Caldeirão da Bolsa

Sedes alerta para crise social ....

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por charles » 18/3/2008 13:12

Ai o meu canário :roll: , isto não pára :?:


Crise nos mercados volta a impulsionar juros do crédito à habitação
A crise que se vive nos mercados financeiros e que está a afectar investidores e empresas não se está a restringir a estes agentes. As famílias que têm empréstimos bancários também têm sido afectadas e se em Fevereiro e Março se verificou descidas das prestações dos empréstimos no próximo mês esta tendência deverá terminar.

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Sara Antunes
saraantunes@mediafin.pt



A crise que se vive nos mercados financeiros e que está a afectar investidores e empresas não se está a restringir a estes agentes. As famílias que têm empréstimos bancários também têm sido afectadas e se em Fevereiro e Março se verificou descidas das prestações dos empréstimos no próximo mês esta tendência deverá terminar.

As taxas Euribor voltaram a subir na sessão de hoje e pelo décimo primeiro dia consecutivo, aumentando assim as taxas que serão cobradas pelos bancos quando concederem empréstimos à habitação.

A Euribor a três meses subiu para os 4,654%, o que representa mais 366 pontos do que a taxa verificada a 23 de Janeiro, que foi a mais baixa desde Junho de 2007.

A Euribor a seis meses também subiu, pelo décimo primeiro dia consecutivo, para os 4,650%, o valor mais alto desde Janeiro. E a Euribor a 12 meses avançou para os 4,647%.

Estas taxas voltaram assim a distanciar-se da taxa directora. O Banco Central Europeu (BCE) mantém, desde Junho de 2007, o preço do dinheiro para a Zona Euro inalterado nos 4%.

O problema a que se está a assistir está relacionado com a crise de crédito de elevado risco e as perdas que esta provocou. Muitos bancos registaram prejuízos elevados no final de 2007 devido a esta crise e muitos viram-se na necessidade de recorrer a empréstimos. E esta é a principal razão para a subida das taxas Euribor.

É que as taxas Euribor além de serem indexantes nos empréstimos à habitação são taxas interbancárias, ou seja, são os juros cobrados pelos bancos entre si. E como os bancos que têm dinheiro para emprestar não são muitos, ao mesmo tempo que o risco associado aos créditos está a aumentar, as instituições acabam por cobrar mais para emprestarem e é isso que faz aumentar as taxas Euribor.

Os bancos centrais têm já injectado dinheiro no mercado com vista a acalmar o mercado. Os analistas acreditam mesmo que o BCE vai hoje injectar mais liquidez no mercado, no âmbito das operações regulares de refinanciamento que têm lugar às terças-feiras.

Os analistas consultados pela agência Dow Jones esperam uma injecção adicional de liquidez da ordem dos 20 mil milhões de euros.
Cumpt

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Cadilhe

por mcarvalho » 4/3/2008 9:07

Charles

fonte Bpionline


abraço

mcarvalho
 
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por AdamSmith » 4/3/2008 2:58

Caros companheiros,

É fácil elaborar relatórios como o da Sedes, é fácil apontar as dificuldades, o que está mal, ter um discurso pessimista e derrotista. Não reconhecer que apesar de todos os erros, que apesar do caminho sinuoso percorrido até agora, o país, a sociedade, os cidadãos, tiveram uma evolução impressionante para 30 anos. O que é verdadeiramente difícil é apontar caminhos, desenhar soluções e depois actuar, fazer e saber fazer.
A crítica permanente e obsessiva é contra producente, baralha as pessoas, às tantas já acham que os que estão sempre a protestar estão cheios de razão, quando há minutos atrás tinham exactamente a opinião contrária.
Diz-se que é necessário reformar, reforma-se, não presta está mal feita, é autoritária, não há diálogo. Tivemos um primeiro-ministro que tinha como bandeira o diálogo, foi o que se viu, teve que fugir. Depois tivemos outro que dizia, " o país está de tanga", quando todos pensávamos que iria vestir-nos de outra maneira, talvez de shorts ou talvez de cuecas de gola alta, fugiu, demitiu-se de nos vestir melhor.
Enquanto a discussão for demasiado politica, influenciada pelas cores de cada um, nunca pode ser profícua e colocar-nos no bom caminho, é tempo de todos em conjunto fazermos mais por um país melhor.

Abraço
Adam Smith

<<Nenhum capital posto em movimento produz maior quantidade de trabalho produtivo que o do lavrador.>>
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por Alemao » 4/3/2008 1:11

"Prós e contras" vai falar sobre o alerta da sedes sobre a crise social, nesta última parte do debate.
Aqui o je não aguenta... vai pá deita.
Se quiserem vejam e comentem, que depois venho cá espreitar :wink:

Boas noites
 
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por charles » 4/3/2008 0:01

Mcarvalho bota lá ai a fonte ou o link :!:
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por mcarvalho » 4/3/2008 0:00

Cadilhe diz que Portugal "está em recessão grave"


03/03/2008


"De acordo com o novo Pacto [de Estabilidade e Crescimento] de 2005, o País está em recessão grave quando tiver um decréscimo real do produto efectivo, como [aconteceu em Portugal] em 2003, ou quando tiver uma acumulação de actos negativos, como Portugal tem tido desde 2003", afirma Cadilhe citado pela TSF.

É por isso que, segundo aquele que foi o homem forte de Cavaco Silva nas Finanças "o país está em recessão grave". Aliás, diz Cadilhe, isso só não é reconhecido porque "os políticos não gostam de dizer que o país está em recessão grave e os eurocratas também não".



