Enviado: 24/4/2012 19:11
Galp já desvalorizou 15% desde saída da ENI
Analistas têm opiniões diferentes sobre queda do valor das ações da petrolífera
PorRedacção2012-04-24 18:20
123450 votos Comentários
As ações da Galp já desvalorizam 15% desde que foi fechado, em março, o acordo para a saída dos italianos da ENI, que permitiu à Amorim Energia reforçar a sua participação até 48,34%. Apesar de ter encerrado em alta esta terça-feira, impulsionada pela eleição de Américo Amorim para chairman, a verdade é que a petrolífera acumula uma desvalorização acentuada.
Os títulos da Galp fecharam a valer mais 2,5% para os 10,86 euros, face à sessão anterior, recuperando ligeiramente da curva descendente iniciada no início do mês passado, apesar de ainda se manterem em mínimos desde setembro de 2009, nota a Lusa.
Pedro Pintassilgo, gestor da F&C Investments, defendeu que o acordo que dá ao empresário Américo Amorim o poder de comprar ou indicar um comprador para 15,34% do capital da Galp Energia detidos pela ENI, não acalmou os mercados, ao manter uma grande dose de incerteza.
«Às vezes, uma incerteza tem um efeito pior do que uma má notícia». O gestor realçou a indefinição da informação prestada ao mercado em relação ao preço e às datas das diversas operações de alienação previstas.
Já José Lagarto, analista da Orey, considerou que as perdas da empresa «não têm a ver com o acordo» acionista, atribuindo antes «à desvalorização generalizada dos mercados». «A data do acordo coincide com a desvalorização generalizada dos mercados, quando a questão do crescimento económico se voltou a colocar. As energéticas são as empresas mais penalizadas».
Para José Lagarto, «a Galp perdeu, em consonância com as congéneres europeias, devido às dúvidas sobre a conjuntura económica e sobre o consumo». «Foi também por essa altura que o preço do petróleo começou a estabilizar e mesmo a baixar».
Também João Lampreia, analista do banco BiG, acredita que a desvalorização está relacionada com «o ressurgir da questão da crise europeia».
«Não me parece que a fragilidade do título esteja relacionada com a luta de controlo interno, mas sim com o ressurgir da questão da crise da dívida europeia, em que o setor do oil and gas foi o que mais caiu».
Ainda assim, João Lampreia reconhece que o acordo entre a Amorim Energia, a Eni e a Caixa Geral de Depósitos (CGD) deixou uma margem de incerteza, pois «não ficou claro como é que as coisas vão ser».
in www.agenciafinanceira.iol.pt/Mercados
Analistas têm opiniões diferentes sobre queda do valor das ações da petrolífera
PorRedacção2012-04-24 18:20
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As ações da Galp já desvalorizam 15% desde que foi fechado, em março, o acordo para a saída dos italianos da ENI, que permitiu à Amorim Energia reforçar a sua participação até 48,34%. Apesar de ter encerrado em alta esta terça-feira, impulsionada pela eleição de Américo Amorim para chairman, a verdade é que a petrolífera acumula uma desvalorização acentuada.
Os títulos da Galp fecharam a valer mais 2,5% para os 10,86 euros, face à sessão anterior, recuperando ligeiramente da curva descendente iniciada no início do mês passado, apesar de ainda se manterem em mínimos desde setembro de 2009, nota a Lusa.
Pedro Pintassilgo, gestor da F&C Investments, defendeu que o acordo que dá ao empresário Américo Amorim o poder de comprar ou indicar um comprador para 15,34% do capital da Galp Energia detidos pela ENI, não acalmou os mercados, ao manter uma grande dose de incerteza.
«Às vezes, uma incerteza tem um efeito pior do que uma má notícia». O gestor realçou a indefinição da informação prestada ao mercado em relação ao preço e às datas das diversas operações de alienação previstas.
Já José Lagarto, analista da Orey, considerou que as perdas da empresa «não têm a ver com o acordo» acionista, atribuindo antes «à desvalorização generalizada dos mercados». «A data do acordo coincide com a desvalorização generalizada dos mercados, quando a questão do crescimento económico se voltou a colocar. As energéticas são as empresas mais penalizadas».
Para José Lagarto, «a Galp perdeu, em consonância com as congéneres europeias, devido às dúvidas sobre a conjuntura económica e sobre o consumo». «Foi também por essa altura que o preço do petróleo começou a estabilizar e mesmo a baixar».
Também João Lampreia, analista do banco BiG, acredita que a desvalorização está relacionada com «o ressurgir da questão da crise europeia».
«Não me parece que a fragilidade do título esteja relacionada com a luta de controlo interno, mas sim com o ressurgir da questão da crise da dívida europeia, em que o setor do oil and gas foi o que mais caiu».
Ainda assim, João Lampreia reconhece que o acordo entre a Amorim Energia, a Eni e a Caixa Geral de Depósitos (CGD) deixou uma margem de incerteza, pois «não ficou claro como é que as coisas vão ser».
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