Sonae SGPS - Tópico Geral
Re: Sonae SGPS - Tópico Geral
E o ultimo grafico da noite...nao consegui traçar ali nada de jeito (fiz uns rabiscos...mas confesso que acho que aquilo nao tem validade tecnica nenhuma), mas os 3 indicadores estão a dar sinais que há qualque coisa (menos boa para os longos) a passar-se!!!!
É da vida...
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Re: Sonae SGPS - Tópico Geral
Boa noite,
O dia foi negro para quase todas as cotadas a nível geral, mas em particular para a Sonae. Uma descida de 2% com este volume não é nada bom sinal (e ainda quebrou LTa, pelo menos a desenhada pelo nook). O resto da semana vai ser importante para definir a tendência a curto/médio prazo da Sonae. Vamos ver o que o dia amanhã nos reserva.
O dia foi negro para quase todas as cotadas a nível geral, mas em particular para a Sonae. Uma descida de 2% com este volume não é nada bom sinal (e ainda quebrou LTa, pelo menos a desenhada pelo nook). O resto da semana vai ser importante para definir a tendência a curto/médio prazo da Sonae. Vamos ver o que o dia amanhã nos reserva.
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Re: Sonae SGPS - Tópico Geral
nook, dúvida porque é que não marcas o primeiro toque na vela que está mais abaixo?
Aos mais pros, podem elucidar aqui a malta, fazer a LTA no ponto mais abaixo onde eu fiz a no outro toque onde o nook fez?
Aos mais pros, podem elucidar aqui a malta, fazer a LTA no ponto mais abaixo onde eu fiz a no outro toque onde o nook fez?
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Re: Sonae SGPS - Tópico Geral
nook Escreveu:Amanhã o dia D para a Sonae...
Há 1 mês que não ata nem desata dos 1,11 e hoje com um fecho em cima da LtaMp.
Quem irá ganhar a luta os Bulls ou os Bears
Gráfico:
A batalha de hoje foi ganha pelos Bears e com um bom aumento de volume...
Gráfico:
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Re: Sonae SGPS - Tópico Geral
Pois, resta saber se foi dela própria ou se foi da tendência europeia, amanha temos a confirmação.
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Re: Sonae SGPS - Tópico Geral
Ou quebra o LTA e é para sair ou toca e é para continuar a cavalgar.
Não gostei do aumento de volume nesta queda.
Não gostei do aumento de volume nesta queda.
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Re: Sonae SGPS - Tópico Geral
pacheco1979 Escreveu:zecatreca_1 Escreveu:Estive a fazer um zapping e não li ninguém que tenha falado em duplo fundo na Sonae sgps, Graf semanal.
Target 1,7.....1,75.
Boas, consegues colocar aqui o gráfico zeca?
abraços
Um gráfico mensal muito ranhoso
O duplo fundo não invadida uma correção até aos 0,8...0,9 ...a olhometro .
Cumprimentos
Re: Sonae SGPS - Tópico Geral
Queda relevante com volume razoável. Vamos aguardar pelo fecho.
The market gives; The market takes.
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Re: Sonae SGPS - Tópico Geral
zecatreca_1 Escreveu:Estive a fazer um zapping e não li ninguém que tenha falado em duplo fundo na Sonae sgps, Graf semanal.
Target 1,7.....1,75.
Boas, consegues colocar aqui o gráfico zeca?
abraços
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Re: Sonae SGPS - Tópico Geral
Estive a fazer um zapping e não li ninguém que tenha falado em duplo fundo na Sonae sgps, Graf semanal.
Target 1,7.....1,75.
Target 1,7.....1,75.
Re: Sonae SGPS - Tópico Geral
scarface11 Escreveu:Sonae no medio prazo apresenta uma tendencia de subida com suporte nos 0,981.
Proxima resistencia 1,275.
Atualmente o binomio risco/retorno é um pouco elevado dado que se calhar o melhor é aguardar por próximos desenvolvimentos.
No curto prazo 1,061 e 1,112 tem sido a movimentação do papel.
Talvez aguardar uma aproximação ao nivel inferior para entrar ou com maior probabilidade aguardar a quebra a resistencia de curto prazo.