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por charles » 3/3/2008 23:57

Isto está muito bearish 8-) acho que vou mudar para o pessoal da bola :mrgreen:, já agora podiamos lançar aqui uma teoria da conspiração (se o jotabilo ouve :!: ), será que estes convidados foram a 1ª escolha, ou melhor por quem terão sido escolhidos :twisted: estes ..ou quem sabe chumbados outros ...acho isto muito estranho...estes convidados quero dizer...para a gravidade do problema né :!:

Isto é que é a verdadeira manipulação do "Market Maker" :evil:, em parte compreende-se é para a crispação não se agravar... 8-)
Editado pela última vez por charles em 4/3/2008 0:00, num total de 1 vez.
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por Thunder » 3/3/2008 23:40

Tou a ver..... :wink:

Vamos ver se não descamba.... :wall:
"A grandeza de um homem não está em nunca cair, mas sim em levantar-se sempre após todas as quedas." --- Confucius

"Pague a bondade com bondade, mas o mal com a justiça" --- Confucius

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por charles » 3/3/2008 23:36

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por Lince1979dc » 2/3/2008 0:10

Continuando na minha que poderá estar para nascer algo novo nos proximos anos, formando uma revolução cá em Portugal depois de se terem seguido outras pelo mundo fora.
Lembrei-me deste topico porque vi hoje o Telejornal, eramos mortos ai em Baixo em Lisboa,depois os confrontos em Madrir, depois na Romenia era um caos instalado. Pronto Israel já é normal.
Mas penso que se pode estar a caminho de algo novo, com esa crise financeira, num mundo onde o poder está todo corrumpido.
E onde hoje em diz existe uma enorme luta entre as diversas vagas com a chega da terceira aga de uma forma cada vez mais rápida.
É muita coisa a mudar para que o sistema politico continue na mesma.

PS:
1.ª vaga - Agricultura
2.ª vaga - Industrial
3.ª Vaga - Era do conhecimento.
 
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por charles » 1/3/2008 23:24

Não está em causa reiniciar a discussão sobre os professores.....estas manifestações de certeza vão-se estender em 2008 a todos os sectores, estará aqui, o rastilho da tal crise social que a sedes fala, são varias as manifestações em todo o pais, a paz social em Portugal para mim está muito longe de ser atingida, existe apenas uma paz podre,paz que é só aparente....a crise de identidade e de valores é notória no dia a dia.....parece que vale tudo...não se olha a meios para atingir determinados fins...já se ouve falar em assedio moral :shock: ....


Viana: Mais de três mil professores numa manifestação com muitos lenços brancos para a ministra

Viana do Castelo, 01 Mar (Lusa) - Mais de três mil professores manifestaram-se hoje em Viana do Castelo contra as políticas educativas do Governo e exigiram a demissão da ministra Maria de Lurdes Rodrigues, acenando-lhe com lenços brancos e dispensando-lhe ruidosas vaias.

O protesto, convocado por SMS (mensagens de telemóvel), começou na Praça da República, onde os professores cantaram, em coro e repetidamente, "Está na hora, está na hora, de a ministra ir embora".

Durante mais de duas horas, os professores fizeram ouvir as suas vozes de descontentamento pelas ruas da cidade, tendo o protesto terminado frente ao Governo Civil, onde centenas e centenas de lenços brancos voltaram a esvoaçar, exigindo a demissão da ministra da Educação.

"Ao contrário do que parece que está a passar para a sociedade, os professores não estão nestes protestos por todo o País por causa da avaliação e da forma como ela vai ser feita. A avaliação foi apenas a gota de água que fez transbordar o nosso copo. Estamos fartos de medidas mal pensadas, completamente descontextualizadas, e por isso é que tivemos de sair para a rua", disse à Lusa a professora Fátima Laranjeira.

"Não aguentamos mais esta política, atingimos o ponto de saturação total", acrescentou a mesma docente.

Professora há 23 anos, Manuela Gomes empunhava um cartaz onde se lia "A ministra diz que ouve os professores: estamos aqui".

"O problema é que a ministra não nos ouve. Decide sem nos ouvir. Esta questão da avaliação é uma prova disso mesmo. Não somos contra a avaliação, mas cabe na cabeça de alguém fazer a avaliação dos professores no final do 2º período, quando eles têm tanto trabalho para fazer em casa e quando estão a braços com a avaliação dos alunos? Não seria mais aconselhável deixar essa avaliação para o próximo ano lectivo?", questionava, indignada, Manuela Gomes.

Sem querer dar a cara "com medo de chatices", outra docente referia que os professores "já foram suficientemente avaliados", nas universidades, e sustentava que o que eles precisam agora é de "orientação, supervisão e formação adequada".

Esta professora de Língua Portuguesa, que lecciona desde 1989, disse mesmo que este é "o pior momento de maior tristeza e de maior mal-estar" que já viveu ao longo da sua carreira.

"Se querem mesmo avaliar os professores, então que deixem essa avaliação a cargo de uma comissão externa à escola. Com a avaliação feita por professores da mesma escola, que garantias há de isenção e de análise desapaixonada do trabalho de cada um?", questionou.

Anterior coordenador do Centro de Área Educativa de Viana do Castelo, Aristides Sousa marcou igualmente presença na manifestação de hoje, contra o "autoritarismo" do Ministério da Educação e contra a "divisão artificial" que a tutela criou entre a classe docente, com a "história dos professores titulares e não titulares".

Aristides Sousa criticou, nomeadamente, o facto de os jovens estarem impedidos de aceder à carreira de professor titular, "criando a ideia, de todo falsa, que só a experiência é sinónimo de competência".

