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Caldeirão da Bolsa

Entre a guerra e a paz... ou a imbecil...idade!

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

Bloqueio do Tópico

por Flying Turtle » 17/2/2003 12:26

Meus amigos

Na sequência do aviso deixado ontem, vou trancar este tópico por considerar que a argumentação relativa ao mesmo se encontra esgotada.

Um abraço
FT
"Existo, logo penso" - António Damásio, "O Erro de Descartes"
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SolDado

por amsf » 17/2/2003 12:23

Caro SolDado!


O Voluntarismo americano fácilmente seria desmascarado se a ONU e o seu Conselho de Segurança fossem realmente democráticos...

Imaginem uma ONU sem Conselho de Segurança e com uma Assembleia (como existe hoje) em que cada país tivesse direito a um voto (inexistência de direito de veto)...decisões aprovadas por 50% + 1...

Imaginem uma ONU com um exército tal como a UNESCO, a FAO e todas as organizações especializadas que ela já possui...

O problema dos EUA é que ele haje a coberto dos seus interesses pessoais...não remove a clique de Saddam e vai embora...remove-a para colocar a sua e fazê-la trabalhar de acordo com os seus interesses geostratégicos e económicos...

Comparação:

Os EUA são uma família com um membro polícia, outro juiz, outro jornalista, outro banqueiro e outro criminoso...todos eles trabalham para o mesmo fim...o engradecimento da família...a coberto de vários poderes, umas vezes honestamente outras declaradamente desonestamente, mas sempre usando a fachada de instituições que deveriam ser isentas...
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Liga Árabe apoiou Saddam! ...porquê falar dos USA?

por Sol Dado » 17/2/2003 0:58

É curioso ver tanto primário anti-americanista agitar o papão do apoio do Bush ao Saddam na guerra contra o Irão, quando a própria Liga Árabe apoiou este ditador!!

E vejam bem o mal que os actuais cobardolas franceses fizeram aos árabes! E vejam como os árabes agrediram israel no primeiro dia da sua existência!

Do "Público on-line":

Liga Árabe

Criação: 22 de Março de 1945. Acordo assinado por sete países árabes. Nasceu da aspiração dos Estados árabes à independência e unidade e é composta por países adjacentes geograficamente, que falam a mesma língua e partilham a mesma cultura e religião

Membros: 22 - Argélia, Bahrein, Comores, Djibuti, Egipto, Iraque, Jordânia, Kuwait, Líbano, Líbia, Mauritânia, Marrocos, Omã, Palestina (a Organização para a Libertação da Palestina foi admitida como membro especial em 1976; desde 1989, tornou-se no membro Estado da Palestina), Qatar, Arábia Saudita, Somália, Sudão, Síria, Tunísia, Emirados Árabes Unidos e Iémen.

Delegações: Permanentes em Nova Iorque e Genebra para as Nações Unidas, em Addis-Abeba para a Organização da Unidade Africana (OUA). Gabinetes em Bona, Viena, Bruxelas, Madrid, Washington, Nova Deli, Beijing, Moscovo, Roma, Londres e Paris. Quartel-general: Cairo (Egipto).

Caracterização: Organização nacional, regional e internacional, que procura promover relações mais estreitas entre os Estados-membros e coordenar políticas e planos económicos, culturais e de segurança.

Objectivos: promover um desenvolvimento conjunto, manter a segurança nacional e a independência dos Estados-membros, e aumentar o potencial da acção árabe. Defende causas nacionais, mas também interesses supremos. Tem também a tarefa de analisar as disputas que apareçam entre países-membros e adoptar resoluções e medidas para as resolver através de meios pacíficos.

Alcance: Numa área de 14 milhõs de quilómetros quadrados, representa 200 milhões de pessoas.

Composição: Conselho dos Chefes de Estado, Conselho de Ministros, Comités Especiais e Secretariado-geral.

Conquistas: coordenação da vida erconómica árabe; União das Telecomunicações Árabes (1953), União Postal Árabe (1954), Banco de Desemvolvimento Árabe (1959, agora conhecido como Organização financeira Árabe). O mercado árabe comum foi estabelecido em 1965 e está aberto a todos os membros da Liga. As cimeiras de 1964-64 estabeleceram um comando militar árabe, que não teve sucesso na tentativa de libertar a Palestina.

