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Caldeirão da Bolsa

O gajo está mesmo metido, não está?

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por mfsr1980 » 14/2/2009 16:50

Oops, não entendi como uma ironia! :lol: Claro que não são só os Socialistas mas, como eles estão no governo e eu estou a ver isto tudo a descambar...

Um abraço de
Miguel Rodrigues
 
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por tava3 » 14/2/2009 15:06

Estava mesmo a ironizar, mas gostei da referência à obsessão.

:wink:

"...infelizmente são todos uma cambada de incompetentes; mas não podemos viver sem eles!"

Esta é a grande verdade, quer votemos ou não, eles vão lá cair de qualquer maneira, há que escolher os menos maus.

:)
 
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por zguibz » 14/2/2009 14:49

Crómio Escreveu:
Estás muito obsecado em desviar as atênções.


Acho que o tavaverquenao estava a ironizar...

Abraço

PS: Um corrector ortográfico dá sempre geito





Não deixas passar nada!!! :lol: :lol: :lol:
Realmente dá sempre JEITO!!!



mfsr1980 Escreveu:Olha "tavaaver", acho que não tás mesmo a ver nada. Os politicos "socialistas" não estão para debater ideias, nem ver o que está errado.


Migule Rodrigues



Olha (Migule ):?: :)

Quando te referires a políticos não podes particularizar só nos socialistas.
Socialistas, Sociais Democratas, Comunistas, Centristas, etc etc...infelizmente são todos uma cambada de incompetentes; mas não podemos viver sem eles!


PS: sou completamente apartidário; por vezes mete-me nojo ouvir as histórias que se contam dos políticos.



abraços, bom fim de semana
zguibz
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por Crómio » 14/2/2009 13:57

Estás muito obsecado em desviar as atênções.


Acho que o tavaverquenao estava a ironizar...

Abraço

PS: Um corrector ortográfico dá sempre geito...
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por mfsr1980 » 14/2/2009 13:52

Olha "tavaaver", acho que não tás mesmo a ver nada. Os politicos "socialistas" não estão para debater ideias, nem ver o que está errado. São tão reles, que apenas pretendem defender o seu empregozinho ( mais baixo é dificil ).
Estás muito obsecado em desviar as atênções.

Um abraço de
Migule Rodrigues
 
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por tava3 » 14/2/2009 11:02

O tema freeport já não interessa nada, agora o que está a dar é o do Dias Loureiro e o presidente, se se demite ou não.

:mrgreen:
 
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por trial » 14/2/2009 10:28

Bom dia Açor 3 , boa recolha de informação , o artigo do "Publico" da para ter a noção do cruzamento politica/justiça e compreender recusa da proposta dos investigadores ingleses para a constituição de equipas mistas de investigação.

Seis pessoas ouvidas em 4 anos!!!!!! Assim nunca e possível concluir uma investigação em tempo útil prazos.

Para comparar:

O Governo belga, apresentou a sua demissão, depois de ter sido acusado de pressionar a justiça.

Que tinha feito o 1º ministro belga:

Um membro do seu gabinete contactou, o marido de uma juíza que participava nas inquirições da Fortis

E por isto e justamente o 1º ministro teve de demitir-se.

Do que conheço como funcionam vários países europeus começo a ter duvidas sobre se no seu funcionamento global Portugal será um estado verdadeiramente democrático , não estou só a pensar nas liberdades politicas .
 
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por Açor3 » 14/2/2009 10:05

13 Fevereiro 2009 - 00h30

‘Luvas’: Escocês deverá ser ouvido nos próximos dias
“Advogados são outros” diz Smith
Um fax enviado por um escritório de advogados, que não o de Vasco Vieira de Almeida, a pedir quatro milhões de euros à Smith & Pedro para desbloquear o licenciamento do Freeport, “é a chave de todas as suspeitas sobre o pagamento de ‘luvas’.”


A informação foi transmitida ao CM por uma fonte muito próxima do escocês, investigado por ser suspeito de distribuir corruptamente quatro milhões de euros pelos vários intervenientes no processo de licenciamento do espaço comercial, curiosamente a mesma quantia que foi pedida pelo referido escritório. Este será um dos pontos-chaves que Smith irá revelar no interrogatório a que vai ser sujeito nos próximos dias, no Departamento Central de Investigação e Acção Penal do Ministério Público.

Ao que o CM apurou, os advogados que apresentaram a proposta à empresa Smith & Pedro 'não fazem parte do escritório Vieira de Almeida Associados', assegurou a mesma fonte. Este último escritório continua a defender os interesses do Freeport e já foi alvo de buscas no âmbito do processo de investigação em curso.

A proposta foi apresentada como uma 'prestação de serviços', no sentido de desbloquear o projecto que já tinha sido chumbado duas vezes. Terá sido enviada duas vezes para a empresa de Smith e Manuel Pedro. É na sequência deste 'pedido exorbitante' que Smith fala com Júlio Monteiro, o tio de José Sócrates que há vários anos tem casa e passa férias no Algarve, onde Smith vive.

'Os quatro milhões começaram a ser falados com o desabafo do Charles ao Júlio Monteiro', garante a mesma fonte, lembrando que 'só depois é que é feito o contacto com a secretária do então ministro do Ambiente, José Sócrates'.