"Esta e outras manifestações do género que se estão a realizar por todo o país são a nossa avaliação das políticas do Ministério da Educação", sublinhou.

No meio da manifestação de Viana do Castelo sobressaía ainda um carrinho de bebé, com um miúdo de 14 meses e com um cartaz com a frase: "Também estou colocado a 150 quilómetros de casa".

"Sou de Viana do Castelo mas dou aulas em Marco de Canaveses. Passo lá toda a semana, com o meu filho, enquanto o meu marido fica cá", referia a mãe, professora de educação física há 14 anos e que antes já "penou" pela Guarda, pela Madeira e por Vila Nova de Cerveira.

"Os professores já são tão castigados, penso que não será preciso agora imporem-nos uma avaliação feita de uma forma completamente disparatada e sem qualquer nexo", disse.

Alguns professores envergavam t´shirts pretas com as frases "De luta pela educação", nas costas, e "De luto pela educação", na frente.

"Com esta ministra, o luto e a luta vão continuar", atirava um outro docente, no meio da multidão.

VCP.

Lusa/fim
Editado pela última vez por charles em 2/3/2008 22:28, num total de 1 vez.
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por mcarvalho » 25/2/2008 11:27

Milhares de multas abandonadas nas instalações da extinta DGV


25/02/2008


A situação confusa que se gerou com a cisão da DGV - relatada ao "Público" por funcionários que pediram o anonimato - abrange não só o tratamento das multas como também a descoordenação entre os sistemas informáticos de infracções e condutores.

De acordo com o "Público", a Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária, que resultou da cisão da DGV e que tem agora a competência para processar as infracções rodoviárias, ainda não recolheu milhares de processos que estão armazenados nas antigas instalações daquele organismo.

Ao mesmo tempo, mais de 140 trabalhadores deverão passar para a mobilidade especial, apesar de o instituto contratar desempregados dos programas ocupacionais e empresas de outsourcing para tratar dos processos.
 
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por mcarvalho » 25/2/2008 11:26

Estado perdeu 304 milhões com empresas públicas


25/02/2008


O esforço financeiro do Estado com as empresas públicas aumentou, no ano passado, 190 milhões de euros, mais 28,2% do que em 2006, noticia hoje o "Diário de Notícias".

Segundo dados divulgados pela Direcção Geral do Tesouro e Finanças (DGTF), a injecção de capital totalizou 860 milhões de euros (em 2006 tinham sido atribuídos 671 milhões), enquanto as receitas ascenderam apenas a 556,2 milhões. Feitas as contas o Estado "perdeu" 304 milhões de euros.

A saúde e a banca foram os principais responsáveis pelo maior esforço financeiro. No primeiro caso, a empresarialização dos hospitais obrigou o Estado a realizar aumentos de capital no valor de 150 milhões de euros. Na banca, a explicação está no reforço de capital da Caixa Geral de Depósitos (CGD) no valor de 150 milhões de euros para manter os rácios, sem prejudicar os resultados e os dividendos do banco público. Só que enquanto, as empresas da saúde são em regra deficitárias e não pagam dividendos, a CGD é a maior contribuinte para os cofres públicos nessa matéria.

Os dados da DGTF mostram ainda que o montante dos dividendos recebidos pelo Estado em 2007 atingiu 556,2 milhões de euros no ano passado. Apesar do acréscimo de 4,4%, a remuneração do Estado enquanto accionista está muito abaixo dos encargos com o sector empresarial, o que significa que o Estado "perdeu" com as suas empresas cerca de 304 milhões de euros no ano passado. Em 2006, a diferença entre rendimentos e custos tinha sido de apenas de 23 milhões de euros
 
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por mcarvalho » 25/2/2008 11:24

Sentado em São Bento, Sócrates não vê o país, vê a organização jurídica da "educação" (ou da saúde, ou da justiça) e um molho de estatísticas. Depois toma medidas, que julga aplicadamente pelo seu "bom senso" e pela sua racionalidade imediata, ou seja, superficial. Para ele, governar é "tomar medidas". Imagina com certeza que, "tomando medidas", reforma Portugal. A realidade não entra nesta história. Sem sair do seu mundo abstracto e asséptico, na televisão ou no Parlamento, Sócrates convence, até porque está sinceramente convencido. Mas cá fora, embora incomodado aqui e ali pela autoridade do Governo, Portugal continua igual ao que era."

Vasco Pulido Valente no PÚBLICO





Ipsis verbis

"Uma coisa é certa: as dívidas da Câmara de Lisboa (e certamente de muitas outras autarquias e entidades do Estado central) constituem um poderoso estímulo à impunidade da vida colectiva. Mais: revelam que o Estado, em Portugal, não está submetido ao direito. Este é um verdadeiro desastre. Uma inundação é preferível."

António Barreto no PÚBLICO
 
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por mcarvalho » 25/2/2008 11:10

Automóveis
ACP quer que vendedor possa registar negócio «imediatamente»
O Automóvel Clube de Portugal (ACP) entrega hoje no Parlamento uma petição com cerca de 10 mil assinaturas para alterar as regras do registo automóvel, para permitir que a venda de um carro possa ser registada pelo vendedor

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A necessidade das alterações surge após a entrada em vigor do novo Imposto Único de Circulação (IUC), que passa a tributar o proprietário e não o veículo, não estando, segundo Carlos Barbosa, salvaguardados os direitos de quem vendeu um carro a um comprador que não registou a transferência de posse.

