » 10/6/2010 9:11

O verdadeiro problema não são os feriados nem os fins de semana, etc etc...
O verdadeiro problema é a mentalidade. Ha empresas em Portugal, que trabalham 7 dias por semana, não há feriados nem fins de semana,na sua maioria estrangeiras, mas também algumas portuguesas, são essas que produzem e contribuem para o crescimento deste país.
Depois há outras empresas com uma mentalidade portuga do deixa andar e tambem a máquina do estado em que os seus funcionários cheios de benesses ainda se queixam (que mudem para o privado para ver o que é bom...) que desiquilibram a balança. o problema está aqui.
Agora pergunto eu. porque é que estes não adoptam a estratégia dos primeiros que referi??? enfim...
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por MozHawk » 10/6/2010 7:56

Caro Atomez,

Aqui sou forçado a concordar com a Pata e Pousada. Não é por se utilizar a 100% a capacidade instalada que se melhora a situação. A crise está a afectar fortemente a procura com a consequente redução dos postos de trabalho, directamente proporcional com a duração da crise... Nós, por cá, estamos precisamente a viver isso. As encomendas pararam, os PMRs dispararam, a redução dos postos de trabalho é um processo em curso, com início há cerca de 1 ano, pela percepção do que aí vinha e da necessidade de melhorar a produtividade por forma a salvaguardar os demais postos de trabalho, em última instância. Incluindo o congelamento de salários...

Quanto à situação em Portugal, perante uma perspectiva de longa duração da crise, seria capaz de não ser mau conseguirem-se fundos da UE que permitissem absorver as massas de desempregados para a produção de energia. Não é bem renovável mas particularmente saudável. Criavam-se unidades um pouco por todo o país, cheias de bicicletas ou sistemas idênticos, em que o pessoal pedalava algumas horas por dia, produzindo energia eléctrica. Vantagens:

1. Redução da necessidade de combustíveis fósseis para a produção de energia;
2. Melhoria substancial da saúde dos portugueses;
3. Devido a 2. redução da pressão junto do SNS graças ao seu efeito multiplicador em termos de patologias;
4. Socialização dos que estão no desemprego, saindo de casa e convivendo com outras pessoas;
5. Formação em simultâneo com a produção de energia;
6. Etc, etc, etc.

Indo um pouco mais acima, estou como o Carrancho. Uma das minhas ideias agora no regresso a Portugal é comprar 1ha de terra junto e com acesso ao mar, enfiar por lá uma ponte cais, comprar uma traineira em 2ª mão e ir à pesca. Com os hortícolas e frutas produzidas no terreno, de preferência com poço, sou capaz de me tornar auto-suficiente e vender os excedentes aos vizinhos (se eles não tiverem traineiras, claro!). Evidentemente, o grande objectivo, a médio-longo prazo, é descobrir a pilha nuclear.

Um abraço...
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por bolo » 10/6/2010 4:38

Atomez Escreveu:
bolo Escreveu:Desvantagens para as entidades empregadoras:
1. aumento dos custos fixos, no que respeita ao funcionamento das infra-estruturas durante mais 2 dias

Não, os custos fixos seriam os mesmos. Como o nº de unidades produzidas aumentava, o custo fixo incorporado em cada unidade produzida baixava.

Sim, enganei-me a designar o que queria dizer custos variáveis, e disse o oposto.

Atomez Escreveu:Ou seja, por unidade produzida o custo variável era o mesmo mas o custo fixo baixava, daí o aumento de produtividade.

Compreendo aquilo a que te referes, mas, pelas conclusões a que cheguei em cima, continuo curiosamente a concluir o contrário.
O aumento da produção que se obtém com o emprego dos 10% das pessoas que estão actualmente no desemprego é inferior ao decréscimo da produção que iria ser provocado por 45% da população passar a trabalhar menos 8 horas por semana e 45% passar a trabalhar menos 16h. Foi um método grosseiro, mas representa o raciocínio.

Como o produção decresce, e embora os custos variáveis decresçam também (na proporção do decréscimo da produção), mantendo-se os custos fixos, a eficiência ou produtividade baixa.

Atomez Escreveu:Acho esta proposta uma boa maneira de alcançar o pleno emprego e aumentar a qualidade de vida das pessoas sem ser preciso fazer qualquer investimento adicional

Quanto a estes dois pontos, são aqueles com os quais concordo plenamente, e que por si, já tornam válida esta proposta. A outra questão imprescindível para que funcionasse era o necessário aumento das encomendas, que pode ficar resolvida em parte pelo aumento do emprego.

Atomez Escreveu:É certo que levaria a uma redução (pequena) nos salários, mas o facto é que o salário ganho por hora seria o mesmo, as pessoas passavam era a ter mais tempo livre. Não me parece mau.

Obrigado pelo longo esforço. :)

Perfeitamente! E esta é uma questão interessante e que é o padrão de vida das pessoas naquilo que são as suas escolhas sobre o emprego do seu tempo de vida e sobre o que consideram como sucesso!?
R:
1. carreira e reconhecimento?
2. carreira e dinheiro?
3. reconhecimento e bem estar?
4. dinheiro, consumo e bem estar?
5. não necessidade de reconhecimento pela carreira?
6. satisfação pela produção e não pelo consumo?

consoante várias posições perante estes aspectos ligados ao estilo de vida e posição perante o que nos rodeia, podemos querer trabalhar horas sem fim, para ganhar dinheiro, ou trabalhar o menos possível para satisfazer um mínimo necessário, mas aumentando o tempo livre e desejado para a qualidade de vida.
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por atomez » 9/6/2010 23:34

bolo Escreveu:Vantagens e Desvantagens da Proposta
Vantagens:
1.emprega toda a população disponível para trabalhar

A ideia é mesmo empregar toda a gente disponível, reduzindo o desemprego a zero e até recorrer a imigração se isso não for suficiente.

bolo Escreveu:Desvantagens para os trabalhadores actualmente empregues::
1. Passam a trabalhar, uns (metade) menos 1dia/semana, outros (outra metade) menos 2dias/semana, e por isso terão o correspondente decréscimo salarial

Neste modelo 4+3 com 8 horas de trabalho por dia haveria pessoas a trabalhar 32 horas por semana e outras 24 horas por semana.

Não é muito diferente da actualidade em que já há gente a trabalhar 35 horas por semana e se pensa em aplicar as 35 horas a toda a gente, como fizeram em França.

bolo Escreveu:Desvantagens para as entidades empregadoras:
1. aumento dos custos fixos, no que respeita ao funcionamento das infra-estruturas durante mais 2 dias

Não, os custos fixos seriam os mesmos. Como o nº de unidades produzidas aumentava, o custo fixo incorporado em cada unidade produzida baixava.

Os custos variáveis é que subiam, mas na mesmo proporção que o aumento de produção, o custo variável por unidade produzida mentinha-se igual.

Ou seja, por unidade produzida o custo variável era o mesmo mas o custo fixo baixava, daí o aumento de produtividade.

Acho esta proposta uma boa maneira de alcançar o pleno emprego e aumentar a qualidade de vida das pessoas sem ser preciso fazer qualquer investimento adicional

É certo que levaria a uma redução (pequena) nos salários, mas o facto é que o salário ganho por hora seria o mesmo, as pessoas passavam era a ter mais tempo livre. Não me parece mau.


Obrigado pelo longo esforço. :)
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
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