Conflitos: Em 1945, apoiou a Síria e o Líbano nas disputas com a França e exigiu que a Líbia fosse independente. Em 1961, apoiou a Tunísia no conflito com a França. Opôs-se à formação do Estado israelita na Palestina e exigiu que esta fosse um todo independente, com uma população maioritariamente árabe. Quando o Estado hebraico foi criado em 1948, os Estados da Liga atacaram-no, mas Israel resistiu com sucesso. A Liga continua a manter o boicote a Israel a às companhias que estabelecem relações comerciais com Israel. O egipto foi suspenso como membro, entre 1979 e 1989,por ter assinado um tratado com Israel, e o quartel-general da Liga mudou temporariamente paraTunes (Tunísia). Durante muitos anos, a unidade política entre os membros esteve dividida entre os pró-Ocidente e os pró-União Soviética. Mais recentemente, a divisão substituiu-se por militantes islâmicos fundamentalistas e árabes moderados. Apoiou o Iraque na guerra contra o Irão (1980-88), mas ficou dividida quando da guerra do Golfo em 1990. Em 1993 fez um comunicado que condenava todas as formas de terrorismo.
 
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Re: Entre a guerra e a paz... ou a imbecil...idade!

por Sol Dado » 17/2/2003 0:32

Sol Dado Escreveu:Enquanto isso, os hipócritas sabem que não há NATO sem USA, e que sem USA não há direito internacional. Não faltará muito tempo para que venha ao de cimo a sua hipocrisia ... e a fúria das multidões se volte para eles, os políticos... que virão a dar o dito por não dito!


Ainda mais depressa do que eu próprio previra... eis que já se puseram de acordo! Até podemos pensar que estes lideres estavam conluiados com os pacifistas e só quiseram dar azo a que se fizessem as "manifs"... para lixar o Blair!

Agora, uma vez tudo passado... já podemos ir para a guerra!!
Mas com que cara ficam os manifestantes? E com que cara fica o Chirac?

http://ultimahora.publico.pt/shownews.a ... idCanal=15

A NATO concluiu esta noite em Bruxelas um acordo que autoriza a planificação das medidas para protecção da Turquia em caso de guerra no Iraque, anunciou um responsável da Aliança.
A França, Alemanha e Bélgica salientaram numa declaração comum que este acordo "não prejudica os esforços em curso" no âmbito da resolução 1441 da ONU para uma gestão pacífica da crise iraquiana. No documento, os três países "salientam que o uso da força não poderá constituir mais do que um último recurso e que todas as possibilidades oferecidas pela resolução 1441 ainda não foram exploradas".
O acordo foi concluído cerca das 23h30 (22h30 em Portugal) durante uma reunião do Comité dos Planos de Defesa (CPD), do qual não faz parte a França desde que deixou a estrutura militar da NATO em 1966.
O compromisso foi possível pelo levantamento das reservas que a Bélgica tinha formulado sobre uma proposta do secretário geral da NATO, George Robertson.
"A Bélgica levantou as suas reservas porque obteve uma resposta satisfatória a várias das suas exigências, especialmente a referência explícita no âmbito das Nações Unidas para a solução pacífica desta crise", declarou o porta-voz do Ministério belga dos Negócios Estrangeiros, Didier Seeuws.
A NATO esteve paralisada durante seis dias sobre a questão da ajuda preventiva à Turquia em caso de conflito no Iraque, depois do veto na segunda-feira pela França, Alemanha e Bélgica. Estes países rejeitaram um pedido americano nesse sentido, alegando que tal faria entrar a NATO numa "lógica de guerra".

Segundo TSF on-line:
22:54
16 de Fevereiro 03
A NATO concluiu este domingo à noite, ao fim de 13 horas de negociações, um acordo que autoriza medidas para planificar a defesa da Turquia no caso de uma guerra ao Iraque, anunciou um responsável da Aliança Atlântica.
Em seguida, a Alemanha, França e Bélgica, que mais resistências demonstraram ao compromisso emitiram uma declaração comum em que afirmam que o acordo hoje aprovado na reunião dos embaixadores da NATO em nada compromete uma solução pacífica para a crise iraquiana.
 