«O que pretendemos com esta petição é que o vendedor de um automóvel possa registá-lo imediatamente quando o vende na conservatória», disse o presidente do ACP à agência Lusa.

Adiantou que têm chegado ao ACP inúmeras queixas de vendedores cujos carros não foram registados pelos compradores que agora se vêm confrontados com o pagamento do novo Imposto Único de Circulação (IUC) de carros que já não são seus.

A legislação do IUC prevê que os carros usados vendidos até 31 de Outubro de 2005 e cujos actuais donos tenham perdido os documentos possam ser registados pelos vendedores, uma excepção que o ACP quer alargar até 31 de Janeiro de 2008.

Consequentemente, os vendedores ficariam desobrigados de pagar o IUC.

A legislação prevê também que os vendedores que sejam confrontados com despesas dos carros já vendidos possam mandar apreender os veículos ou registar a venda, desde que tenham a assinatura do comprador.

Para Carlos Barbosa, estas são soluções que «não protegem ninguém», já que a apreensão de um carro demora «seis ou sete meses».

Por outro lado, questiona o presidente do ACP, se o vendedor não consegue que comprador registe o carro em seu nome como é que conseguirá os documentos com a assinatura do comprador para ser ele a registar o carro.

Carlos Barbosa alerta ainda que a possibilidade de os stands terem os carros sem registar durante seis meses poderá levar à transferência dos carros de stand para stand sem que a propriedade seja alterada.

O presidente do ACP espera que o Governo altere a legislação que «não deixa qualquer espaço ao vendedor».

Lamentou nunca ter sido ouvido pelo Governo, apesar dos pedidos de audiência que fez ao secretário de Estado da Justiça, que tutela os registos e notariado.

Lusa/SOL

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O Exterminador

por charles » 25/2/2008 2:10

Os altos cargos no nosso pais, não são efectivamente uns seres á parte, mas não é menos verdade que no que respeita à aplicação da justiça são seres tentaculares que movimenta muitos interesses e influências, que dessa forma alteram todo o desfecho dos casos de ilegalidades a seu favor, não tenhamos a menor duvida , o descrédito e a revolta crescente referida pela sedes, a crise social e moral é aqui que tem raizes, quando se fala em revolução, eu não irei muito por ai, pelo menos na sua forma violenta (embora já tivesse mais certezas do que agora), a revolução a ter que existir, é de mentalidades,

o que me parece é que não evoluimos nada nestes ultimos 30 anos, basta olharmos para os telejornais, ainda este fim de semana se assistiu a atitudes completamente pidescas e inqualificaveis das nossas autoridades, que continuam tacanhas e tomam atitudes completaments atentatorias de liberdade de expressão e da liberdade de circulação das pessoas em que identificaram pessoas que se manifestavam em local publico...e pasme-se as identificadas foram as que deram entrevistas para os media, isto faz lembrar quando noutros tempos se considerava que para cima de 3 era um ajuntamento e a policia mandava circular

ok podem dizer, na lei que diz que em circunstâncias destas têm de ser identificadas, ok para mim não deixa de ser tien-an-menesco se assim é, então se juntarmos a isto a cena dos policias terem visitado um sindicato por policias à civilcom fins obviamente intimidatorios....e as cenas de um determinado docente que fez um comentario anedotico a proposito do canudo do nosso P.M,e levou com um processo disciplinar em cima .......brrrrr...isto causa arrepios


brrrrr...começo a ter receio de escrever criticas ao "regime", será que não nos damos conta da falta de liberdade com que este governo nos brindou quase desde o principio, começo a pensar que os professores, se em certas coisas não concordo com elas no estado em que se encontram, não é menos verdade que existe uma tentativa de silenciamento e intimidação desta classe, obviamente porque eles têm os livros e a cultura e estes podem moldar o pensar e alertar mais facilmente o povo e serem uma ameaça, são um alvo cirurgico do governo actual

a nivel laboral passam-se autenticas vergonhas, ainda agora num jornal nacional da tv se noticiava que a Insp. de trabalho ia centrar as atenções este ano em fiscalizar situaçoes de atentado à moral e à diginidade de quem trabalha, chamaram-lhe assédio moral por parte de patroes e chefias, tais como humilhações em frente a colegas de trabalho com chamadas de atençã aos gritos, reduzir o trabalho a determinado funcionario chegando ao ponto de isolar o trabalhador numa sala sem telefone sem pc sem nada e ele cumprir lá o horario de trabalho

ou o inverso dar ao trabalhador uma quantidade de trabalho tão grande que estaseja impossivel de concretizar, fazer constante pressão neste sentido, com um unico proposito, a pessoa cansar-se e sair,independentemente da competência da pessoa,as pressoes são gratuitas e inaceitaveis em termos morais e de dignidade nos, não hesito em chamar-lhes pequenos poderes instalados, pequenos diatadores, buçais e aberrantes sem capacidade para evoluir mentalmente e incapazes de se adaptar ao que se passa à sua volta em termos sociais e às exigências extra laborais, sem caracter nem escrupulos, isto é vergonhoso...mas é a realidade, é a inexistência de consciência auto-critica

já aqui referido mas nuca é demais fazer assentar esta luva na mão da realidade de hoje

Eça......


Estamos perdidos há muito tempo...
O país perdeu a inteligência e a consciência moral.
Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada.
Os carácteres corrompidos.
A prática da vida tem por única direcção a conveniência.
Não há princípio que não seja desmentido.
Não há instituição que não seja escarnecida.
Ninguém se respeita.
Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos.
Ninguém crê na honestidade dos homens públicos
.
Alguns agiotas felizes exploram.
A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia.
O povo está na miséria.
Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente.
O Estado é considerado na sua acção fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo.

