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Caldeirão da Bolsa

O gajo está mesmo metido, não está?

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por mais_um » 28/8/2009 8:51


Sócrates vai ficar de fora da acusação do caso Freeport

A acusação no caso Freeport deverá abranger apenas os arguidos já constituídos. A investigação está praticamente concluída, aguardando apenas novos elementos da polícia inglesa. Só se estes trouxerem dados novos sobre José Sócrates é que a investigação prosseguirá. Até agora, segundo fonte ligada ao processo, não há qualquer indício contra o líder do PS

O primeiro-ministro, José Sócrates, não fará parte do processo Freeport como arguido, adiantou ao DN uma fonte do Departamento Central de Investigação e Acção Penal. A investigação está praticamente concluída. Os procuradores apenas aguardam dados pedidos à polícia inglesa para fechar o processo. "Só se nestes elementos surgirem factos novos é que o processo prossegue. Até agora não há nenhum indício contra o primeiro-ministro", assegurou a mesma fonte contactada pelo DN.

O mesmo interlocutor do DN garantiu que nas perícias feitas às contas bancárias e fluxos financeiros que constam do processo, não existe qualquer ligação a José Sócrates. Por isso, o primeiro-ministro nem como testemunha deverá ser chamado. A tese que irá ser sustentada pelo Ministério Público é que os eventuais crimes praticados, entre finais de 2002 e nos primeiros meses de 2003, ocorreram numa estrutura intermédia, a qual terá no vértice da pirâmide Carlos Guerra, antigo presidente do Instituto de Conservação da Natureza (ICN), constituído arguido por suspeitas de corrupção passiva para acto ilícito.

Uma eventual acusação a Carlos Guerra assentará numa relação causa-efeito entre o facto de o ICN ter liderado, em 2002, a alteração dos limites da Zona de Protecção do Estuário do Tejo (ZPE) - uma mudança que "encaixou" no projecto Freeport -, sendo que, em 2004, Carlos Guerra trabalhou para Manuel Pedro (um dos sócios da empresa consultora Smith&Pedro), tendo recebido um adiantamento de 75 mil euros. Porém, a discussão sobre a aprovação do Freeport promete arrastar-se pelos tribunais: acto lícito ou ilícito? Haverá opiniões para todos os gostos.

Ontem, numa nota enviada à imprensa, o Departamento Central de Investigação e Acção Penal, tal como o DN adiantou, garantiu que "não está prevista" a audição de Pedro Silva Pereira, actual ministro da Presidência, secretário de Estado de José Sócrates em 2002. A hipótese de inquirição de Silva Pereira foi levantada, ontem, pela revista Sábado, tendo em conta o depoimento de Carlos Guerra ao juiz de instrução, Carlos Alexandre. O antigo presidente do ICN terá dito que Silva Pereira, como secretário de Estado do Ordenamento, acompanhou a par e passo o projecto Freeport.

Porém, o entendimento dos investigadores é que os governantes apenas tomaram determinadas decisões, tendo em conta os pareceres técnicos que os serviços lhes apresentavam. Daí considerarem ser desnecessário ouvir Silva Pereira e José Sócrates. Da equipa do Ministério do Ambiente de 2002, só Rui Gonçalves, antigo secretário de Estado do Ambiente, foi ouvido como testemunha.

Apesar de ontem o DCIAP ter referido que as autoridades inglesas estão a prestar uma "valiosa colaboração", o DN sabe que não é bem assim. Nos últimos meses, houve muitas demoras quanto ao envio de elementos pedidos pela investigação portuguesa. Em Abril deste ano, Cândida Almeida, directora do DCIAP, liderou uma dele-gação portuguesa a Londres. Na sede do Serious Fraud Office, agência inglesa antifraude, chegou a ficar acordada uma calendarização de envio de elementos para Portugal. Só que os ingleses nunca cumpriram.


http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/inter ... id=1346569
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por Bzidroglio » 21/8/2009 15:31

