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Caldeirão da Bolsa

Debate Veículos eléctricos: Tecnologia e Economia

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Zundy » 2/3/2011 19:23

rmachado Escreveu:
Pq?


Neste blogue há imensos artigos que ajudam a perceber o problema do carro eléctrico:
http://a-ciencia-nao-e-neutra.blogspot. ... %A9ctricos
 
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por carf2007 » 2/3/2011 19:21

Isto é como tudo no inicio, os telemóveis, os LCDs e Plasmas ... Os primeiros são sempre caros.

No entanto há que começar por algum lado. Há sempre empresas e pessoas que não se importam de gastar mais para ter a última tecnologia. E quando se trata de tecnologia nova os Portugueses adoram. Aliás é por isso e pela sua dimensão, que Portugal é utilizado pelas grandes marcas como "cobaia" para os seus produtos tecnológicos.

Vou deixar aqui a minha previsão para consulta futura ... :lol:

Em 2024 50% dos veículos a circular em Portugal serão eléctricos.
"Sofremos muito com o pouco que nos falta e gozamos pouco o muito que temos." Shakespeare
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por Elias » 2/3/2011 19:17

MarcoAntonio Escreveu:
rmachado Escreveu:Pq?


Porque quer o custo de produção quer o custo de utilização por kilómetro é substancialmente mais caro num eléctrico.


Além disso o facto de a electricidade ser subsidiada distorce qualquer análise de custo do ponto de vista do utilizador.
 
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por rmachado » 2/3/2011 19:17

Ok. Obrigado Marco

Mas é um pouco como diz o helder.. se a "Mass production" entrar em acção a coisa deve descer.
 
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por MarcoAntonio » 2/3/2011 19:13

rmachado Escreveu:Pq?


Porque quer o custo de produção quer o custo de utilização por kilómetro é substancialmente mais caro num eléctrico.
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FLOP - Fundamental Laws Of Profit

1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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por helderjsm » 2/3/2011 19:13

MarcoAntonio Escreveu:
helderjsm Escreveu:Sim senhor,

Sou da opinião que se devem criar as infraestruturas para convencer as pessoas que as energias alternativas são um investimento viável.


O que é que entendes por "viável"?

Um eléctrico actualmente dá um tremendo prejuízo ao utilizador e ao Estado.


Marco,

Quando saíram os primeiros carros não eram propriamente baratos. Quando saíram os primeiros Smartphones não eram propriamente baratos. Quando saíram os primeiros computadores não eram propriamente baratos. Quando saíram as primeiras TV's não eram propriamente baratas.

Eu sempre fui mais um adepto dos carros a hidrogénio, mas também acredito que seja uma tecnologia mais difícil de desenvolver bem como a matéria apesar de abundante mais difícil de obter (tal como fizeste questão de me explicar noutro post). Assim sendo talvez o desenvolvimento dos carros eléctricos possa ser a alternativa mais eficaz, mas a tecnologia só pode amadurecer se as pessoas os comprarem.

Já agora em que aspecto é que dizes que dá um tremendo prejuízo para o consumidor?
Melhores cumprimentos,
Helder Magalhães
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por rmachado » 2/3/2011 19:10

MarcoAntonio Escreveu:
helderjsm Escreveu:Sim senhor,

Sou da opinião que se devem criar as infraestruturas para convencer as pessoas que as energias alternativas são um investimento viável.


O que é que entendes por "viável"?

Um eléctrico actualmente dá um tremendo prejuízo ao utilizador e ao Estado.


Pq?
 
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por Elias » 2/3/2011 18:55

MarcoAntonio Escreveu:
helderjsm Escreveu:Sim senhor,

Sou da opinião que se devem criar as infraestruturas para convencer as pessoas que as energias alternativas são um investimento viável.


O que é que entendes por "viável"?

Um eléctrico actualmente dá um tremendo prejuízo ao utilizador e ao Estado.


Eu diria mais: "viável" para quem?
 
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por MarcoAntonio » 2/3/2011 18:49

helderjsm Escreveu:Sim senhor,

Sou da opinião que se devem criar as infraestruturas para convencer as pessoas que as energias alternativas são um investimento viável.


O que é que entendes por "viável"?

Um eléctrico actualmente dá um tremendo prejuízo ao utilizador e ao Estado.
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1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
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por helderjsm » 2/3/2011 18:46

Sim senhor,

Sou da opinião que se devem criar as infraestruturas para convencer as pessoas que as energias alternativas são um investimento viável.

A única coisa que acho que ainda continua a pecar é não haver a possibilidade de ir em viagem e substituir a bateria num qualquer posto para de forma cómoda os condutores prosseguirem a sua viagem.

