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http://pensar-ansiaes.blogspot.com/
A RESERVA DOS TRANSMONTANOS
AVISO URGENTE PERIGO DO INTERIOR
Os habitantes de Carrazeda foram testemunhas vivas de uma luta politica que nunca foi compreenida pela maioria dos seus habitantes. Habituados a viver à sombra das casas grandes que nas suas aldeias lhe garantiam trabalho e o sustento familiar para todo o ano – os denominados “Caciques” – viviam alheios às necessidades básicas como o direito a terem na aldeia eletricidade, àgua, esgotos e boas estradas, homens e mulheres simples sem sonhos e ambições.
Com a chegada inesperadamente do 25 de Abril em 1974, a mudança de nome das Ruas da vila, onde o nome do Dr. Oliveira Salazar, foi de imediato substituido, com o apear – apressado a meu ver – da lápide de um antigo Presidente da Câmara que desempenhou com zelo e honestamente o seu cargo, o povo reagiu e reagiu mal a tanta mudança, castigando os Revolucionários que viveram intensamente esses dias que se seguiram.
Ao puderem fazer ouvir a sua voz em eleições livres e democráticas, o povo de Carrazeda, sempre castigou os Socialistas e o socialismo e pelo contrário beneficiou o partido da direita –CDS- mais tarde também os dirigentes deste partido ao efectuarem uma coligação com o partido – PPD – por desentendimento ou outras causas, os centristas auto-excluiram-se e hoje estão como os socialistas, com vontade mas sem esperança do regresso ao poder, resta ver o tempo passar.
Carrazeda de Ansiães, na década de 1990 já era um concelho adiado. Foram muitos anos desde Abril de 1974, em que nada mudou. Infelizmente nem o nome das Praças e Ruas se manteve, assim como os políticos caseiros eram escolhidos pelo passado dos seus progenitores e também porque filhos de doutores, olhando ao ditado popular que “- Filho de peixe sabe nadar” – mas na prática e na política este aforismo não se concretizou, como deu origem à sucessão, passando os responsáveis pelos destinos do concelho a serem escolhidos por substituição e passados uns meses, legitimamente pelo voto em eleições livres e democráticas.
Não vou falar da inexistência da indústria, ou dos acessos rodoviários .Nem do IC5, que os sucessivos Governos vêem prometendo e muito menos da Barragen de Foz Tua, com as contrapartidas económicas e financeiras que daí vinham para todo o concelho.
Vou prestar sentida homenagem a um Amigo que Deus levou e referia-se na época a Carrazeda como “Mais tarde este concelho, não passa de uma reserva de ìndios”. Na verdade, em pleno século XXI, em Janeiro de 2008, quando confrontado com a notícia de que: - Na aldeia de Castedo do concelho de Alijó, um homem faleceu com ferimentos graves e só foi socorrido, passado 2 horas após pedir ajuda ao 112. A emergência médica INEM de Vila Real faz a versão dos factos à sua maneira, os Bombeiros de Favaios e de Alijó, também argumentam em sua defesa, e os factos aqui ficam o homem morreu – paz à sua alma- e sómente 2 horas da ocorrência apareceu o socorro.
O concelho de Alijó é vizinho do concelho de Carrazeda, se fosse numa das aldeias do nosso concelho o caso era diferente? Têem os nossos Bombeiros meios de socorro para actuarem nestes casos?! Aqui há uns anos atrás uma senhora desmaiou em Carrazeda na Rua, eu e outras pessoas presentes chamamos os Bombeiros locais, dizendo estes para solicitar o médico através do 112 e lá atendeu o 112, com um rol de preguntas crónicas, do género, que idade tem a senhora, está viva, coloquem uma travesseira debaixo da cabeça, qual a Rua onde se deu a ocorrência, a identificação de quem está a pedir auxílio e mais isto e aquilo, o tempo suficiente para a paciente retomar os sentidos, após a ingestão de um pouco de àgua na presença de um clínico que passou pelo local, mais tarde 30 minutos apareceu o carro do INEM.
São os custo da interioridade ò senhor Alberto João Jardim? Nós transmontanos temos todo o direito de pedir auxílio para viver no interior, temos direito a seremos compensaos, poque doutro modo, os heróis vão para o litoral, onde na falta do Aeroporto na Ota, dão dinheiro para outros fins e incentivos e nós?!!
Aqui para nós. Quem tem casa no Porto ou arredores, vai viver para lá. Há quem tenha seguros de vida, contratos com clínicas privadas, e outros meios para salvar a pele – mas também morrem quando chega a hora.Quem pode foge e se a desertificação das nossas aldeias já é hoje um problema, com estas ajudas externas do Governo, sem ambulâncias e outros meios, sem urgências ou médicos, vamos confiar na sorte e no ar puro que ainda vamos tendo? Isso é suficiente? Não acredito que o amor à terra, seja razão suficiente para dizer que vale a pena continuar a viver na reserva e esperar pelo Verão, quando chegam os filhos, os turistas e os curiosos que sorriem para as condições de vida nesta reserva de indios , verso cidadãos transmontanos .
