As UTILITIES (Gás, Água, Electricidade, Telcos, Infraestruturas (REN e a BRISA, quando havia), Serviços Públicos Universais (CTT ex-banco)) são acções com BETA menor que 1, quer isto dizer que tem volatilidade inferior ao mercado.
Isto acontece por razões intrinsecas ao sector de actividade em que se inserem, e, em Portugal, a partir da década de 90, também motivado pelo surgimento das entidades reguladoras, as quais, na realidade, em linguagem de mercado, não fazem mais que manter o BETA abaixo de 1.
Por isso é que se chamam acções defensivas, porque são aquelas que se escolhe quando se quer jogar á defesa.
Um dos principios orientadores quando se anda nos mercados, é estar mais exposto às subidas do que às descidas. A probabilidade de alguém acabar falido quando vão 100 pessoas ao casino, é de 1/100, mas a probabilidade de acabar falido algu´ém que vai 100 vezes ao casino é de 100%.
Em última análise só se deveria comprar mercados em BULL, e estar fora quando o mercado estiver BEAR.
Como o pessoal não se aguenta, para matar o bicho
, ou porque há objectivos para atingir, ou comissões para gerar, quando a coisa fica feia, brinca-se com as UTILITIES, que é sempre uma salvaguarda que se faz melhor que o mercado nas descidas.
Em sentido inverso, quando cheira a oportunidade, principalmente das faceis, o apetite por rentabilidades maiores aumenta, e saltamos para as acções de maior volatilidade, que permitem fazer melhor que o mercado nestas situações.
Convêm criar outro tipo de regras no seu método de investimento, para além desta, para estar mais exposto às subidas do que às descidas, principamente aquele tipo de método que não implica disciplina.
No meu caso, por exemplo, ordens de compra para valores abaixo do fecho, compro X (está a descer), mas se forem ordens de compra acima do fecho, compro 2X (está a subir), sendo 2X o dobro de X, garante-se automaticamente que se está a investir mais nas subidas.
Espero ter sido claro.
Sempre disponivel me subscrevo.
Saudações & Bons Neg´ócios