Re: Impresa - Tópico Geral
Enviado: 16/3/2020 14:58
A Impresa fechou ou está para fechar?
Será este o sector mais penalizado, não me parece...
Será este o sector mais penalizado, não me parece...
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http://caldeiraodebolsa.jornaldenegocios.pt/
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J_Investidor Escreveu:Boas.
Triste comportamento desta cotada. Depois da apresentação de bons resultados, a Impresa cai como se não houvesse amanha.
Tenho uma pequena posição que não venderei a estes valores porque acredito no futuro da empresa, mas que este comportamento é medíocre, lá isso é.
Abraço e bons negócios
InvestorM Escreveu:optimiza Escreveu:LISBOA_CASINO Escreveu:Sr, Presidente, Srs Administradores, Sr, Diretor Geral MESTRE Daniel Oliveira, Brilhante Sra da Apresentaçáo, Exma Sra D. Cristina Ferreira e a todos os colaboradores da SIC.
O meu obrigado
por este excelente ano de 2019 e só não direi fantástico porque o Presidente afirma que, fantástico. é o inicio de 2020!
Se o mercado reage ou não.
Quero lá saber !
Continuarei a ser acionista da empresa que irá duplicar os resultados semestrais a apresentar em Setembro de com maior crescimento de resultados em 2020 ( pelo menos até Julho de 2020 (Resultados semestrais a duplicar e acima dos 6 milhões).
Ps: obrigado optimiza, e InvestidorM pelas trocas de ideias sobre os números que temos avançado e que permitiram reforçar a confiança que temos nos mesmos. Provavelmente, poucos foram os posts que estiveram tão perto dos resultados a 6 meses de distância.
Embora as audiências não sejam muito relevantes no dia a dia da acão, ajudam a traçar projeccoes de resultados crediveis.
Alvaro, nunca foi fácil pregar no deserto, mas talvez seja compensador !
Bons negócios
Boa noite, resultados IPR foram de facto excecionais para um primeiro ano que começou em 7 Fev (incompleto portanto) de crescimento e liderança do Sic1+6 canais (23,3% de MShare - consolidados apenas em Junho e nas tabelas comerciais apenas em Setembro), e das plataformas Expresso no digital/online/papel. Como já comentámos, o mispricing Impresa atinge agora foros de irracionalidade (benchmark setorial, benchmark Psi20 e benchmark S&P500) e , capitalizando a 33M quando já deveria estar a capitalizar, pelo PER actual, pelo Passivo/Ebitda e pelo RL actual, hoje devia ter uma Capit. Bolsista de 116M/0,7€ por ação (máx. histórico acima de 1.000M/6€ ação), e isto sem qq pendor especulativo via parceria/OPA/fusão (lá em baixo vou expecular sobre RL2020 e outros factores adicionais de multiplicação da irrisória cotação).
O IFA actualizou continuamente informação sobre decisões, shares e estratégia IPR, enquanto Lisboa Casino e o Álvaro foram os únicos a alvitrar que o PER Impresa era o melhor, globalmente, de todo o sector..e de facto é! PER de 4.3 (=168M ações*0,202€/7.835€RL) , face a um PER médio de 14,8 no PSI, PER médio de 24,7% nos Media da Europa/Ásia e América do Norte (nem os Benchmarks Comcast, At&T Time Warner, TF1 ou RTL chegam sequer a 2/5 desta performance, de 18,9 no S&P500 e de 23,8 no Compx.
Investor M, projetou de forma irrepreensível os resultados (face aos "meus" 6M, os seus 7,6M de RL a IPR deu 7,8M/ face ao "meu" PER estimado de 5,2, o "seu" PER de 4.6 a IPR deu 4.3 (PER/Price earnings ratio » define o nº de anos que demora a "pagar" as ações com o seu resultado líquido). Projeta um RL2020 de 11,3M face à minha projeção de 13,2M*.
Análise resumida dos Resultados financeiros e concorrenciais de 2019 e extrapolação para próximo ano 2020 (primeiro ano completo do novo grupo Impresa):
2 aspetos Insuficientes: 1/ Apenas 74,2% YoY de crescimento dos IVR (chamadas de valor acrescentado) para 11,2M, quando esperava 13,3M (desaceleração da subida no 3º e 4º trim. que deveria ter atingido os 100% de crescimento » receita mais sedutora de todas porque tem uma margem operacional única em termos empresariais » 94% de fillet mignon). Área vital para as projeções 2020 porque tem de atingir os 14M.
