Tenho de concordar com o mais_um neste caso.
A questão é, de facto, que os nossos jornalistas têm pouca formação (e cuidado) no modo em como abordam as noticias, criando "receios" que não são explicados como deve ser.
Relembro-me dos 2 ou 3 dias em que falaram da morte fetal de 2 fetos após a vacinação com a gripe A - como se a vacina é que tivesse provocado a morte fetal; mas nunca os ouvi falar nos outros dias nas outras mortes fetais em grávidas que não foram vacinadas.
Se nos dias decorridos tivessem morrido 100 fetos dos vacinados e 1 dos não vacinados, até poderia ficar alerta, mas se o que ocorreu estiver dentro das % naturais, não vejo qualquer motivo para alerta (i.e. se considerarmos uma taxa de mortalidade fetal de 1 por mil e tivermos 1000 vacinadas e 10000 não vacinadas, é "natural" que nas vacinadas morram 1 e nas não vacinadas morram 10 fetos. Se ocorresse o inverso é que seria motivo para preocupação).
As coisas são empolgadas de tal forma que, chega ao ridiculo, de haver pessoas (que pelo que li na wikipedia) "passam" por ministras da saúde, a dizer que as vacinas são para reduzir a população em 2/3 a longo prazo. Eu diria que esse longo prazo deve ser para aí 70 anos, o tempo de uma vida.
Em termos de produção, e pelo que li, o processo é semelhante às vacinas de gripe sazonal, e, portanto "mais que testadas" ao longo dos anos. Só assim é que se pode explicar a velocidade com que esta foi produzida e aprovada para utilização, quando normalmente uma vacina "nova de raíz" demora anos a ser aprovada e tem de passar por diversos ensaios.
Quanto à possibilidade da compra de "vacinas" sem adjuvante por particulares, não entendo muito bem como pretendem fazê-lo, uma vez que estas estão a ser vendidas apenas aos Estados (com as limitações existentes na produção) e não disponibilizadas em farmácias, logo não vejo como iriam adquirir legalmente essas vacinas, nem controlar a sua qualidade ou autenticidade.
Quanto a efeitos a longo prazo, tenho grandes dúvidas, uma vez que a vacinação é feita à mãe e para proteger a mãe da infecção (e indirectamente o feto). Não vejo qualquer possibilidade de existir passagem de algum "produto nocivo" para o feto através da placenta.
EDIT:
PS: quanto não existir "estudos neste grupo de risco", também não existe em quase a totalidade dos fármacos... Não tenho a certeza, mas penso q também não existe na da vacina sem adjuvante.