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Caldeirão da Bolsa

Bancos Portugueses Beira da Falência-BPP Falência Iminente..

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Açor3 » 15/11/2008 10:50

Informação do presidente do banco público, Faria de Oliveira
CGD injectou desde Setembro mais de 800 milhões de euros no BPN
14.11.2008 - 15h38
Por Lusa, PÚBLICO
Carlos Lopes (arquivo)

Faria de Oliveira diz que reforço no capital do BPN não irá interferir “nos resultados" da CGD, mas poderá afectar o rácio de capital Tier 1
A CGD já injectou mais de 800 milhões de euros desde Setembro no Banco Português de Negócios (BPN), revelou hoje o presidente do banco público, valor que corresponde às insuficiências financeiras detectadas nas investigações levadas a cabo pelo Banco de Portugal. Faria de Oliveira defendeu ainda a reestruturação e posterior venda a privados do BPN.

"Os reforços de liquidez hoje ultrapassam os 800 milhões de euros", disse Fernando Faria de Oliveira, em declarações aos jornalistas, à margem da Conferência sobre "Financiamentos da Economia: Oportunidades e Parcerias no contexto Actual", na Culturgest, em Lisboa.

O Governo decidiu no início de Novembro nacionalizar o Banco Português de Negócios (BPN), depois de terem sido detectadas perdas que foram avaliadas em 700 milhões de euros na instituição financeira, actualmente liderada por Miguel Cadilhe.

O presidente da CGD explicou que, depois da nacionalização do BPN e da sua entrega à gestão da CGD, a instituição tem agora dois meses para apresentar uma de três soluções ao Governo: a privatização, a venda de parte dos activos ao sector privado e, "se for impossível" as situações anteriores, integrar o banco na CGD. "Estão as três situações em aberto", acrescentou Faria de Oliveira, notando que a primeira solução "seria a ideal".

Questionado sobre o impacto nas contas da CGD desta injecção de liquidez, Faria de Oliveira disse que essa operação "não interferirá nos resultados", admitindo, contudo, que pode afectar o rácio de capital Tier 1 (fundos próprios de base face aos activos ponderados pelo risco).

O presidente do banco público notou ainda que apesar da ajuda que tem dado ao BPN, a CGD continua a ter um plano de investimentos em Angola e no Brasil e que ainda está interessada numa "eventual aquisição em Espanha".

Em resposta à pergunta se a CGD está em condições de ajudar um outro banco que possa eventualmente estar em dificuldades, Faria de Oliveira limitou-se a responder: "não antevemos que tal aconteça".
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por Açor3 » 15/11/2008 10:46

BPN
Nacionalização vai custar perto de 1.500 milhões
Por Luís Reis Ribeiro Com Mariana Adam
A nacionalização do BPN irá custar ao Estado muito mais do que o previsto, podendo aproximar-se dos 1.500 milhões de euros, contra os 700 anunciados. Entretanto, o SOL revela o relatório de uma auditoria pedida por Miguel Cadilhe onde há fortes suspeitas da lavagem de dinheiro através de Cabo Verde



Os prejuízos do Banco Português de Negócios (BPN) deverão ser muito maiores do que diz o Governo.

Ou seja, o ‘fardo’ que os contribuintes terão de suportar com a nacionalização do BPN deverá ser superior aos 700 milhões de euros até agora apurados como prejuízos directos das alegadas fraudes cometidas durante a gestão liderada por José Oliveira e Costa, apurou o SOL junto de fontes ligadas ao BPN, bem como de outros especialistas. Há quem estime perdas superiores a mil milhões de euros.

Riscos imobiliários

«A CGD [que absorveu o banco na sequência da nacionalização] vai ter de assegurar muitos compromissos financeiros do BPN. Ora, esses montantes não estão totalmente apurados», alerta uma fonte do próprio BPN. O prejuízo final é, pois, um número ainda em aberto e que só será conhecido depois de terminadas as investigações contabilísticas e judiciais.
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por Açor3 » 15/11/2008 10:34

Cavaco sem razões para questionar o seu lugar no Conselho de Estado
Dias Loureiro pede para ser ouvido no Parlamento sobre caso BPN
14.11.2008 - 19h55
Por Lusa
Luís Ramos (arquivo)

O responsável é ex-administrador da "holding" que controla o banco
O ex-ministro da Administração Interna, Manuel Dias Loureiro, enviou uma carta à Assembleia da República, onde pede para ser ouvido no âmbito das irregularidades detectadas no Banco Português de Negócios (BPN).O pedido foi dirigido ao presidente da Assembleia da República, Jaime Gama, que o encaminhou para a comissão parlamentar de Orçamento e Finanças, que agora terá de o apreciar, confirmou o presidente desta comissão, Jorge Neto.

Dias Loureiro foi administrador-executivo da Sociedade Lusa de Negócios, detentora do BPN, entre Dezembro de 2001 e Setembro 2002 e administrador não-executivo até 2005. Recentemente, o PS chumbou um pedido do Bloco de Esquerda, onde solicitava a audição de vários ex-gestores (entre eles Dias Loureiro) e de Miguel Cadilhe, o presidente à data da nacionalização do banco.

O Presidente da República, Cavaco Silva, afirmou hoje que não vê razões para se questionar a continuação no Conselho de Estado de Dias Loureiro. "Não posso fazer qualquer afirmação sobre um assunto que não conheço suficientemente. Não vejo sequer razão até para me ser feita essa pergunta", afirmou Cavaco Silva depois de ter sido questionado sobre se mantém a confiança em Dias Loureiro como conselheiro de Estado por o seu nome aparecer associado ao caso BPN.