Concordam comos niveis traçados?
Abraço e bons negocios.
Apenas me estou a iniciar nestas lides e por isso pergunto: terá relevância uma resistência que não é colocada à prova desde finais de 2007? Será a Sonae SGPS agora a mesma dessa altura?
Cumprimentos
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Re: Sonae SGPS - Tópico Geral
camaleo Escreveu:Dia D ???
Não concordo de todo...
Melhor Bull Market que a Soane na Bolsa Portuguesa vai ser difícil de encontrar...
e...
podemos encontrar outros suportes que não aquela LTA... se continuar a lateralizar... não altera em nada o aspecto ténico da acção... na minha modesta opinião...
Dia D no curto prazo como é lógico... ou não achas importante a definição desta situação que já dura há 1 mês
Claro que a Sonae está bull em todos os prazos ... isso não está em questão!
O que interessa saber é se vai ter força para passar esta barreira, com a ajuda da LtaMp, ou não...
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Re: Sonae SGPS - Tópico Geral
Dia D ???
Não concordo de todo...
Melhor Bull Market que a Soane na Bolsa Portuguesa vai ser difícil de encontrar...
e...
podemos encontrar outros suportes que não aquela LTA... se continuar a lateralizar... não altera em nada o aspecto ténico da acção... na minha modesta opinião...
Não concordo de todo...
Melhor Bull Market que a Soane na Bolsa Portuguesa vai ser difícil de encontrar...
e...
podemos encontrar outros suportes que não aquela LTA... se continuar a lateralizar... não altera em nada o aspecto ténico da acção... na minha modesta opinião...
Re: Sonae SGPS - Tópico Geral
Amanhã o dia D para a Sonae...
Há 1 mês que não ata nem desata dos 1,11 e hoje com um fecho em cima da LtaMp.
Quem irá ganhar a luta os Bulls ou os Bears
Gráfico:
Há 1 mês que não ata nem desata dos 1,11 e hoje com um fecho em cima da LtaMp.
Quem irá ganhar a luta os Bulls ou os Bears
Gráfico:
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Re: Sonae SGPS - Tópico Geral
scarface11 Escreveu:pingu123 Escreveu:Não sou grande especialista em análise técnica, mas aqui fica um gráfico. Aproveito para pedir aos entendidos para comentarem.
Na minha opiniao Soane esta a deparar-se com uma resistencia de curto prazo nos 1,097 que caso seja quebrada poderá se verificar um boost na ação.
No entanto este gráfico é de curto prazo.
já dura uns dias este intervalo 1,09 a 1,12... a ver vamos se rompe esta semana
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Re: Sonae SGPS - Tópico Geral
pingu123 Escreveu:Não sou grande especialista em análise técnica, mas aqui fica um gráfico. Aproveito para pedir aos entendidos para comentarem.
Na minha opiniao Soane esta a deparar-se com uma resistencia de curto prazo nos 1,097 que caso seja quebrada poderá se verificar um boost na ação.
No entanto este gráfico é de curto prazo.
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Re: Sonae SGPS - Tópico Geral
Mais uma boa notícia para a SONAE.
Tem 50 lojas "O Meu Super" e prever chegar às 70 até ao fim do ano e às 100 em 2014.
Tem 50 lojas "O Meu Super" e prever chegar às 70 até ao fim do ano e às 100 em 2014.
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Re: Sonae SGPS - Tópico Geral
Não sou grande especialista em análise técnica, mas aqui fica um gráfico. Aproveito para pedir aos entendidos para comentarem.
Re: Sonae SGPS - Tópico Geral
Aqui vai o gráfico chumbos TC vs yelds 10 anos:
Re: Sonae SGPS - Tópico Geral
Continuo dentro... mas gostava que disparasse e terminasse acima dos 1,11/1,12.... parece que a malta decide sempre vender ai....
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Re: Sonae SGPS - Tópico Geral
andre.p Escreveu:yaya Escreveu:cocanegra Escreveu:Eu estou dentro mas, tenho receio que os chumbos do TC possam provocar uma queda na bolsa.