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...alguém se lembra ????

por Bastos » 16/2/2003 21:08

das célebres manifestações pacifistas a propósito da instalação dos mísseis "persingh" na Europa e do célebre slogan "antes cobardes que mortos" estamos a ver o mesmo filme eu sou um europeísta convicto, mas não sou antiamericanista primário, não me esqueço da ajuda na 2ª guerra mundial, da queda do muro de Berlim e do 11 de Setembro...,mas claro há quem prefira o querido Kim o grande líder e as Nomenklaturas, claro desde que se pertença ao sistema :mrgreen:
Bastos
 

por Provedor » 16/2/2003 20:39

Semelhanças e diferenças entre o Iraque e a Coreia do Norte (fonte: Newsweek 13.01.2003):

Armas nucleares... 1-2 Coreia do Norte 0 Iraque
com a recente reactivação do programa norte-coreano espera-se que possam produzir mais umas 6 ogivas nucleares com o combustível de que dispõem. O iraque nunca conseguiu produzir uma arma nuclear.

Armas químicas... 4.500 ton/ano Coreia do Norte ? Iraque
A Coreia do Norte desenvolveu um programa de armas químicas (gás mostarda, fosgénio, sarin e tipo-V) que lhe permite produzir actualmente 4.500 ton/ano a adicionar aos stocks já existentes. Com a maioria do seu arsenal e capacidade de produção destruídas na Guerra do Golfo, os EUA presumem que o Iraque ainda tenha algumas em stock.

Armas biológicas... 1980- Coreia do Norte ? Iraque
A Coreia do Norte iniciou a produção destas armas no início dos anos 80. Dispõe de anthrax, botulismo e peste. Com a maioria do seu arsenal e capacidade de produção destruídas na Guerra do Golfo, os EUA presumem que o Iraque ainda tenha algumas em stock.

Forças armadas... >1 Milhão Coreia do Norte 389 Mil Iraque
A Coreia do Norte dispõe ainda de 4.7 milhões de reservistas e >100.000 elementos das forças especiais. As forças armadas iraquianas são apenas 1/3 do que eram na Guerra do Golfo (950.000)

Mísseis... 800 Coreia do Norte ? Iraque
A Coreia do Norte desenvolveu mísseis que lhe permitem atingir alvos no Japão. O raio de acção destes mísseis é de 1.300 km para os No Dong.

A revista não fala da quantidade dos supostos stocks de armamento proibido, nem do número de mísseis. O raio de acção dos Scuds que ainda existirem é, apesar de tudo, muito mais baixo que os dos No Dong.

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Não sejamos hipócritas...

por JAS » 16/2/2003 20:33

EURODOLLAR Escreveu:JAS disse tudo: é melhor haver guerra e matar já as criancinhas com mísseis, do que ter que esperar um ano para as matar à fome...


Apenas digo que na anterior guerra do golfo não morreram 10% desse número. Portanto o embargo matou muito mais criancinhas do que a guerra, não é verdade?

Millhouse Escreveu:Mas , ó JAS , tu acreditas que a ONU faz aquilo que bem entende mediante um acordo dos países membros ? ... eu diria mais que a ONU faz aquilo que os EUA entendem.


No Conselho de Segurança além dos EUA há mais 4 membros que têm direito de veto. Na resolução que decretou o embargo ao Iraque nenhum desses membros exerceu o direito de veto.
Portanto esses 4 membros:
- ou estavam mesmo convencidos que o Saddam era muito capaz de utilizar os químicos dos remédios para fabricar produtos para utilizar em armas de destruição maciça (e nesse caso as criancinhas ficavam na mesma sem remédios...)
- ou não estavam convencidos e são inequivocamente responsáveis pela morte das criancinhas.
E se agora fazem tudo para perpetuar a situação continuam a ser responsáveis.

Quanto ao nosso partido socialista, de facto, é melhor agora estar calado pois convém não esquecer que era governo na altura e na ONU não votou contra o embargo.