Operações clandestinas

A 3 de Novembro, dias depois da nacionalização do BPN, o antigo ministro e ex-secretário-geral do PSD garantiu desconhecer quaisquer irregularidades que tenham sido cometidas pela anterior gestão do banco. "Não sei de nada sobre a nacionalização do Banco Português de Negócios, nem nunca tive conhecimento de problemas relacionados com o BPN", garantiu ex-administrador da “holding” que controla o BPN.

Segundo o governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, a anterior gestão do BPN, liderada por Oliveira e Costa, fez "um conjunto vasto de operações clandestinas que não estavam registadas em nenhuma entidade do grupo" envolvendo "centenas de milhões de euros". Estas operações levaram a perdas de cerca de 700 milhões de euros, as quais, associadas à crise financeira internacional, conduziram a uma situação de falência iminente do banco, pelo que o Governo anunciou a sua nacionalização. Dias Loureiro chegou a ser um dos rostos mais visíveis do grupo SLN/BPN, durante a gestão de Oliveira e Costa.

O Conselho de Estado é o órgão político de consulta do Presidente da República e é composto pelo presidente da Assembleia da República, primeiro-ministro, presidente do Tribunal Constitucional, provedor de Justiça, e pelos presidentes dos Governos Regionais.

O órgão inclui, ainda, os antigos Presidentes da República eleitos na vigência da Constituição que não tenham sido destituídos do cargo, cinco cidadãos designados pelo Presidente da República pelo período correspondente à duração do seu mandato e cinco cidadãos eleitos pela Assembleia da República, de harmonia com o princípio da representação proporcional, pelo período correspondente à duração da legislatura.
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por Açor3 » 14/11/2008 18:15

Garante confiar no trabalho das autoridades
Ministro não está surpreendido com notícias à volta do BPN
2008/11/14 16:58Sónia Peres PintoAAAA
Aguarda proposta de negócio por parte da nova administração
O ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, não se mostrou surpreendido com as várias notícias que têm vindo a público à volta do BPN.

«Não é uma surpresa, quando o Estado decidiu intervir da forma que interveio, através da nacionalização, tinha consciência da situação séria que a instituição enfrentava e dos riscos que representava para os depositantes», alerta o Governante à margem da assinatura de um protocolo entre o Estado, CGD e Banco Europeu de Investimentos (BEI).

O responsável diz, no entanto, está em condições de as comentar e que essas irão merecer a atenção das autoridades que estão a investigar um conjunto de irregularidades. «Confio no trabalho que as autoridades farão», alerta.

Teixeira dos Santos acrescenta ainda que está à espera da proposta de negócio, por parte da nova administração, que tem 60 dias para a apresentar.
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por mfsr1980 » 14/11/2008 17:46

e o BCP? Também vai fechar as portas? :(
A cotação não engana :shame:
 
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por Açor3 » 14/11/2008 16:05

Presidente do BPN admite vender a Real Vida Seguros e o Banco de Investimento
O presidente do BPN admite vender a Real Vida e o Banco de Investimento, revelou o responsável à margem do seminário "Financiamentos da Economia: Oportunidades e Parcerias no contexto actual".

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Maria João Gago
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O presidente do BPN admite vender a Real Vida e o Banco de Investimento, revelou o responsável à margem do seminário "Financiamentos da Economia: Oportunidades e Parcerias no contexto actual".

Francisco Bandeira admite vender a Real Vida Seguros e o Banco Efisa “mas não estou a analisar nenhuma proposta”.

“Há áreas do BPN distintas do negócio “core” mais susceptíveis de serem vendidas, que é a Real Vida e o Banco de Invstimento”, acrescentou o responsável.

O Banco Efisa, operação de banca de investimento do Banco Português de Negócios (BPN), registou prejuízos de 7,75 milhões de euros no final de Setembro.
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não é rumor

por GilbertoGil » 14/11/2008 15:13

SMALL2007 Escreveu:Finicrédito é o braço financeiro automóvel e de crédito pessoal do FINIBANCO.

A notícia é um rumor mas não deve estar longe da verdade.

Entretanto, naquela 1º listagem que andamos a ver no início deste tema, O BPN já rolou.

Eu teria algum cuidado com o eixo FINIBANCO - BANIF

O 2º deve estar mauzito (por piada foi de onde saiu há anos o OLIVEIRA COSTA) e o BANIF que sempre foi um banco bem e seriamente gerido, anda à rasca de liquidez, mas á rasca à rasca, e tem um boa posição no FINIBANCO...onde tem ou terá que ir ao aumento de capital.

Os outros já sairam nas notícias...o Banco mais, a sofinloc, a COFIDIS sem tusto até fechou as portas umas semanas, o do alves ribeiro, etc...tudo a apertar a cueca.



um colega meu, que ainda trabalha lá, sai no fim do mês por a empresa fechar portas.
 
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por Açor3 » 14/11/2008 15:08

BPN: CGD já injectou mais de 800 milhões de euros no BPN desde Setembro
14 de Novembro de 2008, 13:16

Lisboa, 14 Nov (Lusa) - A CGD já injectou mais de 800 milhões euros desde Setembro no BPN revelou hoje o presidente do banco público português.

"Os reforços de liquidez hoje ultrapassam os 800 milhões de euros", disse Fernando Faria de Oliveira em declarações aos jornalistas à margem da Conferência sobre "Financiamentos da Economia: Oportunidades e Parcerias no contexto Actual, na Culturgest, em Lisboa.

