Teixeira Duarte - Tópico Geral
Re: Teixeira Duarte - Tópico Geral
Manuel_13 Escreveu:Sacanita, posso enganar-me mas acho que vais bem a tempo de apanhar o barco.
Trend, e está a preparar-se para registar o maior volume em mais de 5 anos... vale o que vale...
Boas.
Em Fevereiro deste ano e Março, negociou perto de 4 milhões também.
Mas hoje já leva perto de 4.3milhões negociadas a esta hora.
abraços
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Re: Teixeira Duarte - Tópico Geral
RFPB Escreveu:Eu coloquei há uns dias, uma ordem com validade de 1 mês, a 0,34€.
Por agora, se estiver numa de subir, deve parar nos 0,22€.
Nota: Mantenho a minha de posição , a 0,273€.
Boas.
Não achas que estás a pedir muito.
se for aos 0.17, já é muito bom.
abraços
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Re: Teixeira Duarte - Tópico Geral
Eu coloquei há uns dias, uma ordem com validade de 1 mês, a 0,34€.
Por agora, se estiver numa de subir, deve parar nos 0,22€.
Nota: Mantenho a minha de posição , a 0,273€.
Por agora, se estiver numa de subir, deve parar nos 0,22€.
Nota: Mantenho a minha de posição , a 0,273€.
"Se alguém se jogasse para o fundo de um poço, também te jogavas?" - Os meus pais
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Re: Teixeira Duarte - Tópico Geral
Por curiosidade, fui ver esta ação (há tantos anos que não olhava para ela), e vou expôr em termos MP as condicionantes da sua evolução. Uma dúvida remanesce, e se me puderem esclarecer, qual a dívida líquida efectiva (dados díspares que não sei qual o verdadeiro).
No tocante ao RL/serviço da dívida, é de facto interessante e justifica este movimento avassalador (em termos de volume), e uma excelente valorização. Triple Bull, em upswing, a superar a LTD de 9 meses (que vinha desde os 0,17), as 3 MMS, ao ultrapassar os 33% de valorização face a mínimos de 6 meses com o supracitado volume é determinante que consiga superar e estabilizar acima da RF 0,127, porque confirmará que não se trata de mero movimento especulativo std, e essa será a chave para a próxima RF 0,1455 e o target eventual do movimento, no MP, na RF 0,17. Se falhar, deve-se largar com as mais valias no bolso (não esperar pelas quedas consecutivas).
Em termos fundamentais, a desaceleração nas obras públicas e na construção (cresce a 2,6%), e sobretudo os problemas em Angola, o atraso no arranque de 3 concursos chave na Lusitânia (acima de 500M), faz com que o futuro não seja claro! Deve-se aproveitar o momento com optimismo no CP, positivismo no MP mas com Foortes dúvidas no LP.
No tocante ao RL/serviço da dívida, é de facto interessante e justifica este movimento avassalador (em termos de volume), e uma excelente valorização. Triple Bull, em upswing, a superar a LTD de 9 meses (que vinha desde os 0,17), as 3 MMS, ao ultrapassar os 33% de valorização face a mínimos de 6 meses com o supracitado volume é determinante que consiga superar e estabilizar acima da RF 0,127, porque confirmará que não se trata de mero movimento especulativo std, e essa será a chave para a próxima RF 0,1455 e o target eventual do movimento, no MP, na RF 0,17. Se falhar, deve-se largar com as mais valias no bolso (não esperar pelas quedas consecutivas).
Em termos fundamentais, a desaceleração nas obras públicas e na construção (cresce a 2,6%), e sobretudo os problemas em Angola, o atraso no arranque de 3 concursos chave na Lusitânia (acima de 500M), faz com que o futuro não seja claro! Deve-se aproveitar o momento com optimismo no CP, positivismo no MP mas com Foortes dúvidas no LP.
Re: Teixeira Duarte - Tópico Geral
Manuel_13 Escreveu:Sacanita, posso enganar-me mas acho que vais bem a tempo de apanhar o barco.
Trend, e está a preparar-se para registar o maior volume em mais de 5 anos... vale o que vale...
É verdade, está a ser um volume avassalador...