Se acabasse o sigilo bancário e passasse a ser obrigatório justificar qualquer movimento anormal, 90% da corrupção acabaria. É que mesmo depósitos em nome de primos, sobrinhos e outros parentes teriam de ser justificados.
A noticia dizia: depósitos em numerário. Rica forma de partilhar :mrgreen:
O que iria subir em flecha seriam as heranças, os acertos na lotaria, totoloto, euromilhões
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por mais_um » 21/8/2009 14:49

pepi Escreveu:
Elias Escreveu:Freeport: depositados 200 mil euros nas contas de Carlos Guerra
21.08.2009 - 10h12 PÚBLICO

De acordo com o “Sol”, Carlos Guerra alegou, nas declarações já prestadas no processo, que o dinheiro se referia a partilhas antecipadas que o sogro foi obrigado a fazer após a falência de uma sua empresa – uma explicação considerada frágil.


Adorei esta desculpa...


Esta é facil de verificar, se houve partilhas, significa que mais alguém recebeu alguma coisa, já agora foi considerada fragil por quem? Pelo jornalista, pelo juiz, pelos investigadores?
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por pepi » 21/8/2009 14:45

Elias Escreveu:Freeport: depositados 200 mil euros nas contas de Carlos Guerra
21.08.2009 - 10h12 PÚBLICO

De acordo com o “Sol”, Carlos Guerra alegou, nas declarações já prestadas no processo, que o dinheiro se referia a partilhas antecipadas que o sogro foi obrigado a fazer após a falência de uma sua empresa – uma explicação considerada frágil.


Adorei esta desculpa...
 
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retoma

por bolo » 21/8/2009 14:43

Sócrates: a retoma está aí: o Benfica está praticamente apurada para a Taça UEFA.
Teixeira dos Santos: isto aos poucos vai lá...


desculpem o ruído, mas era uma bojarda Pr'á Descontra, no tópico ao lado! Vem aí o fim de semana e não estou com pontaria nehuma!
Editado pela última vez por bolo em 21/8/2009 14:48, num total de 1 vez.
Acabei de me auto-promover a Principiante!
Aaahhgrrr,... os meus dedos não estalam!!!
TAMBÉM QUERO SER RICO! Por onde começo? Estou disposto a deixar de trabalhar!
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por Elias » 21/8/2009 12:18

Freeport: depositados 200 mil euros nas contas de Carlos Guerra
21.08.2009 - 10h12 PÚBLICO

Uma investigação judicial ao caso Freeport descobriu depósitos de 200 mil euros, em 2002, nas contas bancárias de Carlos Guerra, ex-presidente do Instituto de Conservação da Natureza, então dependente do ministro do Ambiente, José Sócrates. A notícia é avançada hoje pelo semanário “Sol”.

Foram feitos diversos depósitos, em numerário ou por transferência, durante e após o processo de viabilização do centro comercial, indica o semanário, numa peça assinada pela jornalista Felícia Cabrita.

Os depósitos totalizaram a quantia de 200 mil euros e “indiciam que poderão ser contrapartidas pecuniárias pelo licenciamento do ‘outlet’ de Alcochete”, indica o semanário.

De acordo com o “Sol”, Carlos Guerra alegou, nas declarações já prestadas no processo, que o dinheiro se referia a partilhas antecipadas que o sogro foi obrigado a fazer após a falência de uma sua empresa – uma explicação considerada frágil.
 
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Re: Mais uma

por Xuly » 13/5/2009 0:28

Pedro73 Escreveu:Estão a ver ? é mais uma cabala !

Acho que o termo oficial é "Campanha negra"....


:mrgreen:

Cumps
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Mais uma

por Pedro73 » 13/5/2009 0:16

Estão a ver ? é mais uma cabala !
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por charles » 12/5/2009 23:44

Presidente do Eurojust alvo de processo disciplinar
Hoje às 18:31
O procurador-geral da República determinou, esta terça-feira, a abertura de um processo disciplinar ao presidente do Eurojust, Lopes da Mota, sobre as alegadas pressões feitas aos dois procuradores responsáveis pelo caso Freeport.

