creepy Escreveu:rg7803 Escreveu:Este programa está bem feito mas é deprimente; infelizmente apercebemo-nos que não uma ficção, nem nenhum "2012" que estamos a presenciar, mas a nossa realidade. O programa está bem conseguido graças à qualidade dos intervenientes nas componentes diagnostico e na definição das causas que nos levaram à situação presente, sendo menos conseguido no "como" podemos sair desta situação. Dizer que precisamos de nova gente na governação, mais apta, melhor preparada, com um sentido mais nobre sobre a "coisa publica" estará sempre certo. A questão é mesmo o "como". Espero que não tenhamos que aprender da maneira mais dura. Entendo que pelo menos nas camadas mais esclarecidas da sociedade portuguesa haja já uma noção bastante clara de que a situação não será famosa; mas esta franja não representa mais do que isso mesmo, uma franja residual da sociedade portuguesa. O resto continua hipnotizado com os malabarismos do CR7, os milagres de Jesus, e os analgésicos mentais quotidianos da TVI, SIC e afins. Lamentavelmente o país que deixaremos de herança aqueles que inevitavelmente nos seguirão não será uma terra de encantar.
RG
concordo com a maioria do teu comentário... principalmente com os analgésicos mentais quotidianos da tvi, sic.... bastava que fosse exigido programas alternativos com sumo pelo menos em algumas horas nobre... mas não!!!! é esmeraldas (telenovelas) das 3 da tarde á 1 da manha... com uns programas de musica á mistura que deviam existir, sim, mas no meio dos programas interessantes... e não no meio destas brasileiradas....
eu as vezes fico a pensar...
se calhar isto é bom, estão-nos a mandar para a rua a seguir ao trabalho... tão-nos a fazer andar ao fim da tarde e a seguir ao jantar....
mas não... fica tudo em casa a gramar o chasso das novelas!!!!! deprimente!!!
no seu "genero!" aqueles programinhas do malato, ainda dão para saber alguma coisa que não sabemos...
cumprimentos
gostei do resumo do rg7803 que é apoiado pelo creepy, mas aproveito para referir que quanto à suposta falta de programas alternativos com sumo na TV de antena aberta, sim concordo que não há muitos, mas temos que referir que o canal2 tem essa programação e tem apenas 4,2% de audiências, contra vinte e tal porcento de cada um dos canais rtp1, sic, tvi e conjunto dos canais cabos.
Gostamos de algodão-doce!

rg7803 Escreveu:há coisas tão simples que podem ser postas em pratica por quem nos governa, que neste contexto (do tema em questão - contas publicas do país) podem ser postas em practica rapidamente...queres ver?
Porque não:
-acabar com 3 ou 4 feriados idiotas que só nós festejamos; já pensaste no acrescimo de horas de trabalho que isto representa para o país?
-aumentar novamente a semana de trabalho para 42 horas? não que tu vás produzir mais nestas duas/tres horas de trabalho, mas pela poupança de custos que isto vai representar para a tua empresa (pensa nas empresas de laboração contínua, o que isto pode significar em redução de custos)
-diminuir o tempo de férias para 20 dias ou menos; quanto têm de férias os americanos (creio serem 15 dias)?
São medidas pouco populares, mas que com o devido enquadramento pedagógico podem ser entendidas.
para referir que enquanto gostei da primeira mensagem do rg7803, discordo da segunda, acima. Pois, uma medida de aumento das horas de trabalho soa-me a medida de implulso irreflectida, pelo menos até chegar a conclusões, mais qualificadas.
Embora não tenha conhecimento sobre qual um eventual impacto do aumento do nr de horas de trabalho de cada pessoa no nível de desemprego geral, mas pelo menos há que ter em conta um principio que considero de grande valor: a forma como ocupamos as horas do nosso dia.
Não querendo abrir mais um tópico para o tema “Plano inclinado”, alojo este meu comentário neste tópico “
Plano inclinado - c/ Medina Carreira, Nuno Crato, João Duque” se bem que o programa que hoje saliento não é com estes intervenientes mas sim com o sociólogo António Barreto e claro está com o habitual e indispensável Medina Carreira.
Se o Elias quiser fazer o obséquio e achar por bem, pode generalizar o título deste tópico apenas para “plano inclinado”.
Não vejo muito planos inclinados mas os que vejo são normalmente muito bons. O de hoje é soberbo. Pena é que falem mas não estejam em condições para implementar o que falam, ou seja, em funções Executivas de Estado.
O António Barreto é também presidente da Fundação Francisco Manuel dos Santos que desenvolve um serviço público de informação estatística, com o nome PORDATA,
http://www.pordata.pt, que é uma coisa assustadoramente nova, ao que parece de algum valor.
É um serviço desenvolvido por 5 pessoas. Recolhe, trata e pública online informação económica, sociail e demográfica, do território português e de 30 países da Europa, apoioado numa parceria com o eurostat.
Para Portugal, para além dos dados globais, está em preparação a disponibilização de informação ao nível dos concelhos e conjunto de concelhos.
O António Barreto antes da colocação online deste serviço fez uma mostra ao Presidente da República, 1º ministro e Presidente da Assembeia da República que se mostraram interessados, sobretudo porque Estado não tem uma plataforma que reuna desta forma, este tipo de informação.
No seu melhor Medina Carreira diz que "nesta matéria, a que se tem dedicado a fundação, os muitos governos que passaram pelo poder em Portugal devem sentir-se envergolhados porque nunca fizeram nada que prestasse".
Resumidamente, ficam as mais acutilantes afirmações de cada um:
Medina Carreira