Mas para mim o ideal era agora consolidar aqui nos 0,1280/0,13 um par de semanas e depois sim, na passagem dos 13 deixá-la seguir.
Mas como se viu com a Impresa há uns meses, nem sempre essas condições são cumpridas (dos 13 aos 24 num mês e aos 34 em pouco mais de dois!). A acompanhar
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Re: Teixeira Duarte - Tópico Geral
Sacanita, posso enganar-me mas acho que vais bem a tempo de apanhar o barco.
Trend, e está a preparar-se para registar o maior volume em mais de 5 anos... vale o que vale...
Trend, e está a preparar-se para registar o maior volume em mais de 5 anos... vale o que vale...
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Re: Teixeira Duarte - Tópico Geral
pois. desfiz-me delas apesar dos negocios, com grupo Chinês
Re: Teixeira Duarte - Tópico Geral
Contas rápidas e bem feitas... a diferença que faz haver muito menos juros/dívida
A lentidão na reação é outra verdade... criou uma base de lançamento durante estes meses
Só hoje é que não está lenta, já está nos 13, agora é que vamos ver se há motivação para algo “a la Teixeira Duarte” dos bons velhos tempos
A lentidão na reação é outra verdade... criou uma base de lançamento durante estes meses
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Re: Teixeira Duarte - Tópico Geral
Umas contas rápidas:
A TD lucrou 12.3 milhões no 1º semestre. Extrapolando para todo o ano de 2019, e sendo conservador, dá cerca de 25 milhões.
Isto sem contar com os lucros extraordinários do 3º trimestre da parceria com os chineses, no valor de 22 milhões.
A capitalização bolsista está hoje nos 53 milhões, o que dá um PER anualizado de 2.1, sem contar com lucros extraordinários.
Está a preços de saldo. Ainda bem que a nossa bolsa reage tão lentamente o que dá tempo para tomar posições sem stress...
A TD lucrou 12.3 milhões no 1º semestre. Extrapolando para todo o ano de 2019, e sendo conservador, dá cerca de 25 milhões.
Isto sem contar com os lucros extraordinários do 3º trimestre da parceria com os chineses, no valor de 22 milhões.
A capitalização bolsista está hoje nos 53 milhões, o que dá um PER anualizado de 2.1, sem contar com lucros extraordinários.
Está a preços de saldo. Ainda bem que a nossa bolsa reage tão lentamente o que dá tempo para tomar posições sem stress...
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Re: Teixeira Duarte - Tópico Geral
trend=friend Escreveu:As ordens normalmente são irrelevantes... também muitas vezes estão volumes gigantescos na compra e desaparecem num instante quando é para cair...
Duvido que passe para já os 13... mas atento, muito muito atento pois o target seguinte são os 17, fácil nestas small caps e são só mais de 30%...
Isso também é verdade...
Há alturas em que as ordens desaparecem rapidamente
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Re: Teixeira Duarte - Tópico Geral
As ordens normalmente são irrelevantes... também muitas vezes estão volumes gigantescos na compra e desaparecem num instante quando é para cair...
Duvido que passe para já os 13... mas atento, muito muito atento pois o target seguinte são os 17, fácil nestas small caps e são só mais de 30%...
Duvido que passe para já os 13... mas atento, muito muito atento pois o target seguinte são os 17, fácil nestas small caps e são só mais de 30%...
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Re: Teixeira Duarte - Tópico Geral
cali010201 Escreveu:maturidade Escreveu:Boas.
1milhão de ações negociadas em 1 hora, é muita fruta.
será que isto promete????????????
abraços
Neste momento, o número de ações em ofertas de venda, são cerca de 5 vezes as de compra. Temos cerca de 1,5M de ações para vender e cerca de 300k para comprar...
A olhar para o livro de ordens em vez de olhar para o que está para vir em termos fundamentais? Certamente não está a subir o que está e com o volume que está por causa do livro de ordens!
If I Knew What I Know
Re: Teixeira Duarte - Tópico Geral
maturidade Escreveu:Boas.