'JÁ SE FALOU PARA ALÉM DO ACEITÁVEL' (Carlos Anjos, Presidente da Associação Sindical de Funcionários de Investigação Criminal-ASFIC)

Correio da Manhã – Confia nos elementos que estão ligados à investigação do caso Freeport?

Carlos Anjos – Claro que sim, e de forma incondicional. Não é nada bom quando as instituições começam a ter de reafirmar a sua confiança nos seus quadros. A confiança nos nossos colegas é total.

– E as violações do segredo de justiça?

– Da parte da PJ estamos totalmente tranquilos. Investigue-se tudo, vigie-se quem se quiser, escute-se quem se quiser que a nossa tranquilidade é absoluta. Somos das únicas instituições que se purga ela própria e a prova é que, neste processo, nos auto-investigamos. Neste caso, houve um quadro nosso condenado por violação do segredo de justiça.

– Que opinião tem sobre o caso?

– Já se falou para além do aceitável. É muito doloroso ver a investigação a justificar-se por estar a trabalhar. Sindique-se se o tempo de investigação é ou não excessivo, apure--se responsabilidades, mas sempre no fim do caso, para que não fique a ideia de que há algum tipo de pressão. Mais do que se tentar encontrar bodes expiatórios, há que encontrar soluções para se sair desta situação, que não prestigia ninguém. Há pessoas que não compreenderam isso e teimam em continuar num registo que a todos prejudica.

– Como está o moral da PJ?

– Não é nem podia ser bom. O estatuto profissional foi violentamente atacado, houve ataques aos direitos de todos quantos na PJ trabalham e reformas penais com aspectos profundamente negativos. O processo da lei orgânica foi kafkiano e dura há mais de três anos. Há uma direcção em gestão e constrangimentos financeiros que afectam a operacionalidade. As negociações do novo estatuto nunca mais começam e o trabalho extraordinário, prevenções e piquetes estão por resolver. Tendo em conta os excelentes resultados, diria que somente uma grande moral e um enorme brio tem possibilitado as respostas, uma vez que do lado do Governo a contribuição tem sido nula.

– E o futuro?

– Com enorme cepticismo. As crises económicas começam sempre por trazer um aumento da criminalidade. Começamos já a sentir esses sinais. A incapacidade em resolver os problemas da PJ pode levar a que o moral da instituição não esteja nos níveis em que devia para enfrentar os novos e terríveis desafios que se colocam.

CONTACTOS COM INÍCIO NA LUSOPORT

Os primeiros contactos de Charles Smith com escritórios de advogados de Lisboa, que prestam serviços jurídicos no desenvolvimento de grandes projectos, aconteceu quando trabalhou na Lusoport. O escocês foi um dos engenheiros que controlaram os custos da construção da Ponte Vasco da Gama, nomeadamente a parte das expropriações de terrenos onde iria passar a travessia do rio Tejo. Ao que o CM apurou, Smith recebeu vários pedidos de 'dinheiro extra para ultrapassar alguns problemas', nomeadamente de advogados de proprietários da zona de Alcochete.

MAIS DADOS

ESTRATÉGIA

Charles Smith tem ordens da sua advogada Paula Lourenço para não dizer nem mais uma palavra à imprensa antes de ser ouvido pela justiça portuguesa. A posição integra uma estratégia para dar credibilidade ao depoimento do escocês. O CM contactou várias vezes a defensora de Smith, mas esta nunca se mostrou disponível.

MENTIRA

Apesar do silêncio, o CM sabe que o escocês vai manter a versão que transmitiu à polícia inglesa, a quem alegou que mentiu em alguns aspectos quando falou com o administrador do Freeport, que fez uma gravação sem o seu conhecimento, em que são referidos pagamentos corruptos.

SITUAÇÕES CHATAS

O CM sabe que o administrador que fez a gravação terá pedido a Charles Smith para lhe falar sobre 'situações chatas' que envolveram o licenciamento do Freeport. Uma das referências na gravação foi o primeiro pedido do reputado escritório de advogados, que exigia quatro milhões de euros para pagar a políticos corruptos e desbloquear o projecto.

NOTAS

PGR: EUROJUST

O procurador-geral da República recebe hoje o presidente do Eurojust, organismo responsável pela cooperação internacional.

CASO: AVERIGUAÇÃO

O Conselho Superior do Ministério Público deliberou pedir informação urgente sobre eventuais anomalias no caso Freeport.

Rui Pando Gomes/ António Sérgio Azenha

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por Açor3 » 14/2/2009 10:00

Justiça
O mundo pequeno do caso Freeport
14.02.2009 - 08h11 Clara Viana
Os Governos de António Guterres funcionaram como epicentro, mas não só. De algum modo, no processo Freeport, investigadores e investigados cruzaram-se ali. Um deles teria sido escolhido para substituir Souto de Moura. Amizades? Ressentimentos? Coincidências? Um retrato de um mundo pequeno, num pequeno país.

Cândida Almeida: No centro do turbilhão

Coordenadora do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP). Foi membro da comissão de honra da candidatura de Mário Soares à Presidência da República nas eleições de 2006.