O governo decidiu no início de Novembro nacionalizar o Banco Português de Negócios (BPN), depois de terem sido detectadas perdas de 700 milhões de euros na instituição financeira.
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por SMALL2007 » 14/11/2008 14:54

Finicrédito é o braço financeiro automóvel e de crédito pessoal do FINIBANCO.

A notícia é um rumor mas não deve estar longe da verdade.

Entretanto, naquela 1º listagem que andamos a ver no início deste tema, O BPN já rolou.

Eu teria algum cuidado com o eixo FINIBANCO - BANIF

O 2º deve estar mauzito (por piada foi de onde saiu há anos o OLIVEIRA COSTA) e o BANIF que sempre foi um banco bem e seriamente gerido, anda à rasca de liquidez, mas á rasca à rasca, e tem um boa posição no FINIBANCO...onde tem ou terá que ir ao aumento de capital.

Os outros já sairam nas notícias...o Banco mais, a sofinloc, a COFIDIS sem tusto até fechou as portas umas semanas, o do alves ribeiro, etc...tudo a apertar a cueca.
Cumprimentos,
SMALL
 
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Re: Finibanco Fecha Finicrédito

por pedrom » 14/11/2008 14:30

GilbertoGil Escreveu:funcionários do Finicrédito vão para casa no fim deste mês.


Estamos a falar de quantas pessoas?
De que vale a pena correr quando estamos na estrada errada?
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por pedrom » 14/11/2008 14:19

Açor3 Escreveu:Finanças
Situação do banco está em análise
Faria de oliveira defende reprivatização do BPN
2008/11/14 12:10Sónia Peres PintoAAAA
Várias soluções em cima da mesa
Para o presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD) a melhor solução para o Banco Português de Negócios (BPN) passa pela a sua reprivatização.

À margem da assinatura de um protocolo entre o Estado, CGD e Banco Europeu de Investimentos (BEI), o líder do banco público disse ainda que neste momento a situação do BPN está em análise.

«Há várias soluções em cima da mesa, mas não há nada ainda em concreto», sustentou.


Ora toma lá
Ora dá cá
:mrgreen:
De que vale a pena correr quando estamos na estrada errada?
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Finibanco Fecha Finicrédito

por GilbertoGil » 14/11/2008 13:33

funcionários do Finicrédito vão para casa no fim deste mês.
 
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por Açor3 » 14/11/2008 13:28

Finanças
Situação do banco está em análise
Faria de oliveira defende reprivatização do BPN
2008/11/14 12:10Sónia Peres PintoAAAA
Várias soluções em cima da mesa
Para o presidente da Caixa Geral de Depósitos (CGD) a melhor solução para o Banco Português de Negócios (BPN) passa pela a sua reprivatização.

À margem da assinatura de um protocolo entre o Estado, CGD e Banco Europeu de Investimentos (BEI), o líder do banco público disse ainda que neste momento a situação do BPN está em análise.

«Há várias soluções em cima da mesa, mas não há nada ainda em concreto», sustentou.
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por Açor3 » 14/11/2008 10:01

Banca
Oliveira Costa tem duas empresas e um Mercedes de 98 na garagem
José de Oliveira Costa, fundador e presidente do BPN até Fevereiro de 2008, altura em que cedeu à pressão de um grupo de accionistas e entregou a liderança do conselho de administração da Abdool Vakil, constituiu duas sociedades imobiliárias no final do passado mês de Junho.

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José de Oliveira Costa, fundador e presidente do BPN até Fevereiro de 2008, altura em que cedeu à pressão de um grupo de accionistas e entregou a liderança do conselho de administração da Abdool Vakil, constituiu duas sociedades imobiliárias no final do passado mês de Junho.

As duas empresas, das quais o ex-gestor é quase titular único, têm como objecto social investimentos mobiliários e imobiliários.

Até aqui, tudo é aparentemente normal. Não fosse o facto de nenhuma das duas empresas ter número de telefone registado e de ambas terem sede na cave de um prédio da Av. Álvares Cabral, em Lisboa. O mesmo prédio onde, num 5º andar, mora Oliveira Costa. A cave é a garagem.

O telefone toca, ninguém atende. Sem caixa de mensagens activada, o único contacto possível com Oliveira Costa é através de mensagens escritas, que ficam sem resposta.

Desde que rebentou o escândalo do BPN, que culminou com a nacionalização do banco que era liderado desde Julho por Miguel Cadilhe, que o paradeiro de José de Oliveira Costa é incerto. Accionistas, funcionários do banco e conhecidos do ex-presidente do BPN, todos garantem não saber onde está o gestor sob o qual recaem as principais suspeitas de actos ilícitos praticados durante quase uma década de liderança do BPN.

Nas últimas semanas, Oliveira Costa já foi "visto" em Londres e "avistado" em Angola, país onde lhe são apontados investimentos imobiliários na província de Benguela. Nos últimos dias, porém, avolumaram-se os rumores de que o gestor estaria de regresso a Lisboa.
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por Açor3 » 14/11/2008 10:01

Banca
Oliveira Costa tem duas empresas e um Mercedes de 98 na garagem
José de Oliveira Costa, fundador e presidente do BPN até Fevereiro de 2008, altura em que cedeu à pressão de um grupo de accionistas e entregou a liderança do conselho de administração da Abdool Vakil, constituiu duas sociedades imobiliárias no final do passado mês de Junho.

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José de Oliveira Costa, fundador e presidente do BPN até Fevereiro de 2008, altura em que cedeu à pressão de um grupo de accionistas e entregou a liderança do conselho de administração da Abdool Vakil, constituiu duas sociedades imobiliárias no final do passado mês de Junho.

