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Caldeirão da Bolsa

Bancos Portugueses Beira da Falência-BPP Falência Iminente..

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Açor3 » 31/1/2009 11:54

Ministério Público volta a investigar SIRESP


CARLOS RODRIGUES LIMA
Polémica. É mais uma decisão do governo em gestão de Pedro Santana Lopes: a adjudicação a um consórcio liderado pela Sociedade Lusa de Negócios do sistema de comunicações único para polícia e protecção civil. O caso foi arquivado, mas a procuradora Cândida Almeida está a ponderar a reabertura
O processo SIRESP, que diz respeito à adjudicação, em 2005 na recta final do governo de Santana Lopes, de um contrato para um sistema único de comunicações para polícias e serviços de emergência a um consórcio liderado pela Sociedade Lusa de Negócios foi chamado para o Departamento Central de Investigação e Acção Penal, confirmou ao DN a Procuradoria-Geral da República.

A reabertura do caso, que foi arquivado em Março de 2008, é uma hipótese em cima da mesa, tendo em conta alguma documentação apre-endida a José Oliveira Costa, ex-presidente do BPN, no âmbito da investigação a este caso. Para já, o gabinete de impresa da PGR apenas diz que o caso "está a ser analisado no contexto de todas as informações fornecidas até agora".

Este processo foi aberto em 2005. Apesar de estar fisicamente no Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa, o então procurador-geral da República, Souto Moura, nomeou directamente um magistrado para conduzir as investigações. José Azevedo Maia, procurador-geral adjunto da comarca de Vila Nova de Gaia, foi o escolhido, mas o magistrado limitou-se a fazer um primeiro despacho a delegar na Polícia Judiciária (PJ) a competência para investigar e o despacho final de arquivamento. Mais: com a entrada em vigor do novo Código do Processo Penal, em Setembro de 2007, teve que ser a coordenadora da 9.ª secção do DIAP, Teresa Almeida, a pedir a manutenção do segredo de justiça no processo.

Em causa está a adjudicação do contrato para o SIRESP (Sistema Integrado das Redes de Emergência e Segurança de Portugal) a um consórcio liderado pela Sociedade Lusa de Negócios, liderada, à época, por José Oliveira Costa. A decisão foi impulsionada por Daniel Sanches, o então ministro da Administração Interna, que, antes de entrar para o governo, foi quadro da SLN.

No inquérito, apesar de existir uma informação da PJ a dar conta de contradições entre um artigo de opinião de Daniel Sanches no jornal Público (no qual o antigo ministro negava ter ligações ao Grupo SLN, quando o organograma de algumas empresas demonstravam o contrário), aquele nunca foi ouvido, fosse como testemunha ou arguido. Já Oliveira Costa prestou declarações como arguido. Mas, vincou que todo o processo foi transparente, jurando a pés juntos não ter tido nenhuma conversa prévia à decisão com Daniel Sanches.

O então ministro da Administração Interna justificou a decisão, cujo despacho foi assinado três dias depois das eleições legislativas de Fevereiro de 2005, onde estava em causa um contrato no valor de 500 milhões de euros, com um parecer verbal de Mário Gomes Dias, actual vice-procurador geral da República, então auditor jurídico do Ministério da Administração Interna. Posteriormente, o Conselho Consultivo da Procuradoria Geral da República emitiu um parecer negativo. Isto é, aquela decisão não poderia ter sido tomada por um governo em gestão.

Aliás, na passada quinta-feira, em entrevista ao Expresso online, a procuradora Cândida Almeida referiu o caso do SIRESP como um exemplo de uma decisão que deveria estar proibida aos governos em gestão.

Com a entrada do Governo de José Sócrates, o Estado acabou por renegociar o contrato. Aos 500 milhões, António Costa ainda conseguiu subtrair 50. A eventual rea- bertura do caso poderá, segundo fonte judicial, relacionar-se com novos documentos apreendidos a Oliveira Costa no âmbito do caso BPN, que podem constituir "factos novos".|


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por Açor3 » 31/1/2009 2:01

SLN/BPN
Fernando Lima sucede a Cadilhe
Fernando Lima, ex-presidente da construtora Abrantina e da antiga Engil, irá suceder a Miguel Cadilhe na presidência da Sociedade Lusa de Negócios (SLN). O novo chairman só será confirmado na próxima segunda-feira, em reunião de accionistas, que, para além do novo conselho de administração, decidirá todos os órgãos sociais da futura SLN


Miguel Cadilhe comprometeu-se a continuar em funções até haver uma solução para a ex-dona do Banco Português de Negócios (BPN). A nova administração liderada por Fernando Lima terá a seu cargo a reestruturação do grupo.

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por Açor3 » 30/1/2009 21:23

sexta-feira, 30 de Janeiro de 2009 | 19:20

BPP: Operações entre entidades do Grupo feitas sem contrato


O Banco Privado Português (BPP) não formalizava, através de contratos, as operações realizadas entre entidades do Grupo e entidades relacionadas com este, segundo o relatório da Deloitte sobre o Grupo Privado Holding.


«Genericamente não se encontram formalizadas as operações realizadas entre entidades do Grupo e entidades relacionadas», refere o exame da Deloitte às contas do Grupo Privado Holding a 30 de Novembro de 2008.


«Não nos foram disponibilizados quaisquer contratos relativos ás operações de financiamento entre as entidades do grupo«, prossegue o relatório.


A empresa de auditoria explica que este foi o esclarecimento que obteve dos serviços do Banco Privado.


O relatório exclui do balanço, tal como solicitado à auditora pelos responsáveis da sociedade, o Banco Privado Português (BPP) e a lista de filiais e associadas com dados mais significativos são empresas de Private Equity e de imobiliário.