O DCIAP avocou, em Setembro passado, o processo Freeport, a cargo desde 2004 do Ministério Público (MP) do Montijo e da Polícia Judiciária de Setúbal. Por altura desta transferência já a polícia inglesa tinha iniciado diligências. Em Novembro, Cândida Almeida reuniu-se com magistrados e investigadores ingleses na sede do Eurojust, em Haia. O Eurojust, criado em 2002, é um órgão da União Europeia (UE) de cooperação judiciária em matéria penal, actualmente presidido pelo português José Lopes da Mota.

Na reunião de Haia, Cândida Almeida terá tomado conhecimento do DVD, em poder dos investigadores ingleses, em que Charles Smith, sócio da empresa de consultoria Smith&Pedro, que intermediou o licenciamento do Freeport, admite alegadamente o pagamento de luvas a José Sócrates, ministro do Ambiente na altura em que a construção do outlet foi autorizada, em 2002. A responsável portuguesa recusou a proposta dos investigadores ingleses para a constituição de equipas mistas de investigação.

José Lopes da Mota: Alvo de inquérito

Procurador-geral adjunto e presidente do Eurojust desde 2007. Foi secretário de Estado da Justiça do primeiro Governo de António Guterres (1996-1999), na altura em que José Sócrates era secretário de Estado do Ambiente.

O Eurojust é um órgão da UE, composto por 27 procuradores, que trabalha com casos de natureza criminal e tem como objectivo a cooperação entre magistrados com vista a alcançar-se melhores resultados na investigação. Terá sido esta a premissa para a reunião na sede do Eurojust, em Haia, entre os investigadores portugueses e ingleses do processo Freeport. O Eurojust foi uma das entidades pelas quais passou a carta rogatória da polícia inglesa onde são pedidas informações sobre Sócrates.

Sobretudo devido ao caso Casa Pia, em 2005, depois do regresso do PS ao poder nas legislativas desse ano, a substituição de Souto de Moura no cargo de procurador-geral da República figurava entre as prioridades da direcção socialista. Lopes da Mota chegou a ser um dos nomes falados para substituir o PGR, mas na altura foram tornadas públicas suspeitas de que teria fornecido a Fátima Felgueiras uma cópia da denúncia anónima sobre o "saco azul" socialista. O inquérito aberto pelo procurador-geral Souto de Moura foi arquivado por falta de qualquer tipo de provas nesse sentido. Na década de 80, tinha sido procurador em Felgueiras.

António Santos Alves: Ex-inspector do Ambiente

Magistrado do Ministério Público, representante português no Eurojust. É referido como um dos participantes na reunião de Haia em que os investigadores ingleses levantaram suspeitas sobre José Sócrates. Era inspector-geral do Ambiente em 2002, quando a construção do Freeport foi viabilizada pelo Ministério do Ambiente, então tutelado por Sócrates. Foi este, como ministro do Ambiente, que o nomeou para o cargo de inspector-geral em Dezembro de 2000. Manteve-se até Agosto de 2002, já Durão Barroso era primeiro-ministro. Foi substituído no cargo pelo chefe de gabinete de Sócrates no Ambiente, Filipe Baptista (actual secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro).

Antes de integrar o Eurojust, em 2004, Santos Alves foi assessor da representação portuguesa em Bruxelas para a área do Ambiente, onde se reencontrou com Lopes da Mota. No início da sua carreira no Ministério Público, esteve também colocado em Felgueiras, na altura em que aquele era delegado na comarca.

Fernanda Palma: Nomeada pelo Governo

Professora catedrática da Faculdade de Direito de Lisboa, é membro do Conselho Superior do Ministério Público (CSMP). É um dos dois membros nomeados pelo Ministério da Justiça para este órgão de cúpula do MP. Foi escolhida para substituir o procurador-geral adjunto António Rodrigues Maximiano, marido de Cândida Almeida, que faleceu no ano passado. Já este mês, o CSMP solicitou a averiguação "urgente" de eventuais irregularidades na investigação do processo Freeport. É casada com o ministro da Administração Interna, Rui Pereira.

Rui Pereira: Tutela os Serviços de Informação

Ministro da Administração Interna, tutela, por delegação de competências do primeiro-ministro, o Serviço de Informações de Segurança, agora no centro de mais uma polémica devido a suspeitas levantadas por magistrados e procuradores ligados ao processo Freeport de que estariam sob escuta. A convite de Jorge Coelho, foi director do SIS entre 1997 e 2000, ano em que assumiu a pasta de secretário de Estado da Administração Interna.

Em 2005, era membro do CSMP, foi um dos "escutados" no âmbito do caso Portucale. As escutas foram autorizadas pelo juiz titular do processo, Carlos Alexandre, que tutela também agora o processo Freeport. Rui Pereira foi "apanhado" a falar com o seu "irmão" da maçonaria Abel Pinheiro, antigo responsável pelas finanças do CDS, acusado de tráfico de influências. Nas conversas, divulgadas pelo semanário Sol, daria conta a Abel Pinheiro de que tinha sido convidado por Sócrates para substituir Souto de Moura. Este só saiu no final do mandato, um ano depois. Para o seu lugar foi designado Pinto Monteiro.