1milhão de ações negociadas em 1 hora, é muita fruta.
será que isto promete????????????
abraços
Neste momento, o número de ações em ofertas de venda, são cerca de 5 vezes as de compra. Temos cerca de 1,5M de ações para vender e cerca de 300k para comprar...
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Re: Teixeira Duarte - Tópico Geral
Boas.
1milhão de ações negociadas em 1 hora, é muita fruta.
será que isto promete????????????
abraços
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será que isto promete????????????
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Re: Teixeira Duarte - Tópico Geral
A quebra dos 0,128 pode levar a cotação num ápice para os 0,17. Os resultados serão apresentados no final do mês e pelas vendas é esperado um valor lucro elevado tendo em conta a capitalização bolsista (efeitos extraordinários, mas ainda assim bons resultados sem eles).
If I Knew What I Know
Re: Teixeira Duarte - Tópico Geral "uma opinião"
Bom dia, as primeiras 110.000 juntaram-se às outras na minha carteira.
CumPrim/
ValeAquilino
CumPrim/
ValeAquilino
Eu não sonho, faço planos. (A. S. V.)
"Se ensinares, ensina ao mesmo tempo a duvidar daquilo que estás a ensinar."
José Ortega Y Gasset
Re: Teixeira Duarte - Tópico Geral "uma opinião"
Só "boneco" falante,...
CumPrim/
ValeAquilino
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ValeAquilino
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- T.D.fuga NORTE.png (82.1 KiB) Visualizado 8853 vezes
Eu não sonho, faço planos. (A. S. V.)
"Se ensinares, ensina ao mesmo tempo a duvidar daquilo que estás a ensinar."
José Ortega Y Gasset
Re: Teixeira Duarte - Tópico Geral "uma opinião"
Talvez isto faça sentido,...
Cump/
valeaquilino
Cump/
valeaquilino
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José Ortega Y Gasset
Re: Teixeira Duarte - Tópico Geral
Infelizmente a TDU tem os maiores investimentos em Angola e na Venezuela e são dois países que não ajudam em nada os resultados.
Já tive varias vezes a TDU em carteira com ganhos e perdas mas agora apesar de estar outra vez na mesma zona de entrada das ultimas duas vezes não o vou fazer. O quadro cada vez está mais negro na minha opinião e esta noticia também não ajuda.
Já tive varias vezes a TDU em carteira com ganhos e perdas mas agora apesar de estar outra vez na mesma zona de entrada das ultimas duas vezes não o vou fazer. O quadro cada vez está mais negro na minha opinião e esta noticia também não ajuda.
Um abraço e bons negócios.
Artur Cintra
Artur Cintra
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Re: Teixeira Duarte - Tópico Geral
As contas com Angola não batem certas? É habitual. Naquelas paragens o rigor contabilístico não é o forte. O contrário é que seria motivo de admiração.
Angola foi, desde a sua independência política, saqueada pelos próprios angolanos!!! Não culpem os portugueses por isso!
Angola foi, desde a sua independência política, saqueada pelos próprios angolanos!!! Não culpem os portugueses por isso!
Re: Teixeira Duarte - Tópico Geral
Angola já pagou 182 milhões de euros a construtoras. Mas contas não batem certo
https://expresso.pt/economia/2019-10-11 ... atem+certo
Angola já pagou €182 milhões. Mas há cortes e desacertos nos cálculos
ABÍLIO FERREIRA
Um ano depois da ofensiva diplomática em Luanda do primeiro-ministro, António Costa, ter dado o pontapé de saída, o movimento de regularização das dívidas de Angola às construtoras portuguesas regista avanços favoráveis, mas as contas nem sempre batem certo e uma boa parte dos intervenientes está insatisfeita com os resultados.
O tema é uma moeda de duas faces. Há o lado benigno que resulta de negociações fechadas, pagamentos realizados e dinheiro a circular. Segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros, os acordos firmados “diretamente entre as empresas e as autoridades angolanas” já drenaram 75 mil milhões de kwanzas (€182 milhões) e “representam três quartos da dívida certificada até à data”.