A situação financeira consolidada da Privado Holding, excluindo o banco, reportada no documento é de prejuízos de 247,8 milhões de euros, com 195 milhões de imparidades e amortizações relativos a investimentos em associadas.


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por Açor3 » 30/1/2009 15:00

Vaz Guedes pede auditoria para elaborar um plano para o BPP
Diogo Vaz Guedes, eleito hoje presidente do conselho de administração da Privado Holding, vai pedir uma auditoria para poder elaborar um novo plano para o Banco Privado Português (BPP).

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Maria João Soares
mjsoares@mediafin.pt


Diogo Vaz Guedes, eleito hoje presidente do conselho de administração da Privado Holding, vai pedir uma auditoria para poder elaborar um novo plano para o Banco Privado Português (BPP).

Após a assembleia geral (AG) de accionistas que decorreu hoje e que elegeu Vaz Guedes para a presidência da Privado Holding, o responsável afirmou que vai pedir uma auditoria para elaborar um novo plano para o BPP.

Vaz Guedes diz acreditar na viabilização do banco e mostrou um “enorme satisfação pela confiança atribuída pela AG” adiantando que, no entanto, este é “um grande desafio, nesta conjuntura, muito difícil e complexa.”

Posteriormente, Vaz Guedes irá convocar uma nova AG, onde deverá apresentar aos accionistas o novo plano de negócios do BPP.


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por Açor3 » 30/1/2009 14:30

Vaz Guedes eleito presidente do conselho de administração da Privado Holding


30/01/2009


Diogo Vaz Guedes foi eleito presidente do conselho de administração da Privado Holding, durante a assembleia geral de accionistas da empresa que decorreu hoje. O responsável conseguiu o apoio de 98% do capital social que estava representado na reunião.

O capital social representado na AG da Privado Holding foi de 89%, e 98% dessa fatia votou a favor da eleição de Diogo Vaz Guedes.

Além de Vaz Guedes, João Cotrim de Figueiredo foi eleito administrador-delegado da empresa.

Vaz Guedes disse que não desistiu, mas que não deixou de dizer o que pensava antes da votação. O responsável afirmou que quer uma nova vida para a empresa e que quer ter condições para poder gerir a empresa.




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por Açor3 » 30/1/2009 13:53

Investigações ao BPP
Pequeno accionista da Privado Holding constituído arguido
Um pequeno accionista da Privado Holding. Mário Sampaio, é até agora o único constituído arguido pelo Ministério Público no âmbito das investigações ao Banco Privado Português (BPP).

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Jornal de Negócios Online
negocios@mediafin.pt


Um pequeno accionista da Privado Holding. Mário Sampaio, é até agora o único constituído arguido pelo Ministério Público no âmbito das investigações ao Banco Privado Português (BPP).

A notícia é avançada pela edição online do Público, que dá conta que Mário Sampaio é um homem de inteira confiança de Rendeiro, estando ligado à Joma, a "holding" pessoal do antigo presidente do BPP

Os accionistas da Privado Holding reúnem esta tarde para deliberar sobre a eleição dos novos órgãos sociais da instituição. Diogo Vaz Guedes e João Cotrim Figueiredo lideram a administração candidata.


Jornal Negócios
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por Açor3 » 30/1/2009 12:35

sexta-feira, 30 de Janeiro de 2009 | 07:46 Imprimir Enviar por Email

Antigo presidente da Abrantina vai presidir à SLN -imprensa


Fernando Lima, antigo presidente da construtora Abrantina, vai substituir Miguel Cadilhe como chairman da Sociedade Lusa de Negócios (SLN), avança o Diário Económico desta sexta-feira.
O antigo dirigente da construtora Abrantina ficará com o legado da venda dos negócios da SLN.

O futuro presidente da SLN foi presidente da construtora Abrantina, entretanto comprada pelo grupo Lena, e presidente do grupo Engil, antes de este ser comprado pela Mota.

De acordo com o jornal, o advogado ainda estará a constituir o conselho de administração para a SLN.



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por JPtuga » 30/1/2009 12:34

Isto está a tornar-se um negócio caro...
Ora só nestas emissões de obrigações já lá vão 2 mil milhões de euros, ou 2 biliões de Euros só para o BPN.
E a pagar uma comissão baratinha, só 0,2%, menos que os outros bancos, mesmo a CGD, ele há certos luxos...
Uma pergunta,a divida das empresas publicas, como o é agora o BPN, é contabilizada como divida publica, ou é tratada separadamente?
 
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por Açor3 » 30/1/2009 12:20

CGD garante subscrição
BPN pode emitir mais de mil milhões de euros com pagamento de uma garantia de 0,2%
A Caixa Geral de Depósitos (CGD), em conjunto com o Banco Português de Negócios (BPN), preparou um programa de emissão de dívida no montante total de dois mil milhões de euros. A autorização para uma primeira emissão já foi concedida, hoje foi revelado que há uma nova autorização para uma emissão de mais de mil milhões de euros. A taxa a pagar pela garantia do Estado será de 0,2%, e não de 0,5%.

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Sara Antunes
saraantunes@mediafin.pt


A Caixa Geral de Depósitos (CGD), em conjunto com o Banco Português de Negócios (BPN), preparou um programa de emissão de dívida no montante total de dois mil milhões de euros. A autorização para uma primeira emissão já foi concedida, hoje foi revelado que há uma nova autorização para uma emissão de mais de mil milhões de euros. A taxa a pagar pela garantia do Estado será de 0,2%, e não de 0,5%.

A emissão do papel comercial tem a “garantia total de subscrição pela CGD” e destina-se “a assegurar o financiamento de todas as necessidades de tesouraria do BPN decorrentes das responsabilidades pecuniárias assumidas na sequência dos apoios de liquidez prestados pela CGD no contexto da nacionalização, bem como, nessa medida, a permitir o desenvolvimento da actividade bancária normal do BPN”, de acordo com o texto publicado em Diário da República.