Júlio Pereira: O homem das informações

Procurador-geral adjunto, secretário-geral do Serviço de Informações da República Portuguesa desde 2005, por nomeação de José Sócrates. Coordena o Serviço de Informações e Segurança (SIS) e os Serviços de Informações Estratégicas de Defesa (SIED). Rui Pereira escolheu-o para seu adjunto quando dirigiu o SIS entre 1997 e 2000.

Carlos Alexandre: O superjuiz

Juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal, passou a ser titular do caso Freeport desde que o inquérito foi avocado pelo DCIAP, em Setembro passado. Foi ele que presidiu pessoalmente às buscas desencadeadas no mês passado. É o homem dos grandes processos: BPN, operação Furacão (fraude fiscal), caso Portucale (processo de tráfico de influências que levou à viabilização, nos últimos dias do Governo de Santana Lopes, de um empreendimento turístico do BES numa zona de montado, protegida por lei).

Foi-lhe garantida segurança pessoal em 2007 depois de um assalto a sua casa, mas, em Novembro passado, foram tornadas públicas notícias de que esta lhe iria ser retirada. A PSP negou. Carlos Alexandre, que autorizou e conhece o teor das escutas telefónicas relacionadas com a operação Furacão e caso Portucale (o ministro Rui Pereira foi um dos "apanhados"), é um dos magistrados ligados ao Freeport que terá manifestado suspeitas sobre a possibilidade de também estar sob escuta.

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por Açor3 » 14/2/2009 9:08

Freeport na agenda do PGR com Eurojust


CARLOS RODRIGUES LIMA
MANUEL DE ALMEIDA-LUSA
Investigação. Cândida Almeida repudia ligações ao PS
Foi inevitável. O assunto Freeport esteve presente na conversa entre o procurador-geral da República, Pinto Monteiro, e Lopes da Mota, presidente do organismo europeu para a cooperação judiciária, o Eurojust. Ao que o DN apurou, Pinto Monteiro pretende que o organismo liderado por Lopes da Mota continue a facilitar os contactos entre as polícias. Da Procuradoria-geral nenhum esclarecimento sobre os temas aborados no encontro.

Segundo a PGR, Lopes da Mota sempre que "vem a Lisboa pede para ser recebido". Numa nota lida aos jornalistas, explica-se que estas "audiências servem para apresentar cumprimentos e para trocar impressões sobre quaisquer assuntos jurídicos em que o Eurojust possa ter intervenção". Como o caso Freeport? Silêncio. A nota limitou-se também a informar que a reunião de hoje "insere-se na rotina referida, ninguém participando, por isso, na reunião a não ser o procurador-geral da República e Lopes da Mota", presidente do Eurojust.

Entretanto, a procuradora Cândida Almeida, directora do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), onde corre a investigação do caso Freeport, repudiou as afirmações que constam num requerimento do advogado José Maria Martins que faz uma ligação entre a magistrada e o advogado Vasco Vieira de Almeida, que foi alvo de buscas. É que o causídico foi porta-voz da última candidatura de Mário Soares à Presidência da República. Cândida Almeida fez parte da Comissão de Honra.

Sobre o facto de José Maria Martins representar um emigrante português, constituído assistente no processo, Cândida Almeida explicou que se trata de "um direito muito específico de Portugal e que é mais um dos meios de fiscalização do Ministério Público", entidade que dirige a investigação.

Apesar de, nas últimas semanas, ter estado debaixo de fogo, devido às suas intervenções públicas, Cândida Almeida disse, ontem aos jornalistas à margem de uma conferência, não se sentir "desgastada". "O primeiro embate mediático foi no processo das FP-25, a partir daí já estou calejada", disse.|


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por trial » 13/2/2009 21:34

trial Escreveu:As 2 primeiras noticias do telejornarl da TVI e durante 20 minutos foram estes 2 assuntos ; mas 17:58, eu nao sabia


Quando vamos ter noticias sobre os 900 sobreiros abatidos era para construir??? uma segunda cidade com um estádio para o Vitoria nos arredores se Setúbal , a pretexto de salvar o Vitoria de Setúbal .

Neste caso as assinaturas são de Sócrates e Copulas dos Santos , pelo novo CPP este processo já devia ter divulgação publica , mas estranhamente estão a utilizar um antigo CPP , para impedir a sua divulgação .