A decisão foi divulgada após uma reunião de várias horas do Conselho Superior do Ministério Público (CSMP), em Lisboa.

Numa curta nota à comunicação social é dito que «o CSMP tomou conhecimento de que terminou o inquérito relativo às alegadas pressões no chamado caso Freeport e tomou ainda conhecimento de que o PGR determinou a conversão do inquérito em processo disciplinar».

Foi ainda esclarecido que quem decidiu a instauração do processo disciplinar foi o PGR, seguindo a proposta do inspector do Ministério Público que dirigiu o inquérito, Santos Silva.


Resulta da lei que será o mesmo inspector a conduzir o processo disciplinar por alegadas pressões feitas aos procuradores Paes de Faria e Vítor Guimarães.

Quanto aos prazos para a conclusão do processo disciplinar foi dito que não há prazos, mas que este será concluído dentro de um «período razoável».

Entretanto, a TSF tentou obter uma reacção de Lopes da Mota e esta decisão, mas o presidente do Eurojust encontra-se incontactável. A TSF também tem tentado sem sucesso obter uma posição do Ministério da Justiça sobre este caso.


http://tsf.sapo.pt/PaginaInicial/Portug ... id=1229769
Cumpt

só existe um lado do mercado, nem é o da subida nem o da descida, é o lado certo
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por tava3 » 22/4/2009 13:03

E só rir mesmo, não tenhas dúvidas. Isto mostra bem o desespero a que chegaram.
Ontem na entrevista da rtp1 até acho que o Socras foi brando porque para mim aquele noticiário da tvi é vomitado jornalístico.
 
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por mfsr1980 » 22/4/2009 13:01

Até se me "arremelgam as unhas dos pés"!
Todo este governo é uma fraude!
O ministro das finanças é o pior da UE!
A instrumentalização da comunicação social é inadmissível!
A maneira como os empresários são subservientes em relação ao poder político é outra anormalidade!
Pior do que a situação actual (e que é dramatica) é a situação em que o Sócrates vai deixar o País.
É um mentiroso, é arrogante e vai deixar o País entalado para as próximas gerações.
Se ele é inocente que mostre as contas dele e mais nada!
Faz-me confusão toda esta passividade!
 
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por MNFV » 22/4/2009 11:18

É só rir :lol:

«Entretanto, uma expressão, "No way Jose", que consta de um documento apreendido na empresa Smith&Pedro intrigou os investigadores portugueses do caso Freeport que, durantes os três dias de interrogatório, questionaram Charles Smith sobre quem era o tal José. Seria Sócrates, por exemplo? A tradutora da Polícia Judiciária traduziu à letra um documento manuscrito do empresário que terminava daquela forma. Só no interrogatório é que perceberam de quem é que se tratava: uma expressão idiomática em inglês que quer dizer "nem pensar".»
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por mais_um » 22/4/2009 9:49

Caso Freeport
Advogados ingleses ilibaram Smith
por CARLOS RODRIGUES LIMAHoje

Uma tradução à letra de um documento apreendido a Charles Smtih levou a investigação a pensar que se tratava de José Sócrates, mas afinal tudo não passava de uma expressão idiomática. O inglês foi filmado a dizer que pagou luvas ao actual primeiro-ministro, mas uma investigação de advogados concluiu que tudo não passou de uma história inventada.

O escritório de advogados inglês Decherts 'ilibou' Charles Smith de qualquer ligação a actos de corrupção praticados em Portugal para o licenciamento do Freeport. Os advogados visionaram o vídeo (divulgado na passada sexta-feira pela TVI) feito por Alan Perkins, ex-administrador do Freeport, fizeram cruzamentos de transferências de dinheiro e ouviram testemunhas. A conclusão foi de que, quando muito, Charles Smith estaria a tentar 'sacar' mais dinheiro do Freeport pela consultadoria prestada, inventando a história dos subornos.