JAS
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Sol Dado

por Ó » 16/2/2003 19:48

gostaria de ouvir a tua opinião sobre o seguinte: Os USA sempre decidiram e fizeram o que quiseram, eles estão a cag.. para o ONU, e outras organizações, mas têm tido nestes tempos recentes, alguma resistência, caso dos metalúrgicos, Protocolo de Quioto, o monopólio da msft, entre outros, sabes porque? Eles têm tido ao longo de vários anos apoiado governos para bem estar não desses países mas para servir os interesses dos States. As culturas orientais, muçulmanas e outras estão a ser a pouco e pouco devastadas, repara em Israel, aquilo parece mais americano que outra coisa, os jovens querem vida "fácil", discotecas a bombar, sexo e rock ´n rool, sem sacrifício, querem apenas dinheiro no bolso nem que para isso recorram regularmente a subsídios hehehe.
No entanto a história tem demonstrado que para o império do "bem estar" dos americanos se manter naquelas proporções, vão ter que saquear outros países retirando-lhes as suas riquezas naturais, e em troca dão umas pistas falsas (repara nesta do powell com imagens de 1991 tiradas a um estudante em Inglaterra, hehehe o que eles não fazem :)
para dar alguma verdade aos seus intuitos e disfarçar a verdadeira razão e intenção. Se os States querem defender realmente o mundo, então que parem de vender armamento, que não estejam constantemente a aumentar o poder militar, que diminuam em gastos militares e que gastem mais na investigação para determinadas doenças, cancro, sida, e com metade do que gastam em armamento, daria para matar a fome quase do mundo inteiro, pelo menos das crianças.
Se querem ter provas então já as têm desde os atentados de 11 de Setembro pois logo a seguir disseram que após o Afeganistão seria o eixo do mal, agora diz-me a Coreia do norte não está mais visível nessas provas? Então porque não atacar antes a Coreia do norte? Não é ela neste momento mais perigosa para o mundo?
Porque agora o Iraque? Claro, já alguém tinha respondido a isto, é uma questão de plano económico para aquela região e que neste momento serviria muito mas aos states, e depois talvez se pense na Coreia, e digo depois, porque já teriam sugado uns biliões com o jogo do petróleo e estariam mais fortes para então passar à 2ª fase.
Seremos nós obrigados a ter os mesmos valores? Os mesmos ideais políticos? Cuba porquê ainda o embargo?
Ó
 

A hipocrisia já começou!

por Sol Dado » 16/2/2003 18:08

Eis as palavras do hipócrita-mor Chiraq:

«Se as inspecções continuarem, os norte-americanos vão vencer graças essencialmente à pressão que têm exercido naquela região que poderá levar ao desarmamento do Iraque», afirmou Jacques Chirac numa entrevista à revista «Time».

Salientando que a França e os EUA não têm quaisquer «divergências quanto ao objectivo - a eliminação das armas de destruição em massa de Saddam Hussein», o presidente francês reiterou que o seu país pretende que «esse objectivo seja alcançado sem haver recurso a uma guerra».
De resto, Chirac deixou um conselho, entre linhas, ao líder do Iraque: «Se Saddam desaparecer, esse será o melhor serviço que ele poderá prestar ao seu povo e ao Mundo». O presidente francês frisou novamente que deseja que os inspectores da ONU prolonguem o seu trabalho no Iraque.
Jacques Chirac considera «que não existe nenhuma razão para fazer uma nova resolução. Estamos no quadro da resolução 1441, vamos prosseguir. Não vejo que uma nova resolução possa trazer mais valias», concluiu o chefe de Estado francês.

Concluindo, o Chiraq não quer uma guerra no Iraque porque uma guerra no Iraque traria como danos colaterais a destruição dos "interesses" que a França tem no Iraque! Ou seja, a França vive à custa do regime do Saddam Hussein... oprimindo assim o povo iraquiano, e ainda consegue colocar o mundo ocidental contra os USA!! ... acabando a fazer festas e carinhos aos americanos!! Só visto!

Realmente, ... os franceses metem nojo! Felizmente o Le Pen é também anti-americano, o que não deixa de criar um delicioso mal estar à "gauche" francesa... e não só!