As duas empresas, das quais o ex-gestor é quase titular único, têm como objecto social investimentos mobiliários e imobiliários.

Até aqui, tudo é aparentemente normal. Não fosse o facto de nenhuma das duas empresas ter número de telefone registado e de ambas terem sede na cave de um prédio da Av. Álvares Cabral, em Lisboa. O mesmo prédio onde, num 5º andar, mora Oliveira Costa. A cave é a garagem.

O telefone toca, ninguém atende. Sem caixa de mensagens activada, o único contacto possível com Oliveira Costa é através de mensagens escritas, que ficam sem resposta.

Desde que rebentou o escândalo do BPN, que culminou com a nacionalização do banco que era liderado desde Julho por Miguel Cadilhe, que o paradeiro de José de Oliveira Costa é incerto. Accionistas, funcionários do banco e conhecidos do ex-presidente do BPN, todos garantem não saber onde está o gestor sob o qual recaem as principais suspeitas de actos ilícitos praticados durante quase uma década de liderança do BPN.

Nas últimas semanas, Oliveira Costa já foi "visto" em Londres e "avistado" em Angola, país onde lhe são apontados investimentos imobiliários na província de Benguela. Nos últimos dias, porém, avolumaram-se os rumores de que o gestor estaria de regresso a Lisboa.
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por Açor3 » 14/11/2008 8:22

Bancos retiraram 365 milhões do BPN nos últimos meses
Os recursos de outras instituições financeiras depositados no Banco Português de Negócios (BPN) sofreram uma queda de 27% no terceiro trimestre deste ano, que terminou cerca de um mês antes da nacionalização do banco.

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Os recursos de outras instituições financeiras depositados no Banco Português de Negócios (BPN) sofreram uma queda de 27% no terceiro trimestre deste ano, que terminou cerca de um mês antes da nacionalização do banco.

Entre o início de Julho e o final de Setembro, os bancos concorrentes tiraram da instituição, na altura liderada por Miguel Cadilhe, 365,5 milhões de euros, de acordo com os dados constantes do balanço individual do BPN referente a 30 de Setembro, já disponível no "site" do Banco de Portugal.
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por Açor3 » 13/11/2008 19:31

Finanças
Banco de Portugal investiga alegadas irregularidades
Brasil: BPN encaixou 5,5 milhões com negócio via Banco Insular
2008/11/13 18:06Redacção / CPSAAAA
Entre 2002 e 2008, instiruição controlou Banco Insular de Cabo Verde através de «off-shores»
O BPN encaixou, em 2006, um total de 5,5 milhões de euros com a venda de uma empresa brasileira onde durante anos injectou 230,6 milhões de euros, através do banco «off-shore» Insular.

De acordo com os dados do Banco Central do Brasil (BCB), citados pela «Lusa», entre Novembro de 2003 e Outubro de 2006 o Banco Insular enviou 230,6 milhões de euros para a Ergi Empreendimentos, uma promotora imobiliária detida pelo BPN e por outros investidores portugueses e brasileiros.

Segundo as mesmas fontes, a Ergi, anteriormente denominada Chamonix, foi vendida em Dezembro de 2006 ao grupo brasileiro WTorre, por 385 milhões de reais (135 milhões de euros, ao câmbio da altura), sendo que deste montante o BPN recebeu 5,5 milhões de euros, de acordo com o Relatório e Contas do Grupo BPN.

Ao todo ocorreram 47 remessas de dinheiro entre o Insular e a Ergi, sendo que as últimas tiveram lugar dois meses antes da venda à WTorre. Em Outubro de 2006, o Banco Insular realizou doze transferências de dinheiro, com um valor total de 92,5 milhões de dólares norte-americanos (72,4 milhões de euros, ao câmbio de então).

Entre 2002 e 2008, o BPN controlou o Banco Insular de Cabo Verde através de sociedades «off-shore».

BPN actuava sem conhecimento do Banco de Portugal

Em meados deste ano, já após a saída de José de Oliveira e Costa da presidência do banco, o BPN reconheceu perante o Banco de Portugal que era o verdadeiro dono do Insular.

Mais. O BPN concedeu crédito a empresas controladas pela sua accionista, a Sociedade Lusa de Negócios (SLN), sem que o Banco de Portugal tivesse conhecimento dessas transacções, não contabilizando estes créditos no seu próprio balanço e contornando os limites dos montantes que os bancos podem emprestar aos seus accionistas.

O Banco de Portugal e o Ministério Público estão a investigar os indícios de alegadas irregularidades cometidas pela anterior gestão do grupo SLN/BPN, liderada por José Oliveira e Costa.
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por Açor3 » 13/11/2008 16:45

Camilo Lourenço
60 para 320? De quem é a responsabilidade?
camilolourenco@gmail.com

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Vitor Constâncio disse no Parlamento que a supervisão do Banco de Portugal só tem 60 técnicos para supervisionar 320 instituições. Presume- -se que a falta de técnicos explica o facto de a supervisão ter deixado escapar, debaixo do nariz, o chorrilho de operações duvidosas (isto é um eufemismo, não vá alguém lembrar--se de mais processos...) que o BPN protagonizou nos últimos anos.


Aleluia! Está detectado um dos problemas da supervisão: falta de meios. Mas de quem é a responsabilidade? Se o Banco de Portugal já não tem a gestão da taxa de juro e da moeda, a administração não devia ter desviado recursos para a única área (de relevância) que continua sob a sua tutela? Mais: se o governador percebeu, com o caso BCP, que tinha aqui o seu calcanhar de Aquiles porque não propôs, logo, as medidas que explicou ontem aos deputados? Embora não tivesse impedido o fim do BPN, saberíamos que o banco central (uma instituição a quem o país muito deve) aprendera alguma coisa com o caso BCP.

