Estratégias de Longo Prazo e Bolsa estar barata ou não.
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Política de distribuição de dividendos
Cara Pata,
Muito obrigado pela tua resposta e dúvidas face à política de investimento fundamentalista que aqui coloquei (até com um pequeno erro que o Pedrom me indicou e que corrigi....o modelo continua a ser meramente ilustrativo). Relativamente à questão que colocas, o pressuposto existente é que as empresas têm uma política de dividendos bem esclarecida. Na Cimpor, salvo erro (porque estou a falar de memória) o "payout ratio" estabelecido ronda os 40%, enquanto nas utilities esse rácio é normalmente superior.
Repara também que eu estimei a política de crescimento de dividendos de longo prazo, tendo em conta os últimos 13 anos de dividendos na Bolsa portuguesa. É verdade que se for ver a história das empresas portuguesas que distribuíram dividendos pelo menos em 10 anos neste período a amostra das empresas cotadas reduz-se substancialmente. A minha decisão passa por escolher empresas que tenham a tal política de dividendos, distribuam sistematicamente dividendos e analisar o crescimento a longo prazo destes.
Nas empresas com menor payout e se os investimentos são bem sucedidos, as empresas tendem a ter taxas de crescimento dos dividendos superiores às que têm "payout ratios" mais elevados.
Não inseri aqui também a questão dos aumentos de capital solicitando mais dinheiro aos sócios, mas essa é também uma questão que entra como critério que utilizo.
Resumindo: não me interessam apenas os dividendos presentes, sendo todos os outros factores que atrás referi muito importantes na política de investimento.
cumprimentos
fundamentalista
Muito obrigado pela tua resposta e dúvidas face à política de investimento fundamentalista que aqui coloquei (até com um pequeno erro que o Pedrom me indicou e que corrigi....o modelo continua a ser meramente ilustrativo). Relativamente à questão que colocas, o pressuposto existente é que as empresas têm uma política de dividendos bem esclarecida. Na Cimpor, salvo erro (porque estou a falar de memória) o "payout ratio" estabelecido ronda os 40%, enquanto nas utilities esse rácio é normalmente superior.
Repara também que eu estimei a política de crescimento de dividendos de longo prazo, tendo em conta os últimos 13 anos de dividendos na Bolsa portuguesa. É verdade que se for ver a história das empresas portuguesas que distribuíram dividendos pelo menos em 10 anos neste período a amostra das empresas cotadas reduz-se substancialmente. A minha decisão passa por escolher empresas que tenham a tal política de dividendos, distribuam sistematicamente dividendos e analisar o crescimento a longo prazo destes.
Nas empresas com menor payout e se os investimentos são bem sucedidos, as empresas tendem a ter taxas de crescimento dos dividendos superiores às que têm "payout ratios" mais elevados.
Não inseri aqui também a questão dos aumentos de capital solicitando mais dinheiro aos sócios, mas essa é também uma questão que entra como critério que utilizo.
Resumindo: não me interessam apenas os dividendos presentes, sendo todos os outros factores que atrás referi muito importantes na política de investimento.
cumprimentos
fundamentalista
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Fórmula
Caro Pedro,
Obrigado....Tens razão....o valor residual neste caso ilustrativo estava "preso" ao valor da primeira acção.
Junto anexo o ficheiro corrigido. Atenta no entanto que isto é apenas um exemplo ilustrativo e não qualquer intenção de produzir um "price target" de compra ou "price target" de venda.
cumprimentos
fundamentalista
Obrigado....Tens razão....o valor residual neste caso ilustrativo estava "preso" ao valor da primeira acção.
Junto anexo o ficheiro corrigido. Atenta no entanto que isto é apenas um exemplo ilustrativo e não qualquer intenção de produzir um "price target" de compra ou "price target" de venda.
cumprimentos
fundamentalista
- Anexos
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MODELO DE AVALIAÇÃO DE DIVIDENDOS BANCA.xls
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O problema é que em alturas de previsão e de expansão do negócio as empresas tenderão a distribuir mais dividendos para acumular capacidade de produção e em alturas em que as oportunidades de negócio não permitem fazer-se isso, tenderão a acumular cash distribuivel em formato de dividendo. Ou seja, corre-se o risco de se acabar fazendo o contrário do desejado, saltar fora em inicio de fases expansionistas e entrar em alturas em que as empresas preveêm dificuldades.
Estratégias de Longo Prazo e Bolsa estar barata ou não.
Caros cibernautas,
hoje decidi abrir um tópico sobre estratégia de investimento fundamental, visando desmistificar a maioria dos banqueiros e analistas que referem que as acções estão caras ou baratas, segundo o modelo clássico de avaliação de acções.