O que acham desta minha opinião?
Caro forista. O jornal Público publicou um gráfico das yelds10Y e comparou-o com os momentos dos chumbos do TC. Não há relação. Acredite. Os chumbos do TC não provocaram subidas das yelds. O que provocou foi a crise política.
Se quiserem posso por aqui o gráfico...só para não pensarem que estou a inventar
Quanto ao PSI20 acho que o Ulisses respondeu bem. Já tá descontado.
Eu tenho fé que para o ano os dividendos da sonae vão surpreender.
Cumps
Yaya era engraçado colocares isso aqui. Consegues?
Assim que digitalizar ponho aqui tá prometido.
Cumps
Re: Sonae SGPS - Tópico Geral
Sonae no medio prazo apresenta uma tendencia de subida com suporte nos 0,981.
Proxima resistencia 1,275.
Atualmente o binomio risco/retorno é um pouco elevado dado que se calhar o melhor é aguardar por próximos desenvolvimentos.
No curto prazo 1,061 e 1,112 tem sido a movimentação do papel.
Talvez aguardar uma aproximação ao nivel inferior para entrar ou com maior probabilidade aguardar a quebra a resistencia de curto prazo.
Concordam comos niveis traçados?
Abraço e bons negocios.
Proxima resistencia 1,275.
Atualmente o binomio risco/retorno é um pouco elevado dado que se calhar o melhor é aguardar por próximos desenvolvimentos.
No curto prazo 1,061 e 1,112 tem sido a movimentação do papel.
Talvez aguardar uma aproximação ao nivel inferior para entrar ou com maior probabilidade aguardar a quebra a resistencia de curto prazo.
Concordam comos niveis traçados?
Abraço e bons negocios.
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Re: Sonae SGPS - Tópico Geral
yaya Escreveu:cocanegra Escreveu:Eu estou dentro mas, tenho receio que os chumbos do TC possam provocar uma queda na bolsa.
O que acham desta minha opinião?
Caro forista. O jornal Público publicou um gráfico das yelds10Y e comparou-o com os momentos dos chumbos do TC. Não há relação. Acredite. Os chumbos do TC não provocaram subidas das yelds. O que provocou foi a crise política.
Se quiserem posso por aqui o gráfico...só para não pensarem que estou a inventar
Quanto ao PSI20 acho que o Ulisses respondeu bem. Já tá descontado.
Eu tenho fé que para o ano os dividendos da sonae vão surpreender.
Cumps
Yaya era engraçado colocares isso aqui. Consegues?
Re: Sonae SGPS - Tópico Geral
cocanegra Escreveu:Eu estou dentro mas, tenho receio que os chumbos do TC possam provocar uma queda na bolsa.
O que acham desta minha opinião?
Caro forista. O jornal Público publicou um gráfico das yelds10Y e comparou-o com os momentos dos chumbos do TC. Não há relação. Acredite. Os chumbos do TC não provocaram subidas das yelds. O que provocou foi a crise política.
Se quiserem posso por aqui o gráfico...só para não pensarem que estou a inventar
Quanto ao PSI20 acho que o Ulisses respondeu bem. Já tá descontado.
Eu tenho fé que para o ano os dividendos da sonae vão surpreender.
Cumps
Re: Sonae SGPS - Tópico Geral
O período desde 2008 tem produzido um conjunto abundante de falácias económicas recicladas, a maioria saiu das bocas dos líderes políticos. Aqui estão as minhas quatro favoritas.
A dona de casa da Suábia. “Deveria ter-se perguntado simplesmente à dona de casa da Suábia”, disse a chanceler alemã, Angela Merkel, depois do colapso de Lehman Brothers em 2008. “Deveria ter-nos dito que não podemos viver gastando mais do que se ganha”.
Esta lógica que parece sensata sustenta actualmente a austeridade. O problema é que ignora o efeito da poupança da dona de casa sobre a procura total. Se todas as famílias cortarem os seus gastos, o consumo total diminuiria e, assim, também diminuiria a procura de mão-de-obra. Se o marido da dona de casa perder o emprego, a família ficaria numa situação pior do que estava antes.
