Àlvaro Escreveu:(...) Sim, seria bom a Cofina conseguir comprar, mas se não comprar isso não é mau para a Impresa. Repara que caso o regulador autorize a compra da Tvi, a Altice terá o timing exacto para atacar a Impresa. Como é que o regulador vai dizer que sim num caso e não noutro? Claro que dirá que sim e aí a NOS vai à Cofina que é o que faz sentido pois a Isabel dos Santos que tem muita NOS.
A hipotética compra da Media Capital pela Cofina seria uma compra de uma empresa de media por outra empresa de media. A operação, penso, seria aprovada pelas autoridades regulatórias. No caso de tentativa de compra da Impresa pela Altice, tratar-se-ia de uma tentativa de compra de uma empresa de media por uma empresa de telecomunicações.
Assim, não percebo porque é que as autoridades regulatórias, aprovando a compra da Media Capital pela Cofina, teriam que também aprovar a compra da Impresa pela Altice, tanto mais que, como referi, não são operações semelhantes e já anteriormente tinha parecido que a autoridade da concorrência "chumbaria" a aquisição de uma empresa de media por uma operadora de telecomunicações (a aquisição da Media Capital, justamente, pela Altice), ou criaria grandes entraves a tal, tendo a Altice, em face disso, preferido, então, retirar a oferta de compra da Media Capital e, talvez, aguardar melhor altura para voltar à carga.
As autoridades regulatórias poderão vir a aprovar uma hipotética compra da Impresa pela Altice (porventura com exigências que inviabilizem o interesse da Altice em tal operação), não digo que não, mas, se tal acontecer, não é porque aprovou anteriormente a compra de uma empresa de media por outra empresa de media, por exemplo, a compra da Media Capital pela Cofina, pois, como mencionei, trata-se de operações de tipo diferente, com implicações muito diferentes no mercado de telecomunicações e no mercado dos media.
Uma coisa
não obriga à outra!