Mas com um passo de cada vez se vai longe.
Melhores cumprimentos,
Helder Magalhães
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por MarcoAntonio » 2/3/2011 18:46

“Não podíamos ficar à espera que a indústria produzisse as viaturas. Só havia uma forma de romper isto: pôr o ovo, para que do ovo possa nascer a galinha”, disse António Costa, justificando assim a instalação de mais de seis centenas de postos de carregamento.


Certamente não é o minusculo mercado português que vai "puxar" pelos fabricantes na produção de veículos eléctricos.


Um investimento, realizado no âmbito do programa governamental Mobi.e, que segundo o presidente da câmara vai tornar Lisboa “a primeira capital europeia com uma rede de abastecimento” de veículos eléctricos.


No que custa dinheiro (dá prejuízo) tendemos a estar sempre na frente...


O presidente conduziu um Mitsubishi i-MiEV e explicou que a autarquia já tem ao seu serviço dois desses veículos e dois Smart, num esforço de alteração da sua frota que será alargado assim que for possível fazer a aquisição de veículos eléctricos através de uma central de compras do Estado.


Dinheiro enterrado: o i-MiEV custa 35 mil euros, um veículo equivalente a gasolina custa entre 8 a 10 mil euros!
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por Elias » 2/3/2011 18:24

Lisboa com 687 postos para carregar veículos eléctricos até ao Verão

02.03.2011 - 13:54 Por Inês Boaventura - publico.pt

Lisboa vai ter 687 postos de carregamento de veículos eléctricos, distribuídos por todas as zonas da cidade, em funcionamento até ao Verão. O presidente da autarquia admite que nos primeiros anos a oferta vai superar a procura, mas defende que só assim se convence os portugueses a adquirir carros movidos a electricidade.

“Não podíamos ficar à espera que a indústria produzisse as viaturas. Só havia uma forma de romper isto: pôr o ovo, para que do ovo possa nascer a galinha”, disse António Costa, justificando assim a instalação de mais de seis centenas de postos de carregamento. Um investimento, realizado no âmbito do programa governamental Mobi.e, que segundo o presidente da câmara vai tornar Lisboa “a primeira capital europeia com uma rede de abastecimento” de veículos eléctricos.

O vereador do Ambiente Urbano anunciou esta manhã onde vão ficar localizados esses postos de carregamento, 54 dos quais já estão instalados e “em teste”. Segundo Sá Fernandes, houve a preocupação de garantir que toda a cidade fica coberta mas também de proporcionar uma oferta maior “em áreas com mais serviços”.

Tiago Farias, vogal do conselho de administração da Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa (EMEL), explicou que metade dos postos (nos quais carregar uma bateria levará cerca de seis horas) ficará no interior de parques de estacionamento, devendo ser criadas avenças mensais para os condutores de carros eléctricos. Os restantes postos serão instalados na via pública: mais de cem em lugares tarifados (o que obrigará a pagar estacionamento) e os restantes em áreas em que a EMEL não está presente.

Segundo João Dias, coordenador do projecto governamental Mobi.e, o abastecimento de carros eléctricos será gratuito “até Junho”. Este responsável acrescentou que o Governo está neste momento a trabalhar numa portaria que definirá qual o custo máximo que os fornecedores de electricidade poderão cobrar no futuro aos utilizadores dos postos de carregamento.

No final da apresentação da rede municipal de postos de carregamento eléctrico, que decorreu no Cinema São Jorge, António Costa e os vereadores que participaram na iniciativa deslocaram-se até à Praça do Município em carros eléctricos. O presidente conduziu um Mitsubishi i-MiEV e explicou que a autarquia já tem ao seu serviço dois desses veículos e dois Smart, num esforço de alteração da sua frota que será alargado assim que for possível fazer a aquisição de veículos eléctricos através de uma central de compras do Estado.
 
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por atomez » 1/3/2011 1:19

AutoMech Escreveu:Já está melhor mas continuam a ser aproximadamente 300Kms de autonomia. Provavelmente nem deve dar para uma viagem Lisboa - Porto sem recarregar ou trocar baterias.

E com uma bateria com essa capacidade vai custar pelo menos uns 50 ou 60k €...
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
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por Automech » 1/3/2011 1:15

Já está melhor mas continuam a ser aproximadamente 300Kms de autonomia. Provavelmente nem deve dar para uma viagem Lisboa - Porto sem recarregar ou trocar baterias.
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por atomez » 1/3/2011 1:09

Muito giro. E... o preço?

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Iconic VW Microbus, Reimagined as an EV

Volkswagen has “reinterpreted” the Microbus as an electric vehicle. With four doors. And an iPad.

It’s called the Bulli, which is what Germans called the Microbus when it appeared in 1950. Aside from the bench seats, two-tone paint and oversized badge, this concept has little in common with the Transporter that inspired it.