Para o amigo Milhouse: como vês... até o hipócrita-mor diz que sem os USA não há vitória no Iraque. E pelos vistos até está agradecido pela "pressão" que têm exercido os norte-americanos! Enfim... é preciso ter falta de vergonha na cara!!

Sol Dado
 
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por Millhouse » 16/2/2003 17:49

Jas escreveu

(...)tendo o embargo sido decretado pela ONU, e no caso de esse número ser mesmo verdadeiro, esta é a responsável por essas mortes. (...)a ONU continuará a matar criancinhas enquanto não autorizar uma outra acção contra o Iraque...


Mas , ó JAS , tu acreditas que a ONU faz aquilo que bem entende mediante um acordo dos países membros ? :lol: ... eu diria mais que a ONU faz aquilo que os EUA entendem

agora ali para o nosso amigo Sol

Sol dado escreveu
Enquanto isso, os hipócritas sabem que não há NATO sem USA, e que sem USA não há direito internacional.


Bom , amigo Sol Dado , criou-se uma ideia planetária , ou melhor , institucionalizou-se a ideia no mundo Ocidental de que não há Nato sem os EUA , não há Bolsa sem os EUA e até nem há Corn Flakes ao pequeno almoço sem os EUA :lol:
Deverias saber pela história que os grandes impérios , que marcaram a nossa civilização não deixaram de ser mais uma página na história , e que de insubstituiveis está o cemitério cheio .
No meu ponto de vista os EUA são uma nação e PONTO FINAL , agora a ideia débil de que se sem os EUA a Europa não é nada , o mundo não é nada , por amor de Deus ...
Será que nem um bocadinho da história mais recente , te pode dizer alguma coisa , nomeadamente no caso da ex-poderosa-URSS ?
Quem de facto é o opressor e quem é oprimido ?
Consegues realmente saber ?
Baseias-te em quê ?
Histórias que te contam ? Noticias que lês ? que interesses manipulativos poderá haver por detráz de quem informa ?
Quem é o dono do Jornal ou da Cadeia de televisão que te informou ?
Por ultimo , porque terá a CNN mais crediblidade que a Al-Jazira , talvez porque gostas mais do inglês ... :)


Abraço
Millhouse
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guerra e paz

por jarcorreia » 16/2/2003 17:12

Enquanto a esquerda apoiar o João Soares vamos ter manifestos e manifestações. E vamos ter o Soares a dizer coisas como: "Não está provado que a al-Kéda tem ligações com Sadam". Há muito que o Soares percebeu que o PS só lá vai se engolir uma fatia do PC. O que sobra da estratégia pouco lhe importa. Não se comovam fachavor!
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por EURODOLLAR » 16/2/2003 17:02

Ao menos depois da guerra não vão faltar McDonalds no Iraque!!!
Já agora, o que vai acontecer depois da guerra? Eleições? Ou será que vai ser "nomeado" alguém para governar o país? Hummmmm, boa pergunta...
EURODOLLAR
 

por EURODOLLAR » 16/2/2003 17:00

JAS disse tudo: é melhor haver guerra e matar já as criancinhas com mísseis, do que ter que esperar um ano para as matar à fome...
EURODOLLAR
 

E as criancinhas?

por JAS » 16/2/2003 16:38

António Barreto Escreveu:Nem a União Europeia, a França ou a Alemanha, nem a Rússia ou a China, menos ainda os movimentos sociais e políticos que, por todo o lado, manifestam, sugerem objectivos, fazem propostas e tornam públicos planos de acção. Não sabem de todo o que fazer? Talvez saibam: nada. Deixar tudo conforme está.

O Iraque diz que por causa do embargo a que está sujeito já morreram mais de 500.000 criancinhas.
Muitos media ocidentais apregoam isso pelos jornais de todo o mundo.
JAS Escreveu: (...)tendo o embargo sido decretado pela ONU, e no caso de esse número ser mesmo verdadeiro, esta é a responsável por essas mortes. (...)a ONU continuará a matar criancinhas enquanto não autorizar uma outra acção contra o Iraque...