Os advogados da Decherts, que foram chamados pela Freeport para investigar o conteúdo do vídeo onde Charles Smith aparece a falar de subornos, realçam ainda que Alan Perkins gravou o vídeo em Março de 2006, mas só o apresentou à administração em Janeiro de 2007, numa altura em que estava a negociar a sua saída da empresa. O relatório final da investigação foi depois entregue à administração da Carlyle que, em Abril de 2007, tinha em curso uma OPA à Freeport.

A Decherts analisou todas as transferências de dinheiro de Inglaterra para Portugal. Em Alcochete, uma técnica de contabilidade fez o mesmo. Não foi encontrado nada de anormal que pudesse sustentar as palavras de Charles Smith quanto a pagamentos de subornos a José Sócrates.

Em Julho de 2007, quando foi interrogado pela polícia inglesa, Charles Smith foi confrontado com alguns e-mails que agora surgem no processo português. As audições em Londres foram presididas pelos polícias Roger Cook e Paul Farley que chegaram a confrontar o empresário com a notícia do jornal O Independente de Fevereiro de 2005 que dava conta do início do processo Freeport.

Segundo documentos a que o DN teve acesso, terá sido em Inglaterra que Charles Smith contou, pela primeira vez, a história de que o escritório de advogados Antunes Marques Oliveira Ramos Gandarez & Associados tinha preparado uma proposta, a 4 de Dezembro de 2001, no sentido de pedir à empresa Freeport cerca de quatro milhões de libras para que o projecto em Portugal fosse aprovado. Smith terá indicado o nome de dois cidadãos ingleses, residentes em Portugal, com quem, em 2001, terá conversado sobre o assunto. Keith Payne e Roger Abraham já foram ouvidos pelos ingleses, mas até ao fecho desta edição, não foi possível apurar se foram inquiridos em Portugal.

Aliás, terá sido após a conversa com Charles Smith que o inglês Keith Payne escreveu uma carta a Rick Dattani - na altura financeiro da Freeport em Inglaterra, e um dos nomes que consta da Carta Rogatória. Por sua vez, Dattani terá enviado, a 17 de Dezembro de 2001, a Jonathan Rawnsley, administrador da Freeport, uma nota, referindo-se a Keith Payne como o "tipo que me alertou para o suborno de dois milhões". Esta é a única informação que vem nos documentos ingleses, mas nas recentes inquirições os advogados José Francisco Gandarez, Albertino Antunes e Alexandre Oliveira terão negado ter feito tal proposta.

Entretanto, uma expressão, "No way Jose", que consta de um documento apreendido na empresa Smith&Pedro intrigou os investigadores portugueses do caso Freeport que, durantes os três dias de interrogatório, questionaram Charles Smith sobre quem era o tal José. Seria Sócrates, por exemplo? A tradutora da Polícia Judiciária traduziu à letra um documento manuscrito do empresário que terminava daquela forma. Só no interrogatório é que perceberam de quem é que se tratava: uma expressão idiomática em inglês que quer dizer "nem pensar".

Apesar de a Procuradoria-Geral ter garantido, há meses, que José Sócrates não era suspeito no caso Freeport, nos interrogatórios, Manuel Pedro e Charles Smith foram confrontados várias vezes com suspeitas relacionadas com o "não suspeito". Questionada pelo DN sobre esta situação, a PGR recusou prestar esclarecimentos, invocando o segredo de justiça.

http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/inter ... id=1208369
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por Camisa Roxa » 7/4/2009 11:18

José António Barreiros sobre a demissão de Alberto Costa por pressões sobre juízes. Hayek explicou em Road to Serfdom porque é que é inevitável que gente desta chegue ao poder. O Governo, a prazo, não passa de uma associação de malfeitores.