Well, that’s not quite right. The Bulli is glacially slow like the Microbus. The 3,200-pound vehicle trundles to 62 mph in 11.5 seconds. Propulsion, such as it is, comes from an 85 kilowatt [113 horsepower] motor that draws power from a 40-kilowatt-hour lithium ion pack. That’s huge — the pack in the Nissan Leaf is 24 kWh — and claimed range is 185.4 miles. Top speed is limited to 87 mph, presumably to maximize range.

The Bulli is a bit smaller than the VW Golf, with room for five. It’s got a panoramic sunroof, a minimalist dashboard and an iPad dock for all your infotainment needs. We like it. It’s small, it’s handsome and it’s got a quirkiness we love.

VW unveils the Bulli this week at the Geneva auto show and says it “has the potential” for production, though we doubt their claim that “the Bulli could even become an icon” like the Microbus. VW says a small gasoline or diesel engine will fit under the hood, making it it more likely the Bulli could become reality.
As pessoas são tão ingénuas e tão agarradas aos seus interesses imediatos que um vigarista hábil consegue sempre que um grande número delas se deixe enganar.
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por Elias » 26/2/2011 21:40

MarcoAntonio Escreveu:As pessoas "pensam" que querem eléctricos mas não os querem realmente por enquanto (estão mais apaixonados pela noção do que pela solução real que se lhes apresenta, quando finalmente se apresenta... algo que eu julgo que já tinha dito aqui no tópico antes). Aliás a demonstração está ai: nas dezenas de milhar de veículos que se venderam nos últimos meses, venderam-se dois eléctricos!


É um bocado como a história dos comboios. Sempre que fecha uma linha, surgem logo manifestações, aqui-d'El-Rei e tal, porque nos vão tirar o comboio, mas a verdade é que nos sítios onde ele existe a taxa de utilização é muito baixa.

Sobre isto cito o blog ambio:
A realidade tem mostrado que em grande parte dos casos as pessoas querem comboios nas suas terras, mas para os ver passar, porque quando precisam de se deslocar, mesmo que as promessas de pagamento das despesas feitas pelos Srs. Presidentes de Câmara (que as omitem, na sua dimensão global e no seu valor per capita aos seus munícipes) resultaram na reposição de comboios, escolhem alternativas que as sirvam melhor.
 
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por MarcoAntonio » 26/2/2011 21:32

mais_um Escreveu:Claro que nunca pode ser zero! Aquela "coisa" que vai entre o volante e o banco do condutor também emite dioxido de carbono... :lol: :lol:

Agora a sério :) , a apresentação que deixei no post anterior refere 72% de redução de CO2 considerando o mix de produção electrica do Japão.

Mas não é só CO2, também há outros poluentes que são libertados nos veiculos a combustivel


Bem como produzir baterias e dispor no fim de vida delas tb polui (e emite CO2) e esse é um elemento que não existe tão pouco nos automóveis a combustão interna.

Os automóveis eléctricos são essencialmente uma bandeira política numa era onde as ideologias ecológicas têm primazia junto das massas (uma bandeira a que inclusivamente os fabricantes não estão alheios e insensíveis, aliás em relação aos fabricantes passa-se mais o oposto do que as pessoas normalmente sugerem).

Não significa que a prazo não se venham a tornar vantajosos. Neste momento, a praticamente todos os níveis, ainda estão bastante longe de o ser e só não é mais evidente porque a "bandeira política" tem consequências práticas como distorção da carga fiscal tanto nos combustíveis como na aquisição.


As pessoas "pensam" que querem eléctricos mas não os querem realmente por enquanto (estão mais apaixonados pela noção do que pela solução real que se lhes apresenta, quando finalmente se apresenta... algo que eu julgo que já tinha dito aqui no tópico antes). Aliás a demonstração está ai: nas dezenas de milhar de veículos que se venderam nos últimos meses, venderam-se dois eléctricos!
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por mais_um » 26/2/2011 21:19

MarcoAntonio Escreveu:As emissões não são realmente zero, apesar da falácia ser repetida vezes sem conta: para que cheque energia eléctrica ao automóvel, emite-se dióxido de carbono. Sem emissão de dióxido de carbono era impossível conduzi-lo!



Claro que nunca pode ser zero! Aquela "coisa" que vai entre o volante e o banco do condutor também emite dioxido de carbono... :lol: :lol:

Agora a sério :) , a apresentação que deixei no post anterior refere 72% de redução de CO2 considerando o mix de produção electrica do Japão.