O texto revela que a 31 de Dezembro de 2008, foi permitido “uma emissão, até ao montante de 815.000.000 euros, a realizar ao abrigo do referido Programa de Papel Comercial do BPN, beneficiar de garantia pessoal do Estado”.

Hoje, foi publicada uma nova autorização para a emissão dos restantes 1.185.000.000 euros.

Esta emissão será realizada pelo BPN e tem a garantia de subscrição da CGD.

A taxa de garantia foi fixada nos 0,2%, menos do que os 0,5% pagos pela banca no âmbito do programa disponibilizado pelo Estado.


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por Açor3 » 30/1/2009 12:11

BPP
"Parece-me uma belíssima equipa"
Maria Ana Barroso
30/01/09 10:56


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Collapse Comunidade
Partilhe: João Rendeiro (na foto) reiterou hoje o seu apoio à lista de Diogo Vaz Guedes para a liderança da Privado Holding. Os accionistas da sociedade que detém o BPP estão reunidos em Lisboa.

"Fico muito satisfeito que se tenha encontrado esta solução do Diogo Vaz Guedes", disse João Rendeiro à entrada da assembleia geral de accionistas da Privado Holding, que decorre no Hotel Dom Pedro, em Lisboa.

O antigo presidente do Banco Privado Português (BPP) lembrou que continua a ser o principal accionista da Privado Holding e que, por isso, irá "ajudar o Diogo e o próximo CEO [João Cotrim de Figueiredo] no sentido de fazerem o melhor trabalho possível".

Questionado sobre o comunicado emitido ontem por Diogo Vaz Guedes, onde diz recusar-se a liderar uma administração liquidatária, Rendeiro disse que compreende "perfeitamente" a posição do empresário. "Nenhum de nós quer isso", acrescentou.



Diário Económico
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por Açor3 » 30/1/2009 10:08

30 Janeiro 2009 - 00h30

Banca: Assembleia geral da privado holding decisiva para o futuro do banco
Buscas podem ditar o fim do BPP
As recentes buscas realizadas pela Polícia Judiciária e pelo Ministério Público ao Banco Privado Português (BPP) podem inviabilizar a sobrevivência da instituição financeira.




Ontem, em comunicado, assinado por Diogo Vaz Guedes e João Cotrim de Figueiredo, candidatos à presidência e vice-presidência da Privado Holding (sociedade que é dona do BPP) na Assembleia Geral (que se realizará hoje), aqueles responsáveis referem que a sua candidatura foi apresentada no "pressuposto muito claro de que haveria condições para, num quadro de médio e longo prazo, nos empenharmos totalmente na restauração da credibilidade do grupo e na resolução das situações existentes, em particular a viabilização do Banco Privado Português". De acordo com os mesmos responsáveis, "na eventualidade de se vir a verificar a impossibilidade de reunir tais condições, não estaremos disponíveis para nos constituirmos em entidades liquidatárias da instituição".

Este comunicado surge no mesmo dia em que, e pela primeira vez desde que o Estado interveio no BPP (em Novembro de 2008), os dois supervisores dos sistemas financeiros (Banco de Portugal e Comissão de Mercado de Valores Mobiliários) discutiram em conjunto o futuro da instituição.

Tratou-se de um encontro fundamental para decidir da viabilidade do BPP que passa, necessariamente, por uma nova injecção de liquidez, nunca inferior aos 300 milhões de euros (para além do aval de 450 milhões que já foi concedido pelo Estado), que permita ao banco pagar os activos de retorno absoluto que se vencem este ano.

Tal como o CM noticiou, a viabilidade do BPP terá de passar ainda por um aumento de capital que conta com a participação dos actuais accionistas da Privado Holding, que hoje se reúnem em assembleia geral. Desconhece-se a ordem de trabalhos desta reunião que deverá eleger Diogo Vaz Guedes para o cargo que era ocupado por João Rendeiro.

RAUL CAPELA NA PRIVADO E NA FUNDAÇÃO SOARES

O ex-presidente do Banif – Banco Internacional do Funchal, Raul Capela, é simultaneamente presidente do Conselho Fiscal da Privado Fundos – Sociedade Gestora de Fundos de Investimento, SA (sociedade que era presidida por João Rendeiro e que foi objecto de análise por parte dos peritos da CMVM para o Ministério Público) e membro do Conselho Fiscal da Fundação Mário Soares.

Recorde-se que Raul Capela foi ainda o mandatário financeiro da campanha de Mário Soares para a Presidência da República em 2006.

PORMENORES

BENS CONGELADOS

O Banco Privado Português tem uma autorização do Banco de Portugal para congelar os reembolsos ao seus clientes até que esteja completamente resolvida a sua situação financeira.

DIOGO VAZ GUEDES

O candidato à presidência da Privado Holding já disse que mantém inalterada a sua lista que inclui um elemento da anterior administração liderada por João Rendeiro.

Miguel Alexandre Ganhão

Correio Manhã
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por Açor3 » 30/1/2009 10:03

Investigações podem dificultar sucessão de Rendeiro na Privado Holding
As investigações a operações suspeitas realizadas pelo Banco Privado Português (BPP) durante a liderança de João Rendeiro poderão dificultar a eleição do novo conselho de administração da Privado Holding (PH), sociedade que detém a totalidade do BPP agendada para esta manhã.

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Maria João Babo
mbabo@mediafin.pt
Maria João Gago
mjgago@mediafin.pt


As investigações a operações suspeitas realizadas pelo Banco Privado Português (BPP) durante a liderança de João Rendeiro poderão dificultar a eleição do novo conselho de administração da Privado Holding (PH), sociedade que detém a totalidade do BPP agendada para esta manhã.



