Olá Profit!
É verdade que neste caso, esta minha frustração se deveu a um esquecimento, mas em outras ocasiões deveu-se a hesitações ou maus julgamentos na hora de tomar decisões.
Hoje, em virtude de ter sido um esquecimento não tem muito impacto no meu estado de espírito (até porque o dia me está a correr excelentemente), mas confesso que quando o erro se deve a hesitações ou mau julgamento, isso deixa sempre marcas, por mais pequenas que sejam.
Quando acontece um erro destes isolado, rapidamente se apaga da memória e consigo seguir em frente sem nenhuma consequência negativa. Contudo, quando estas situações ocorrem com mais frequência, os erros começam a martelar a cabeça e começo a perder confiança, um dos mais fundamentais aspectos de qualquer “trader” de sucesso, na minha opinião.
Comparo muitas vezes um “trader” a um jogador de basket. Há momentos em que estamos completamente “on fire” (ou “in the zone”, como preferirem) e em que todos os negócios que fazemos correm bem (ou todas as bolas que lançamos entram no cesto). É nestes momentos que devemos estar muito em jogo, com paradas altas, pois é este O NOSSO MOMENTO. Um dia, a mão arrefece e começamos a ter negócios falhados (ou as bolas deixam de entrar) e é aí que temos que parar por uns tempos ou então seleccionar melhor os negócios, intervindo esporadicamente e com apostas baixas porque assim como há alturas em que tudo corre bem, o oposto também sucede e temos o condão de comprar no máximo do dia e vender no mínimo da sessão (ou lançar a bola a dois metros do cesto e ela nem tocar no aro).
Eu sei qual é a situação que mais me afecta psicologicamente em termos de “trading”: É quando deixo que um negócio bem ganhador se transforme num negócio perdedor. Isto arrasa-me completamente e é por isso que cada vez menos deixo que isso aconteça.
Ainda bem que focaste este tema, profit (desculpa tratar-te por tu, mas acho que facilita a nossa comunicação), pois cada vez mais me convenço que a psicologia de um “trader” é o aspecto fulcral para o seu sucesso. Se calhar, é porque estou cansado de conhecer grandes analistas que terminam como péssimos “traders”.
Nós não podemos controlar o mercado, mas podemos controlar o nosso interior, não é?
Um abraço,
Ulisses