Wuzzu. Escreveu:SFT Escreveu:Falling Wedge. O problema é aguardar pelo rompimento, sobretudo quando se está dentro.
Não te preocupes pois estás acompanhado
. Eu estou dentro e comprei bastante a 1.74 e reforcei a 1.71. Contrariamente ao Eagle que só olha para a divida, e até que será porventura capaz de dizer que o reforço no capital da lusoponte pode ser disparate, eu entendo que os negocios da Mota têm muito de ir vendendo ativos valorizados, e esperar pela valorização dos outros. A lusoponte é um exemplo de um ativo que será muito valorizado com o novo aeroporto.
Com isto tudo não quero dizer que não haja uma componente importante de risco nos mercados tumultuosos da america latina e africa. Porém, em muitos deles é aí que estará o maior crescimento mundial e onde crescer é facil. Ou seja, Angola é problemático, mas crescer é quase que a única via. Isto não quer dizer que a Mota não se possa dar mal. Eu acredito que não, mas podemos tb pensar no que sucedeu ao Dia e mesmo à sonae no brasil, etc..
Ou seja, não é negócio para principiantes...
wuzzu.
Wuzzu, antes de mais um disclaimer: não tenho posição curta ou longa na Mota, nem me parece que vá ter tão cedo (a menos que me convenças que a Mota afinal está a maior desconto que o resto do meu portfolio).
Uma questão:
Quais são e quanto achas que valem esses activos que eles ainda têm para vender e que poderão sair valorizados? Tinha ideia, da última vez que li as contas com mais atenção, que eles já tinham despachado a maior fatia dos activos extra construção.
Estive a tentar ver e fiquei com um nó. Há para lá activos que nunca mais acabam, mas não estão sistematizados e é difícil saber quais são materiais. Por exemplo, no relatório semestral não aparece a Lineas, tive que ir ao anual. Lá, dizem que sobra vender
LINEAS , da LUSOPONTE , da CRT e COPEXA, mas isto é meter um monte de coisas no mesmo galho. Conseguimos estimar quanto vale a Lusoponte porque houve uma proposta pública recente, mas falta tudo o resto.
Por outro lado há PPPs na América Latina e em África, que também não dá para saber quanto valerão (nem percebo bem, numa leitura diagonal, se os resultados delas estão consolidados ou não).
A insistência do Eagle na dívida faz sentido, embora me pareça um pouco exagerada. A verdade é que a administração deixa os investidores às escuras em relação ao valor dessas posições.
Basicamente têm: 1784M de dívida, 644M de caixa, 155M de títulos de dívida Angolana e 150M a receber da Cosec. Portanto a dívida é o menor dos problemas (835M de dívida líquida se considerarmos os títulos de dívida Angolana ao face value, 910M se considerarmos um hair cut de 50% (parece-me exagerado).
Mas mais importante que isso: 227M de capital próprio (que caiu de 307M em 2017, 330 em 2016 e 370 em 2015).
Há certamente activos que valem acima do capital próprio e que eles tencionam vender para abater à dívida. A verdade é que isso tem acontecido com os activos da ex Ascendi, mas por outro lado a verdade é que mesmo com todas essas alienações acima dos capitais próprios, estes estão muito abaixo de há uns anos.
Portanto:
1) ou o valor oculto aumentou ou a empresa está a desvalorizar de forma mais ou menos acelerada.
2) há algo que te sugira que o valor oculto aumentou apesar das volumosas vendas acima do valor na altura escriturado?
3) em que medida uma empresa com 227M de capitais próprios (que caem aceleradamente) valerá 400M (market cap aproximada actual, se tivermos em conta as acções próprias)