Postado por manuel pinto em 15:00
Marcadores: viver na socieade
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A RESERVA DOS TRANSMONTANOS
AVISO URGENTE PERIGO DO INTERIOR
Os habitantes de Carrazeda foram testemunhas vivas de uma luta politica que nunca foi compreenida pela maioria dos seus habitantes. Habituados a viver à sombra das casas grandes que nas suas aldeias lhe garantiam trabalho e o sustento familiar para todo o ano – os denominados “Caciques” – viviam alheios às necessidades básicas como o direito a terem na aldeia eletricidade, àgua, esgotos e boas estradas, homens e mulheres simples sem sonhos e ambições.
Com a chegada inesperadamente do 25 de Abril em 1974, a mudança de nome das Ruas da vila, onde o nome do Dr. Oliveira Salazar, foi de imediato substituido, com o apear – apressado a meu ver – da lápide de um antigo Presidente da Câmara que desempenhou com zelo e honestamente o seu cargo, o povo reagiu e reagiu mal a tanta mudança, castigando os Revolucionários que viveram intensamente esses dias que se seguiram.
Ao puderem fazer ouvir a sua voz em eleições livres e democráticas, o povo de Carrazeda, sempre castigou os Socialistas e o socialismo e pelo contrário beneficiou o partido da direita –CDS- mais tarde também os dirigentes deste partido ao efectuarem uma coligação com o partido – PPD – por desentendimento ou outras causas, os centristas auto-excluiram-se e hoje estão como os socialistas, com vontade mas sem esperança do regresso ao poder, resta ver o tempo passar.
Carrazeda de Ansiães, na década de 1990 já era um concelho adiado. Foram muitos anos desde Abril de 1974, em que nada mudou. Infelizmente nem o nome das Praças e Ruas se manteve, assim como os políticos caseiros eram escolhidos pelo passado dos seus progenitores e também porque filhos de doutores, olhando ao ditado popular que “- Filho de peixe sabe nadar” – mas na prática e na política este aforismo não se concretizou, como deu origem à sucessão, passando os responsáveis pelos destinos do concelho a serem escolhidos por substituição e passados uns meses, legitimamente pelo voto em eleições livres e democráticas.
Não vou falar da inexistência da indústria, ou dos acessos rodoviários .Nem do IC5, que os sucessivos Governos vêem prometendo e muito menos da Barragen de Foz Tua, com as contrapartidas económicas e financeiras que daí vinham para todo o concelho.
Vou prestar sentida homenagem a um Amigo que Deus levou e referia-se na época a Carrazeda como “Mais tarde este concelho, não passa de uma reserva de ìndios”. Na verdade, em pleno século XXI, em Janeiro de 2008, quando confrontado com a notícia de que: - Na aldeia de Castedo do concelho de Alijó, um homem faleceu com ferimentos graves e só foi socorrido, passado 2 horas após pedir ajuda ao 112. A emergência médica INEM de Vila Real faz a versão dos factos à sua maneira, os Bombeiros de Favaios e de Alijó, também argumentam em sua defesa, e os factos aqui ficam o homem morreu – paz à sua alma- e sómente 2 horas da ocorrência apareceu o socorro.
O concelho de Alijó é vizinho do concelho de Carrazeda, se fosse numa das aldeias do nosso concelho o caso era diferente? Têem os nossos Bombeiros meios de socorro para actuarem nestes casos?! Aqui há uns anos atrás uma senhora desmaiou em Carrazeda na Rua, eu e outras pessoas presentes chamamos os Bombeiros locais, dizendo estes para solicitar o médico através do 112 e lá atendeu o 112, com um rol de preguntas crónicas, do género, que idade tem a senhora, está viva, coloquem uma travesseira debaixo da cabeça, qual a Rua onde se deu a ocorrência, a identificação de quem está a pedir auxílio e mais isto e aquilo, o tempo suficiente para a paciente retomar os sentidos, após a ingestão de um pouco de àgua na presença de um clínico que passou pelo local, mais tarde 30 minutos apareceu o carro do INEM.
São os custo da interioridade ò senhor Alberto João Jardim? Nós transmontanos temos todo o direito de pedir auxílio para viver no interior, temos direito a seremos compensaos, poque doutro modo, os heróis vão para o litoral, onde na falta do Aeroporto na Ota, dão dinheiro para outros fins e incentivos e nós?!!
Aqui para nós. Quem tem casa no Porto ou arredores, vai viver para lá. Há quem tenha seguros de vida, contratos com clínicas privadas, e outros meios para salvar a pele – mas também morrem quando chega a hora.Quem pode foge e se a desertificação das nossas aldeias já é hoje um problema, com estas ajudas externas do Governo, sem ambulâncias e outros meios, sem urgências ou médicos, vamos confiar na sorte e no ar puro que ainda vamos tendo? Isso é suficiente? Não acredito que o amor à terra, seja razão suficiente para dizer que vale a pena continuar a viver na reserva e esperar pelo Verão, quando chegam os filhos, os turistas e os curiosos que sorriem para as condições de vida nesta reserva de indios , verso cidadãos transmontanos .
Postado por manuel pinto em 15:00
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