rsacramento Escreveu:num tópico recente o MarcoAntonio referia o critério de dois dias para se decidir se uma linha foi ou não quebrada
fui testar na cimpor quando ela lateralizou entre outubro e dezembro do ano passado
Podes usar uma sessão, duas, três sessões até, de confirmação. Mas não é uma regra rígida e deves conjugar isso com o plano temporal em que estás a investir, com a volatilidade do activo, etc.
Não deves ver isso como uma regra rígida e simplista. Aliás, o meu conselho é que não procures regras simples porque não existem regras simples que funcionem. Investir não é "fácil", tipo fazer isto e aquilo e pronto... resulta.
Aliás, para tomares uma decisão (uma coisa é a análise, que aponta neste ou naquele sentido, outra é a decisão em si) tens (ou deves) considerar outros factores. Tipo: como está a tua carteira de liquidez, há alternativas melhores/piores, como está a tendência do mercado em geral, etc, etc.
Isto para voltar ao início: quantos dias deves usar (se é que deves usar algum)?
Não há um valor.
Como regra básica eu aconselho (fora o daytrading) a deixar pelo menos fechar a sessão. Por outras palavras, deve-se «ignorar» quebras intraday, deixar pelo menos quebrar em fecho. E mesmo esta regra não a considero absolutamente rígida.
Depois, se estiver a negociar prazos relativamente alargados, mais uma sessão, duas ou até três. Se for longo/muitolongo-prazo ou uma quebra pouco volátil, com falta de volume, etc que te deixe com bastantes dúvidas, por norma não faz grande diferença.
Quanto às linhas eu traçaria o suporte ligeiramente abaixo e a resistência ligeiramente acima mas é uma mera questão de pormenor praticamente. Aliás, com frequência eu considero zonas de suporte ou resistência em lugar de valores fixos.
rsacramento Escreveu:outra dúvida é: e se em vez de usar o valor de fecho, usar os valores máx/mínimos?
quais as vantagens/riscos destas opções? (como se percebe pela figura, se tivesse usado os mínimos, levava com aquela enorme vela descendente, pelo menos!)
Um dos mais fortes sinais de que uma quebra é "verdadeira" é o volume e a volatilidade. Naquela segunda sessão era de fechar, sinceramente. Não vejo razões para depois de ter quebrado em fecho na sessão anterior, começar a mostrar força e fazer mínimos numa segunda sessão e não fechar quando o suporte até estava relativamente bem definido.
Não se deve "ter medo" em todos os breakouts que seja um falso breakout, isso leva à indisciplina.
Inevitavelmente alguns vão ser falsos breakouts, quanto a isso nada a fazer e como já disse num outro tópico hoje mesmo não há interesse em alargar demasiado os critérios de tolerância, por motivos óbvios (para evitares fechar "erradamente" nuns casos estás a penalizar o resultado em todos os trades que fechaste "correctamente"). Puxas a manta e destapas os pés...
Já agora, deves conjugar também com a relação benefício versus risco: quanto mais apertado for a tua perspectiva de ganho num trade à partida, menos "tolerante" deves ser no momento de fechar o trade falhado.
Lá está, mais uma vez é importante conjugares com outros factores para lá do gráfico puro e duro. Investir é um "bocadinho mais complicado" que analisar. Não convém sequer esconder esse facto, pelo contrário convém estar bem consciente dele...
Espero ter ajudado.