No caso das construtoras, o lado inquietante mistura dívidas não reconhecidas, revisão dos valores, imposição de títulos de dívida pública como pagamento e severas perdas cambiais nas empreitadas registadas em moeda local. Um bom sinal é que as associações empresariais deixaram de lidar com pedidos de ajuda de construtoras desesperadas com as dívidas de Angola. “Pelo que sabemos, o programa decorre sem sobressaltos, segundo os princípios definidos. Muitas empresas já receberam, mas desconhecemos o grau de execução. As únicas queixas decorrem das perdas que resultam da desvalorização cambial”, diz ao Expresso Ricardo Pedrosa Gomes, presidente da Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas e Serviços (AECOPS).
Reconhecer, certificar e acertar o modo de pagamento, sendo que a aceitação de títulos de dívida pública, convertíveis na banca com algum desconto, agiliza a operação. Dito assim, parece simples. Mas há sempre pedras no caminho para remover. Este é um processo “tudo menos linear, em que cada contrato tem de ser escrutinado, podendo surgir divergências e litígios”, reconhece Ricardo Gomes.
PERÍMETRO ESTATAL
Vamos a casos práticos. A Cogedir, uma empresa de projetos, reclama 1,7 milhões de dólares por serviços prestados ao governo da província de Cuando-Cubango, na altura dirigida pelo general Higino Carneiro, entretanto caído em desgraça. Mas as duas partes estão longe de um entendimento. O empresário Moutinho Cardoso fica satisfeito se no rescaldo da operação receber 400 mil dólares. As autoridades “cortaram nos valores do contrato e não reconheceram uma parte dos custos e trabalhos”. Depois, “propuseram o pagamento em Obrigações do Tesouro (OT) a 10 anos”, que a Cogedir recusou. Em resumo, “as contas continuam por acertar”.
A experiência da Lena Engenharia, do Grupo Nov, é semelhante. No rescaldo do ciclo depressivo 2012/15, a dívida somava 8 mil milhões de kwanzas. A cotação oficial à época ditava que um dólar valia 100 kwanzas — a relação atual é de 1 para 378. “70% da dívida já está certificada, mas como decorrem ainda negociações não se avançou para a fase de pagamento”, diz o presidente da Lena, Joaquim Paulo Conceição. O gestor não arrisca um número final.
Nos contratos em moeda local, o valor desfalece por causa da severa desvalorização cambial
A Lena está disponível para receber em títulos de dívida pública, seguindo uma prática generalizada que levou construtoras como a Mota-Engil ou a Teixeira Duarte a acumularem, respetivamente, €152 milhões e €24,5 milhões de títulos de dívida pública. No caso das empresas angolanas, 60% das dívidas (211 mil milhões de kwanzas no total) foram pagas em OT. O conglomerado Elevo, que absorvera construtoras como Edifer, MonteAdriano ou Hagen e esbraceja para sobreviver, já manifestara a deceção por só ter conseguido certificar uma pequena parte dos €160 milhões reclamados. Contactado esta semana, o presidente do grupo, Gilberto Rodrigues, respondeu “não ter disponibilidade para falar ao Expresso”.
Este é “um tema delicado”, dizem os industriais, que não querem ferir suscetibilidades em Luanda, invocando a singularidade africana em que “as faturas são do sexo feminino mas nem sempre dão à luz ao fim de nove meses”.
Uma parte das divergências no acerto de contas, segundo fontes do sector, residirá na definição do perímetro estatal. As construtoras podem estar a incluir na lista das dívidas trabalhos para empresas ligadas a dirigentes do MPLA ou do aparelho de Estado que a Administração Central não reconhece. “É natural que o Governo seja criterioso e descarte dívidas de empresas que, de facto, não são da esfera pública”, reconhece o presidente da AECOPS.
Quando o tema são as dívidas, António Mota, o patrão da Mota-Engil, repete o lema de que “Angola paga tarde, mas paga sempre”. Ricardo Pedrosa Gomes subscreve e reconhece que “o histórico do relacionamento confirma tal visão”. Mas nem sempre o dinheiro chega a tempo. Quando, no fim de 2018, declarou falência, a MSF Engenharia apontou a dívida angolana (€46 milhões) como uma das causas do colapso.