Apesar de Diogo Vaz Guedes, apontado como presidente, e João Cotrim de Figueiredo, escolhido para administrador-delegado, terem reafirmado ontem a sua disponibilidade para manter a sua candidatura na assembleia geral de hoje, é de admitir que possa surgir alguma contestação accionista a esta proposta, admitiram accionistas da PH contactados pelo Negócios.




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por Açor3 » 30/1/2009 10:02

Adiada escolha do sucessor de Migue Cadilhe
Os accionistas da Sociedade Lusa de Negócios (SLN) não terão chegado ontem a consenso quanto ao nome que lhes foi proposto para substituir Miguel Cadilhe na presidência da antiga proprietária do Banco Português de Negócios (BPN).

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Maria João Babo
mbabo@mediafin.pt
Pedro Ferreira Esteves
pesteves@mediafin.pt


Os accionistas da Sociedade Lusa de Negócios (SLN) não terão chegado ontem a consenso quanto ao nome que lhes foi proposto para substituir Miguel Cadilhe na presidência da antiga proprietária do Banco Português de Negócios (BPN).



O Negócios sabe que está prevista nova reunião de accionistas na próxima segunda-feira, encontro que se destina a tomar decisões quanto aos novos órgãos de gestão da sociedade. Por isso, não foi ontem que Miguel Cadilhe formalizou a renúncia ao cargo, até porque o ainda presidente da SLN aceitou sair da empresa apenas quando fosse encontrado o seu substituto.



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por Açor3 » 29/1/2009 18:18

Helena Garrido
Não há banqueiros, há supervisores
Helenagarrido@mediafin.pt

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Afinal os bancos também podem cair, abatidos pela ganância e invadidos por vigaristas. Esta é a realidade a que nos estamos a habituar desde há quase dois anos, abalados e desnorteados pelo facto de sabermos que o sistema bancário só funciona no actual modelo porque confiamos nele. O que nos pode e deve consolar é a actuação das autoridades e o facto de se estarem a descobrir as vigarices.


A busca incessante de culpados, pelo abalo que parece estar a destruir os alicerces do sistema bancário do mundo ocidental, é a imagem da nossa desorientação, cidadão comum e autoridades. Hoje, com uma grande violência, verificamos que nada nem ninguém tinha condições de proteger as nossas poupanças, se a elas tivessem acesso vigaristas. Como tiveram.

Tínhamos, afinal, na banca uma confiança quase próxima da fé. Sem nunca nos termos dado conta disso. Hoje temos consciência de que também toda a arquitectura da supervisão e regulação estava em grande parte alicerçada na confiança, fundada na carreira e no estatuto de quem dirigia os bancos.

Em Portugal vemos personalidades acima de qualquer suspeita, pelo que já tinham construído na vida, envolvidas em operações de legalidade no mínimo duvidosa, que puseram em causa poupanças, grandes ou pequenas, pouco importa, de quem confiou nelas. Nos Estados Unidos, onde tudo é sempre muito mais claro, vemos um ex-presidente da autoridade de supervisão da bolsa a liderar operações como as que em Portugal tivemos com a D. Branca, a dita “Banqueira do Povo”.

Como tudo o que acontece e em que não queremos acreditar buscamos culpados. A supervisão tem sido um dos alvos, em Portugal, numa dimensão de agressividade irracional - ou talvez não. Porque, se se pode compreender que um cidadão menos informado culpe o polícia porque foi roubado pela pessoa em quem mais confiava, já menos razoável é que personalidades bem informadas, que sabem bem como funciona o sistema, olhem para a supervisão como a grande responsável, a grande culpada.

Com os olhos do que já vimos nos últimos quase dois anos, é hoje claro que, mais importante do que todas as regras, o sistema bancário estava alicerçado na confiança que as autoridades tinham na capacidade e seriedade dos banqueiros. Não era qualquer um que chegava ao topo de uma instituição financeira. A sua carreira ou a sua história familiar, idónea e profissional, justificavam essa confiança das autoridades. E todo o sistema estava apoiado no pressuposto da seriedade de quem dirigia os bancos. Porque não existem sistemas de informação, em democracia e mercado livre, que tranquem as portas da vigarice.

O mais grave nesta crise bancária é a ferida que se abriu na confiança que tínhamos nos banqueiros e nos bancos. Não apenas nossa, cidadãos comuns, mas também das autoridades. Hoje nenhum supervisor pode confiar num banqueiro com base no quadro de referências que tinha no passado. E, mais grave ainda, sabe que não terá nunca, em democracia e com a banca em mãos privadas, meios para garantir que nada acontecerá a um banco.

A escolha é nossa. Se queremos liberdade e mercado, teremos de nos sujeitar aos riscos dessa opção. Ninguém será capaz de prevenir vigarices. Teremos de ser nós a escolher melhor o nosso banco, estando atentos à informação dos supervisores.

Os banqueiros, como os idealizávamos, podem estar em vias de extinção. Mas, até mais bem do que mal, há supervisores e há a justiça.

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por Açor3 » 29/1/2009 15:51

Alto quadro do BPP constituído arguido
Dinheiro aparece em contas 'off-shore'
00h30m
CARLOS VARELA E NUNO MIGUEL MAIA
Um elemento de topo do Banco Privado Português foi já constituído arguido na investigação da Polícia Judiciária e do DIAP de Lisboa ao BPP. Em causa estão avultadas transferências ilícitas para contas "off-shore".

A descoberta de indícios de transacções suspeitas surgiu após a entrada em funções da nova administração e referem-se ao período em que João Rendeiro era o "homem-forte" da instituição.

Em causa estará a utilização de contas em "off-shore" para desvio de fundos dando-lhes um destino diferente do normal. O processo, pendente no Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) do Ministério Público (MP) de Lisboa e na PJ, nasceu na sequência de uma participação do Banco de Portugal.