2/ O Ebitda negativo de 2,1M da sub-holding InfoPortugal, Incompreensível como é que a única sub-holding com perdas é a que fatura menos, a única que não está em força no Digital, a única que não é estratégica nem relevante para o Grupo (porquê este trash container?). Em 2020, esta área devia passar a rentável, fundida, vendida ou eliminada.
10 aspetos Muito Positivos:
1/ Resultados líquidos da IMPRESA de 7,8 M€ (+150%), um aumento de 4,7 M€ relativamente ao período homólogo do ano passado(PER4,3).
*2020 » De uma forma puramente conjetural, assumindo um crescimento de 5% e de aumento de custos em 1,4% (apesar de os custos financeiros se reduzirem ano após ano), remontando o Forward PE 12M a) pela evolução explícita do RL 4ºtrim 2018 para 4ºtrim 2019; b) pela evolução % do RL do 3º trim. 2019 para o 4º trim. 2019; c) pela projeção histórica 2018/19/20 de 1,1 RL 1ºtrim (2º melhor trim. anual porque beneficia da facturação efectiva da maioria do cash publicitário Natalício de Novembro e Dezembro), face ao 4ºtrim, d) considerando a redução do RL noutros 12,8M e a redução dos encargos financeiros em 8% face a 2019, chegariamos a 13,2M RL 2020 e a um forward PE 2020 de 2,57 (para a cotação actual).
2/ O EBITDA superou os 25,1 M€, registando uma melhoria de 38,6% face ao EBITDA de 2018. A melhoria no desempenho operacional da SIC ficou patente no aumento de 35% do EBITDA que alcançou os 27 M€.
* 2020 - sem os pesados investimentos de 2019, com a redução continuada do passivo e maior receita, o EBITDA tem de alcançar "OtoPatamar" » 35M. Iniciar também programa de recompra de ações de forma a reduzir free float a 25%.
3/Os canais SIC, ou seja, a SIC generalista e os 6 canais por cabo, terminaram o ano de 2019 a liderar com uma quota de mercado de 23,3%, um crescimento de 2.5 p.p. quando comparado com o ano de 2018. Domínio nos targets comerciais que dão o fulcro da receita publicitária (A/B C D 15/54 e A/B C D 25/54).
*2020 - Projeta-se a manutenção dos 25% de market share dos 7 canais alcançado na 2ª quinzena de Dezembro e mantida até final de Fevereiro.
4/ DIGITAL Topmanagement1/ Agregado de sites da SIC apresentou, em 2019, uma assinalável melhoria face aos resultados obtidos no ano anterior, +71,2%, tendo registado uma média de 16.324.691 visitas por mês em 2019.
* 2020 - aumento das visitas mensais em 10% e de 80% na receita publicitária digital (em desenvolvimento no último quadrimestre 19).
5/ DIGITAL Topmanagement2/ Número de leitores e assinantes digitais EXPRESSO volta a crescer O EXPRESSO é também a publicação portuguesa líder na circulação digital paga, vendendo, em média, em 2019, mais de 27 mil exemplares por edição. Receita média por assinante baixa no digital mas aumentou o nº de assinantes e aumentou a receita publicitária do publishing via digital.
* 2020 - aumento dos assinantes digitais em 5% e aumento de 80% na receita publicitária digital.
6/ DIGITAL Topmanagement3/ • O agregado de sites do Expresso apresentou uma melhoria de 19,6% em termos de média mensal de visitas em 2019 face à média mensal do ano 2018, tendo registado uma média de 11.836.363 visitas por mês em 2019.
* 2020 - aumento das visitas mensais em 10% e de 80% na receita publicitária digital (em desenvolvimento no último quadrimestre 19).
7/ Resultados financeiros 2019 de -7,3M, terão de melhorar 2,7M em *2020 (acréscimo contextualizado em 2019), fruto da redução consecutiva de 8/9% na dívida líquida e do seu menor custo médio (-40bp?)