Produção no exterior ganha fôlego. México bate Angola
A indústria da construção opera em 35 mercados. No biénio 2017-18, a produção subiu €900 milhões
A produção das construtoras portuguesas no exterior ganhou um novo fôlego e está em modo de recuperação depois de um mínimo relativo em 2016 (€4,4 mil milhões). No biénio 2017-18, a brigada nacional que opera em 35 países faturou mais €900 milhões, mas está ainda longe do máximo da década (€5,6 mil milhões). A evolução dos novos contratos segue a mesma tendência. A carteira de obras no fim de 2018 estava nos €5,3 mil milhões. Esta década a produção regista uma subida acumulada de €1,6 mil milhões (40%).
A geografia do negócio está em mudança. A novidade de 2018 é que o México ascendeu ao pódio externo (€1,2 mil milhões) puxado pelo desempenho da Mota-Engil, rompendo com a histórica hegemonia de Angola (€1,1 mil milhões). Mas esta glória é efémera. Olhando para os novos contratos é inevitável que Angola regresse à liderança folgada. O continente africano beneficia de uma pedalada mais vigorosa e Angola volta a ser a locomotiva de um pelotão que congrega agentes como Moçambique, Argélia, Malawi e um novo mercado em ascensão — África do Sul (€131 milhões). Com a carteira no México em declínio, o continente americano perde sedução. Mas, Brasil, Peru e Colômbia permanecem como mercados fundamentais. Nas duas geografias, a indústria portuguesa está no top 3 da produção europeia.
Ricardo Pedrosa Gomes, presidente da AECOPS-Associação de Empresas de Construção, Obras Públicas e Serviços, acentua o “mérito da indústria portuguesa” em projetos de grande envergadura e defende “o reforço da cooperação entre Estado e empresas, através da cobertura do risco de crédito e na gestão da dívida para impedir que atrasos no pagamento inviabilizem a afirmação no exterior”. O industrial receia que as posições conquistadas na região subsariana de África estejam “sob a ameaça da cobiça de multinacionais”, depois da União Europeia incluir a região na lista dos financiamentos prioritários. As construtoras portuguesas “precisam de mecanismos de apoio idênticos aos dos seus adversários”, avisa Ricardo Pedrosa Gomes.
Na Europa, o mercado polaco é o único que revela vitalidade (€291 milhões), respondendo por 46% da produção em todo o continente. As construtoras lusas revelam dificuldades em singrar em mercados maduros. A produção no exterior equivale a 6% da balança exportadora de bens e serviços. A.F.
https://expresso.pt/economia/2019-10-11 ... atem+certo
Angola já pagou €182 milhões. Mas há cortes e desacertos nos cálculos
ABÍLIO FERREIRA
Um ano depois da ofensiva diplomática em Luanda do primeiro-ministro, António Costa, ter dado o pontapé de saída, o movimento de regularização das dívidas de Angola às construtoras portuguesas regista avanços favoráveis, mas as contas nem sempre batem certo e uma boa parte dos intervenientes está insatisfeita com os resultados.
O tema é uma moeda de duas faces. Há o lado benigno que resulta de negociações fechadas, pagamentos realizados e dinheiro a circular. Segundo o Ministério dos Negócios Estrangeiros, os acordos firmados “diretamente entre as empresas e as autoridades angolanas” já drenaram 75 mil milhões de kwanzas (€182 milhões) e “representam três quartos da dívida certificada até à data”.
No caso das construtoras, o lado inquietante mistura dívidas não reconhecidas, revisão dos valores, imposição de títulos de dívida pública como pagamento e severas perdas cambiais nas empreitadas registadas em moeda local. Um bom sinal é que as associações empresariais deixaram de lidar com pedidos de ajuda de construtoras desesperadas com as dívidas de Angola. “Pelo que sabemos, o programa decorre sem sobressaltos, segundo os princípios definidos. Muitas empresas já receberam, mas desconhecemos o grau de execução. As únicas queixas decorrem das perdas que resultam da desvalorização cambial”, diz ao Expresso Ricardo Pedrosa Gomes, presidente da Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas e Serviços (AECOPS).