para além de poucos investigadores, poucas pessoas procuram informação.

Os dados (informação e estatística) actualmente divulgados, e a forma como o são, tem como objectivo esconder a verdade, limitar interpretações.

O serviço PORDATA é uma coisa nunca feita em Portugal, que pela sua natureza deveria ser o governo a fazê-la, mas que nunca o fez por falta de clarividência.

Actualmente o Estado socorre-se de dados dispersos aproximadamente 40 instituições públicas para se informar e fazer o que o serviço PORDATA faz. É um grande trabalho que o pais ainda não reconheceu mas que vai reconhecer.

O Estado e a comunicação social gastam a atenção a discutir a informação ao trimestre (sem ligação) e a discutir se se desceu ou se subiu 0,1 ou 0,2, neste ou naquele ponto, que não nos diz nada. Desta forma, não nos apercebemos das quedas nos últimos 10 anos na economia, uma tendência de médio prazo.

Nunca houve um Estato que carecesse de tantas receitas como o Estado de hoje. O Estado hoje sustenta, desde subsídios, abonos, salários, mais de 6.000.000 de portugueses. A sociedade portuguesa está a pagar para o Estado pagar a 6.000.000 de pessoas

A PORdata vai ter um contributo muito importante para a leitura de informação pois organiza e divulga informação facil de consultar.

As novas oportunidades são uma burla, são uma distribuição de votos atribuindo um papel (diploma)às pessoas, sem qualquer equivalência a um esforço e a uma mudança no seu conhecimento.
António Barreto

Há pessoas da vida pública portuguesa, Silva Lopes, Medina Carreira, que merecem confiança e que fazem alertas públicos sobre as contas e medidas públicas há mais de 10 anos.

Nós não temos a mínima desculpa. Nós sabiamos tudo o que está a acontecer há muito tempo.

Há um tal peso de manipulação e orientação de informação

Entrámos num jogo idiota que entrámos há alguns anos do quem é pessimista, e que é preciso pensar positivo, profetas da desgraça, e que foi um verdadeiro massacre espiritual nos últimos anos para esconder a realidade;

a tribo política trata a informação de forma a que a população não saiba a verdadeira informação, é deliberado e com dolo.

A classe política utiliza as dificuldades sociais para auto-justificação do governo ou crítica das oposições, mas, que nós saibamos, não se preocupam em saber o estado real da situação social do país.
A ideia de que estamos a ser vítimas dos outros, estrangeiros, é um mito comum nos países.
Há uma crise de confiança. Ninguém confia num deputado, num ministro, na maior parte dos juízes. a maior parte dos juízes são pessoas sérias.

Nos próximos anos poderá haver um clarificação do sistema político para um conceito presidencialista ou para um conceito parlamentar.
Não deixam de ser opiniões, mas parecem-me que têm base lógica.