Suspeitas de crimes de branqueamento de capitais surgem associadas a este caso pela eventualidade de ao dinheiro, através de estratégias de dissimulação que irão agora ser investigadas pelas autoridades, ser dada uma aparência de proveniência não verdadeira. Os restantes crimes investigados são de burla qualificada e, eventualmente, falsificação de documentos. Ao que o JN apurou, o quadro do BPP já constituído arguido pelas autoridades está ligado, sob suspeita, a operações com o estrangeiro.

Confrontado com esta investigação, Vítor Constâncio afirma que a dimensão das irregularidades não é de molde a inviabilizar um plano de recuperação do BPP.

Fontes conhecedoras da situação no banco explicaram ao JN terem também sido detectados prejuízos nas contas do banco, antes das mudanças na administração, que não estavam reflectidas no balanço. A ideia seria reflectir esses prejuízos apenas no balanço do ano seguinte.

Por outro lado, entre pessoas próximas do banco e clientes afectados é ventilada a possibilidade de terem existido alegadas irregularidades associadas a transacções de arte, envolvendo a Fundação Elippse, sediada na Holanda e pertencente à Privado Holding, detentora do BPP. Fonte ligada ao banco, porém, nega ao JN que existam relações entre a Fundação e o BPP.

Processo distinto refere-se às queixas de clientes por alegada burla qualificada e está pendente no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP). Os depositantes queixam-se sobretudo de terem sido iludidos quanto à natureza do risco e garantia do capital de aplicações num produto estruturado do BPP - o "retorno absoluto".

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por Açor3 » 29/1/2009 13:14

Em Espanha
Dias Loureiro confirma que recomendou genro de Aznar para o BPN
Por Sara Ribeiro
O antigo administrador da Sociedade Lusa de Negócios (SLN), Dias Loureiro afirmou hoje que foi ele quem recomendou os nomes dos espanhóis Alexandre Agag e António Assuncion para o «pequeno escritório» que o BPN abriu em Espanha.

Dias Loureiro explicou na Audição Parlamentar que o BPN tencionava abrir uma representação em Madrid para «apoiar as empresas portuguesas que quisessem instalar-se em Espanha» e, por isso, lhe pediram para sugerir nomes. «Não tive nada a ver com o resto», disse.

«Sugeri essas duas pessoas, que estranhamente estiveram muito pouco tempo com o banco», afirmou o antigo ministro da Administração Interna de Cavaco Silva.

Questionado ainda pelo deputado Honório Novo, do PCP, sobre a compra de duas empresas de tecnologia em Porto Rico, contra o parecer de quadros da própria SLN, Dias Loureiro explicou que a própria aquisição das empresas foi decidida por Oliveira e Costa, mesmo depois desses pareceres.

Dias Loureiro afirmou ainda que a sua reunião com António Marta no Banco de Portugal, na qual terá alertado para problemas no modelo de gestão do BPN, disse que «foi a dois, não havendo outra testemunha da conversa».

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por Açor3 » 29/1/2009 10:18

Banco de Portugal e CMVM reúnem para avaliar futuro do BPP


29/01/2009


As investigações ao Banco Privado Português (BPP) estão hoje em destaque nos jornais nacionais. As notícias revelam que terão sido desviados 40 milhões de euros do banco através de “offshores”, que foi constituído arguido um alto quadro do banco, que a investigação está a ameaçar a viabilidade do BPP e que CMVM e Banco de Portugal vão reunir hoje para discutir o futuro da instituição financeira.

O “Jornal de Negócios” avança hoje que o BPP arrisca sanções do banco central. As operações realizadas pelo banco que estão a ser alvo de investigação no Ministério Público continuam a ser também averiguadas pelo Banco de Portugal (BdP) e pela Comissão de Mercados de Valores Mobiliários (CMVM) no quadro das suas competências.

O “Diário Económico” notícia hoje que Carlos Tavares, presidente da CMVM, e o governador do Bdp, Vitor Constâncio, vão reunir-se hoje para discutirem o futuro do BPP.

A reunião terá sido solicitada pelo governador do BdP, na terça-feira, na véspera de Carlos Tavares ter ido à Comissão de Orçamento e Finanças, e tem por objectivo discutir o Plano de Recuperação e Saneamento que foi entregue pela nova administração do BPP ao supervisor bancário, de acordo com o mesmo jornal.

O “Correio da Manhã” avança que terão sido desviados 40 milhões de euros dos cofres do BPP nos últimos anos através de “offshores”.

O jornal adianta que as autoridades tentam agora perceber quais os crimes que poderão estar na origem da saída do capital – para o estrangeiro ou para a Madeira – que poderão variar da fraude fiscal ao branqueamento, passando pelo crime de abuso de confiança ou mesmo burla.

O “Jornal de Notícias” revela na edição de hoje que um elemento de topo do BPP terá sido constituído arguido na investigação da Polícia Judiciária e do DIAP de Lisboa ao banco, sem adiantar de quem se trata.




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por Açor3 » 29/1/2009 10:05

Em causa reunião realizada em Abril de 2001
Caso BPN: António Marta volta a desmentir Dias Loureiro
28.01.2009 - 20h28
Por Lusa, PÚBLICO
Pedro Cunha (arquivo)

António Marta garante que Dias Loureiro queria saber o que levava o Banco de Portugal a fazer inspecções ao BPN
O antigo vice-governador do Banco de Portugal, ouvido hoje na comissão de inquérito ao caso do Banco Português de Negócios, voltou a contradizer Dias Loureiro, garantindo que, em 2001, o então administrador da holding proprietária do banco não o alertou para alegadas irregularidades, antes quis saber o porquê de o supervisor “fazer sistematicamente perguntas e inspecções” à instituição.