Não costumo usar os blogs aos serviço de questões pessoais. É estranho, mas é um modo de ser. Só que desta feita está em causa algo de nobre: a verdade num assunto de Estado.
Não quero entrar, nem entrei, por razões compreensíveis na questão Freeport, nem na matéria das pressões ou que se aleguem terem sido pressões. Não conheço os factos e só falo do que sei. Além do mais, desempenho um cargo na Ordem dos Advogados que me obriga ao dever de reserva.
Ora sucede que na sua edição de hoje o jornal Público recorda a demissão de Alberto Costa, actual ministro da Justiça, por despacho meu. Sob o título «Alberto Costa foi demitido de director da Justiça em Macau, há 21 anos, por pressões sobre juiz», o jornal relata as razões da demissão e a sequência da mesma.
O texto, que está todo aqui, tem, porém, uma omissão, pelo que na memória dos que lerem, ficará assim a pairar uma versão incorrecta dos factos e sobretudo uma versão que o demitido tentou passar para a imprensa quando de uma visita oficial sua ao território de Macau, em 2005 e que tive de desmentir então: a de que o acto de demissão fora, afinal, ilegal, e por iso anulado pelos tribunais.
Terei permitido tal omissão ao não ter aceite falar com o jornalista? Talvez. A discrição tem destes efeitos.
Cito, pois, aquilo que acabo de comunicar ao jornal, esperando publicação e para que fique assim mais substanciada a verdade:
«Demiti Alberto Costa por despacho fundamentado, que se baseava no que foi adquirido por um inquérito realizado pelo Procurador-Geral Adjunto do território: contactara um juiz por duas vezes com o propósito de que este arquivasse um processo e soltasse os dois arguidos presos. Estava em causa a televisão de Macau e a ligação desta a uma empresa de que eram sócios várias criaturas gradas ligadas ao partido socialista, mais uma empresa de um senhor chamado Robert Maxwell, que morreria mais tarde em condições estranhas. Após a minha saída do território o Governador Carlos Melancia revogou o meu despacho na parte em que fundamentava a demissão, não ignorando que isso abria a porta ao que veio a suceder: o demitido veio a recorrer para o STA e obviamente ganhou a causa, recebendo choruda indemnização.
Em suma: a razão substancial da demissão de Alberto Bernardes Costa não foi anulada pelos tribunais, foi anulada, sim, a habilidade do Governador, pela qual o meu despacho de demissão foi substituído por outro apto a ser anulado por vício de forma, ou seja por falta de fundamentação.
Quem quiser ler os documentos, pois está tudo documentado, é só ir aqui. Agradeço o favor de ser reposta toda a verdade».Fonte
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por Camisa Roxa » 7/4/2009 10:58

“…o Partido Socialista reafirma com toda a firmeza que o Ministro de Estado e da Defesa, Dr. Paulo Portas, não tem nenhumas condições para permanecer no cargo que ocupa no Governo, e que deve, portanto, demitir-se. O que está em causa, e isso torna-se a cada dia que passa mais evidente, é a dignidade das mais altas instituições do Estado e a credibilidade do funcionamento do sistema democrático.”

ou…

“… Enquanto dirigente político é-me relativamente indiferente que o cidadão Paulo Portas seja penalmente condenado. Acredito na força da justiça em Portugal, na prevalência do Estado de Direito e, portanto, sei que no quadro das regras jurídicas que orientam a nossa sociedade (e só nestas) não deixará de ser feita justiça. O problema é outro; - é claramente um problema de carácter e de ética política. O que nos deve preocupar é se, no quadro das suspeitas que recaem sobre o Dr. Paulo Portas (independentemente da sua futura comprovação e, consequentemente, adequado procedimento incriminatório) é legitimo nada fazer no plano estritamente político. Dou obviamente como adquirido que os políticos, porque têm as suas vidas mais expostas à devassa pública, estão obrigadas a regras de comportamento e de carácter mais rigorosas que o comum dos cidadãos.“

ou…

“O PS enviou ontem uma carta ao procurador-geral da República pedindo «que confirme se os factos noticiados pelo EXPRESSO e pelo ‘Público’ constam do relatório final da PJ sobre a Universidade Moderna». A carta é assinada pelo líder parlamentar, António Costa. Uma vez obtida a confirmação oficial, os socialistas «farão o que tiverem a fazer», ou seja, deverão pedir a demissão do actual ministro do Estado e da Defesa com o argumento de que, «por muito menos», vários ministros dos governos socialistas deixaram os seus postos.“


via blasfemias.net
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por Camisa Roxa » 7/4/2009 9:29