A certeza deste rebaixamento invadiu todas as consciências.
Diz-se por toda a parte: “o país está perdido!”
Algum opositor do actual governo?... Não




já em posts anteriores fiz referência a esta questão, a ideia que fica é que ao pensarmos desta forma mais critica, somos uma especie anti mudanças que só por se estar a mudar, devemos estar de acordo e aceitar determinadas mudanças?

Independentemente da gravidade das decisoes comprometoras do futuro, movidas por vezes unicamente por interesses pessoais pós cargos publicos, não importa se decide mal sem rumo e sem sentido, e de forma exterminadora de tudo o que é serviço publico, maternidades hospitais, sapes, serviços de ensino publico sem funcionários auxiliares etc..

os cortes cegos nas despesas não podem exterminar serviços de saude nem de justiça nem de educação da forma, calmamitosa para a população tal como aconteceu com as reformas de correia de campos,e da propria ministra da educação,e estão a ser um verdadeiro desastre em termos sociais e humanos, nem todos os fins justificam os meios,as alternativas que deixaram com todos estes encerramentos são muitas vezes inexistentes e aberrantes para as populações mais isoladas, se as verbas são insuficientes modifique-se as percentagens a distribuir pelos ministerios e previligie-se a eduacação a saude e a justiça vamos perceber lá mais para a frente os resultados desta politica desastrosa

O cidadão comum habitualmente utiliza o chico espertismo em muitas situações do dia a dia, é um facto, coisas com mais ou menos importância, algumas delas se infrigirem a lei é punido-um exemplo uma cidadã por não ter dinheiro para pagar a multa por ter andado de comboio sem bilhete, levou 13 dias de prisão efectiva, o deputado, o politico, o ministro o presidente de camara de junta ou o director de um dep.do estado, não é punido se for corrupto e roubar os contribuintes com as habituais fraudes

pelo que tenho lido já houve condenaçoes num caso mediatico sobre pedofilia, (no qual foram envolvidos politicos que -coincidencias ou não - foram rapidamente soltos e ilibados) outros estiveram detidos, mas não em prisoes "normais", e até agora não foram condenados a nada (que eu saiba), lá está nestes casos já se considera que são gente á parte no que respeita à aplicção das leis....pode-se mesmo dizer que estão acima da lei, não tenhamos quaisquer ilusões,vamos ver com quantos condenados vão acabar os casos conhecidos dos ultimos anos, do futebol às camaras municipais,à casa pia, ao financiamento ilegal dos partidos, e outros tantos,

apesar de tudo não me considero pessimista...mas sim um otimista realista....estou sempre a pensar que lá para a frente isto se há-de cômpor, pelo menos tenho essa esperança

deixo a frase que caracteriza a governação deste governo "o exterminador de serviços"

Bons sonhos
Editado pela última vez por charles em 4/3/2008 0:13, num total de 1 vez.
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por Proportions » 25/2/2008 0:54

ftomas Escreveu:
Proportions Escreveu:O que é que resta? Nada. Ao sentimento de revolta segue-se a resignação. O acordar para a realidade que nos diz, de forma cabal, que somos demasiado pequenos para fazermos o que quer que seja. Alguns, inocentes, (ou demasiado novos, talvez), ainda julgam que vão conseguir mudar o mundo... Mas a solidão para esses é tão grande. A pedragulho tão pesado... e a montanha, cheia de armadilhas e demasiado íngreme. É aqui que reside a minha grande dúvida - qual será o efeito dos novos meios de comunicação? Será que pode mesmo mudar alguma coisa?

Não sei.

Terráqueo, Europeu, Português resignado mas não tapado!

Disclosure: E mesmo aquilo que nos chega hoje em dia a alertar para o que se vai passando, não é mais do que uma minúscula e inofensiva gota de água no oceano. Não tenham dúvidas!


Na minha opinião, concordo com o essencial do que disseste, juntaria mais algumas classes profissionais (médicos, por exemplo) e alguns grupos sociais.

Outro terráqueo, Europeu, Português resignado mas não tapado!



Sinto necessidade de fazer aqui uma clarificação. Incluí os professores apenas porque surgiram recentemente notícias que se enquadram no sentimento de revolta difusa a que a SEDES se refere. Eu não penso que os Professores sejam responsáveis pela situação do país, não os junto às outras classes que referi.

Dito isso.. todas (ou quase todas, não as analisei todas...) as classes acabam mais cedo ou mais tarde por funcionar como corporações em defesa dos seus interesses. Parece-me natural, não me parece é correcto... Os médicos não são excepção. Mas, tal como no caso dos professores, também não consigo culpabilizar os médicos pela situação actual. Pode-se dizer que os médicos estão bem e que existem cenas de bradar ao céu com certas "regalias e remunerações" dos médicos. Existem médicos que fazem parte do tal "sistema". Mas a classe como um todo apenas navega no oceano o melhor que pode. Como se trata da saúde, digamos que os ventos sopram e soprarão sempre de feição...


Crómio Escreveu:Parece-me que revolução terá que ser mais global, com origem lá fora e levando-nos por arrasto.

É que isto do controlo de opinião através dos media não é só por cá.
Temos o exemplo gritante dos EUA, que não bastasse a ilusão interna, consegue iludir governos do outro lado do Atlântico, e seduzir as populações ao ponto de um amor e defesa incondicional das suas políticas.
Ai de quem se atreva!