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Re

por JAS » 13/2/2009 19:48

Correio da Manhã - 12 Fevereiro 2009 Escreveu:Cova da Beira: António Morais foi acusado há ano e meio mas caso está parado
Processo blindado
Um ano e meio depois de ter sido deduzida acusação pública contra António Morais, o ex-professor de José Sócrates que duas vezes desempenhou cargos de nomeação política em Governos socialistas, o processo continua fechado a sete chaves. Embora as actuais regras do segredo de justiça tivessem tornado públicos todos os casos após a dedução da acusação, a excepção (que assume contornos de segredo de Estado) parece ser o processo em que José Sócrates, então secretário de Estado do Ambiente, chegou a figurar como suspeito.
O caso está neste momento em fase de instrução e o primeiro pedido de consulta interposto pelo CM foi negado com o argumento de que não se vislumbra o interesse público da consulta dos autos. O segundo, entrado recentemente no TIC, onde já foi dada a pronúncia, mas cuja decisão ainda não transitou por recursos sucessivos, ainda não tem resposta. No entanto, o CM sabe que António Morais invocou as anteriores regras do Código de Processo Penal para se opor à publicidade do processo durante a instrução. O pedido foi-lhe deferido, embora à data já vigorassem as regras do Código aprovado pelos socialistas.
O processo – no qual António Morais e a sua ex-mulher são acusados de corrupção passiva e de branqueamento de capitais relativamente ao concurso e adjudicação da obra da central de tratamento de lixo da Cova da Beira – tem ainda a particularidade de a pronúncia (confirmação da acusação) ser datada de Maio do ano passado, mas o caso ainda não ter chegado à Boa-Hora para julgamento.
Recorde-se, ainda, que este processo nasceu de uma denúncia anónima que dava conta de que José Sócrates, Jorge Pombo e João Cristóvão, à data dos factos secretário de Estado do Ambiente, presidente da Câmara da Covilhã e assessor deste último, respectivamente, teriam recebido dinheiro da sociedade HLC – que ganhou o concurso para a construção da estação de tratamento de resíduos sólidos da Associação de Municípios da Cova da Beira. Estavam em causa "trezentos mil contos, dos quais cento e cinquenta mil se destinariam ao senhor secretário de Estado", pode ler-se no despacho do MP que considerou depois não haver prova suficiente para levar qualquer daqueles responsáveis a julgamento.
O único documento conhecido – o despacho de arquivamento – refere ainda "provas genéricas de que todo o processo de concurso foi controlado por pessoas ligadas ao PS da Covilhã; que a empresa vencedora é uma empresa ligada ao PS; que o assessor já trabalhava para a HLC e que a empresa recebeu 480 mil contos da Associação de Municípios da Cova da Beira, por trabalhos que não realizou". Lembra ainda que "o proprietário do terreno onde se pretendia fazer a central era um funcionário da HLC e que o então presidente da Câmara da Covilhã passou a trabalhar para a HLC".
GUARDA RECUSA INSPECÇÃO
O presidente da Câmara da Guarda recusa enviar o relatório sobre as casas projectadas por Sócrates para a Inspecção-Geral da Administração do Território. Para Joaquim Valente o "caso está esclarecido" depois de o documento elaborado por cinco funcionários da autarquia não ter detectado um tratamento especial aos projectos assinados pelo então engenheiro técnico Sócrates. Esta reacção do autarca da Guarda surge depois de os vereadores do PSD, como o CM noticiou ontem, terem anunciado o envio do relatório para o Ministério Público e Judiciária.
PORMENORES
SUSPEITA DE CONTACTOS
O MP diz que "apesar de existirem suspeitas de contactos, não foi possível indiciar qualquer acto ou omissão, que fosse contrário aos deveres dos cargos que exerciam à data".
MOTORISTA CONFIRMA
O motorista da Câmara da Covilhã confirmou encontros com José Sócrates e visitas do presidente da Câmara à sede da HLC.


O único comentário nestes casos será que o poder judicial é pouco independente relativamente ao poder político...

Isso apenas para fazer ver que um vulgar inspector da PJ do Montijo com certeza que meteu o caso Freeport na gaveta quando viu pela frente uma maioria absoluta.
Ficou simplesmente à espera que algum superior o mandasse continuar as investigações.
E, de superior em superior, chega-se ao último, ou seja, ao Director da PJ nomeado pelo Ministro da Justiça.

É obvio que ninguém teve interesse em averiguar e que não espanta nada ter ficado na gaveta.

E é obvio que só saíu agora da gaveta porque os ingleses estão a investigar e apareceu nos jornais.


Outra conclusão obvia das últimas sondagens é que os portugueses já estão mais que habituados aos casos de eventual corrupção que nunca se provam.

JAS
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por trial » 13/2/2009 19:15

Público, 6-5-2008

"António Morais, ex-assessor de Armando Vara, vai ser julgado por corrupção

Professor de José Sócrates na Independente, a ex-mulher e um empresário pronunciados por corrupção e branqueamento de capitais no concurso para o aterro sanitário da Cova da Beira

António Morais, o antigo professor da Universidade Independente que em 1996 leccionou quatro das cinco disciplinas com que José Sócrates concluiu a licenciatura e que nessa altura era assessor do secretário Estado Armando Vara, foi ontem pronunciado pelos crimes de corrupção passiva para acto ilícito e branqueamento de capitais, alegadamente praticados naquele mesmo ano.

A decisão instrutória, lida no Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa, manda também julgar, pelos mesmos crimes, a antiga mulher de António Morais e, por corrupção activa e branqueamento de capitais, o empresário da Covilhã Horácio Luís Carvalho.A decisão da titular do 4º Juízo Criminal acompanha integralmente a acusação formulada pelo Ministério Público em Junho do ano passado e prende-se com as condições em que a Associação de Municípios da Cova da Beira (AMCB) adjudicou, em 1997, a construção e exploração do seu aterro sanitário a um consórcio liderado pela HLC e pela Conegil, empresas controladas por Horácio Luís Carvalho.