O deputado pediu a palavra, ergueu-se da cadeira e declarou:

“Os portugueses não podem confiar num primeiro-ministro que uma vez diz umas coisas e outra vez diz outras. (…) A conclusão a que chegamos é que o senhor não tem jeito para isto. (…) Mas o sr. primeiro-ministro não se vai daqui embora sem falar num último tema. (…) É o caso de um ministro do seu governo que fez uma pressão ilegítima junto de uma estação privada e que conduziu à eliminação de uma voz incómoda para o seu governo. O sr. primeiro-ministro desculpar-me-á, mas quero dizer-lhe com clareza: esse episódio é indigno de um governo democrático, e é um episódio inaceitável. E é uma nódoa que o vai perseguir, porque é uma nódoa que não vai ser apagada facilmente, porque é uma nódoa que fez Portugal regressar aos tempos em que havia condicionamento da liberdade de expressão. E peço-lhe, sr. primeiro-ministro, que resista à tentação do controle da comunicação social. Não vá por aí porque nós cá estaremos para evitar essas tentações.”

A data era 14 de Outubro de 2004, dois meses antes de o presidente da República dissolver o Parlamento que aqui serve de cenário. O deputado chamava-se José Sócrates Pinto de Sousa e o primeiro-ministro Pedro Santana Lopes. A gravação do discurso está na Internet e não me canso de a ver e de me rir ao vê-la. Mas, como dizia o outro, rio para não chorar. Em quatro anos e meio, a nódoa transformou-se em derrame petrolífero, as tentações tornaram-se irresistíveis e não decerto haverá regresso ao tempo em que todos fomos assim ingénuos. Todos, excepto aquele que já então tinha verdadeiro jeito para “isto”, embora as ameaças de processos judiciais e, vá lá, algum decoro me impeçam de dizer o que “isto” é.Fonte
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Freeport: segredo de justiça alargado

por aefernandes » 6/4/2009 23:51

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Figura de palhaço !

por Pedro73 » 6/4/2009 0:10

Em declarações à TVI, Pires de Lima diz que a novela à volta do caso Freeport é uma «vergonha» a começar no protagonista. José Sócrates, diz o ex-bastonário, deve dizer o que se passa e não mandar recados por outros ministros.
«Para mim, isto é uma figura de palhaço. Estão convencidos que enganam o público ou que somos todos estúpidos e não percebemos o que eles estão a fazer. Estou a referir-me ao Sr. ministro Santos Silva. Foi uma vergonha a reacção dele. Um verdadeiro escândalo. (...) Estamos a cair no ridículo», defendeu Pires de Lima.

in:
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por EALM » 5/4/2009 22:54

Acho que a entrevista de Dr. José António Barreiros põe os pontos nos ii.

Nada que eu já não soubesse. Isto que se está a passar só é possível porque ainda há imensa gente que poe a cabeça na areia como as Avestruzes. O que se está a passar é do mais grave que aconteceu no nosso país desde o 25 de Abril, tirando o atentado a Sá Carneiro.

Mas anda tudo anestesiado e insiste em não querer ver o que se anda a passar. É como o episódio do ex-presidente do Benfica, que embora já se soubesse (para quem queria) que estava envolvido nas mais diversas trafulhices, continuava a ter uma enorme massa de apoiantes. Não entendo esta teimosia em negar as evidências.

Já desceu 20% ? É altura de sair pessoal! Não teimem com o Urso.
 
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por charles » 5/4/2009 20:12

Os três procuradores não vão ser ouvidos pelo CSMP. Versão de que o objectivo era o arquivamento mantém-se
Freeport: pressão sobre magistrados pode dar origem a inquérito
03.04.2009 - 08h56 António Arnaldo Mesquita, José Augusto Moreira, (com Mariana Oliveira)
O procurador-geral da República vai hoje informar o Conselho Superior do Ministério Público (CSMP) sobre as diligências que nos últimos dias efectuou para apurar a existência de pressões sobre os dois magistrados que investigam o caso Freeport, situação que levou a uma denúncia pública por parte do Sindicato dos Magistrados do Ministério Público, que avançou também com um pedido de audiência ao Presidente da República.