Concordo com a parte da globalização do fenómeno. Em África a situação é bastante mais dramática. Já em países como a Holanda ou a Noruega, tenho a sensação que a situação é bastante melhor que por cá. Mas sem dúvida que existem "Senhores" por toda a parte.

Já a revolução, parece-me utópico. Quem tem o controlo, tem um controlo cada vez maior. De tal forma que já se assiste, na minha opinião, a um "gerir" da crise. Vamos mal, vamos mal, faz-se o que se pode, volta e meia uma notícia boa para alegrar, volta e meia uma notícia má para não se entrar em euforias e a situação continuar "má". Revolução? Já lá vai o tempo em que também eu pensei que ia mudar Mundo... Ah, como eu era inocente.

Terráqueo, Europeu, Português resignado mas não tapado!
 
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por mcarvalho » 24/2/2008 22:48

Crianças pobres

Portugal é um dos oito países da UE com maior pobreza entre os mais novos

Portugal é um dos oito países da União Europeia (UE) onde se registam os níveis mais elevados de pobreza nas crianças, nomeadamente nas que vivem com adultos empregados, segundo um relatório da Comissão Europeia.

Lusa




Segundo o relatório conjunto sobre a protecção social e inclusão social, que é apresentado na segunda-feira e deverá ser adoptado no dia 29 pelo Conselho de Ministros do Emprego e Segurança Social, em Portugal há mais de 20% de crianças (uma em cada cinco) expostas ao risco de pobreza.

O risco abrange tanto crianças que vivem com adultos desempregados como as que vivem em lares onde não há desemprego.

Neste caso, Portugal está em penúltimo lugar e é apenas ultrapassado pela Polónia - ambos com mais de 20% de risco de exposição à pobreza - de uma tabela liderada pela Finlândia e Suécia, com 7% de risco.

O relatório divide os estados-membros em quatro grupos, consoante os resultados nacionais em cada um de três grandes sectores: desemprego, pobreza dos trabalhadores e insuficiência da assistência social.

No grupo A - os que apresentam melhores resultados, com níveis baixo de desemprego, de pobreza nos lares onde há crianças e segurança social eficaz - estão incluídos Áustria, Chipre, Dinamarca, Finlândia, Eslovénia, Holanda e Suécia.

O grupo B integra Alemanha, Bélgica, Estónia, França, Irlanda e República Checa.

Eslováquia, Hungria, Malta e Reino Unido estão no grupo C.

O grupo D, de países onde se registam níveis relativamente altos de pobreza nas crianças, extremamente elevados em trabalhadores e uma fraca assistência social, inclui Espanha, Grécia, Itália, Letónia, Lituânia, Luxemburgo, Polónia e Portugal.

O relatório exclui a Bulgária e a Roménia, os últimos a aderir à União Europeia.
 
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por Crómio » 24/2/2008 14:27

Proportions Escreveu:
...
Sabem as respostas? Não aquelas que ensinam na escola, essas estão nos livros para venda ao público em geral e não correspondem à verdade, infelizmente.
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Os media (TV, newspapers, magazines, whatever) não mostram o que de facto se passa. Quando mostram, fazem-no apenas por inevitabilidade ou por erro "sistema".
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Se analisarem as notícias verificam que mudou a lenga lenga mas o objectivo continua a ser o mesmo: Manter o povo na ignorância e bem domado...
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Em Portugal chegou-se a uma situação estacionária de absoluta alternância entre dois partidos.
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Mas mesmo aquando das revoluções, uma boa parte consegue virar a casaca... É de facto único!
...
Não se pode dizer os verdadeiros motivos aos meninos. São "pequenos" e tristes, muito tristes... E aos graúdos, não convém! Quem sabe sabe, quem não sabe, melhor, continua na ignorância e bem domado.
...
O poder local. Quem não sabe como funciona o poder local em Portugal? O pior é que tudo começa aí. Os favores, as teias, as cumplicidades...
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A teia está demasiado bem montada,
...
Alguma vez o sentimento de revolta difusa a que a SEDES se refere existiria se não fosse a internet? O mail?
...
informação que não pode levar a outro sentimento que não o de revolta.

O que se segue? Não sei.
...
Disclosure: E mesmo aquilo que nos chega hoje em dia a alertar para o que se vai passando, não é mais do que uma minúscula e inofensiva gota de água no oceano. Não tenham dúvidas!


Já tenho pensado para com os meus botões que revolução se poderia dar neste país...

Na realidade não consigo ver nada nesse sentido, a resignação e falta de visão é grande.

Parece-me que revolução terá que ser mais global, com origem lá fora e levando-nos por arrasto.

É que isto do controlo de opinião através dos media não é só por cá.
Temos o exemplo gritante dos EUA, que não bastasse a ilusão interna, consegue iludir governos do outro lado do Atlântico, e seduzir as populações ao ponto de um amor e defesa incondicional das suas políticas.
Ai de quem se atreva!

Ora será Portugal que vai quebrar este 1984?
Alguns profetas o sonharam... talvez os últimos Cavaleiros...

Um abraço

PS: Proportions, parabéns pela síntese.
There are two kinds of investors: those who don't know where the market is headed, and those who don't know that they don't know.

William Bernstein
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por ftomas » 23/2/2008 22:57

Proportions Escreveu:O que é que resta? Nada. Ao sentimento de revolta segue-se a resignação. O acordar para a realidade que nos diz, de forma cabal, que somos demasiado pequenos para fazermos o que quer que seja. Alguns, inocentes, (ou demasiado novos, talvez), ainda julgam que vão conseguir mudar o mundo... Mas a solidão para esses é tão grande. A pedragulho tão pesado... e a montanha, cheia de armadilhas e demasiado íngreme. É aqui que reside a minha grande dúvida - qual será o efeito dos novos meios de comunicação? Será que pode mesmo mudar alguma coisa?