O caso geral desta falácia é a “falácia da composição”: o que faz sentido para cada família ou empresa individualmente não dá necessariamente resultado para o bem de todos. O caso particular que John Maynard Keynes identificou foi o “paradoxo da poupança”: se todos tentarem poupar mais em períodos difíceis, a procura agregada desceria, baixando a poupança total devido à diminuição do consumo e do crescimento económico.
Se o governo tentar cortar o seu défice, as famílias e empresas terão que apertar os cintos e o resultado será uma redução dos gastos totais. Como consequência, contudo, e por muito que o governo corte os seus gastos, o seu défice vai diminuir pouco. Se todos os países perseguirem a austeridade simultaneamente, uma menor procura por bens de cada país provocará um menor consumo nacional e estrangeiro, levando a situação a piorar.
O governo não pode gastar dinheiro que não tem. Esta falácia – muitas vezes repetida pelo primeiro-ministro britânico, David Cameron – apresenta os governos como se eles enfrentassem os mesmos constrangimentos orçamentais que as famílias ou empresas. Mas, os governos não são como as famílias ou empresas. Podem sempre obter o dinheiro de que necessitam emitindo obrigações.
Mas, não terá um governo cada vez mais endividado que pagar taxas de juros mais elevadas e, assim, os custos do serviço de dívida chegarão a consumir todas as suas receitas? A resposta é não: o banco central pode imprimir dinheiro extra suficiente para baixar o custo da dívida do governo. É o que a chamada “flexibilização quantitativa” (“quantitative easing”) faz. Com taxas de juro próximas de zero, a maior parte dos governos ocidentais não podem deixar de se endividar.
Este argumento não é aplicável a um governo sem o seu próprio banco central, caso em que enfrenta exactamente o mesmo constrangimento orçamental da já citada dona de casa da Suábia. É por isto que alguns estados membros da Zona Euro tiveram tantos problemas até que o Banco Central Europeu (BCE) os resgatou.
A dívida nacional representa tributação diferida. De acordo com esta falácia repetida, os governos podem obter dinheiro emitindo obrigações mas, tendo em conta que as obrigações são empréstimos terão eventualmente que ser reembolsadas, o que pode ser feito apenas aumentando impostos. E, tendo em conta que os contribuintes assim o esperam, terão que poupar agora para pagar os seus impostos futuros. Quanto mais se endivida o Governo para pagar os seus gastos actuais, mais poupam as pessoas para pagar os impostos futuros, anulando qualquer efeito estimulante do endividamento extra.
O problema com este argumento é que os governos raramente são confrontados com a necessidade de “pagar” as suas dívidas. Podem escolher fazê-lo, mas a maior parte deles limita-se a refinanciá-las emitindo novas obrigações. Quanto maior for a maturidade das obrigações, menos frequentemente devem recorrer os governos aos mercados para obterem novos empréstimos.
Mais importante, quando há recursos não utilizados (por exemplo, quando o desemprego é muito mais elevado do que o normal), a despesa que resulta do endividamento do governo coloca esses recursos em uso. O aumento de receita do governo que isto gera (juntamente com a descida de gastos com desempregados) compensa o endividamento extra sem ter que aumentar impostos.
A dívida nacional é um fardo para as gerações futuras. Esta falácia é repetida tão frequentemente que entrou no inconsciente colectivo. O argumento é de que, se a geração actual gasta mais do que ganha, a próxima geração será forçada a ganhar mais do que gasta para o pagar.
Mas, isto ignora o facto de que os titulares da mesma dívida estarão entre as gerações futuras supostamente sobrecarregadas. Suponhamos que os meus filhos terão que pagar a dívida em que nós incorremos. Estarão em pior situação. Mas, nós estaremos melhor. Isso pode ser negativo para a distribuição de riqueza e rendimento, porque vai enriquecer o credor em detrimento do devedor, mas não haverá encargo líquido para as gerações futuras.
O princípio é exactamente o mesmo quando os titulares de dívida pública são estrangeiros (como no caso da Grécia), embora a oposição política para o reembolso será muito maior.