Numa lógica de análise de investimento( a tal que está subjacente à análise fundamental) nós devemos comparar investimento que temos que realizar com capital que retiramos para o nosso bolso. Esse dinheiro na bolsa só pode ser através de dividendos ou de mais-valias. Na verdade, os dividendos não se podem falsear (como as contas das empresas) pois têm de se pagar. Alterações no sentido de redução nos dividendos ao mesmo tempo que as contas parecem melhorar a cada dia, indicam aquilo que designamos por "sinais de dividendo" e levam-nos a estar de pé atrás. Este é o facto que me leva a ignorar objectivamente os resultados, EBITDA e outros elementos na avaliação do valor que estou disposto a pagar por uma acção. "Cash is King" em avaliação quando estamos a por o nosso dinheiro no "caldeirão"!!!
Como ponto de partida, um dividend yield de 6 a 6,5% é tido como um valor de referência. O valor deriva do valor das taxas de cupão dos EUA a 30 anos (5 %) acrescidos de um prémio de risco de 1 a 1,5%.
O segundo pressuposto é que num período de 9 anos o investimento (cotação) tenha sido reembolsado com os dividendos que se esperam tendo em conta a taxa de crescimento média dos dividendos no período histórico considerado, assumindo-se que não existem dados para esperarmos uma inversão de tendência (é melhor com negócios com maior estabilidade).
A estratégia de compra está portanto perfeitamente definida e não depende do "ruído" do mercado.
A estratégia de venda passa pela existência de uma rendibilidade inferior a 3%.
Temos assim um intervalo de trabalho. É claro que seguindo esta estratégia estamos muito pouco tempo a negociar e muito tempo à espera (quer para comprar quer para vender).
Os dados de dividendos são objectivos e perfeitamente observáveis e estamos confortáveis quanto à recuperação do nosso investimento, ainda que exista sempre o risco inerente ao investimento em acções, pelo que deveremos diversificar mínimamente a nossa carteira.
Anexo um documento de trabalho apenas para efeitos ilustrativos e com valores eventualmente não reais.
Este texto é apenas um ilustrativo de que existem estratégias bem definidas em análise fundamental que nos dão potenciais preços de entrada e saída, tal como na análise técnica, sendo que esta última não é objectivamente uma técnica de investimento mas uma técnica que tenta prever a evolução a curto/médio prazo. A análise fundamental é claramente uma estratégia de longo prazo, solidamente e teoricamente bem fundamentada.
cumprimentos
fundamentalista
hoje decidi abrir um tópico sobre estratégia de investimento fundamental, visando desmistificar a maioria dos banqueiros e analistas que referem que as acções estão caras ou baratas, segundo o modelo clássico de avaliação de acções.
Numa lógica de análise de investimento( a tal que está subjacente à análise fundamental) nós devemos comparar investimento que temos que realizar com capital que retiramos para o nosso bolso. Esse dinheiro na bolsa só pode ser através de dividendos ou de mais-valias. Na verdade, os dividendos não se podem falsear (como as contas das empresas) pois têm de se pagar. Alterações no sentido de redução nos dividendos ao mesmo tempo que as contas parecem melhorar a cada dia, indicam aquilo que designamos por "sinais de dividendo" e levam-nos a estar de pé atrás. Este é o facto que me leva a ignorar objectivamente os resultados, EBITDA e outros elementos na avaliação do valor que estou disposto a pagar por uma acção. "Cash is King" em avaliação quando estamos a por o nosso dinheiro no "caldeirão"!!!
Como ponto de partida, um dividend yield de 6 a 6,5% é tido como um valor de referência. O valor deriva do valor das taxas de cupão dos EUA a 30 anos (5 %) acrescidos de um prémio de risco de 1 a 1,5%.
O segundo pressuposto é que num período de 9 anos o investimento (cotação) tenha sido reembolsado com os dividendos que se esperam tendo em conta a taxa de crescimento média dos dividendos no período histórico considerado, assumindo-se que não existem dados para esperarmos uma inversão de tendência (é melhor com negócios com maior estabilidade).
A estratégia de compra está portanto perfeitamente definida e não depende do "ruído" do mercado.
A estratégia de venda passa pela existência de uma rendibilidade inferior a 3%.
Temos assim um intervalo de trabalho. É claro que seguindo esta estratégia estamos muito pouco tempo a negociar e muito tempo à espera (quer para comprar quer para vender).
Os dados de dividendos são objectivos e perfeitamente observáveis e estamos confortáveis quanto à recuperação do nosso investimento, ainda que exista sempre o risco inerente ao investimento em acções, pelo que deveremos diversificar mínimamente a nossa carteira.
Anexo um documento de trabalho apenas para efeitos ilustrativos e com valores eventualmente não reais.
Este texto é apenas um ilustrativo de que existem estratégias bem definidas em análise fundamental que nos dão potenciais preços de entrada e saída, tal como na análise técnica, sendo que esta última não é objectivamente uma técnica de investimento mas uma técnica que tenta prever a evolução a curto/médio prazo. A análise fundamental é claramente uma estratégia de longo prazo, solidamente e teoricamente bem fundamentada.
cumprimentos
fundamentalista
- Anexos
-
MODELO DE AVALIAÇÃO DE DIVIDENDOS BANCA.xls
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MODELO DE AVALIAÇÃO DE DIVIDENDOS BANCA.xls
- (21 KiB) Transferido 219 Vezes
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