Não sei.

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Disclosure: E mesmo aquilo que nos chega hoje em dia a alertar para o que se vai passando, não é mais do que uma minúscula e inofensiva gota de água no oceano. Não tenham dúvidas!


Na minha opinião, concordo com o essencial do que disseste, juntaria mais algumas classes profissionais (médicos, por exemplo) e alguns grupos sociais.

Outro terráqueo, Europeu, Português resignado mas não tapado!
 
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www.sedes.pt

por cibmic » 23/2/2008 22:39

Já agora dêem uma vista de olhos no site da SEDES.

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Pagar a dizima...

por bboniek33 » 23/2/2008 22:13

...a porta de entrada no Paraiso. :roll:
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por Proportions » 23/2/2008 22:11

dmca1 Escreveu:Vosses falam em revoluções e coisas do genero, que isto ta tudo mal, etc... mas por acaso sabem o que é uma revolução ?!
Sabem qual a finalidade de uma revolução?!
Quando houve o regicidio, sabem qual foi a finalidade?!
A implantação da republica, sabem qual foi a finalidade?!
O 18 de Maio sabem qual foi a finalidade?!
O 25 de Abril, sabem qual foi a finalidade?!
Resumindo, todas visaram o beneficio de alguns, mas não da maior parte...
Pensem nisso...

Não digam que isto esta mal, isso e o que alguns querem que pensemos, nós, cada um de nos e que sabe o que esta mal e o que esta bem, no nosso intimo, no nosso dia a dia, nos e que fazemos o nosso estar bem ou mal....


São pérolas, meus caros, pérolas!

Sabem as respostas? Não aquelas que ensinam na escola, essas estão nos livros para venda ao público em geral e não correspondem à verdade, infelizmente.

dmca1, não quer fazer um pequeno sumário? 8-)

Vou divagar um pouco, o que se segue diz respeito à minha opinião, e é mesmo muito pessoal...

O clima social em Portugal agrava-se de dia para dia, só quem vive noutro planeta não se apercebe do que se vai passando. Mas na minha opinião, a grande diferença entre o que se passa hoje e o que se passava há 100 anos, ou há 500 anos, como queiram, é uma: A massificação a "custo eficiente" dos meios rápidos e eficazes de comunicação. Os media (TV, newspapers, magazines, whatever) não mostram o que de facto se passa. Quando mostram, fazem-no apenas por inevitabilidade ou por erro "sistema". Inevitabilidade quando a fuga de informação é demasiado grande para ser contida ou quando convém mostrar algo de mau, não muito mau, mas que permita gerar alguma discussão, necessária, mas pacífica e sem consequências práticas; Erro do sistema quando há uma zanga de comadres que não foi contida a tempo. Se analisarem as notícias verificam que mudou a lenga lenga mas o objectivo continua a ser o mesmo: Manter o povo na ignorância e bem domado... Isto no que diz respeito aos media que, não tenhamos dúvida, constituem hoje em dia uma força fortíssima.

O dito poder judicial está, modo geral, bem acomodado. Quando lhes tentaram tocar (se é que a coisa não foi combinada...), a coisa foi resolvida a bem e continuam sem fazer ondas.

O poder legislativo e executivo dá a cara. Em Portugal chegou-se a uma situação estacionária de absoluta alternância entre dois partidos. Fazem q.b. para manter todos felizes, os que estão fora do círculo, e os que estão dentro do círculo. Os que estão fora andaram, durante séculos, na ignôrância e bem domados. Os que estão dentro andam, há séculos, a comer e beber à francesa, só incomodados de vez em quando e aquando das revoluções. Mas mesmo aquando das revoluções, uma boa parte consegue virar a casaca... É de facto único!

O poder presidencial, enfim, todos sabemos que é mais simbólico que qualquer outra coisa.

O poder militar. Primeiro tenho de explicar porque é que os militares detém também uma parte do poder. Têm as armas. É tão simples como isso. Hoje em dia as coisas não funcionam como em 74. Vivemos na EU, é muito complicado os militares fazerem ondas. Mas em 74 foi uma parte dos militares que fez a revolução (revolução?). Mas não foi pela liberdade, como ensinam hoje na escola. Não se pode dizer os verdadeiros motivos aos meninos. São "pequenos" e tristes, muito tristes... E aos graúdos, não convém! Quem sabe sabe, quem não sabe, melhor, continua na ignorância e bem domado. Talvez o dmca se queira alongar neste tópico :P Adiante, o poder executivo e legislativo também tentou à pouco tempo esmifrar os militares. A coisa correu mal, claro, outra coisa não seria de esperar. Mas este poder militar não é de facto um poder, pois não o exerce activamente. Funciona mais como poder de auto-defesa da corporação, está lá, mas não o usam, a não ser, claro, que lhes chegue a mostarda ao nariz.

O poder local. Quem não sabe como funciona o poder local em Portugal? O pior é que tudo começa aí. Os favores, as teias, as cumplicidades...