Nos termos do despacho instrutório, António Morais e a ex-mulher - que eram sócios e gerentes da firma ASM, contratada pela AMCB para assessorar o processo do concurso público lançado para a construção do aterro - agiram de forma concertada para beneficiar a HLC, violando as normas legais aplicáveis e prejudicando os outros concorrentes, com o único propósito de satisfazer os seus interesses pessoais. Para atingir este objectivo produziram relatórios e actuaram de forma a que a AMCB adjudicasse indevidamente a empreitada à HLC/Conegil, não só porque a sua proposta não era a melhor, mas também porque devia ter sido excluída do concurso logo de início, por não possuir o currículo necessário. Em contrapartida, diz-se no despacho, receberam pelo menos 58.154 euros de Horácio Carvalho, que transferiu esse valor em quatro tranches para uma conta que os outros arguidos tinham aberto nas ilhas de Guernesey.

A confirmação do motorista
Na origem do processo que agora segue para julgamento encontram-se várias denúncias anónimas, datadas de 1999, que visavam directamente o então secretário de Estado do Ambiente, José Sócrates (que tinha a tutela da construção dos aterros intermunicipais), bem como o presidente da Câmara da Covilhã e da AMCB, o socialista Jorge Pombo, e João Cristóvão, um seu assessor que à época era o homem forte do aparelho local do PS. De acordo essas denúncias, que constam do processo, teria sido José Sócrates quem teria ordenado a Jorge Pombo que encarregasse António Morais [então seu professor e militante do PS] da preparação e assessoria do concurso. No decurso da averiguação preventiva então efectuada pela PJ, o antigo motorista de Jorge Pombo confirmou que conduziu, várias vezes, o autarca e João Cristóvão à sede da HLC, em Alfragide, tendo também levado Cristóvão à secretaria de Estado do Ambiente para se encontrar com Sócrates.

Perante os elementos recolhidos e apesar das suspeitas de contactos entre os três referenciados, entre si e com Horácio Carvalho, o Ministério Público considerou que não tinha sido possível indiciar qualquer acto ou omissão que lhes fosse directa ou indirectamente imputável e correspondesse a alguma conduta ilícita. Por isso mesmo, os autos foram arquivados em Junho passado."
 
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por trial » 13/2/2009 18:58

As 2 primeiras noticias do telejornarl da TVI e durante 20 minutos foram estes 2 assuntos ; mas 17:58, eu nao sabia


Quando vamos ter noticias sobre os 900 sobreiros abatidos era para construir??? uma segunda cidade com um estádio para o Vitoria nos arredores se Setúbal , a pretexto de salvar o Vitoria de Setúbal .

Neste caso as assinaturas são de Sócrates e Copulas dos Santos , pelo novo CPP este processo já devia ter divulgação publica , mas estranhamente estão a utilizar um antigo CPP , para impedir a sua divulgação .

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por JoJay » 13/2/2009 17:59

Mário Crespo és o maior!

Só tenho pena que a oposição não constitua neste momento uma opção credível para tirar de lá esta cambada!

Chega de brincadeira, corrupção, propaganda e faz de conta. Chega de fazer os Portugueses de parvos.

Tenho dito
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por fsma » 13/2/2009 17:46

Mário Crespo!

Façamos pois de conta...

Façamos de conta que o Jornalista Crespo, enquanto correspondente da RTP na África do Sul do Apartheid não branqueava o regime!
Façamos de conta que o referido jornalista, quando entrevistou o AJJ, pós questões corajosas e pertinentes!

Façamos pois todos de conta...e depois afirmemos que são apenas os outros a fazer de conta! Num mundo de faz de conta também eu tenho que fazer de conta!
 
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por JoJay » 13/2/2009 17:07

Uma pessoa ausenta-se e o tópico começa a perder o ritmo. :lol:

Fantástico artigo do Mário Crespo!

De facto este é O grande Senhor da comunicação social em Portugal!

UM GRANDE BEM HAJA PARA O MÁRIO CRESPO!!!

Muita bem!

JoJay
 
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por Açor3 » 13/2/2009 9:19

13 Fevereiro 2009 - 00h30

Caso Freeport
Advogados pediram 4 milhões a Smith
Um fax enviado por um escritório de advogados, que não o de Vasco Vieira de Almeida, a pedir quatro milhões de euros à Smith & Pedro para desbloquear o licenciamento do Freeport, “é a chave de todas as suspeitas sobre o pagamento de ‘luvas’.”

Correio Manhã
Na bolsa só se perde dinheiro.Na realidade só certos Iluminados com acesso a informação privilegiada aproveitam-se dos pequenos investidores para lhes sugarem o dinheiro.
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por mais_um » 12/2/2009 23:43

Façamos de conta que nada aconteceu no Freeport. Que não houve invulgaridades no processo de licenciamento e que despachos ministeriais a três dias do fim de um governo são coisa normal. Que não houve tios e primos a falar para sobrinhas e sobrinhos e a referir montantes de milhões (contos, libras, euros?).



Sempre tive simpatia pelo Mario Crespo como jornalista, mas parece-me que a idade está a afectar as suas qualidades, não vou pronuciar-me sobre o que penso do que ele escreveu, tão só chamar a atenção para a 1ª argolada dele neste artigo, afinal os jornalistas também erram....