Todos sabemos que Constâncio é um brilhante economista; e que é honesto. E todos lhe estamos agradecidos: como ministro das Finanças, em 78, convenceu o FMI a tirar o país do buraco onde estava. O problema é que o governador não percebeu, em devido tempo, que a supervisão passou a ser a função mais importante do banco central. E, por isso, não pode alijar responsabilidades no que se está a passar.
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por Açor3 » 13/11/2008 15:13

Problema está na prevenção
Salgueiro diz que há aproveitamento político no caso BPN
2008/11/13 13:51Monica FreilãoAAAA
Desvaloriza críticas à volta do trabalho de supervisão
O presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB), Joao Salgueiro considera que a polémica à volta do caso BPN tem tido um aproveitamento político.

O responsável desvaloriza, no entanto, as críticas à volta do trabalho de supervisão, afirmando que casos destes estão sempre a acontecer e é impossível detectá-los a todos e que o problema está na prevenção.

Ainda assim, diz acreditar que este foi um caso excepcional e que este acontecimento perto da crise económica que se vive não é nada.

Recorde-se que, já o Governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, tinha admitido, na sua audição esta semana no Parlamento, que «haverá sempre fraudes e corrupções» no sistema, e que não é por «haver falhas de supervisão».

Constâncio salientou ainda que as denúncias são cruciais na detecção de fraudes e que o BPN era viável até os problemas de solvabilidade e de liquidez.
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por Flying Turtle » 13/11/2008 14:52

Açor3 Escreveu:Para o presidente do BCP, Horácio Roque


:shock: :shock: :shock: :shock: :shock:

FT
"Existo, logo penso" - António Damásio, "O Erro de Descartes"
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por Açor3 » 13/11/2008 14:21

Finanças
Diz Horácio Roque
Nacionalização BPN: «medida foi tomada em extremos»
2008/11/13 13:04Lara FerinAAAA
Aplaude medidas do Governo no apoio à banca
Para o presidente do BCP, Horácio Roque, a nacionalização do BPN foi uma medida «tomada em extremos», afirmou o responsável à Agência Financeira à margem da recepção do presidente da instituição financeira, em Malta, nas suas instalações em Lisboa.

O responsável admite não conhecer o caso BPN em profundidade mas salienta que «não sabe se haveria outra decisão a tomar».

No que respeito às medidas tomadas para apoiar a banca, Horácio Roque vê-as como muito importantes. «O que existe hoje em dia é uma falta de confiança e, como tal, vejo-as com muito interesse», salienta.

Segundo o líder do Banif, estas medidas servem para estabilizar e criar confiança nos mercados.

Recorde-se que, o BPN foi nacionalizado no início do mês de Novembro, depois da instituição financeira ter registado perdas na ordem dos 700 milhões de euros. Uma decisão que levou, o até aqui presidente do banco, Miguel Cadilhe a demitir-se, depois de fortes críticas ao Governo e ao trabalho de supervisão por parte do Banco de Portugal.
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por Açor3 » 13/11/2008 8:39

Nacionalização do BPN 2008-11-13 00:05
Governo reforça poderes do Banco de Portugal
O Ministério das Finanças e o PS estão a alterar as leis para dar mais poderes aos supervisores.

Mário Baptista e Bruno Proença

Os reguladores do sector financeiro em Portugal vão ter mais poderes sancionatórios e de inspecção das actividades dos regulados. Na ressaca da ida do governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, ao Parlamento, o que está ainda por decidir é a forma como esse reforço de poderes, que permite inspecções, apreensões e interrogatórios, vai ser feito.

De acordo com as informações recolhidas pelo Diário Económico, há dois caminhos diferentes: o Ministério das Finanças considera que as propostas que os reguladores estão a fazer para melhorarem as suas áreas de intervenção devem ser vertidas numa nova lei (sobre as infracções no sistema financeiro), que será apresentada no final deste ano. O PS, por outro lado considera que é a lei que já está no Parlamento (sobre o regime sancionatório) que deve receber as propostas dos reguladores.

Em declarações ao Diário Económico, as Finanças dizem que vai ser proposta “uma lei geral para as infracções no sistema financeiro, comum aos sectores da banca, seguros e do mercado de capitais, passando a ser, nesta matéria, a primeira lei geral do sistema financeiro”. O porta-voz de Teixeira dos Santos, aliás, assegura que já foi pedido aos reguladores que “identifiquem aspectos que considerem deverem ser contemplados na proposta a elaborar”. Esta lei deverá, conclui, “ter um ante-projecto para discussão e posterior envio para o Parlamento ainda no próximo mês”.

Entre as propostas acolhidas deverão estar as sugestões que Vítor Constâncio fez anteontem à noite, na comissão parlamentar de Economia e Finanças, na Assembleia da República, mas o Governo afiança que “não se trata de reagir ao desafio do Governador”, mas sim de “dar cumprimento ao que o Governo já anunciou há mais de um mês”.

Das cinco sugestões feitas por Vítor Constâncio, na reunião que se prolongou até de ontem madrugada, o Governo já contempla, na lei (sobre o regime sancionatório do sector financeiro) que já está no Parlamento, duas: uma moldura penal mais dura para os prevaricadores do sector financeiro e a caracterização das declarações falsas como “contra-ordenações muito graves”.