Mas não é só CO2, também há outros poluentes que são libertados nos veiculos a combustivel
"Só duas coisas são infinitas, o universo e a estupidez humana. Mas no que respeita ao universo ainda não tenho a certeza" Einstein
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por carf2007 » 26/2/2011 21:18

O Opel Ampera até é bonito, mas 43000€ :shock:

http://www.allcarselectric.com/blog/105 ... 2900-euros
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por mais_um » 26/2/2011 20:53

http://www.imtt.pt/sites/IMTT/Portugues ... Castro.pdf


Supostamente o custo de manutenção é 75% inferior no veiculo electrico comparando com um equivalente com motor de combustão. (não incluindo as baterias)

Para fazer a comparação teorica correcta, os custos de combustivel versus os custos de electricidade não devem incluir os impostos, bastante penalizador nos combustiveis, nem os custos de interesse economico geral que decorrem de medidas de politica energetica que representam mais de 50% do valor do kwh que aparece na factura, também bastante penalizador na comparação para o veiculo electrico.

A comparação real é ver quanto custa a gasolina e a electricidade no consumidor, porque é esse valor que na realidade sai da carteira.(valor que é bastante provavel de ser alterado considerando as variaveis a que está sujeito, como impostos e custo das matérias-primas)
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por MarcoAntonio » 26/2/2011 19:53

O preço das baterias é 10x o preço típico de um motor novo com garantia para substituição num carro usado (coisa que é relativamente raro acontecer, enquanto o fim de vida da bateria é certo).

Tirando o motor a combustão + depósito de latão versus motor eléctrico + baterías de lítio, o resto do veículo é semelhante...
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por oMeDo » 26/2/2011 19:50

Viva, achei este tópico muito informativo.

Mas surgiu-me uma dúvida.

Já compreendi que o preço das baterias não poderá ser de forma alguma esquecido.

Mas os carros a combustão também têm sua manutenção e os motores não duram para sempre.
Desconheço por completo a duração de um motor eléctrico.

Não seria mais justo para termo comparativo ter uma estimativa geral do custo de aquisição, custo de manutenção geral considerando consumíveis, peças com desgaste natural/manutenção, dividindo isso tudo pelas quilómetros que poderiam fazer !?

Também não sei se estas contas serão fáceis de se fazer.
 
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por MarcoAntonio » 26/2/2011 19:01

Elias Escreveu:Parece-me importante desmontar uma falácia que está incorporada nestas contas.


Já estava a escrever um post que entre outras coisas cobria isso, curiosamente...
:lol:

Mas gostaria de assinalar novamente que não é a única falácia do texto, há outras e algumas bastante graves (como não considerar o custo da bateria no custo por kilómetro).
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por Elias » 26/2/2011 19:00

MarcoAntonio Escreveu:Em artigo pretensamente "informativos" sobre eléctricos praticamente nunca estes esclarecimentos são dados...


É como nos artigos pretensamente "informativos" sobre os preços dos combustíveis, que praticamente nunca esclarecem aquilo que interessa :P
 
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por MarcoAntonio » 26/2/2011 18:58

Emissões zero Não emitem um único grama de dióxio de carbono para a atmosfera


As emissões não são realmente zero, apesar da falácia ser repetida vezes sem conta: para que cheque energia eléctrica ao automóvel, emite-se dióxido de carbono. Sem emissão de dióxido de carbono era impossível conduzi-lo!

Em todo o caso, ainda está por demonstrar categoricamente que não emitir dióxido de carbono é uma vantagem (ou por outra, que emitir dióxido de carbono é realmente um problema).

Redução de custos Para percorrer 100 quilómetros um carro elétrico gasta quatro a cinco vez menos que um carro a combustão


Isto deve-se em grande parte a impostos, devido à elevada carga fiscal sobre a gasolina e o gasóleo (algo que a prazo, caso os eléctricos comecem a proliferar, se vai necessariamente alterar). Retirando a diferença de carga fiscal, a diferença de custo por kilómetro entre Diesel ou Híbrido e Eléctrico é reduzida, se não contarmos a bateria. Se contarmos a bateria (que tem um tempo de vida relativamente curto) o eléctrico passa a ter um custo por kilómetro bastante superior.


Custo e autonomia Ainda são muito caros (na casa dos €30 mil) e garantem níveis de autonomia muito baixos, da ordem dos 150 quilómetros


Nas desvantagens há uma lacuna enorme: não é referido, para além do preço de compra e da reduzida autonomia, o curto tempo de vida do automóvel: as bateria originais duram uns 100 a 150 mil kilometros (nalguns casos eventualmente ainda menos), a substituição das baterias é praticamente o preço da substiuição do automóvel por um equivalente a combustão interna (alternativamente, há marcas que apresentam planos de aluguer, o que não altera nada, apenas dilui o custo com uma mensalidade significativa, provavelmente mais do que grande parte dos utilizadores gastariam em combustíveis convencionais).




Em artigo pretensamente "informativos" sobre eléctricos praticamente nunca estes esclarecimentos são dados...
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