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Caldeirão da Bolsa

Jardim Gonçalves diz intervenção Estado nas empresas afasta

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Vejamos

por CyberNet » 1/3/2003 21:16

mafas:
... Mas não há hipócrisia boa e hipócrisia má!
Há HIPÓCRISIA!


Mas eu não falei em hipócrisia boa ou hipócrisia má!
Apenas disse que a hipócrisia é uma qualidade Administrativa!

E quando acontece o "venha a nós o vosso reino" está tudo bem!
Quando é "venha a vós o nosso reino" então o caso muda de figura!

Flying Turtle:
... mas o Eng JG não fazia parte do grupo de "ilustres gestores" que ainda há bem pouco tempo andavam a "pedir batatinhas" ao mesmo Estado, que agora acusa, para proteger os grupos económicos nacionais?


(...) aquilo que não percebo, e reconhecendo como ainda recentemente fiz os vários golpes de génio desse senhor, é esta aparente incongruência


Flying:
Isto é que é ser-se hipócrita! E não é incoerente, pelo contrário, é muito coerente e lógico (lógica da hipócrisia é mesmo essa). Claro que ele está a contar com alguma memória curta.
Para mim isto que se passa revela que os tempos não estão bons, e a tendência estrutural a longo prazo em Portugal é para perdermos a pouco e pouco o comboio.
Recuperamos nos periodos de recuperação mas menos do que os outros.
Nas crises, afundamos do mais que os outros.
Isto é estrutural.
A alternancia crise/abundância/crise é conjuntural!

E já para não falar que no tempo de Cavaco J.G. recorreu a fundos europeus para formação de recursos humanos do BCP - no valor de 1 milhão e 400 mil contos - e lembro-me do Pedro Arroja (Economista Ultra Liberal) na TSF, referir nas suas crónicas que o BCP era o banco que menos precisava desses fundos (fundo perdidos da UE), isto numa altura que já se falava das fraudes dos fundos europeus!
O sr. Jardim é um homem que se relaciona com o poder político, especialmente com uma Administração do PS. Com o PSD o caso não lhe é tão favorável, mas também não é negro! Isto tudo é uma mais valia para o Banco! O resto, são trocos... num país cujos interesses são as Telenovelas, os Big Brothers, os Futebois, as TV Guia e as Maria, há que saber ser-se inteligente e oportuno!
E J.G. é inteligente e oportuno (eu direi por mim que ele é sacana e canalha, mas isto também são qualidades Administrativas nos tempos que correm); como diz o provérbio: por detrás de uma grande fortuna há sempre um crime!
CyberNet
 

por Flying Turtle » 1/3/2003 20:16

... mas o Eng JG não fazia parte do grupo de "ilustres gestores" que ainda há bem pouco tempo andavam a "pedir batatinhas" ao mesmo Estado, que agora acusa, para proteger os grupos económicos nacionais?

Eu até estou de acordo com esta última postura, aquilo que não percebo, e reconhecendo como ainda recentemente fiz os vários golpes de génio desse senhor, é esta aparente incongruência que, desde há pouco mais de um ano, me faz pensar se ele não anda um tanto desnorteado, à procura do seu rumo... :?

Sinceramente, confesso alguma desilusão face à imagem que, durante anos, me habituei a ter dele. :(

Um abraço
FT
"Existo, logo penso" - António Damásio, "O Erro de Descartes"
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oki... oki...

por mafas » 1/3/2003 19:52

... Mas não há hipócrisia boa e hipócrisia má!
Há HIPÓCRISIA!
E este senhor tem-na... e muuiiiiiiiita.[/b]
mafas
 

O Senhor da Opus Dei sabe que...

por CyberNet » 1/3/2003 9:58

... a Hipócrisia é uma qualidade Administrativa, e qualquer Accionista a entende como uma mais-valia quando não é usada contra os Accionistas!

Sim porque se os fluxos forem de lá para cá, está tudo bem!
Quando esses fluxos são da cá para lá, sem qualquer perspectiva de retorno, a curto, a médio ou a longo prazo, então está tudo errado!

A Hipócrisia é um dos meios ao dispor do Administrador!
A Prática Administrativa encarrega-se de demostrar o que a Teoria Administrativa não aborda nos Cursos Académicos.

É a Escola da Vida!

:shock:
CyberNet
 

O Senhor Opus Dei falou e disse...

por mafas » 1/3/2003 5:15

... enfim é tamanha a promiscuidade entre o Estado e o grupo deste senhor, que espero que no futuro, não tenha de socorrer-se de uma decisão estatal para resolver os problemas financeiros do seu grupo.
mafas
 

É preciso separar a economia da política

por atomez » 1/3/2003 2:33

Tal como por alturas do Renascimento europeu e várias revoluções depois se verificou que a separação entre a Religião e a Política só trouxe vantagens para as sociedades (coisa que por exemplo os islâmicos ainda não perceberm), também agora se começa a perceber a vantagem de separar a Política da Economia.