Dias Loureiro declarou ontem, que numa reunião em Abril de 2001, alertou António Marta (responsável pela supervisão bancária entre 1994 a 2006) para o “modelo de gestão” de Oliveira e Costa, presidente à altura do BPN e da SLN, dizendo que aquela forma de administrar o grupo o deixava “intranquilo”.

“Aquilo que ouvi de Dias Loureiro era o que já tinha ouvido de outras pessoas, que Oliveira e Costa se sentia perseguido pelo Banco de Portugal por já ter pertencido ao supervisor ou por ter um grupo de sucesso”, contou António Marta, esta tarde, na comissão parlamentar, repetindo as afirmações que fizera em Novembro, em reacção a uma entrevista dada pelo antigo ministro da Administração Interna à RTP.

“Não ouvi [de Dias Loureiro] qualquer preocupação da falta de actuação do Banco de Portugal face ao grupo SLN”, garantiu o antigo responsável, acrescentando que o antigo ministro quis saber “a razão pela qual o Banco de Portugal andava sistematicamente a fazer perguntas e inspecções ao BPN”.

António Marta, que confirmou não ter estado mais ninguém no encontro, disse que expôs, de forma reduzida, a Dias Loureiro as acções do Banco de Portugal sobre o BPN e a Sociedade Lusa de Negócios (SLN), que detinha o banco até à nacionalização em Novembro de 2008.

“Disse-lhe ainda que como administrador da SLN tinha todo o direito e o dever de pedir a informação, as actas e os relatórios que o Banco de Portugal tinha dirigido à SLN”, acrescentou António Marta, referindo estar “perfeitamente convencido” que Dias Loureiro se deslocou ao Banco de Portugal “como membro do conselho de administração da SLN e não a título pessoal, como ele referiu”.

Disponível para acareação

Em resposta a uma pergunta do deputado do CDS-PP, Nuno Melo, o antigo vice-governador disse estar disponível para uma acareação com Dias Loureiro se a comissão considerar tal iniciativa “imprescindível”. “Agora se me permitem a opinião, não vejo o valor acrescentado, a não ser que Dias Loureiro me insultasse, e ele não é pessoa para isso, ou que eu o insultasse a ele”.

Na sua intervenção, António Marta admitiu falhas na supervisão ao BPN, nomeadamente por não ter informado os accionistas representados no Conselho Superior da SLN. “Hoje, à luz do que se passou o supervisor teve uma falha. Eu poderia ter pedido uma reunião com Conselho Superior, mas não me lembrei”, explicou o responsável, revelando que em 2006 se reuniu com os conselhos de administração da SLN e do BPN, bem como com os auditores da instituição.


Jornal Publico
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por Açor3 » 29/1/2009 10:00

29 Janeiro 2009 - 02h00

Investigação: Buscas resultaram na constituição de um arguido
40 milhões desviados do Banco de Rendeiro
Quarenta milhões é o valor aproximado que o Banco de Portugal e a Comissão de Mercados de Valores Mobiliários (CMVM) apuraram ter saído nos últimos anos dos cofres do Banco Privado Português (BPP), fundado por João Rendeiro, com direcção a offshores. As autoridades tentam agora perceber quais os crimes que poderão estar na origem da saída do capital – para o estrangeiro ou para a Madeira – que poderão variar da fraude fiscal ao branqueamento,

Correio Manhã
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por Açor3 » 29/1/2009 9:58

Investigação judicial ameaça viabilidade do BPP


LICÍNIO LIMA
Banca. O risco de ruptura financeira do Banco Privado Português (BPP) é agora maior depois das buscas judiciárias de que foi alvo na terça-feira, realizados pelo Departamento de Investigação e Acção Penal de Lisboa. Os indícios de crime colocam todos os cenários em aberto, incluindo o da liquidação
A viabilidade do Banco Privado Português (BPP) pode estar em risco, depois das buscas de que foi alvo na terça-feira, realizadas pelo Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) de Lisboa. Segundo as fontes do DN, a nova administração da entidade bancária já tinha apresentado ao Banco de Portugal um plano de viabilização. Mas este pode agora gorar--se com as suspeições de alegados crimes de branqueamento de capitais, de abuso de confiança e de falsificação de documentos que terão sido ali praticados.

"Todos os cenários estão em aberto, incluindo a liquidação", admite fonte conhecedora do processo. As autoridades judiciárias, com o apoio de peritos da Comissão de Mercados de Valores Mobiliários (CMVM), estiveram durante 12 horas a ver computadores e documentos na sede do BPP em Lisboa, que depois apreenderam. As buscas alargaram-se ainda a outras zonas da Grande Lisboa, nomeadamente em escritórios e a uma residência particular. Ninguém foi, por enquanto, constituído arguido. Contudo, o DIAP deverá ouvir nos próximos dias membros da antiga e da nova administração.

Em causa estarão transferências irregulares de dinheiro para sociedades offshore, algumas localizadas na Suíça, assim como investimentos em mercados de capitais que não eram declarados nas contas do banco e, ainda, algumas operações que indiciam manipulação do mercado. "Eventuais crimes que não têm a dimensão do que se passou no BCP ou no BPN, mas que não deixam de constituir ilícitos penalmente puníveis", disse uma fonte bancária. A intervenção do DIAP resultou de queixas apresentadas pela CMVM e pelo Banco de Portugal relativas a alegados ilícitos praticados em 2008, ainda antes da intervenção financeira ocorrida em Novembro, que incluiu um empréstimo de 450 milhões de euros dados por seis instituições bancárias com garantia do Estado. Desde aquela intervenção que uma equipa de peritos da CMVM têm acompanhado, em permanência, a gestão do BPP, ao mesmo tempo que a Deloit realizava uma auditoria às contas a pedido de Adão da Fonseca, presidente do banco (substituiu João Rendeiro).