Fonte TSF
Guterres dirige último Conselho de Ministros
28 MAR 02
António Guterres dirige, esta quinta-feira, o último Conselho de Ministros depois de seis anos e meio no Governo. Um encontro que ficará marcado por discursos de agradecimento e despedida.
António Guterres despede-se, hoje, entre agradecimentos e discursos de despedida, do Conselho de Ministros, o último que dirige depois de seis anos e meio no Governo.

Fonte da presidência do Conselho de Ministros afirmou que a reunião tem início por volta das 10:00, sendo seguida de um almoço para marcar a despedida do Governo PS, chefiado por António Guterres, que tomou posse, como primeiro-ministro, a 28 de Outubro de 1995.

No discurso de despedida, o primeiro-ministro demissionário deverá agradecer a colaboração de todos os ministros que passaram pelos dois governos socialistas, segundo um dos assessores de António Guterres.

Guterres deverá ainda informar os ministros sobre o recente encontro que manteve com Durão Barroso, primeiro-ministro indigitado, por forma a esclarecê-los sobre como deverão passar a pasta aos seus sucessores da coligação PSD/CDS-PP.


Para quem não sabe, a alteração ao decreto lei foi aprovada em conselho de ministros no dia 14 de Março, 3 dias antes das eleições legislativase não do fim do governo, tendo em conta a experiencia do Mario Crespo, confundir eleições legislativas com fim do governo é no minimo....estranho???

Sobre as restantes afirmações, julguem por vós...

Código Deontológico dos Jornalistas Portugueses
Os jornalistas portugueses regem-se por um Código Deontológico que aprovaram em 4 de Maio de 1993, numa consulta que abrangeu todos os profissionais detentores de Carteira Profissional. O texto do projecto havia sido preliminarmente discutido e aprovado em Assembleia Geral realizada em 22 de Março de 1993.
1.O jornalista deve relatar os factos com rigor e exactidão e interpretá-los com honestidade. Os factos devem ser comprovados, ouvindo as partes com interesses atendíveis no caso. A distinção entre notícia e opinião deve ficar bem clara aos olhos do público.
2.O jornalista deve combater a censura e o sensacionalismo e considerar a acusação sem provas e o plágio como graves faltas profissionais.

3.O jornalista deve lutar contra as restrições no acesso às fontes de informação e as tentativas de limitar a liberdade de expressão e o direito de informar. É obrigação do jornalista divulgar as ofensas a estes direitos.

4.O jornalista deve utilizar meios leais para obter informações, imagens ou documentos e proibir-se de abusar da boa-fé de quem quer que seja. A identificação como jornalista é a regra e outros processos só podem justificar-se por razões de incontestável interesse público.

5.O jornalista deve assumir a responsabilidade por todos os seus trabalhos e actos profissionais, assim como promover a pronta rectificação das informações que se revelem inexactas ou falsas. O jornalista deve também recusar actos que violentem a sua consciência.

6.O jornalista deve usar como critério fundamental a identificação das fontes. O jornalista não deve revelar, mesmo em juízo, as suas fontes confidenciais de informação, nem desrespeitar os compromissos assumidos, excepto se o tentarem usar para canalizar informações falsas. As opiniões devem ser sempre atribuídas.

7.O jornalista deve salvaguardar a presunção da inocência dos arguidos até a sentença transitar em julgado. O jornalista não deve identificar, directa ou indirectamente, as vítimas de crimes sexuais e os delinquentes menores de idade, assim como deve proibir-se de humilhar as pessoas ou perturbar a sua dor.




Hoje ouvi as noticas e infelizmente tive que rir, no caso Casa Pia, depois das alegações finais das defesas, o ministerio pulico, entre outras alterações aos factos, pediu a alteração às datas de ocorrencia dos supostos abusos sexuais praticados pelo Carlos Cruz, isto porque ele provou em tribunal que nas datas das supostas ocorrencias de abusos praticados por ele, estava noutros sitios completamente distantes!

Cumprimentos,

Alexandre Santos
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por EALM » 12/2/2009 18:48

trial Escreveu:Está bem... façamos de conta

Façamos de conta que nada aconteceu no Freeport. Que não houve invulgaridades no processo de licenciamento e que despachos ministeriais a três dias do fim de um governo são coisa normal. Que não houve tios e primos a falar para sobrinhas e sobrinhos e a referir montantes de milhões (contos, libras, euros?). Façamos de conta que a Universidade que licenciou José Sócrates não está fechada no meio de um caso de polícia com arguidos e tudo.

Façamos de conta que José Sócrates sabe mesmo falar Inglês. Façamos de conta que é de aceitar a tese do professor Freitas do Amaral de que, pelo que sabe, no Freeport está tudo bem e é em termos quid juris irrepreensível. Façamos de conta que aceitamos o mestrado em Gestão com que na mesma entrevista Freitas do Amaral distinguiu o primeiro-ministro e façamos de conta que não é absurdo colocá-lo numa das "melhores posições no Mundo" para enfrentar a crise devido aos prodígios académicos que Freitas do Amaral lhe reconheceu.

Façamos de conta que, como o afirma o professor Correia de Campos, tudo isto não passa de uma invenção dos média. Façamos de conta que o "Magalhães" é a sério e que nunca houve alunos/figurantes contratados para encenar acções de propaganda do Governo sobre a educação. Façamos de conta que a OCDE se pronunciou sobre a educação em Portugal considerando-a do melhor que há no Mundo. Façamos de conta que Jorge Coelho nunca disse que "quem se mete com o PS leva".