O que se passou na ex-URSS e seus satélites, e mais recentemente no Japão e actualmente com a França e Alemanha são os melhores exemplos.
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por Ulisses Pereira » 28/2/2003 19:33

Finalmente que consigo estar de acordo com o Eng. Jardim Gonçalves em alguma coisa! :)

Um abraço,
Ulisses
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Jardim Gonçalves diz intervenção Estado nas empresas afasta

por TRSM » 28/2/2003 19:30

Jardim Gonçalves diz intervenção Estado nas empresas afasta investimento estrangeiro (act)

(actualiza com mais informação e declarações de Jardim Gonçalves)
A intervenção do Estado, representado pelo Governo, na vida das empresas nacionais, como a Portugal Telecom (PT) ou a Electricidade de Portugal (EDP), é contraproducente e afasta o investimento estrangeiro das grandes instituições em Portugal, lamentou hoje o presidente do Banco Comercial Português.

O banqueiro acusou o Governo de interferir na gestão de empresas nacionais onde o Estado ainda tem poder, como são os casos da operadora telefónica e da eléctrica, através de «golden shares» que lhe conferem o direito de vetar decisões estratégicas. O BCP detém 5% da EDP e já foi accionista da empresa liderada por Horta e Costa.

As críticas também foram direccionadas ao Estado através da sua função reguladora sobre essas mesmas empresas.

«Ainda há perturbações (a nível de intervenção estatal) em empresas como a PT e a EDP», afirmou Jardim Gonçalves, lembrando o caso da segunda fase de privatização da eléctrica em que a Oferta Pública de Venda (OPV) foi realizada no pressuposto de um tarifário anual que foi posteriormente revisto em baixa pelo regulador, afectando o valor da empresa e, consequentemente, os seus accionistas.

Portugal tem o investimento estrangeiro que merece
Este tipo de decisões, segundo Jardim Gonçalves, trava e afasta investidores institucionais estrangeiros em empresas nacionais.

«Não há investidores institucionais se o país não cumprir as regras» estipuladas pela livre concorrência e regulação isenta do Estado, afirmou aquele responsável, num seminário organizado pelo Fórum de Administradores de Empresas e cujo tema versava sobre o «Alargamento da União Europeia a Leste».

«Portugal não tem merecido ter investidores (estrangeiros) institucionais», reforçou a mesma fonte, dando como exemplo de afastamento dos estrangeiros, no caso mais recente que se prende com a complexidade do modelo de privatização da Portucel [PTCL].

O modelo de privatização para a pasteira e papeleira - que prevê entrada de um parceiro através de um aumento de 25% do capital e a venda de 15% directamente a investidores institucionais - tem sido criticado por empresas como a espanhola Ence e a finlandesa Stora Enso.

O Governo aprovou, no ano passado, a criação Agência Portuguesa para o Investimento (API), uma instituição que visa a captação do investimento directo estrangeiro em Portugal e vice-versa e que é liderada por Miguel Cadilhe, ex-ministro das Finanças e ex-administrador do grupo BCP.

Críticas estendem-se ao sector energético
As críticas do presidente do maior banco privado nacional estenderam-se à actuação do Governo - e dos responsáveis por si nomeados - no trabalho de definição de um modelo estratégico para o sector da energia - onde pontificam EDP e Galp Energia - e que resulta da preparação da introdução do mercado ibérico de energia – Mibel.

«Não se compreende que se fale de eventuais consolidações de empresas que estão cotadas em Bolsa», disse Jardim Gonçalves, aludindo aos cenários em estudo no sector por parte de João Talone, um ex-administrador do BCP e ex-presidente da Eureko, que abandonou o grupo em Dezembro de 2001 em ruptura com Jardim Gonçalves.

Algumas notícias na imprensa nacional e espanhola mencionaram a possibilidade da EDP [EDP] realizar uma fusão com a espanhola Unión Fenosa, que controla a Fenosa Gás, uma empresa que chegou a acordo recentemente com a ENI - segunda maior accionista da Galp com 33,34% do capital - para ser adquirida pela empresa de energia italiana.

O Governo mandatou João Talone para analisar as várias possibilidades dentro do sector com vista a uma maior integração ibérica, um trabalho que deverá ser apresentado ao Executivo no final de Março. O arranque do Mibel está previsto para o segundo semestre do ano.

Por Ricardo Domingos

2003/02/28 16:55:00
 
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