A economia está cheia de falácias, porque não é uma ciência natural como a física ou química. As proposições na economia rara vezes são completamente verdadeiras ou falsas. O que é verdade em algumas circunstâncias pode ser falso noutras. Acima de tudo, a verdade de muitas proposições depende das expectativas das pessoas.
Considere a crença de que, quanto mais o governo se endivida, mais elevado será o encargo futuro com impostos. Se as pessoas agem com base nesta crença, poupando cada libra, dólar ou euro extra que o governo coloque nos seus bolsos, os gastos extra do governo não terão efeito na actividade económica, independentemente de quantos sejam os recursos não utilizados. O governo deve, então, aumentar os impostos – e a falácia torna-se uma profecia auto-realizável.
Então, como devemos distinguir entre proposições verdadeiras e falsas na economia? Talvez se deva traçar a linha divisória entre as proposições que apenas são válidas se as pessoas esperam que o sejam e as que o são independentemente das crenças a respeito. A afirmação, “se todos nós poupássemos mais em tempos de crise, todos estaríamos melhor”, é absolutamente falsa. Estaríamos todos piores. Mas, a afirmação, “quanto mais os governos se endividam, mais têm que pagar pelo seu endividamento”, por vezes, é verdadeira e, por vezes, é falsa.
Ou, talvez a linha que divide deve separar as proposições que dependem de suposições razoáveis e as que dependem de outras ridículas. Se as pessoas pouparem cada libra extra de dinheiro emprestado que o governo gasta, o consumo não teria um efeito estimulante. Verdade. Mas, estas pessoas existem apenas nos modelos dos economistas.
Robert Skidelsky, membro da Câmara dos Lordes britânica, é professor emérito de economia política na Universidade de Warvick.
Mais um estudo de Gente avalizada que nos mostra a Falácias destes Governos ...Especialmente o nosso .!!
A dona de casa da Suábia. “Deveria ter-se perguntado simplesmente à dona de casa da Suábia”, disse a chanceler alemã, Angela Merkel, depois do colapso de Lehman Brothers em 2008. “Deveria ter-nos dito que não podemos viver gastando mais do que se ganha”.
Esta lógica que parece sensata sustenta actualmente a austeridade. O problema é que ignora o efeito da poupança da dona de casa sobre a procura total. Se todas as famílias cortarem os seus gastos, o consumo total diminuiria e, assim, também diminuiria a procura de mão-de-obra. Se o marido da dona de casa perder o emprego, a família ficaria numa situação pior do que estava antes.
O caso geral desta falácia é a “falácia da composição”: o que faz sentido para cada família ou empresa individualmente não dá necessariamente resultado para o bem de todos. O caso particular que John Maynard Keynes identificou foi o “paradoxo da poupança”: se todos tentarem poupar mais em períodos difíceis, a procura agregada desceria, baixando a poupança total devido à diminuição do consumo e do crescimento económico.
Se o governo tentar cortar o seu défice, as famílias e empresas terão que apertar os cintos e o resultado será uma redução dos gastos totais. Como consequência, contudo, e por muito que o governo corte os seus gastos, o seu défice vai diminuir pouco. Se todos os países perseguirem a austeridade simultaneamente, uma menor procura por bens de cada país provocará um menor consumo nacional e estrangeiro, levando a situação a piorar.
O governo não pode gastar dinheiro que não tem. Esta falácia – muitas vezes repetida pelo primeiro-ministro britânico, David Cameron – apresenta os governos como se eles enfrentassem os mesmos constrangimentos orçamentais que as famílias ou empresas. Mas, os governos não são como as famílias ou empresas. Podem sempre obter o dinheiro de que necessitam emitindo obrigações.
Mas, não terá um governo cada vez mais endividado que pagar taxas de juros mais elevadas e, assim, os custos do serviço de dívida chegarão a consumir todas as suas receitas? A resposta é não: o banco central pode imprimir dinheiro extra suficiente para baixar o custo da dívida do governo. É o que a chamada “flexibilização quantitativa” (“quantitative easing”) faz. Com taxas de juro próximas de zero, a maior parte dos governos ocidentais não podem deixar de se endividar.
