CALDEIRÃO DE BOLSA

Previsões pessimistas do FMI não convencem presidente do BES
O presidente do Banco Espírito Santo, Ricardo Salgado, mostrou-se hoje céptico relativamente aos números ontem divulgados pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), que reviram em baixa significativa a previsão de crescimento da economia portuguesa.

Sara Gamito

"Nós conhecemos melhor o nosso país do que o FMI. Acredito que podemos ter um melhor desempenho", afirmou Salgado, citado pela agência Lusa, à margem do ‘Colóquio 1808-2008 E o Futuro das Relações Económicas Portugal/Brasil’, organizado pela Espírito Santo Cultura e pelo Instituto Diplomático.

Estas considerações surgem depois do FMI ter ontem revisto em baixa a previsão para o crescimento económico português em 2008 de 1,8 para 1,3 %.

"Felizmente [a crise internacional] apanha Portugal numa fase de recuperação económica", comentou o presidente do BES.

Para Salgado, o "caminho" para o fortalecimento da economia portuguesa terá de passar pelo aumento das relações económicas e empresariais com o exterior e das exportações, com destaque para o Brasil, que, afirmou, pertence ao conjunto de países cuja posição internacional sairá reforçada da actual crise, centrada nos países industrializados.

Pata-Hari Escreveu:Eu pareço só trazer más noticias ...

mfsr1980 Escreveu:Segundo as minhas contas será para lá de 2020!
Isto se, não houver nenhum precalço na nossa democracia

Um abraço de
Miguel Rodrigues

Pata-Hari Escreveu:

De acordo com as contas do fundo, Portugal regressará a um ritmo superior à média europeia apenas em 2009.

PIB deve crescer apenas 1,3 por cento
FMI revê em forte baixa crescimento para Portugal este ano
09.04.2008 - 14h00
Por Sérgio Aníbal
Mário Marques (PÚBLICO)

O Fundo Monetário Internacional (FMI) reviu fortemente em baixa a sua previsão de crescimento para Portugal este ano, antecipando agora um abrandamento da economia para uma taxa de variação do PIB de 1,3 por cento, contra os 1,9 por cento registados no ano passado.

No relatório semestral sobre a economia mundial publicado hoje por esta entidade, aponta-se ainda para um crescimento da economia portuguesa de 1,4 por cento em 2009, o que significaria, a confirmar-se, que o país veria suspensa, pelo período de pelo menos dois anos, a recuperação do ritmo da actividade económica que tem verificado desde 2005.

A projecção do FMI para Portugal representa uma correcção acentuada face à variação do PIB de 1,8 por cento que tinha sido antecipada em Outubro passado. O fundo aponta ainda para uma taxa de inflação em Portugal de 2,4 e dois por cento em 2008 e 2009, respectivamente, e projecta, apesar do fraco ritmo de crescimento económico, uma diminuição ligeira do desemprego durante os dois anos.

As perspectivas para Portugal são prejudicadas pela visão bastante negativo que o fundo tem em relação à evolução nos próximos dois anos da economia norte-americana e europeia. O FMI projecta um crescimento de 0,5 e 0,6 por cento para os EUA neste ano e no próximo e coloca a Zona Euro, nos mesmo períodos, a crescer 1,4 e 1,2 por cento. A Espanha é um dos países que sofre uma correcção mais forte nas suas previsões de crescimento e, depois de uma variação do PIB de 3,8 por cento no ano passado, não conseguirá mais do que 1,8 por cento até 2009.

De acordo com as contas do fundo, Portugal regressará a um ritmo superior à média europeia apenas em 2009.