Reconhecer, certificar e acertar o modo de pagamento, sendo que a aceitação de títulos de dívida pública, convertíveis na banca com algum desconto, agiliza a operação. Dito assim, parece simples. Mas há sempre pedras no caminho para remover. Este é um processo “tudo menos linear, em que cada contrato tem de ser escrutinado, podendo surgir divergências e litígios”, reconhece Ricardo Gomes.
PERÍMETRO ESTATAL
Vamos a casos práticos. A Cogedir, uma empresa de projetos, reclama 1,7 milhões de dólares por serviços prestados ao governo da província de Cuando-Cubango, na altura dirigida pelo general Higino Carneiro, entretanto caído em desgraça. Mas as duas partes estão longe de um entendimento. O empresário Moutinho Cardoso fica satisfeito se no rescaldo da operação receber 400 mil dólares. As autoridades “cortaram nos valores do contrato e não reconheceram uma parte dos custos e trabalhos”. Depois, “propuseram o pagamento em Obrigações do Tesouro (OT) a 10 anos”, que a Cogedir recusou. Em resumo, “as contas continuam por acertar”.
A experiência da Lena Engenharia, do Grupo Nov, é semelhante. No rescaldo do ciclo depressivo 2012/15, a dívida somava 8 mil milhões de kwanzas. A cotação oficial à época ditava que um dólar valia 100 kwanzas — a relação atual é de 1 para 378. “70% da dívida já está certificada, mas como decorrem ainda negociações não se avançou para a fase de pagamento”, diz o presidente da Lena, Joaquim Paulo Conceição. O gestor não arrisca um número final.
Nos contratos em moeda local, o valor desfalece por causa da severa desvalorização cambial
A Lena está disponível para receber em títulos de dívida pública, seguindo uma prática generalizada que levou construtoras como a Mota-Engil ou a Teixeira Duarte a acumularem, respetivamente, €152 milhões e €24,5 milhões de títulos de dívida pública. No caso das empresas angolanas, 60% das dívidas (211 mil milhões de kwanzas no total) foram pagas em OT. O conglomerado Elevo, que absorvera construtoras como Edifer, MonteAdriano ou Hagen e esbraceja para sobreviver, já manifestara a deceção por só ter conseguido certificar uma pequena parte dos €160 milhões reclamados. Contactado esta semana, o presidente do grupo, Gilberto Rodrigues, respondeu “não ter disponibilidade para falar ao Expresso”.
Este é “um tema delicado”, dizem os industriais, que não querem ferir suscetibilidades em Luanda, invocando a singularidade africana em que “as faturas são do sexo feminino mas nem sempre dão à luz ao fim de nove meses”.
Uma parte das divergências no acerto de contas, segundo fontes do sector, residirá na definição do perímetro estatal. As construtoras podem estar a incluir na lista das dívidas trabalhos para empresas ligadas a dirigentes do MPLA ou do aparelho de Estado que a Administração Central não reconhece. “É natural que o Governo seja criterioso e descarte dívidas de empresas que, de facto, não são da esfera pública”, reconhece o presidente da AECOPS.
Quando o tema são as dívidas, António Mota, o patrão da Mota-Engil, repete o lema de que “Angola paga tarde, mas paga sempre”. Ricardo Pedrosa Gomes subscreve e reconhece que “o histórico do relacionamento confirma tal visão”. Mas nem sempre o dinheiro chega a tempo. Quando, no fim de 2018, declarou falência, a MSF Engenharia apontou a dívida angolana (€46 milhões) como uma das causas do colapso.
Produção no exterior ganha fôlego. México bate Angola
A indústria da construção opera em 35 mercados. No biénio 2017-18, a produção subiu €900 milhões
A produção das construtoras portuguesas no exterior ganhou um novo fôlego e está em modo de recuperação depois de um mínimo relativo em 2016 (€4,4 mil milhões). No biénio 2017-18, a brigada nacional que opera em 35 países faturou mais €900 milhões, mas está ainda longe do máximo da década (€5,6 mil milhões). A evolução dos novos contratos segue a mesma tendência. A carteira de obras no fim de 2018 estava nos €5,3 mil milhões. Esta década a produção regista uma subida acumulada de €1,6 mil milhões (40%).