Façamos de conta que Augusto Santos Silva nunca disse que do que gostava mesmo era de "malhar na Direita" (acho que Klaus Barbie disse o mesmo da Esquerda). Façamos de conta que o director do Sol não declarou que teve pressões e ameaças de represálias económicas se publicasse reportagens sobre o Freeport.

Façamos de conta que o ministro da Presidência Pedro Silva Pereira não me telefonou a tentar saber por "onde é que eu ia começar" a entrevista que lhe fiz sobre o Freeport e não me voltou a telefonar pouco antes da entrevista a dizer que queria ser tratado por ministro e sem confianças de natureza pessoal.

Façamos de conta que Edmundo Pedro não está preocupado com a "falta de liberdade". E Manuel Alegre também. Façamos de conta que não é infinitamente ridículo e perverso comparar o Caso Freeport ao Caso Dreyfus. Façamos de conta que não aconteceu nada com o professor Charrua e que não houve indagações da Polícia antes de manifestações legais de professores.

Façamos de conta que é normal a sequência de entrevistas do Ministério Público e são normais e de boa prática democrática as declarações do procurador-geral da República. Façamos de conta que não há SIS. Façamos de conta que o presidente da República não chamou o PGR sobre o Freeport e quando disse que isto era assunto de Estado não queria dizer nada disso.

Façamos de conta que esta democracia está a funcionar e votemos. Votemos, já que temos a valsa começada, e o nada há-de acabar-se como todas as coisas. Votemos Chaves, Mugabe, Castro, Eduardo dos Santos, Kabila ou o que quer que seja. Votemos por unanimidade porque de facto não interessa. A continuar assim, é só a fazer de conta que votamos.

Mário Crespo, JN, 9 de Fevereiro de 2009


Subscrevo inteiramente este post. Eu votei no PS, e estou bastante arrependido. E já votei no PSD e senti o mesmo. Desta vez estou mesmo convencido: Vivemos mesmo num País de "Faz de Conta", guiados pelas estrelas.
 
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por mais_um » 12/2/2009 18:00

Caro JoJay,

Eu penso que expressei-me correctamente mas depois de ler o seu comentário tenho sérias duvidas.

Repare, esta troca de argumentos começou com o facto de voce tentar-me convencer-me que o Cavaco tinha sido um bom 1º minstro, eu pedi-lhe que explicasse o quais tinham sido os problemas que o Cavco tinha resolvido, você respondeu-me com obras publicas entre outras coias que eu refutei ponto a ponto e no fim perguntou o que o Guterres tinha feito, eu demostrei-lhe que o Guterres fez mais coisas que o Cavaco, ou seja demostrei-lhe que mesmo nesse campo o Guterres fez mais que o Cavaco (também NUNCA escrevi que o Guterres tinha sido um bom 1º minstro, só escrevi que o Cavaco tinha tido melhores condições que o Guterres), agora NUNCA escrevi que era a favor de autoestradas como factor de desenvolvimento, nem a favor dos estadios do EURO.


Voltando à questão inicial, o Cavaco tem muito menos merito do que querem fazer crer, é na realidade um mito, um tecnocrata que aproveitou um momento da historia para o qual não contribuiu nada para que acontecesse, honesto sem duvida, mas nada mais do que isso.

JoJay Escreveu:Muito francamente quando vejo pessoas a defender que Mário Soares, Sá Carneiro e Freitas do Amaral são os que têm o verdadeiro mérito por o que Cavaco e outros depois fizeram...fico atónito! Com todo o respeito faz-me lembrar aquelas conversas de café que ouvimos de pessoas pouco esclarecidas ou pobre de espírito!


Sobre este assunto, mais uma vez devo ter um problema de expressão, NUNCA escrevi que o Mário Soares, etc, tem mérito porque o Cavaco e outros fizeram, escrevi sim, é que sem a visão desses politicos, os seus sucessores não tinham conseguido fazer o que quer que fosse, tenho a certeza que consegue ver a diferença.

Cumprimentos e boa viagem,

Alexandre Santos
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por Bullet23 » 12/2/2009 16:04

tavaverquenao2 Escreveu:Outra vez??? Era uma sugestão não uma ordem.


Pronto, assim tá bem, uma sugestão!
Mas mesmo assim há sugestões que são de muito mau gosto.

Cumprimentos
 
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por tava3 » 12/2/2009 15:58

Outra vez??? Era uma sugestão não uma ordem.
 
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por Bullet23 » 12/2/2009 15:50

tavaverquenao2 Escreveu: Quem não está bem que faça a mala e vá para Angola, antes era em Espanha que estava a dar, agora é em Angola.
:)


Mas porquê, Portugal é teu? Olha que está aqui uma lata!!!!!
Este tipo de discurso não dignifaica nada aquilo que queres ou tentas transmitir e muito.

Cumprimentos
 
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por alexandre7ias » 12/2/2009 15:36

tavaverquenao2 Escreveu: Revolução de cravos, que desperdício de munição.

:)


Hummm :mrgreen: Não sou desse tempo mas não terá sido desperdício de cravos, e falta de munição????
O Sol brilha todos os dias, os humanos é que não!
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