Para o PS, no entanto, a altura certa para acolher as sugestões do governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, e de outros supervisores, é durante a discussão desta lei, aprovada pelo Governo no princípio de Outubro. Para o coordenador dos deputados do PS na comissão parlamentar de Economia e Finanças, “a discussão desta lei será o momento próprio para introduzir alterações em função das preocupações que nos foram transmitidas”. Vítor Baptista sublinha, no entanto, que “as sugestões não são todas do governador do Banco de Portugal, atenção, há algumas que são recomendações de Bruxelas”.

Seja como for, certo é que os socialistas manifestam “abertura para acolher todas as sugestões que melhorem a capacidade e os poderes de supervisão dos reguladores”, garantiu ao Diário Económico o vice-presidente da bancada socialista com os Assuntos Económicos, Afonso Candal.


Mais informação entre MP e reguladores
Uma das ideias que o PS vai discutir é o reforço da ligação entre o Ministério Público e os supervisores financeiros. Para já, não há ainda uma proposta, mas Vítor Baptista deixa a questão: “Tratando-se de processos desta natureza, se o Ministério Público detectar irregularidades, não deve informar o Banco de Portugal?”.

Na discussão interna que será feita entre o grupo parlamentar e o Governo, a componente jurídica será fundamental, mas para os advogados e penalistas contactados pelo Diário Económico não é preciso agravar as molduras penais ou passar a criminalizar actos que até agora eram contra-ordenações. O problema, dizem, é a tendência para legislar em demasia em vez de aplicar as leis até ao limite.

O sócio da Vieira de Almeida Pedro Cassiano Santos considera que “não falta regulamentação e não será por isso que a supervisão deixou de actuar ao longo dos últimos anos”. Este é, sublinha, “o sector mais regulamentado da actividade económica”. Para João Medeiros, sócio da PLMJ, não é preciso alterar a moldura penal para introduzir mais eficácia na regulação e supervisão do sector financeiro, porque “já é possível usar buscas e apreensões”, por exemplo. Certo é que a decisão final cabe ao PS e ao Governo.


O que dizem os especialistas
Avessos às propostas de Vítor Constâncio, juristas de Direito Bancário e Penal Económico mostram várias reservas a mudanças na lei. “À partida, criminalizar contra-ordenações é um absurdo”, diz Germano Marques da Silva, director da Faculdade de Direito da Católica. O penalista Costa Andrade vai mais longe e aponta para que “pode ser mesmo inconstitucional”. Também para Pedro Cassiano Santos, advogado “alterar a lei não agiliza as punições” pois “a questão não é a falta de poderes, mas talvez a passividade da supervisão”, conclui João Medeiros.


O que pede Vitor Constâncio

Nova moldura penal
O governador do Banco de Portugal, anteontem à noite no Parlamento, propôs uma alteração da moldura penal existente para, disse, “poder ser mais ágil para punir e prender os prevaricadores”.

Criminalizar declarações falsas
Vítor Constâncio sublinhou que uma das maneiras de garantir uma supervisão adequada do sistema financeiro passava também pela possibilidade de “criminalizar a prestação de informações falsas”.

Protecção de quem denuncia ilegalidades
É uma proposta que segue de perto aquilo que já acontece nos Estados Unidos, por exemplo, onde aqueles que denunciam crimes graves têm um estatuto especial perante a Justiça. Devia ponderar-se “a protecção dos denunciadores, como nos Estados Unidos”, disse o governador.

Cortar crédito a veículos ‘offshores’
O responsável pela supervisão do sistema financeiro em Portugal deixou ainda outra sugestão: “Talvez possamos propor que não seja possível dar crédito a veículos ‘offshore’, embora possam aí existir filiais bancárias para gestão de activos”.

Auditores do BdP nas direcções dos bancos
A quinta e última proposta feita pelo Governador, anteontem à noite no Parlamento, tem a ver com a “possibilidade de alterar, nos bancos maiores, os termos da supervisão, colocando equipas permanentes dentro das instituições, para facilitar o diálogo”.


O que propõe o Governo

Endurecimento das sanções e penalizações
A proposta de lei do Governo, que está para aprovação na comissão parlamentar de Economia e Finanças, já prevê o aumento das penas, que são “elevadas de três para cinco anos nos casos já actualmente tipificados”. Por outro lado, o limite das coimas passa a ser de 5 milhões de euros “aplicáveis às condutas especialmente graves”.

Processo sumaríssimo e declarações falsas
Na proposta que foi apresentada pelo Governo a 2 de Novembro, prevê-se a criação de um processo sumaríssimo, onde o supervisor do sector financeiro passa a ter o poder de chamar o arguido para “agilizar a intervenção sancionatória”. Já a prestação de informações que não sejam “completa, verdadeira, actual, clara, objectiva e lícita” tornam-se contra-ordenações muito graves.

Denunciante protegido
Sobre esta matéria, o Governo é omisso na proposta que já enviou para aprovação no Parlamento, mas o coordenador dos deputados socialistas na comissão de Economia, Vítor Baptista, diz que “é evidente que se esta medida proteger e facilitar as denúncias, é capaz de ser uma boa medida”.

Regulação mundial
Também aqui o Governo, no diploma que está no Parlamento, é omisso. Ao Diário Económico, Vítor Baptista é cauteloso e afirma que “o Governo falou nessa matéria como uma das medidas que poderão ser tomadas no contexto mundial, e não numa proposta específica para Portugal”.