8/ As receitas totais do Grupo IMPRESA atingiram 181,9 M€, um crescimento de 5,6%, relativamente ao volume de negócios de 2018. Para este valor contribuíram, em particular, os aumentos nas receitas de publicidade (+7,4%) e de IVR’s (+74,2%).
*2020 - O crescimento das receitas terá de atingir no mínimo 5% tendo por base renegociações da distribuição internacional, Nos e Vodafone, explosão da receita publicitária digital (+80%?), exportação de programas e novelas, nova parceria empresarial em streaming com a Altice (outra?), IVR´´ com crescimento mandatório de 18%, crescimento marginal da publicidade tradicional (2%).
9/ Excelente controlo de custos operacionais que aumentaram apenas 1,8%, resultante do aumento da actividade e da melhoria no desempenho da empresa. Em 2020 os custos operacionais só deviam aumentar 1,4%.
10/A dívida remunerada líquida diminuiu 12,8 M€, em termos homólogos, situando-se em 166,4 M€ , o valor mais baixo desde 2005, ano da tomada de controlo de 100% da SIC.
*2020 - Com dívida e serviço de dívida cada vez menor, com RL+facturação cada vez maiores, no final de 2020 a dívida líquida terá de estar abaixo dos 150M (menos 17M de dívida)
Buzzwords 2020 (a reforçar): Estratégia Digital (bombar na publicidade, monetização, page views)/Direção de programas e entretenimento (Daniel O. é a chave de todo o projeto)/ Liderança no Publishing e nos 7 canais SIC/Vendas Internacionais/Parceira 50/50 oficial no streaming e parceria 100% conteúdos e publicidade com rádios G Renascença/Reentrada media no PSI20 com Cofina em Nov./atingir 80% CB Cofina pós-AC/Qualidade ímpar nos Estúdios+régie (25M), câmaras Hd/equipamentos gerais (20M) , instalações (40M)e terrenos sede (30M)/motivação dos RH/+ venda de packages publicitários integrados da Sic generalista e 6 canais cabo até às subholdings do digital e publishing.
Excelente análise do Optimiza. Parabéns! Confesso que já tinha passado os olhos e, só depois de fazer a minha própria análise, voltei a ver. Que curioso, muito parecidas! Talvez tenha sido influenciado mas sinceramente os dados são os que acredito. Deixo então as minhas notas, depois de uma leitura mais cuidada ao Relatório enviado à CMVM:
• Evolução muito positiva das receitas: 182 M€ Vs 172 M€ - uma clara melhoria operacional muito relevante
• Aumento das amortizações: (5.8)M€ Vs (3.5M)€ - demonstram o aumento do investimento (estúdios+material). Não distingui no Balanço os valores de investimento, talvez já tenham sido explicados em R&C anteriores. Vou estar atento ao R&C quando for apresentado aos accionistas.
• Aumento dos custos financeiros: (7.6)M€ Vs (6.4) M€ - apesar da enorme redução do passivo, os custos financeiros aumentam, o que pode estar relacionado com os custos com comissões com o empréstimo obrigacionista. Apenas como exemplo, caso tenha pago uma comissão de colocação aos bancos de 3%, gera um custo de 1.5M€, valor que não se repete em 2020. Também a taxa de juro associada a esse financiamento obrigacionista é superior a outros financiamentos bancários (4.5% vs taxas abaixo de 2% em vários financiamentos bancários) mas reduz a pressão nos passivos correntes e diversifica as fontes de financiamento, o que melhora a capacidade de negociação de todo o restante passivo.
• Enorme redução do passivo corrente: 120M€ Vs 163M€ - redução de 43M€ no passivo de curto-prazo, o que induz uma tranquilidade muito grande na gestão da tesouraria e permite definitivamente focar-se no desenvolvimento do negócio, não estando tão dependente das «boas vontades» do sistema financeiro
• Aumento do passivo não corrente: 128M€ Vs 108M€ - fruto do financiamento obrigacionista, permite aumentar os prazos de financiamento, o que reduz a pressão sobre a tesouraria
• Aumento dos capitais próprios: 133M€ Vs 125M€ - direto dos RL e por não haver distribuição de dividendos.
