Optimiza,
Coloquei alguns comentários no seguimento do teu post para reforçar a troca de ideias , como sempre, com tranquilidade e fundamento .
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Porque este 3º trimestre foi de encontro à tradição do sector e do Grupo Impresa - resultados fracos no sempre fraco 3º trim., coloca-se o acento tónico no CRESCIMENTO (facturação, liderança, resultados, publicidade, chamadas VA, digital), mas desgosta-se a desaceleração na redução de dívida e a perda de receita na importantissima rúbrica "subscrição de canais".
Como notas positivas:
1 - Crescimento de 17% no Ebitda: Ebitda ajustado de indemnizações nos 15,2M /// 22M anualizados 2019 (falta o eterno melhor trimestre) versus 18M em 2018 e 15,2M de Ebida ajustado em 2017. Rácio de 1 para 2 entre Ebitda (22) e Capitalização Bolsista (42) é Notável.
São factos – Nada a cometar
2 - Crescimento de 94% nas chamadas de valor acrescentado (12,5M ano com margem bruta de 90%)
1. São factos – Apenas destacar que nos resultados trimestrais, seja notório o abrandamento devido do negócio. A forte liderança do horário manhã, voltará a fazer crescer a percentagem no próximo trimesre, .
3 - Crescimento da facturação Grupo Impresa em 4% (como mais de metade do crescimento só se verificou apartir de Abril (liderança SIC 7 canais de mais de 6%, este crescimento vai-se acentuar) . Receitas consolidadas acima dos 130 milhões em 9 meses (180M em 2019
6 - Crescimento das receitas publicitárias Grupo SIC em 6,2% anualizados (como mais de metade do crescimento só se verificou apartir de Abril, este crescimento vai-se acentuar
- A publicidade de televisão poderá crescer até à fasquia dos 12-15 % no 4 trimestre – valor que representa 4 -5 milhões adicionais, fruto dos sucessigos ganhos de quota e evidencia de campanhas massivas que estão a passar de que são exemplo ( NOS, GALP, ENDESA CALZEDONIA, EMPRESAS DE net ETC). e claro que se trata de um período de forte investimento publicitário ( 4º) , mas falamos de empresas a passar 3 e 4 SPOTS é muito forte !
Nota : O mercado não é elástico , logo………………
4 - Resultados de 9 meses no melhor nível nos últimos 5 anos - duplicando os lucros face a 2018
5 - Resultado anual nunca inferior a 7 Milhões de euros (PER 6)
Aponto para valores de 8 milhões, como sabes e sem ajustes já poderiam representar em 2019 ( 9-10) . Muito forte,face aquilo que sabemos e muita gente se esquece ( 41 milhões de cap!)
7 - Redução constante do Passivo do Grupo líder esmagador (mais share do que TVI e RTP juntas), desde há 8 anos, de apenas 179M face ao futuro passivo Cofina de 52M + 257 Milhões da compra (Prisa+minoritários+passivo media Capital), mais 85M de aumento de capital (que reduzirá dívida de 309M para 224M). Serviço de dívida anual Grupo Impresa baixou 11,3% (via redução de juros e de capital em dívida)
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1 - Redução do passivo desacelerou: Decepcionante a redução de 10M YoY para 179M, a) quando as receitas aumentam 4% (e vão aumentar mais no último trim), b) quando as taxas de juro médias baixaram 1,2% para o Grupo Impresa, c) quando as despesas de investimento/sede/meios técnicos/estúdios ficaram largamente no 1º e 2º trim.
Passivo = Não esperava grande variação nesta fase! Período de elevado investimento em conteúdos e autopromoção ( NAZARE, TERRa brava, Arvore dos desejos Casados) muita coisa a levar ao mesmo tempo num trimestre de fraca faturação.
Como notas negativas
2 - No passado, a redução anual do passivo era de 9M/média ano mas para uma estrutura de receitas e de margens deprimidas pela posição de mercado e por não ter a explosão de receitas de valor acrescentado (no digital e nas chamadas de valor acrescentado)
3 - Incompreensível Perda de receitas na subscrição de canais em 11,8% para uns meros 35M anualizados (com outros operadores) após terem aumentado de forma impactante apenas o contrato com a Altice.
Comentário 2 e 3:
Aqui sim merece mais aprofundamento, mas também deveremos perceber se os novos contratos negociados irão inverter esta tendência. O aumento de share deverá traduzir-se em mais poder negocial !
4 - O facto de a Mediacapital ter liabilities éticas, deontológicas e jurídicas BANIF até 984 milhões de euros, suja a imagem de todo o sector e desvaloriza os activos Media como um todo.
https://www.jornaldenegocios.pt/empresa ... taques3notíciascompatro
5 - Quebra incompreensível de 1% na receita do publishing para 25M anualizados, quando se esperava um crescimento de 4% graças a contratos transversais de publicidade e sponsors.
Comentário – Parece-me que se deveu essencialmente aos produtos alternativos, o digital tem caminhado…. Parece-me!
Porque o efeito monetizado da liderança, nas suas 5 vertentes, está ainda em crescendo (e a negociação dos disccounts só se começou a sentir em Abril/Maio), as perspectivas de curto e de médio prazo são de facto as melhores (reforço de 25% para 50% em Dez), mas deve-se ter uma Gestão mais assertiva financeira e comercialmente (esperava melhor no 3º trim.).
CEO “conta melhorar os resultados até ao final do ano, tanto no que respeita ao crescimento das receitas como através de uma melhoria da eficiência operacional, com vista a aumentar o EBITDA e os resultados líquidos, mantendo-se igualmente a tónica na redução da dívida, para diminuir o rácio dívida líquida/EBITDA do Grupo”.
Comentário : Opinião pessoal não a comento e tu também conheces a minha posição ,
Abcp e agradeço mais um interessante post
Bons negócios