Nenhum perito do Banco de Portugal acompanhou as buscas realizadas na terça-feira, soube o DN.

Entretanto, João Rendeiro já tinha apresentado um plano de viabilidade cuja aprovação cabe ao Tesouro. Mas os indícios de crimes agora levantados poderão abalar a confiança. O DIAP continua a investigar, a par do Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), tal como ontem noticiou o DN. |


Diário Noticias
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por Açor3 » 29/1/2009 9:53

Banca na mira da Justiça
BPP arrisca sanções do banco central
O caso que deu origem às buscas do Ministério Público no BPP está igualmente em investigação no Banco de Portugal e na CMVM. Nas duas autoridades de supervisão, o banco arrisca uma contra-ordenação muito grave.

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Maria João Gago
mjgago@mediafin.pt
Helena Garrido
Helenagarrido@mediafin.pt
Pedro Ferreira Esteves
pesteves@mediafin.pt


O caso que deu origem às buscas do Ministério Público no BPP está igualmente em investigação no Banco de Portugal e na CMVM. Nas duas autoridades de supervisão, o banco arrisca uma contra-ordenação muito grave.

Pelo que se conhece até agora, as operações em causa são de dimensão reduzida. Do ponto de vista económico-financeiro, não ameaçam o futuro do banco.



Jornal Negócios
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por Açor3 » 28/1/2009 21:01

António Marta
"BdP não se pode dar ao luxo de atirar uma bomba atómica"
António Marta, ex-vice-governador do Banco de Portugal, considera que o regulador antes de tomar certas atitudes tem de ter a certeza de que um banco está com problemas. BdP não se pode dar ao luxo de atirar uma bomba atómica sem ter um respaldo por trás , porque poderá colocar em risco uma instituição e os depositantes.

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Patrícia Abreu
pabreu@mediafin.pt


António Marta, ex-vice-governador do Banco de Portugal, considera que o regulador antes de tomar certas atitudes tem de ter a certeza de que um banco está com problemas. “BdP não se pode dar ao luxo de atirar uma bomba atómica sem ter um respaldo por trás”, porque poderá colocar em risco uma instituição e os depositantes.

Na comissão de inquérito sobre o caso BPN, António Marta, considera que é preciso ter a certeza de que se passam práticas menos próprias para se lançar uma “bomba atómica” sobre um banco e acrescenta “assisti a duas falências e é uma corrida aos depósitos, é uma situação de pânico.”

“Qualquer atitude que possa alarmar os depositantes, tem uma consequência nesse banco, que vai passar uma crise de liquidez.” Além dessa crise de liquidez, António Marta salienta que mesmo que se trate de um banco pequeno e sem expressão sistémica, os problemas que o possam envolver podem adquirir uma expressão sistémica, porque todos os outros vão pensar que o mesmo lhes pode acontecer.

“Gostava de dizer que o regime das instituições de crédito está bem feito do ponto de vista abstracto. Tem coerência”, deixando em aberto a funcionalidade do “ponto de vista concreto.”

Quanto a processos de contra-ordenação contra o BNP, António Marta disse que "não tenho memória" e quando questionado porque nunca propôs que fosse instaurado um processo disse que nunca o fez por pensar “que era mais pragmático que BdP continuasse com metodologia que estava a seguir”. Ou seja, pedindo informação à empresa e quando esta não chegava volta a pedir mais detalhes.

“Os pedidos de esclarecimento têm de ser entendidos numa situação dinâmica. Todos os pedidos eram respondidos. Muitas vezes não ficava esclarecido com resposta e dava origem a novos pedidos esclarecimento. Nunca o BPN deixou de responder aos pedidos de esclarecimento, mas não o fazia de forma suficiente para esclarecer o BdP”, explicou o responsável

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por Açor3 » 28/1/2009 19:55

Pedro Santos Guerreiro
Banco Privado, caso de polícia
psg@mediafin.pt

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Depois de vários meses de economia, é agora a justiça que domina as aberturas dos telejornais. Mas, sintomaticamente, os protagonistas não mudaram: são os bancos.


O Banco Privado Português passou oficialmente a ser um caso de polícia. As buscas de ontem colocaram o processo numa prateleira próxima da do Banco Português de Negócios e mostram indícios de que as suspeitas que recaem sobre João Rendeiro não são apenas de má gestão, que afectou somente os accionistas, como o próprio já escreveu num artigo de opinião no "Expresso", onde exerceu o direito de auto-vitimização a que tem direito.

Os accionistas do BPP já foram prejudicados, claro. E sê-lo-ão ainda mais, como acontece em processos de insolvência. Acontece que muitos accionistas eram também dos principais clientes e, nessa condição, não perderão todos os seus investimentos. No fim da cadeia alimentar fazem fila os demais clientes, pequenas fortunas e aforros de "investimento garantido", que desconhecem ainda que retorno terão. Podem, no entanto, contar com prejuízo: o banco está em liquidação, ainda que controlada, e não há activos que valham o necessário para cobrir tudo.

Nos próximos meses saberemos mais pormenores sobre este caso de destruição no BPP, se é verdade que o dinheiro de clientes foi usado para financiar outros propósitos do banco, se houve ou não contabilidade fantasma, se desapareceu dinheiro para parte incerta. O que já parece claro é que, mais uma vez, as sociedades com sede em "offshores" são o meio através do qual as práticas suspeitas de crime são cometidas. Assim havia sido no BCP e no BPN: a lavagem de dinheiro, a fuga ao fisco, a simulação de procura de acções criam nestes paraísos o inferno das economias.

É aqui que a hipocrisia das autoridades mais moralistas que moralizadoras se revela. A crise financeira não deixa dúvidas quanto ao perigo que os "offshores" representam para o mundo dos negócios e não falta quem lhes aponte o dedo. Mas sob o óptimo pretexto de que não se pode mudar o mundo sozinho, os "offshores" subsistirão, como garantia de que os mecanismos de controlo mudarão muito mas o sistema financeiro evoluirá pouco.

