nsd Escreveu:a luz saude tb vai sair.
Uma duvida sobre a luz saude.
Neste momento está a valer 3 euros, caso seja aceite a saida da bolsa cada acção vai ser paga a 5.71, ou seja ganho~90 %, estou certo ?
se assim for amanha vai aumentar haver grande procura.
1. Seriam 90.3% se as conseguisses comprar a 3.00 €, o que já não será certamente o caso...
2. Atenção que a saída de bolsa está condicionada a que a CMVM não imponha um preço mínimo superior a 5.75 €.
Como o preço oferecido foi fixado através de negociação particular entre a Fidelidade e a Fosun, o n.º 3 a) do art.º 188.º do CVM implica que a CMVM irá obrigatoriamente nomear um auditor independente para determinar a contrapartida mínima.
Se o valor for superior a 5.75 €, a Fidelidade já disse que a saída de bolsa fica sem efeito (se não concordar com o preço), e portanto quem as comprar agora a 4 ou 5 € deve estar preparado para, além de esperar pela conclusão do processo (uns 3 a 6 meses: a Sumol anunciou em novembro passado e o processo ainda está em curso), poder vir a ficar com ações com baixa liquidez e a valer uns 3 €, se a avaliação do auditor vier a ser superior aos 5.75 € que a Fidelidade está disposta a pagar.
Portanto, para quem comprar agora, 90% nem vê-los, e há que estar preparado para uma perda muito significativa no caso da avaliação do auditor, que, repito,
é obrigatória, fixar um preço superior ao que a Fidelidade está disposta a pagar, porque caso não saia da bolsa, não há razão para transacionar a um preço superior ao que transaciona agora, muito pelo contrário: agora ainda havia a esperança de vir a sair de bolsa, na sequência da notícia do Negócios de 26/2, e nesse caso deixa de haver qualquer perspetiva nos tempos (anos?) mais próximos de isso vir a acontecer! E dividendos nem vê-los, além de que nos últimos 2 anos o lucro até desceu...
3. A SAG também impõe a mesma condição de a CMVM não fixar um preço superior, neste caso à média da cotação dos últimos 6 meses, caso contrário também não sai de bolsa, tal como já fizeram a Sumol e a Cipan (esta condição agora é moda!). Só a SDC Investimentos é que não impõe essa condição, pelo que é a única que é seguro que vá efetivamente sair!
Ainda nenhum destes casos foi decidido, pelo que não se sabe até que ponto a CMVM é pressionável à ameaça corrente do "se me obrigarem a pagar muito, eu desisto e os minoritários sofrem" (com a baixa liquidez e a cotação deprimida).
É uma faca de dois gumes: a CMVM por muito querer proteger o interesse dos minoritários, pode acabar por fazer com que a empresa não saia da bolsa, o que pode ser pior para os minoritários, sobretudo se o preço de saída for muito superior à cotação média, como no caso da Luz Saúde...