Caros Ifa e Álvaro,
Factos:
Fundamentalmente, nada justifica a queda de 0,34 para 0,20 a premiar a Liderança total do Grupo (23% nos shares comerciais televisivos e no cabo, excluindo SIC1, os outros canais SICs exclusivos do cabo têm mais audiência juntos que o nº1 exclusivo do cabo), na redução do passivo a uma média de 6% ao ano, aumento da facturação em quase 5% no 1ºt face ao homólogo, a aumento de 98% nas chamadas de valor acrescentado. Nada justifica o Grupo Impresa valer 490 milhões de euros em 2005 quando o passivo era de 244 milhões e era segundo face ao Grupo Tvi/mediacapital e agora valer 33 milhões de euros sendo líder, com mais canais, com aumento da facturação (tendo-se visto livre dos cancros de 2005 e adicionado mais canais e empresas viáveis), com um passivo de 176 milhões (Métrica Internacional Europeia sectorial e até a Market cap MediaCapital colocariam o valor actual, não especulativo, Ipr à volta dos 150 milhões de euros).
Impresa falhou a meio de Março os dois marcos de fronteira para não só a inversão Bull como a sua explosão (RF 0,34 e LTD 2 anos), cancelando a subida ao Evereste. Quebrou há algum tempo a decisiva MMS50 (que marca em definitivo a performance CP e MP da Ipr), A actual Resistência nos 0,20 é pouco relevante e abaixo apenas existe, com carácter formal SF 0,13 (mínimos históricos). Portanto continua a ser viável shortar jogando com o disparo de stops e de trailing stops mas….com uma condicionante temporal.
Considerações 100% especulativas:
Existia uma regra não escrita numa grande corretora ligada a um banco no final do milénio passado que abaixo de 50 Milhões de Mcap Europa e 1B Mcap USA, fundos e Institucionais não investem, nem se estava autorizado a aconselhar clientes, Longos ou curtos (sob pena de processo disciplinar). Hoje em dia os valores devem estar bem acima. Para todos os mercados, mas neste caso o mercado Português, existem shorts Institucionais de grande dimensão (trabalham maioritariamente via Londres) e só se debruçam sobre as nossas "Big caps" (todas elas consideradas small e medium caps para Hedge Funds Americanos).
Shorts via pequenos hedge funds/boutiques financeiras: Depois para as small e micro caps existem Boutiques financeiras com hedge funds coligados que têm abordagens para múltiplos activos, todos os sectores e dimensões, Long&Short, concertados e não (via Barcelona e Madrid, Lisboa e Londres). Qual a vantagem dos mesmos? Flexíveis e operam apartir de pequenos montantes em cada activo (apartir de 250.000€ até dezenas de milhões num só activo).
Modus operandi para Small e micro caps - Em Portugal é obrigatório declarar posições Short apartir de 0,5% do capital da cotada, então para nunca se expôr publicamente posições curtas, emprestam-se tranches até esse %. Para posições maiores, terão de ser diferentes empréstimos a várias sociedades e por vários cessionários (ex: empréstimo de mais 841.000 ações cedidas pelo Norges bank e por ele desnecessária e ingenuamente reportado oficialmente aquando da AG).
Requer ações com liquidez e semi-desconectadas dos ciclos Bull/Bear Bolsistas e macro (tal como a IPR que tem uma média a 20 anos de 490.000 ações/dia e de 1.150.000 nos últimos 6 meses, e as suas maiores valorizações/desvalorizações foram em contra-ciclo Bolsista), com ressaltos técnicos evidentes, Institucionais inativos na price action, níveis de free float acima dos 25%, informação prévia ou teorização sobre os eventos do Grupo empresarial (gere-se as fases do short com base em a) informação/previsão/ extrapolação, b) evolução técnica,c ) flexibilização constante de posições, d) gestão e controlo sobre volumes agregados).
Imaginemos sem qualquer rigor, que apartir do segundo terço de Março e da "teorização sobre o RL do 1ºtrim. associado à LTD2Y+RF 0,34 D ", permitia a) a inversão da price action e montantes de 100.000/300.000 ações eram colocadas em venda, primeiro suavemente e depois consecutivamente, em blocos, não permitindo que compradores sustentassem a ação (nunca mais de 3% do total de ações pode estar envolvido nesta estratégia short de 1 ou 2 players - 5 milhões de ações). b) Gerar "Medo": Ofertas de Venda em sistema ostensivamente "grandes" e em patamares próximos, vendas "disparatadas" de 400.000 ao melhor, a perder % 4,5%, deliberadamente para romper blocos e a profundidade do lado comprador.
c) Deterioração dos Indicadores técnicos, dupla falha crucial na ultrapassagem supra-referida, novo aumento da liquidez com pressão vendedora real, momentum anulado, ciclo de vendas acentuado pelo disparo de stops e de trailing stops automáticos ou controlados.
d) Finalizar com a recriação de um suporte, que quebrado leva a novo disparo maciço de vendas (onde o short começa a fechar posições comprando), e a uma destruição da narrativa bull (abaixo de 0,20 com o primeiro sinal nos 0,24). Após essa fase e numa descida tendente a lateralização, iniciar processo suave e demorado de compra de ações, ordens simuladas de compra, que vão desaparecendo ou reduzindo-se, que se anulam com as ordens de venda reais. Inter Vendas e compras de micro blocos de ações (140, 975, 4), em que se procura manter a liquidez e volumetria no mercado, em que se deve comprar 10x mais do que as ações que se vende.
O deadline seria 5/10 de Junho, onde se passaria para
Net Long ("info" apartir de dia 10 de Junho) em função do crescimento dos resultados de Julho Impresa (+ou-4 milhões líquidos?), também com receios da "pólvora seca" que muitos investidores do lado Longo têm guardada, e seria outra inversão total da estratégia e da exposição dos ex-curtos". Imaginação tudo isto!
nota - Não consegui obter esta resposta. Alguém sabe se os 3,2 milhões da venda do terreno da SIC em Carnaxide à Lidl (em Março) vai ser declarado no próximo trim., ou se esta receita extraordinária não vai existir porque o terreno já não pertenceria ao Grupo?
- Impresa RF 0,208 RF 0,24D SF 0,13D Bear CP&MP.gif (25.27 KiB) Visualizado 4525 vezes