UBS corta recomendação da EDP para "neutral" e retira-a da lista de preferidas
10 Janeiro 2012 | 10:22
Diogo Cavaleiro -
diogocavaleiro@negocios.pt
O negócio da privatização da eléctrica nacional já "está lá atrás" e os pontos positivos já estão incorporados no seu preço-alvo. A possibilidade de uma deterioração macroeconómica justifica a descida da recomendação para a EDP e a sua saída da lista de preferidas do UBS.
A privatização da EDP é um negócio que “já ficou lá atrás”. Agora, a deterioração da situação macroeconómica pesa na empresa, o que não permite manter a recomendação de “comprar” na opinião do UBS.
A casa de investimento cortou a recomendação para a EDP de “comprar” para “neutral”. “Apesar de a EDP poder apresentar um melhor desempenho do que as pares nas próximas semanas, acreditamos que o principal momento positivo já ficou lá atrás”, indica a nota de “research” a que o Negócios teve acesso.
“Dada a possibilidade de uma deterioração da situação macroeconómica em Portugal e dos efeitos negativos advindos de um possível incumprimento grego, baixamos a acção para ‘neutral’ e retiramo-la da lista de preferidas”, escrevem os analistas Alberto Gandolfi, Per Lekander e Ignacio Perez Cossio.
O negócio de entrada da Three Gorges para o capital da EDP não justifica a manutenção da recomendação, já que “a avaliação já reflecte os pontos positivos do negócio”, entre eles as menores necessidades de financiamento, um melhor balanço e ainda um menor risco regulatório.
Além da descida da recomendação, a cotada portuguesa sai também da lista das mais preferidas do UBS, para onde entra, em sua substituição, a EDP Renováveis. A EDP entra para a lista das menos preferidas.
O preço-alvo do UBS para a eléctrica liderada por António Mexia é reduzido de 3 euros para 2,70 euros por acção, o que atribui um potencial de subida de 14% face ao preço de hoje, nos 2,366 euros. A EDP cede, neste momento, 0,63%.
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