Os professores. Um grande alvo deste governo, que percebeu tarde que se foi meter num paiol, pois uma grande parte da população é professor ou familiar directo de um, por incrível que pareça. Não tenhamos dúvidas, os professores detém uma enorme força de poder. E já a usaram para defesa da classe. Não sei como, este governo conseguiu quebrá-los quase por completo, inicialmente. Há professores que levam porrada hoje em dia! Inacreditável e não tenham dúvidas que este governo foi responsável por isso, dado o descrédito a que levou a classe. Recentemente têm-se visto manifestações supostamente espontâneas, não associadas nem a sindicatos nem partidos políticos. Espontâneas? Dúvido. Associadas a sindicatos não me parece que sejam, mas a partidos políticos não sei. A teia está demasiado bem montada, se for por iniciativa de partidos políticos, então este é um dos tais erros do "sistema". Ou então é uma daquelas excepções, que convém injectar na sociedade, que dá origem a alguma discussão, mas sem qualquer consequência prática. Se a origem não for política, então a situação é grave.

Seria tão grave que mudo de parágrafo.. Seria tão grave porque significaria o acordar de uma parte da sociedade contra o sistema, incluindo os partidos, os que deviam fazer a interligação de camadas, os sindicatos, e a comuniação social, pois foram directamente para a rua.

Volto agora ao início, pos me parece o mais importante: A massificação a custo eficiente dos meios de comunicação. Alguma vez o sentimento de revolta difusa a que a SEDES se refere existiria se não fosse a internet? O mail? Uma parte da população tem hoje acesso regular à internet. Nas camadas mais jovem o acesso está bastante difundido e embora uma parte não se interesse por este género de discussão, recebe, através de apresentações que são hoje difundidas pelo email, informação que não pode levar a outro sentimento que não o de revolta.

O que se segue? Não sei.

Uma revolução como a de 74 está fora de questão, os militares estão bem e não se vão meter em confusões, e os poderes instalados sabem-no bem.

Uma revoluçao pacífica? Tenho muitas dúvidas. O poder instalado não o permite. Até os pobres dos professores que falaram hoje à comunicação social foram identificados... Liberdade de expressão, não era esse um dos objectivos do 25 de Abril?

Uma revolução sangrenta? Nem pensar. Não existem meios e os portugueses (leia-se, o povo) não têm tradição. Mais, nenhuma força externa o apoiaria - Estamos tão bem assim... (O mesmo não se passou em África, pois não?)

O que é que resta? Nada. Ao sentimento de revolta segue-se a resignação. O acordar para a realidade que nos diz, de forma cabal, que somos demasiado pequenos para fazermos o que quer que seja. Alguns, inocentes, (ou demasiado novos, talvez), ainda julgam que vão conseguir mudar o mundo... Mas a solidão para esses é tão grande. A pedragulho tão pesado... e a montanha, cheia de armadilhas e demasiado íngreme. É aqui que reside a minha grande dúvida - qual será o efeito dos novos meios de comunicação? Será que pode mesmo mudar alguma coisa?

Não sei.

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por charles » 23/2/2008 20:42

Crise na PJ do Porto
Subdirector também foi demitido
Por Felícia Cabrita
Artur Pereira, o subdirector da Polícia Judiciária (PJ) do Porto também foi demitido, juntamente com o director do departamento, Vítor Guimarães. Os dois foram acusados de autorizar investigações paralelas às do Ministério Público (MP)


Ambos foram convidados a demitir-se e Vítor Guimarães apresentou ontem a demissão. «O alvo era sobretudo Artur Pereira», revelou ao SOL uma fonte policial, explicando que «Vítor Guimarães, considerado na PJ e no MP um excelente profissional, apanhou por tabela».

Almeida Pereira acaba de ser indicado para novo director da PJ do Porto – confirmou o próprio ao SOL. Procurador da República no DIAP (Departamento de Investigação e Acção Penal) do Porto, Almeida Pereira terá ainda de obter autorização do Conselho Superior do MP para tomar posse do cargo.

felicia.cabrita@sol.pt

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por charles » 22/2/2008 22:49

A PJ parece viver momentos de conflito interno, em especial entre chefias regionais, o caso Madie fez as suas vitimas, fez rolar cabeças, e fez vir ao de cima o mau estar que já se vinha a sentir

este mau estar é perceptivel desde o caso Joana, passando pelo caso da casa pia, o caso do apito dourado e mais recentemente o caso dos seguranças da night agudizou o mau estar interno

esta demissão talvez seja mais um sintoma desse mau estar, era altura de reorganizar e reestruturar esta Policia , na qual, de certa forma, mantinha uma imagem de alguma coesão e alguma blindagem, neste momento, isso não acontece, poderá ser tambem aqui sentida a tal crise de que fala a sedes, deveremos estender esta crise ás instituições :!:

Director da Polícia Judiciária do Porto demitiu-se (act.)

O director da Polícia Judiciária do Porto, Vítor Guimarães, apresentou esta sexta-feira o seu pedido de demisão ao director nacional da PJ, Alípio Ribeiro, confirmou à Lusa fonte policial.
A informação foi avançada pela estação de televisão Sic Notícias ao princípio da noite, sem referir as razões.

A fonte contactada pela agência Lusa disse que a decisão de Vítor Guimarães já é conhecida de outros responsáveis da Polícia Judiciária (PJ) do Porto.

Embora os motivos do pedido de demisão não sejam conhecidos, a fonte adiantou que a mesma poderá estar relacionada com a nomeação pelo Procurador-Geral da República da equipa especial dirigida pela magistrada do Ministério Público Helena Fazenda para investigar os homicídios ocorridos na noite do Porto.

Entretanto, uma outra fonte da PJ precisou à Lusa que a demissão do director da PJ do Porto se terá ficado a dever a «divergências de entendimento quanto à abordagem da investigação» daqueles homicídios ligados ao submundo da noite.

Diário Digital / Lusa


22-02-2008 20:12:00

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