Depois de os três procuradores envolvidos na polémica terem mantido as respectivas posições durante o encontro que anteontem decorreu por iniciativa do procurador-geral, gorando assim a possibilidade de uma declaração conjunta, tal como pretendia Pinto Monteiro, este poderá colocar agora à consideração dos conselheiros a hipótese de avançar para o apuramento de responsabilidades através de inquérito disciplinar. Esta hipótese era já claramente admitida no comunicado emitido na terça-feira pelo procurador-geral, no qual se referia que as eventuais pressões sobre os magistrados titulares do processo estavam já a ser averiguadas "com vista à sua avaliação em sede disciplinar".

Lopes da Mota, o procurador-geral adjunto que preside actualmente ao Eurojust, fez já várias declarações públicas repudiando as suspeitas de que terá pressionado os responsáveis pelo inquérito, mas os dois procuradores, Paes Faria e Vitor Magalhães, reiteraram a ideia que nas conversas mantidas entre os três era claro o objectivo de os induzir ao arquivamento do processo na parte respeitante ao primeiro-ministro, José Sócrates, deixando pairar a ideia de que, não o fazendo, poderiam estar a comprometer o desenvolvimento futuro das suas carreiras.

Quando na terça-feira decidiu chamar a Lisboa o presidente do Eurojust, Pinto Monteiro convocou logo também, para hoje à tarde, uma reunião extraordinária do CSMP, com único ponto na ordem de trabalhos: caso Freeport. Na sequência dessa convocação, o conselheiro João Correia (um dos cinco membros indicados pela Assembleia da República) avançou com a proposta de que fossem chamados também os três magistrados, para serem ouvidos em separado. A iniciativa recolheu o apoio de apenas outros dois dos 19 conselheiros (Ricardo Rodrigues, deputado PS, e o procurador João Pena dos Reis), tendo ficado, assim, inviabilizada.

A maioria dos conselheiros terá argumentado que as audições exorbitavam as competências do CSMP, alertando que este órgão poderá vir a ser chamado a intervir como instância de recurso nos eventuais processos disciplinares que o assunto possa vir a originar. Outros invocaram também o risco de o conselho se converter numa espécie de comissão parlamentar de inquérito, ao arrepio da sua vocação estatutária.

Esta é a segunda vez que o caso Freeport motiva uma reunião do CSMP. No primeiro caso, a 9 de Fevereiro, tratou-se de analisar as polémicas geradas pelas fugas de informação e o facto de a investigação se arrastar desde 2004. Os conselheiros decidiram então que Pinto Monteiro deveria chamar a si a responsabilidade por todas as informações a prestar sobre o caso, devendo também ser elaborado um cronograma dos actos e iniciativas processuais já realizados, documento que ainda não foi dado aos conselheiros, não estando excluído que o seja hoje.

Entretanto, o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público ainda não teve resposta sobre o pedido de audiência que há uma semana solicitou ao Presidente da República. O PÚBLICO procurou saber se o assunto tinha sido já agendado, mas fonte oficial limitou-se a responder que os serviços da Presidência "não têm informação disponível sobre o assunto".


http://ultimahora.publico.clix.pt/notic ... idCanal=62


pressão =

s. f.
1. Acção de premer, de comprimir, de apertar.
2. Fig. Influência.
3. Violência, coacção.
4. Máquina de alta pressão: diz-se da máquina de vapor, em cuja caldeira o vapor é elevado a uma força elástica equivalente pelo menos a cinco atmosferas, em contraposição à máquina de baixa pressão, na qual a força elástica é inferior àquela.
5. Pressão atmosférica: efeito do peso da atmosfera sobre todos os corpos (aproximadamente de 110 quilogramas por decímetro quadrado).