Este argumento não é aplicável a um governo sem o seu próprio banco central, caso em que enfrenta exactamente o mesmo constrangimento orçamental da já citada dona de casa da Suábia. É por isto que alguns estados membros da Zona Euro tiveram tantos problemas até que o Banco Central Europeu (BCE) os resgatou.
A dívida nacional representa tributação diferida. De acordo com esta falácia repetida, os governos podem obter dinheiro emitindo obrigações mas, tendo em conta que as obrigações são empréstimos terão eventualmente que ser reembolsadas, o que pode ser feito apenas aumentando impostos. E, tendo em conta que os contribuintes assim o esperam, terão que poupar agora para pagar os seus impostos futuros. Quanto mais se endivida o Governo para pagar os seus gastos actuais, mais poupam as pessoas para pagar os impostos futuros, anulando qualquer efeito estimulante do endividamento extra.
O problema com este argumento é que os governos raramente são confrontados com a necessidade de “pagar” as suas dívidas. Podem escolher fazê-lo, mas a maior parte deles limita-se a refinanciá-las emitindo novas obrigações. Quanto maior for a maturidade das obrigações, menos frequentemente devem recorrer os governos aos mercados para obterem novos empréstimos.
Mais importante, quando há recursos não utilizados (por exemplo, quando o desemprego é muito mais elevado do que o normal), a despesa que resulta do endividamento do governo coloca esses recursos em uso. O aumento de receita do governo que isto gera (juntamente com a descida de gastos com desempregados) compensa o endividamento extra sem ter que aumentar impostos.
A dívida nacional é um fardo para as gerações futuras. Esta falácia é repetida tão frequentemente que entrou no inconsciente colectivo. O argumento é de que, se a geração actual gasta mais do que ganha, a próxima geração será forçada a ganhar mais do que gasta para o pagar.
Mas, isto ignora o facto de que os titulares da mesma dívida estarão entre as gerações futuras supostamente sobrecarregadas. Suponhamos que os meus filhos terão que pagar a dívida em que nós incorremos. Estarão em pior situação. Mas, nós estaremos melhor. Isso pode ser negativo para a distribuição de riqueza e rendimento, porque vai enriquecer o credor em detrimento do devedor, mas não haverá encargo líquido para as gerações futuras.
O princípio é exactamente o mesmo quando os titulares de dívida pública são estrangeiros (como no caso da Grécia), embora a oposição política para o reembolso será muito maior.
A economia está cheia de falácias, porque não é uma ciência natural como a física ou química. As proposições na economia rara vezes são completamente verdadeiras ou falsas. O que é verdade em algumas circunstâncias pode ser falso noutras. Acima de tudo, a verdade de muitas proposições depende das expectativas das pessoas.
Considere a crença de que, quanto mais o governo se endivida, mais elevado será o encargo futuro com impostos. Se as pessoas agem com base nesta crença, poupando cada libra, dólar ou euro extra que o governo coloque nos seus bolsos, os gastos extra do governo não terão efeito na actividade económica, independentemente de quantos sejam os recursos não utilizados. O governo deve, então, aumentar os impostos – e a falácia torna-se uma profecia auto-realizável.
Então, como devemos distinguir entre proposições verdadeiras e falsas na economia? Talvez se deva traçar a linha divisória entre as proposições que apenas são válidas se as pessoas esperam que o sejam e as que o são independentemente das crenças a respeito. A afirmação, “se todos nós poupássemos mais em tempos de crise, todos estaríamos melhor”, é absolutamente falsa. Estaríamos todos piores. Mas, a afirmação, “quanto mais os governos se endividam, mais têm que pagar pelo seu endividamento”, por vezes, é verdadeira e, por vezes, é falsa.
Ou, talvez a linha que divide deve separar as proposições que dependem de suposições razoáveis e as que dependem de outras ridículas. Se as pessoas pouparem cada libra extra de dinheiro emprestado que o governo gasta, o consumo não teria um efeito estimulante. Verdade. Mas, estas pessoas existem apenas nos modelos dos economistas.
Robert Skidelsky, membro da Câmara dos Lordes britânica, é professor emérito de economia política na Universidade de Warvick.
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