O sistema financeiro tem revelado ao mundo a pior face do homem. Investidores enganados por esquemas piramidais gigantes e por falsos depósitos garantidos; banqueiros despedidos com prémios indecorosos, que transferem património para as mulheres, de quem se divorciam nas vésperas de julgamento; gestores que manipularam valor ou esconderam riscos em fraudes à escalda global. As suspeitas que recaem sobre o BPP só engrossam as razões para a suspeita pública sobre o sistema financeiro. Há, percebemos agora, razões para a palavra "bancarrota" começar por "banca".

PS: nos últimos dias, a lista de despedimentos em todo o mundo não pára de crescer. Em Portugal também não, com falências, demissões e, aceite-se o eufemismo, "emagre ci mentos". Nestes dias, a excepção vale muito: o compromisso da Autoeuropa de que não despedirá trabalhadores é uma notícia excelente. O mérito é inteirinho de quem lá trabalha e de quem lá gere. Sem mãos estendidas.

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por Açor3 » 28/1/2009 19:54

Camilo Lourenço
Banco de Portugal: cada cavadela
camilolourenco@gmail.com

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Pedro Duarte Neves, vice-governador do Banco de Portugal, disse ontem no Parlamento que o BPN "mereceu sempre atenção muito próxima da supervisão". Depois de tudo o que se passou, e do que vamos sabendo das contas da instituição (cujos prejuízos, como aqui se previu, são superiores ao que as autoridades suspeitavam ), não se percebe esta atitude.


Porque o raciocínio a fazer, ao ouvir o vice-governador, é: "Então é este o resultado de um acompanhamento ‘próximo’"? Se é, como se depreende das suas palavras (e do que Constâncio já havia dito na mesma comissão), o caso é preocupante. Porque confirma o desnorte em que se encontra o banco central.

As declarações de Duarte Neves são preocupantes. Porque podem funcionar como encorajamento a novos prevaricadores. Pois se até com "atenção muito próxima da supervisão" não se detectou a pouca vergonha que era a gestão do BPN…

Nada tenho contra o vice-governador nem contra o governador (que havia dito coisa parecida na comissão), um excelente macroeconomista. Mas impunha-se que depois do que se passou, reconhecessem o mau trabalho da supervisão do banco central no BPN (espera-se que não haja mais…).

Pensando bem talvez não seja má ideia retirar a supervisão da alçada do Banco de Portugal. Porque se a história se repetir, ainda vamos ouvir os mesmos responsáveis reiterarem a confiança na supervisão. Certamente cheia das melhores intenções.

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por Açor3 » 28/1/2009 19:49

António Marta teve centenas de conversas com ex-presidente
BPN: «Banco era um mero instrumento para Oliveira e Costa»
2009/01/28 18:26Rui Pedro VieiraAAAA
Antigo vice-governador do Banco de Portugal diz que, até à sua saída da supervisão, o banco sempre cumpriu rácio de solvabilidade de 9%
O vice-governador do Banco de Portugal (BdP) até 2006, António Marta, contou esta quarta-feira no Parlamento, que teve «centenas de conversas» com o então presidente do BPN, Oliveira e Costa.

«O dr. Oliveira e Costa, com quem eu tive centenas de conversas escritas e telefónicas, dizia que já não tinha muito tempo para desenvolver um banco. O banco era um mero instrumento e ia tornar-se num grande grupo», respondeu no âmbito da comissão de Orçamento e Finanças.

«Esta pressa de querer aumentar o banco sem ter a estrutura suficientemente implementada dá confusões, como veio a verificar-se», acrescentou.

Sobre Oliveira e Costa, António Marta disse ter a impressão de ser uma pessoa «muito inteligente e empreendedora», mas, no seu entender, o BPN esteve em «escrutínio muito aceso», logo desde a sua compra em 1998.

De acordo com o antigo responsável pela supervisão bancária, logo nesse ano houve uma inspecção que detectou que o banco tinha insuficiências.

«O controlo não funcionava. Os dossiês de crédito não estavam suficientemente preenchidos. Havia falhas graves na informática», sublinhou António Marta aos deputados.

Por outro lado, o ex-vice-governador do BdP sublinhou que o BPN detinha excesso de participações em empresas não financeiras, levantando dúvidas, dada a regra de que nenhuma instituição de crédito pode deter mais do que 25 por cento do capital de empresas não financeiras.

Compras arriscadas

Além disso, António Marta avançou que a Sociedade Lusa de Negócios (SLN) continuou a fazer compras muito diferentes do sector bancário que, do ponto de vista de supervisão bancária, eram um risco.

No ano de 2000, a 17 de Julho, e para responder às suspeitas de irregularidades, o Banco de Portugal impôs, quer em termos consolidados ou individuais, que o BPN tivesse um rácio de solvabilidade de 9%, quando a lei forçava apenas a um rácio de 8%.

«Quando saí o rácio de solvabilidade nunca foi abaixo de 9%. Se havia uma obrigação que era cumprida pelo BPN, era essa. Como? Através dos grandes aumentos de capital. E o capital é o recurso mais caro para uma instituição», explicou.

No ano seguinte, o BdP enviou um relatório ao BPN em que referia que muitas das disposições do BPN ainda não estavam implementadas.

«A inspecção tinha como objectivo ver se tudo aquilo que tinha sido determinado pelo BdP tinha sido cumprido», disse António Marta para justificar as fiscalizações.

Além disso, o ex-vice-governador do Banco de Portugal sublinhou que, desde 2002 a 2007, a SLN através de aumentos de capital, através de empréstimos subordinados e da não distribuição de dividendos, aumentou o capital em 500 milhões de euros.

IOL
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