É absolutamente vergonhoso o que se está a passar no nosso país, perdeu-se toda a vergonha, isto como diz o outro...a ser verdade, mas lá que existe muita fumaça lá isso existe :!:

Cumpt
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por charles » 5/4/2009 20:04

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só existe um lado do mercado, nem é o da subida nem o da descida, é o lado certo
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por charles » 5/4/2009 16:11

Casa Pia documentário TVI (5.ª parte, de 7). Emitido em 23.11.08. Duração total: + 47 minutos.


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Cumpt

só existe um lado do mercado, nem é o da subida nem o da descida, é o lado certo
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Ah grande Charles!!!!

por mcarvalho » 5/4/2009 16:00

com esta ajudáste-me a compreender a urgencia do casamento Gay... Se se zangarem pelo menos têm direitos ... à partilha, à reforma e ao subsídio de viuvez............Só não sei quem vai de branco e de ramo de laranjeira.. ou preferem tronco de laranjeira

abraço

mcarvalho

ps. os convidados já sei quem são :wink:

cito"
o socialista diz ter apoios "à esquerda e à direita, dentro e fora
 
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por tava3 » 5/4/2009 15:59

Já tinhas metido essa noticia, assim também parece martelada.

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por aefernandes » 5/4/2009 15:56

charles Escreveu:Como assim......

Almada: Paulo Pedroso formaliza candidatura com apoio de Sócrates
Enquanto candidato à Câmara de Almada, o socialista diz ter apoios "à esquerda e à direita, dentro e fora do PS".
13:45 Domingo, 5 de Abr de 2009


A candidatura de Paulo Pedroso é lançada no próximo domingo, pelas 16h00
Estela Silva/Lusa
O candidato socialista à presidência da Câmara Municipal de Almada, Paulo Pedroso, afirma ter apoios "à esquerda e à direita, dentro e fora do PS", nomeadamente do primeiro-ministro, para o seu projecto autárquico.

Afirmando que a sua candidatura "é a resposta a um desafio lançado pela direcção nacional e pela concelhia de Almada do Partido Socialista", Paulo Pedroso declarou à agência Lusa que o apoio de que desfruta não é sinónimo de um estatuto especial.

"Tanto quanto sei, o Partido Socialista está unido para o desafio autárquico e unido no que diz respeito a todos os candidatos", assinalou.

A candidatura será lançada no próximo domingo, pelas 16h00, na Sociedade Filarmónica Incrível Almadense, com a presença do coordenador nacional para as autarquias, Miranda Calha, e da secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino.

José Sócrates, "como não vai comparecer por estar numa cimeira em Praga, gravou uma mensagem em vídeo que será apresentada na altura e que contém uma mensagem muito forte, ilustrativa do seu empenho pessoal", garantiu Paulo Pedroso, acrescentando que "o mesmo sucede com o presidente da Câmara de Lisboa", António Costa.

O candidato socialista considera que, "35 anos depois, o modelo de gestão que Almada teve - com pessoas que deram o seu melhor - está esgotado" e é "o momento de preparar Almada para ser uma grande cidade do Sul do Tejo", sendo urgente "revogar o plano de mobilidade, que falhou, bem como investir nas acessibilidades dentro do concelho e apostar na segurança e na coesão social".

Paulo Pedroso contou ainda à Lusa que, há uma década, foi-lhe proposto candidatar-se à Câmara de Almada, o que recusou por não se sentir preparado.

"Hoje, pela experiência pessoal e política e pelo meu percurso, estou em condições de abraçar este projecto de futuro e contribuir para a realização da democracia ao nível local", afirmou, classificando a sua candidatura como "uma nova etapa" e "o maior desafio político" da sua vida.

"Se os cidadãos de Almada assim o entenderem, estou disposto a dedicar os próximos oito anos da minha vida a esse desafio", garantiu.


http://aeiou.expresso.pt/almada-paulo-p ... es=f507288

a foto do candidato, fixem este rosto, será o próximo presidente da câmara de Almada?

Lá se vão lixar os meninos dessa terra. é dar o dito e calar.
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