Apenas quero relembrar que a França, a Alemanha e todos os actuais pseudo-pacifistas, bem vistas as coisas, se colocam na posição de nada mais fazerem do advogarem a continuação desta matança por tempo indeterminado.

JAS
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por EURODOLLAR » 16/2/2003 16:33

Certamente que se fosse habitante no Iraque não teria esta opinião... É tão fácil esquecer que lá também há pessoas, não é? Mas ao que parece são todos fundamentalistas, mesmo as crianças de 3 meses, por isso não faz mal que morram todos.
Como já alguém disse neste fórum, os Estados Unidos foram o único país a lançar uma bomba atómica sobre uma população inocente, para salvar a vida de milhares dos seus soldados... É claro que a vida dos soldados Americanos é muito mais importante que a vida dos cidadãos inocentes dos outros países... Viva o Bush, o salvador do Mundo!!!
PS. Ainda bem que não há petróleo em Portugal...
EURODOLLAR
 

Entre a guerra e a paz... ou a imbecil...idade!

por Sol Dado » 16/2/2003 15:32

As manifestações foram demagogia... que é como "queijo na ratoeira" e apanharam um data de ratos! Muitos destes, temendo ser comidos pelo rato maior... apoiaram o gato!

Nas manifestações de sábado, além da impressionante participação de massas e da inédita fusão de esquerdas e direitas, um facto deve ser realçado. Desapareceram os argumentos favoráveis ao respeito pelo direito internacional e que faziam, das regras das Nações Unidas, o instrumento essencial de acção. Na verdade, passados os primeiros minutos, aquilo contra o que os manifestantes se exprimiam explicitamente era qualquer espécie de intervenção de força da comunidade internacional ou das Nações Unidas, mesmo com apoio do Conselho de Segurança. Foi um esclarecimento útil.

O gato, de Bagdad, afina deliciado os seus bigodes... não sem uma leve sensação de congestão — não é todos os dias que se come um milhão de ratos de pelo ocidental!

Enquanto isso, os hipócritas sabem que não há NATO sem USA, e que sem USA não há direito internacional. Não faltará muito tempo para que venha ao de cimo a sua hipocrisia ... e a fúria das multidões se volte para eles, os políticos... que virão a dar o dito por não dito!

... ou a chamar pelos americanos!

Aguardemos...
Sol Dado
Nota: Deixo-vos esta excelente reflexão:

Vésperas Sombrias
Por ANTÓNIO BARRETO
Domingo, 16 de Fevereiro de 2003
http://jornal.publico.pt/publico/2003/0 ... /ORET.html

Nas manifestações de sábado, além da impressionante participação de massas e da inédita fusão de esquerdas e direitas, um facto deve ser realçado. Desapareceram os argumentos favoráveis ao respeito pelo direito internacional e que faziam, das regras das Nações Unidas, o instrumento essencial de acção.

Há momentos assim, feitos de certezas definitivas, para uns, mas de incerteza e insegurança, para outros. São dias e meses de luta e de esperança, como são dias e meses de medo ou resignação. São tempos propícios à irracionalidade e à razão dominada pela profissão de fé. Os que tomam facilmente partido vivem de proclamações fáceis, de ideias feitas e de reflexos condicionados. Os outros, aqueles para quem as escolhas dependem de factos e de argumentos, procuram sinais entre as sombras da tempestade que se aproxima. Não hesitam, antes pretendem que as suas opções sejam o resultado da razão, o produto da consciência, não o tropismo que tão facilmente leva os homens e as mulheres a arrumarem-se em campos entrincheirados do bem e do mal, do preto e do branco, do rico e do pobre, do mestre e do lacaio. Os que querem escolher livremente sabem que os seus amigos cometem erros e os seus inimigos sofrem. Sabem que os que defendem a liberdade são frequentemente tentados pela arrogância e pelo despotismo.

