Já agora, voltando a essa questão. Por volta de 2000 (mais ano menos ano) foi realizado um estudo pela CMVM, salvo erro. Na altura saiu em notícia no Negocios, lembro-me bem (e eventualmente em mais espaços). Certa vez já me fartei de procurar e não consegui encontrar pois acho extremamente importante divulgar (e relembrar) estas questões e esclarecer as pessoas quanto a este tipo de fenómeno...
(se por acaso alguém tiver isso arquivado ou um link era bom se disponibilizasse)
Especialmente porque é o tipo de questão cíclica nos mercados.
Meio mundo (e novos investidores) acabam por esquecer e passado uns anos ninguém tem qualquer problema em emitir Price Targets a torto e a direito ou ao sabor de determinadas "conveniências".
E claro, nunca faltam investidores que vêm no Price Target uma luz que os alumia, que lhe diz o que "realmente vale uma acção", fiando-se assim num valor que... enfim, vale o que vale e que é pouco.
O valor de uma acção é sempre discutível e um price target é um valor subjectivo emitido por alguém, nada mais. Aliás, se alguém acha que os emitentes de price targets são assim tão avalizados na avaliação (passe a redundância) do valor das acções, então para que negoceiam de forma independente? Entreguem-lhes já o dinheiro para eles o gerirem por vocês. Certo?
Ora, se não lhes cedem o capital para eles gerirem, porque se hão-de fiar no valor por eles sugerido?
Como já aqui disse também, as casas de investimento não cobram o público em geral pelo "serviço" de emitir Price Targets.