Direcções auditadas
A proposta de lei não refere este ponto, mas o PS está aberto a discuti-lo tendo em conta as sugestões dos supervisores: “Se é o supervisor que propõe uma medida para moralizar e melhorar o sistema, porventura impedindo a sua derrocada, porque não se há-de equacionar essa possibilidade”, diz Vítor Baptista.
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por Açor3 » 13/11/2008 8:36

Finanças
Reacção de Pinto Monteiro
PGR diz que «estão a ser feitas diligências» na investigação ao BPN
2008/11/12 20:47Redacção / RPVAAAA
Acções passam por «inquirir pessoas e apreender documentos»
O Procurador-Geral da República (PGR), Pinto Monteiro, revelou esta quarta-feira que estão já «a ser feitas diligências» de investigação relativamente ao Banco Português de Negócios (BPN), as quais passam por «inquirir pessoas e apreender documentos».

Falando aos jornalistas em Loures, e citado pela agência «Lusa», o PGR precisou que o governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, lhe apresentou queixa sobre o BPN a 29 de Agosto e que o antigo presidente da instituição Miguel Cadilhe entregou outra ao DCIAP já em Outubro.

Terça-feira Pinto Monteiro havia revelado que correm quatro processos de investigação no Ministério Público: dois que tiveram início no ambito da Operação Furação, e que actualmente já são autónomos, e outros dois decorrentes das queixas apresentadas por Vítor Constâncio e por Miguel Cadilhe, que apresentou uma denúncia ao Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP).

«Há dois processos que já têm autonomia neste momento e que surgiram no desenrolar da Operação Furação e outros dois decorrentes das queixas feitas pelo governador do Banco de Portugal e pelo presidente da sociedade bancária», afirmou esta quarta-feira Pinto Monteiro à margem de uma visita ao Tribunal Judicial de Loures, onde se inteirou das dificuldades dos procuradores, nomeadamente devido à falta de pessoal.

Pinto Monteiro adiantou que, no dia seguinte a ter recebido a queixa do governador do Banco de Portugal, «começaram a ser feitas diligências, como é obrigatório, e que passam por inquirir pessoas e apreender documentos».

Pinto Monteiro foi ainda questionado sobre a possibilidade de haver o endurecimento das penas para administradores de bancos que mintam ou omitam informações às entidades supervisoras, rementendo a responsabilidade para o legislador.

«Penso que o legislador tem de analisar essa hipótese. A Procuradoria propos na altura própria alguns agravamentos. Há alguns crimes que entendemos que devem ser punidos, mas nós não fazemos as leis, cabe ao deputados e ao Governo», afirmou.
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por Açor3 » 13/11/2008 8:35

Transacções do Insular sempre estiveram na Net


CARLOS RODRIGUES LIMA
Revelação. Entre 2005 e 2007, o Insular transferiu mais de 300 milhões para o Brasil. Grande parte foi para empresas ligadas à SLN, o que levanta a suspeita de financiamento encapotado

Nova administração do BPN quer limpar o nome do banco

É mais uma coincidência que terá passado ao lado de Vítor Constâncio: nos últimos anos, empresas brasileiras do universo da Sociedade Lusa de Negócios (SLN) foram financiadas através do Banco Insular de Cabo Verde (BI). Os registos das transacções são públicos, encontrando-se no site do Banco Central do Brasil. O levantamento feito pelo DN permitiu apurar, entre 2004 e 2007, uma verba que ultrapassa um pouco os 300 milhões de euros de transferências do Insular para contas no Brasil.

Uma boa parte daquela verba foi canalizada para a Ergi, uma imobiliária brasileira que, até Dezembro de 2006, fez parte do universo de empresas ligadas à SLN. Ora, uma vez que só em 2008 o BPN assumiu a propriedade do BI, o volume de transferências indicia um financiamento encapotado do próprio BPN à empresa que pertenceu ao mesmo grupo. Mas, como oficialmente, o BI não era do BPN, as contas do primeiro não estavam reflectidas no banco português. A-lém da Ergi, o BI também transferiu dinheiro para outras empresas brasileiras.

Este tipo e operações terá em muito contribuído para o buraco no BI. Que, segundo uma carta da administração do BPN ao Banco de Portugal (de 2 de Junho de 2008), rondaria os 400 milhões de euros. Aliás, tal como Vítor Constâncio, governador do Banco de Portugal, afirmou na madrugada de quarta-feira na Assembleia da República.

A referida carta, feita pela administração de Abdool Vakil, que precedeu a de Miguel Cadilhe, revela ainda os accionistas da sociedade que controla o BI. A Insular Holdings está ligada à Mariziou Holdings. O BPN confirmou, então, que esta estava ligada à SLN. Por sua vez, os accionistas da Insular são, precisamente, José Vaz Mascarenhas, presidente do conselho de administração do BI, e os vogais José Luís Fernandes Lopes, Sérgio Centeio, Casimiro Taveira e João Gourgel. Os dois primeiros, segundo uma fonte liga à justiça de Cabo Verde, têm fortes ligações ao actual governo daquele país africano. Sérgio Centeio foi, aliás, ministro da Agricultura logo após a independência. Já José Luís Fernandes Lopes chegou a ocupar o sempre apetecido cargo de embaixador nos EUA.

Entretanto, a nova administração do BPN, presidida por Francisco Bandeira, assumiu ontem funções. O DN sabe que um dos pontos da agenda da primeira reunião foi a definição de pelouros dos novos administradores. Francisco Bandeira aproveitou também o primeiro dia para escrever a todos os colaboradores do banco, através de uma carta manuscrita, onde reiterou a confiança em todos, pedindo a sua dedicação e profissionalismo.

Na mesma carta, Bandeira prometeu também que não vai confundir aqueles que prevaricaram com os que não o fizeram, aproveitando a ocasião para lançar um desafio: que o nome BPN volte a ter a mesma pujança. Agora com a ajuda da Caixa Geral de Depósitos.