A geografia do negócio está em mudança. A novidade de 2018 é que o México ascendeu ao pódio externo (€1,2 mil milhões) puxado pelo desempenho da Mota-Engil, rompendo com a histórica hegemonia de Angola (€1,1 mil milhões). Mas esta glória é efémera. Olhando para os novos contratos é inevitável que Angola regresse à liderança folgada. O continente africano beneficia de uma pedalada mais vigorosa e Angola volta a ser a locomotiva de um pelotão que congrega agentes como Moçambique, Argélia, Malawi e um novo mercado em ascensão — África do Sul (€131 milhões). Com a carteira no México em declínio, o continente americano perde sedução. Mas, Brasil, Peru e Colômbia permanecem como mercados fundamentais. Nas duas geografias, a indústria portuguesa está no top 3 da produção europeia.
Ricardo Pedrosa Gomes, presidente da AECOPS-Associação de Empresas de Construção, Obras Públicas e Serviços, acentua o “mérito da indústria portuguesa” em projetos de grande envergadura e defende “o reforço da cooperação entre Estado e empresas, através da cobertura do risco de crédito e na gestão da dívida para impedir que atrasos no pagamento inviabilizem a afirmação no exterior”. O industrial receia que as posições conquistadas na região subsariana de África estejam “sob a ameaça da cobiça de multinacionais”, depois da União Europeia incluir a região na lista dos financiamentos prioritários. As construtoras portuguesas “precisam de mecanismos de apoio idênticos aos dos seus adversários”, avisa Ricardo Pedrosa Gomes.
Na Europa, o mercado polaco é o único que revela vitalidade (€291 milhões), respondendo por 46% da produção em todo o continente. As construtoras lusas revelam dificuldades em singrar em mercados maduros. A produção no exterior equivale a 6% da balança exportadora de bens e serviços. A.F.
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Re: Teixeira Duarte - Tópico Geral
Rui Sa Escreveu:Artista Romeno Escreveu:Acreditas nesses cp, com revalorizaçoes passadas de imobiliario em angola, eu tenho as minhas duvidas...
Tira 200 M€ aos capitais próprios que ainda fica a cotar a apenas 0,4x CP, isto enquanto a Mota cota a 3x CP. A cotação atual reflete um cenário de pré-falência ou de necessidade dum enorme de aumento de capital, que não está na calha, fruto da saída à bruta do fundo de pensões do BCP e da perceção exagerada do risco da empresa, que é elevado mas não descomunal, desvalorizando o potencial de rentabilidade futura, que é bem real. Mas não me quero alongar muito porque gostava de reforçar ainda mais (tenho participação há mais de 10 anos, dupliquei-a no último ano através de 9 compras).
O que dizia é que não se entusiasmem muito com o imobiliário em Portugal porque deve dar grandes vendas e um considerável lucro, sim, mas só se reflete nas contas a partir de maio de 2021 (resultados do 1T 2021), se a construção do One Living não derrapar, e ao longo dos anos seguintes (5 a 15 anos) para os outros dois projetos (Fábrica 1921 e Vila Rio), portanto é só para quem souber esperar...
Há também o novo projeto em Oeiras com os chineses, mas acho que ainda nem sequer começou o licenciamento, portanto para os próximos 5 anos não são de esperar quaisquer receitas/resultados, os outros três já estão em fase de obras e mesmo assim só de 2021 em diante é que haverá receitas e os previsíveis lucros.
Até lá, acho que ainda têm umas frações do Santa Marinha Design District em Gaia para venda, mas pouco mais, portanto o imobiliário em Portugal deve continuar muito fraco pelo menos nos próximos 6 trimestres.
Rui Sá,
Discordo da parte de que o imobiliário não dará já resultados este ano. Retirei este excerto do relatorio e contas do 1S de 2019:
Em Portugal, o Grupo tem em desenvolvimento um projeto com a designação comercial “One Living”, localizado em Cascais, tendo já sido celebrados até 30 de junho de 2019 contratos-promessa de compra e venda, no montante global de 108.140 milhares de euros, o que garante um acréscimo significativo de Volume de Negócios.
