Àlvaro Escreveu:Ifa, aceito essa opinião, mas tenho lido informação em sentido contrário e não foi nas redes sociais. Os argumentos são vários e com fundamento.
Lê aqui um texto que saiu num jornal:
"O antigo responsável da AdC assume que esta operação “vai colocar desafios em termos de análise”. O primeiro passo será a identificação das sobreposições de atividade entre a Cofina e a Media Capital. O caso mais flagrante será no serviço de televisão: as duas empresas têm canais de televisão de grande relevância no panorama nacional.
Em primeiro lugar, explica Pedro Marques Bom, é necessário entender que existem dois mercados separados em termos de televisão: o free-to-air (ou seja, os canais em sinal aberto, que dependem essencialmente dos anunciantes); e o pay-TV (os canais que apenas são acessíveis através de assinaturas de serviços de televisão por cabo ou satélite). Se o prisma da análise for o dos mercados separados, então existe uma concorrência clara entre a CMTV e a TVI24, dois canais portugueses com grande enfoque na informação disponíveis nos serviços pagos de televisão.
Porém, alerta Pedro Marques Bom, a taxa de penetração dos serviços de televisão paga é muito elevada em Portugal. De acordo com dados da ANACOM, no final do ano passado, 85,9 em cada 100 famílias clássicas portuguesas tinham serviços de televisão por subscrição nas suas casas — e isto introduz na equação a TVI generalista. Para a maioria dos utilizadores, os canais generalistas são concorrentes com os do cabo e estão à distância de uma “fração de segundo”. Para grande parte dos portugueses, basta um clique no comando para alternar entre os clássicos RTP1, SIC e TVI e a CMTV".
Olá, parece-me que outro dado que faz com que seja bastante diferente do negócio Altice, é que a TVI está efectivamente a morrer, com audiências quase ao nível da RTP1, e com a Prisa também em dificuldades a TVI corre sérios riscos de desaparecer. A Autoridade da Concorrência não vai ignorar esta conjuntura que é bastante diferente de há 2 anos.