"Os melhores cérebros não estão na supervisão"

O governador do Banco de Portugal (BdP) não reconheceu ter cometido qualquer erro da supervisão no caso BPN, durante o seu encontro com os deputados no Parlamento, justificando que "a supervisão da banca não é feita como a supervisão de uma fábrica de parafusos ou de salsichas". Mas as críticas ao desempenho global do BdP na supervisão - à luz dos casos BCP e BPN -, não páram, centrando-se na deficiente actualização das suas competências ao ritmo das mudanças no sector bancário comunitário.

"O Banco despromoveu a nobreza da área de supervisão dentro da sua estrutura. Por exemplo, os estudos de investigação são feitos, na esmagadora maioria, sobre mercado monetário, economia, trabalho. Não são sobre supervisão bancária", disse ao DN o professor do ISEG, João Duque. Nesta lógica, "o BdP só tem cerca de 60 pessoas a fazer a supervisão. E vai buscar os melhores cérebros às universidades para fazer estudos fora da área de supervisão", acrescentou.

Críticas apoiadas pelo anterior ministro das Finanças, Bagão Félix, que à Lusa sublinhou que o governador deu, no Parlamento, "uma visão conformista e resignada da supervisão bancária. Pareceu-me uma prestação muito passiva que é incompatível com a complexidade do mundo bancário". Já para o economista António Nogueira Leite, Constâncio "não cometeu nenhuma falta grave, foi apenas um gestor menos eficiente dos recursos que o país lhe confiou". E completou, em declarações à Lusa: "O BdP ainda está hoje, 10 anos depois da entrada no euro, muito vocacionado para a condução da política monetária, onde só tem um papel coadjuvante". - P.F.E.
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por Açor3 » 12/11/2008 18:42

BPN/Nacionalização: BPN enviou 30ME para o Brasil através de bancos 'off-shore' entre Janeiro de 2007 e Abril de 2008
12 de Novembro de 2008, 15:50

*** Por Filipe Alves, da Agência Lusa ***

Lisboa, 12 Jun (Lusa) - O Banco Português de Negócios (BPN) enviou 30 milhões de euros para o Brasil através de veículos 'off-shore', entre Janeiro de 2007 e Abril de 2008, revelam os registos do banco central brasileiro.

O mês mais movimentado foi o de Dezembro de 2007 - algumas semanas antes da demissão de José de Oliveira e Costa da liderança do grupo SLN/BPN - quando foram enviados para o Brasil cerca de 20 milhões de euros, através do Banco Insular e do BPN Cayman (bancos controlados pela SLN), revelam os dados do Banco Central do Brasil, que estão disponíveis para consulta pública.

De acordo com os registos, entre Janeiro de 2007 e Abril de 2008, o Banco Insular de Cabo Verde, o BPN Cayman e a sociedade 'off-shore' SLN Madeira enviaram várias remessas de dinheiro em euros e em dólares, com valores situados entre os 900 mil e 4,7 milhões de euros, para empresas brasileiras detidas pela Sociedade Lusa de Negócios (SLN).

Os destinatários destas remessas foram sociedades brasileiras como a Sabrico S.A., uma empresa distribuidora de veículos Volkswagen, a Fuentes Participações Ltd. S.A. (detida pela Sabrico e sem actividades conhecidas) e o BPN Creditus Brasil, uma empresa financeira para aquisições a crédito.

O envio de capitais para o Brasil cessou em Julho de 2008, coincidindo com a entrada em funções da nova administração liderada por Miguel Cadilhe (que substituiu o presidente-interino Abdool Vakil, que fora nomeado em Fevereiro aquando da saída de Oliveira e Costa).

O último financiamento dirigido ao Brasil, que ascendeu a 5,9 milhões de dólares (4,7 milhões de euros, ao câmbio actual), teve lugar em Julho, com a Fuentes Participações como destinatário. No entanto, ao contrário do que sucedia anteriormente, neste caso o envio foi realizado pela própria casa-mãe, o BPN, e não por bancos ou sociedades 'off-shore'.

A Lusa tentou apurar qual a actividade da Fuentes Participações e qual a sua posição na teia de empresas que constitui a Sociedade Lusa de Negócios. A página de Internet da Sabrico inclui a Fuentes entre as participadas da empresa, mas não adianta mais informações.

Tanto o Banco Insular como o BPN Cayman ou a Fuentes Participações e outras empresas da SLN, como a Ergi Empreendimentos, são referidas várias vezes nos registos do Banco Central do Brasil dos anos anteriores a 2007, em operações com valores da mesma grandeza que os registados no ano passado.

Os dados do Banco Central do Brasil referem ainda empréstimos concedidos a empresas brasileiras do grupo SLN por parte de entidades como o angolano Banco Africano de Investimento (da Sonangol, que é parceira do BPN no BPN Brasil), a Bickley Finance LCC e o próprio BPN.

São ainda referidos empréstimos concedidos pela casa-mãe, o BPN, a empresas brasileiras como a Cerâmica Gyotoku, uma das maiores fábricas de cerâmica do Brasil.

O Governo português decidiu nacionalizar o BPN, por este se encontrar em situação de colapso devido a perdas superiores a 700 milhões de euros, que terão sido escondidas das autoridades através de veículos 'off-shore', como o Banco Insular de Cabo Verde, cuja posse o grupo negou durante anos.

O Banco de Portugal e o Ministério Público estão a investigar as alegadas irregularidades cometidas pela anterior gestão do grupo SLN/BPN, liderada por José Oliveira e Costa.
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