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Re: Teixeira Duarte - Tópico Geral
Bom pelos vistos é a mesma porque a primeira pertence ao grupo da que anda agora a fazer parcerias....
Obrigado pela noticia...
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Um abraço e bons negócios.
Artur Cintra
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Re: Teixeira Duarte - Tópico Geral
Boas, quem é que teria comprado a participação do bcp?
Cumprimentos
J.f.Vieira
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J.f.Vieira
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Re: Maior construtora do mundo procura alianças para disputa
Maior construtora do mundo procura alianças para disputar obras públicas em Portugal
Grupo chinês está a tentar firmar parcerias para entrar em obras no Porto de Sines e no futuro aeroporto do Montijo, segundo o "Jornal de Negócios"
China Construction Third Engineering Bureau Group, que integra o grupo China State Construction Engineering Corporation, o maior grupo mundial de construção, está à procura de parceiros de negócio em Portugal, para concorrer a obras públicas no nosso mercado, revela a edição desta quarta-feira do "Jornal de Negócios".
Construction Third Engineering Bureau Group, que integra o grupo China State Construction Engineering Corporation, o maior grupo mundial de construção, está à procura de parceiros de negócio em Portugal, para concorrer a obras públicas no nosso mercado, revela a edição desta quarta-feira do "Jornal de Negócios".
Uma delegação daquela empresa chinesa esteve em Portugal uma semana para estabelecer as bases de protocolos de cooperação com potenciais parceiros de negócio, podendo a companhia asiática vir a intergrar consórcios com empresas portuguesas ou entrar diretamente no seu capital.
Segundo o "Jornal de Negócios", a China Construction Third Engineering Bureau Group já tem alguns concursos no radar, como o porto de Sines e o novo aeroporto do Montijo.
O grupo de que essa empresa faz parte já concretizou um investimento em Portugal, ao adquirir 50% de uma sociedade da Teixeira Duarte que visa o desenvolvimento de um projeto imobiliário em Oeiras.
A construção poderá agora ser a próxima grande área de entrada de capital chinês em Portugal, depois de nos últimos anos outros setores terem atraído investimento da China, como sucedeu na energia (com a China Three Gorges na EDP e a State Grid na REN), na banca (com a Fosun no BCP), nos seguros (com a Fosun na Fidelidade) e na saúde (a Luz Saúde é também controlada pela Fosun).
Cumprimentos
J.f.Vieira
Grupo chinês está a tentar firmar parcerias para entrar em obras no Porto de Sines e no futuro aeroporto do Montijo, segundo o "Jornal de Negócios"
China Construction Third Engineering Bureau Group, que integra o grupo China State Construction Engineering Corporation, o maior grupo mundial de construção, está à procura de parceiros de negócio em Portugal, para concorrer a obras públicas no nosso mercado, revela a edição desta quarta-feira do "Jornal de Negócios".
Construction Third Engineering Bureau Group, que integra o grupo China State Construction Engineering Corporation, o maior grupo mundial de construção, está à procura de parceiros de negócio em Portugal, para concorrer a obras públicas no nosso mercado, revela a edição desta quarta-feira do "Jornal de Negócios".
Uma delegação daquela empresa chinesa esteve em Portugal uma semana para estabelecer as bases de protocolos de cooperação com potenciais parceiros de negócio, podendo a companhia asiática vir a intergrar consórcios com empresas portuguesas ou entrar diretamente no seu capital.
Segundo o "Jornal de Negócios", a China Construction Third Engineering Bureau Group já tem alguns concursos no radar, como o porto de Sines e o novo aeroporto do Montijo.
O grupo de que essa empresa faz parte já concretizou um investimento em Portugal, ao adquirir 50% de uma sociedade da Teixeira Duarte que visa o desenvolvimento de um projeto imobiliário em Oeiras.
A construção poderá agora ser a próxima grande área de entrada de capital chinês em Portugal, depois de nos últimos anos outros setores terem atraído investimento da China, como sucedeu na energia (com a China Three Gorges na EDP e a State Grid na REN), na banca (com a Fosun no BCP), nos seguros (com a Fosun na Fidelidade) e na saúde (a Luz Saúde é também controlada pela Fosun).
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J.f.Vieira
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