forza algarve Escreveu:Os resultados nao foram assim tao mal..a culpa de nenores lucros é mais dos preços da pasta que outra coisa
Forza, partilho ipsis verbis e o motto da tua opinião " os resultados não foram tão mal" assim (apesar de eu ter falhado redondamente a projeção do RL, em que esperava 12M vs 6,8M€ reportados).
Sem litanias, começo pelo fim, pelos
3 pontos FOORTES e 3 pontos fortes (do RL trimestral & beyond):
1 pFORT - Vou logo para o
Ás de copas - aumentou 70% a produção de energia por cogeração (através de biomassa - desperdícios e restos não englobados na produção core, com a recolha evita-se incêndios nas florestas próprias -
com margem bruta acima de….60%. (com 7 dezenas de M€ de amortizações por efectuar apenas neste e nos próximos 4 anos, que vão levar o EBITDA energético para os 40% já no 2º semestre). gerando nos primeiros 3 meses 21,8M€ (projeto » 90M€ no total 2020, com contribuição líquida para balanço a rondar os 30M).
2 pFORT - Ás de espadas: Venderam mais do que produziram (287 mil toneladas vs 282 mil toneladas produzidas.
Aumentaram produção global de pasta e venderam TODA! Temia que se verificassem dificuldades no escoamento do BEKP da produção da Celbi e parcialmente Celtejo- devido ao pouco papel de impressão consumido em todo o Mundo pós-covidiano, com
menos 40% de consumo Mundial apenas nessa sub-categoria (porque restantes produtos finais estão em alta e porque Caima terá sempre compradores mesmo para o triplo da produção actual de DWP)
3 pFORT - Ás de paus:
Preço da pasta solúvel/vulgo DWP, está a subir. Altri via Caima (1 das 3 grandes unidades de produção) produzirá 125.000 toneladas este ano. Quem pensa que a pasta só serve para produzir papel, cartão, papel higiénico, guardanapos, pequenas caixas prensadas, forros de bancos compósitos para carros, comboios, aviões, carrinhos de bébés, pensos higiénicos, pensos, forros de sofás e de invólucros militares (entre as caixas de obuses e os obuses e munições pesadas), esquece-se que mais de metade das
pastas de dentes também incorpora pastas solúveis específicas. E
dois dos maiores produtores ocidentais compram por intermediário DWP Altri devido à sua qualidade ímpar. Afinal mesmo aqueles que não limpem as mãos, não escrevam ou imprimam, não limpem outras partes, se tiverem 1 ou mais dentes de origem, ou dentadura ou próteses acabam por reflexamente usar produtos Altri sem o saberem.
4 pfort -
Exportações absorvem 87% da produção e mais houvesse porque estes compradores são "amigos" (esta simpática variável, acima dos 80%, mantem-se há 52 trimestres) - como são hegemonicamente efetuadas para a UE estão defendidos da variante cambial sem swaps ou hedges.
5 pfort - Mesmo num trimestre desafiante (preços pasta e covid), reduziram em 21,7M a dívida. Bravo! Dívida líquida passa para 491M (abaixo da cifra psicológica do "meio bilião" à americana).
6 pfort - Investimento líquido de 9,7 M€ (trajetória futura a rondar 20M/média trimestral em contraponto aos 30M/trimestrais dos 2 últimos anos). Como alguns tinham aventado, apartir de 2020 com a finalização dos 70M€ (de um total de 90M a 5 anos) de investimentos em cogeração, o total trimestral de investimentos iria reduzir-se em cerca de 10M por trimestre. Investimentos pesados em cogeração já foram efetuados, efetivados e no timing certo!
2 pontos fracos (que espero conjunturais, + 1 trimestre e não estruturais):
1 pfraco queda do preço da pasta em 30% para 616€. O sector bomba acima dos 720€ e o preço actual limita a margem bruta e aperta o FCF em demasia. O EBITDA trimestral sofreu, traumaticamente, por esta causa (-55%) para uns fracos 33M€.
2 pfraco O decréscimo de 20% na receita trimestral
apesar de inferior aos 30% da queda do preço do papel, deve-se tanto ao DWP como ao aumento da produção de pasta BEKP, o que
denota capacidade comercial/negocial ALTRI abaixo dos patamares a que nos habituaram nos últimos 12 anos.
Resumindo e concluindo,
expetativas Positivas pela resiliência no negócio core em plena coronaDepressão, pela
retoma Macro 2ºsem e preço pasta e vendas milionárias e em crescendo de energia elétrica (especulo resultado líquido anual nunca inferior a 45M, apesar de um 1º semestre "apertado"). Idealmente o SF 4,03 terá de defender a cotação e o espaço para progressão só será matizado acima dos 4,95/5.
nota - Ao contrário dos últimos 11 anos, após Maio, ainda vou manter a posição Altri na íntegra, não só porque ainda estou em negativos suaves (mesmo considerando os dividendos no bolso), mas porque projeto uma recuperação do sector (baseada nos preços da pasta), aumento da produção ALTRI, aumento das margens na pasta solúvel e sobretudo o "nosso" Ás de copas » margem bruta e resultados da cogeração serão um game changer já no 2º semestre.
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- ALTRI resistência móvel importante na MMS50 4,50 e RF1 D nos 4,95a5 target 7M otimista nos 6,26 SF1 4.03.gif (30.84 KiB) Visualizado 10071 vezes