Não se trata de uma ficção. Nem sequer de uma proposta. Mas de uma hipótese. Vale a pena supor que o governo americano reconsidera a sua participação na Aliança Atlântica e decide, com efeitos imediatos, abandonar as estruturas militares da NATO. Podendo até, recordando aliás uma fórmula utilizada por De Gaulle há quase quarenta anos, manter-se na aliança política. O seu pessoal militar abandonaria todos os órgãos actualmente em funções e as suas unidades de intervenção rápida regressariam a casa. As suas bases europeias seriam abandonadas, sendo desactivadas todas as forças que, do Mediterrâneo ao mar do Norte e ao Báltico, passando pelo Atlântico, asseguram a segurança europeia. De igual modo, as instalações de vigilância, observação e espionagem militar seriam encerradas e entregues aos europeus. A Europa deixaria de estar condicionada pelos Estados Unidos. Seria, finalmente, independente, como dirão muitos. Ficaria assim, por tempo indeterminado, sem protecção nuclear e sem capacidade efectiva de retaliação perante qualquer ataque ou ameaça. O veto franco-alemão e belga é um estímulo a esta política. Pense-se um pouco nas consequências desta hipotética decisão americana, que seria prontamente festejada por tantos europeus fartos da hegemonia americana e amantes do modelo social europeu e da paz europeia. Como disse, é só uma hipótese. Bem real.

Talvez tivesse sido possível evitar a guerra. Talvez ainda seja possível fazê-lo. Algumas condições, todavia, estão hoje ultrapassadas. Ou quase. Se a política externa americana não fosse tão condicionada por Ariel Sharon e seus amigos... Se o governo americano não usasse da arrogância que o seu poderio lhe permite... Se George W. Bush não tivesse tido um comportamento tão errático e confuso... Se a França e a Alemanha tivessem revelado desde o início uma disposição firme e um respeito sólido pela aliança atlântica... Se a União Europeia não tivesse dado sinais de encorajamento ao Iraque... Se os europeus tivessem percebido que não é possível fazer uma União contra ou à margem dos Estados Unidos... Se... Mas talvez seja tarde.

Pode discutir-se o que pretende o governo americano, o que, aliás, nem sempre é claro. O que, infelizmente, não se pode discutir é o que querem os seus opositores. Nem a União Europeia, a França ou a Alemanha, nem a Rússia ou a China, menos ainda os movimentos sociais e políticos que, por todo o lado, manifestam, sugerem objectivos, fazem propostas e tornam públicos planos de acção. Não sabem de todo o que fazer? Talvez saibam: nada. Deixar tudo conforme está. Até ao dia em que, se for preciso, chamam os americanos.

Só pela força o Iraque será contido, desarmado e neutralizado. Essa força poderia ter sido política e diplomática, como poderia ter sido a que resulta de uma ameaça inequívoca. E teria sido uma força não violenta. Mas depressa se percebeu que a ameaça não era firme. A União Europeia estava dividida. A França e a Alemanha decidiram aproveitar a oportunidade para marcar a sua posição seja dentro da União, seja perante o Leste europeu e a Rússia, seja finalmente diante do Iraque e do Islão petrolífero. Desde que o Iraque percebeu que a NATO e as Nações Unidas não conseguiriam ou dificilmente conseguiriam formular uma ameaça séria nem, caso fosse necessário, pô-la em prática, passou a desafiar abertamente a comunidade internacional.

Nas manifestações de sábado, além da impressionante participação de massas e da inédita fusão de esquerdas e direitas, um facto deve ser realçado. Desapareceram os argumentos favoráveis ao respeito pelo direito internacional e que faziam, das regras das Nações Unidas, o instrumento essencial de acção. Na verdade, passados os primeiros minutos, aquilo contra o que os manifestantes se exprimiam explicitamente era qualquer espécie de intervenção de força da comunidade internacional ou das Nações Unidas, mesmo com apoio do Conselho de Segurança. Foi um esclarecimento útil.

É tão fácil preferir a paz à guerra! É tão impecável declarar-se amante da paz! Tão moralmente imaculado repudiar a guerra! Quem, de consciência tranquila, o não faria? Não duvido da sinceridade de tantos quantos, neste sábado, por medo, convicção ou estratégia, mostraram os seus pacíficos sentimentos. Mas é bom que saibam que, como disse ontem Helena Matos neste jornal, não estão a escolher entre a paz e a guerra, mas sim entre a guerra e a chantagem. E ao preferir a chantagem, terão, tarde ou cedo, a guerra. Certamente em piores condições.
 
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