• Aumento robusto da Autonomia Financeira: 35% Vs 31.6% - aumento da solidez financeira, a Impresa que está cada vez menos dependente de capitais alheios para financiar o seu ativo
• Fortíssima redução da dívida remunerada: 166M€ Vs 179M – talvez o melhor dado destes resultados. A Impresa está cada vez menos dependente de capitais remunerados.
Com tudo isto, mais uma vez, Parabéns a todos! Equipa de gestão, programação, informação e todo o staff. Para serem melhores ainda, só falta tornarem-se accionistas!
Revisão das minhas previsões para 2020 (muito em linha com Optimiza):
• Aumento das receitas em 5% para 191M€. Depois do crescimento de 5.6% em 2019, é de prever que o crescimento das audiências da SIC vai permitir capturar uma importante fatia do mercado publicitário, o qual continuará a crescer em Portugal, caso a evolução do covid-19 não entre em níveis «fora de controlo» . De relembrar que a SIC deverá ter o primeiro ano completo com liderança mensal (em 2019 conquistou liderança em Fev.). Também de recordar três grandes eventos com grande impacto publicitário: Rock in Rio, Euro2020 e Jogos Olímpicos. Também as receitas com IVR deverão continuar a crescer, particularmente com o efeito da numeração 761 (1€+IVA) a fazer-se sentir em pleno em 2020. Outras, veremos…
• Aumento dos custos operacionais em 2% para 160M€
• Aumento do EBITDA em 24% para 31M€
• Manutenção das Amortizações em (5.9)M€
• Redução dos custos financeiros para (6)M€
• Redução da Dívida remunerada em cerca de 20M€ para a ordem de 140M€. Concluídos os principais investimentos (edifício e tecnologia na SIC), praticamente todo o EBITDA gerado em 2020, descontando os custos financeiros e IRC, será para continuar a reduzir passivo remunerado
• Aumento da Autonomia Financeira para 40%
• RAI aumenta para 19M€
• IRC:6M€
• RL: 13M€
• PER2020: 2.6
Apesar dos excelentes resultados, o impacto foi praticamente nulo na cotação. Razões? Ninguém sabe. Aponto algumas possíveis:
• Pode dizer-se que parte já estava descontado depois de ter sido a segunda acção que mais cresceu em 2019 (+54%). Mas não me parece.
• O sector dos Media gera alguma desconfiança aos investidores? Talvez. Mesmo assim, a diferença de rácios, nomeadamente o PER é demasiado alto.
• Há investidores que precisam de vender e não compensam algum interesse comprador. Exemplo, será que a Newshold/outro está vendedora? Também ninguém sabe.
• Fraca visibilidade junto de investidores institucionais. Parece-me ser a razão mais forte. O facto da Impresa não ter neste momento qualquer banco de investimento a segui-la, associado ao facto de não integrar qualquer índice relevante, retira visibilidade e nessa medida não há praticamente investidores profissionais a investir na Impresa. É verdade que temos uns «carolas» como o Optimiza (acabo de comparar a minha avaliação com esta do Optimiza e estão muitos parecidas, interessante!), Lisboa_Casino, IFA, Àlvaro. O que já não é nada mau... Mas quando alguém com peso institucional compreender este diamante, é deixar este nosso tesouro subir…
Ao ver as cotações de alguns grupos de Media semelhantes (anteriormente sugeridos pelo Lisboa_Casino) , de facto não têm a vida fácil. Genericamente, cotações de empresas como a TF1, Mediaset ou RTL têm caído ao longo dos últimos anos, embora em alguns casos estejam aos níveis de 2014 mas sempre com oscilações menores do que a Impresa. Os resultados, genericamente têm subido mas muito pouco ao longo dos últimos anos, o que não é o caso da Impresa que tem crescido muito e tem potencial para muito mais. Novamente, os PER são muito superiores, o que leva este benchmark a estar claramente sobrevalorizado relativamente à Impresa. Sem grandes razões especulativas (a Impresa chegou ter um investidor hostil, a Ongoing), devia cotar facilmente nos 0,4-0,6€, para não dizer mais.
Nesta medida, o que fazer? Da minha parte, tenho um valor de investimento muito em linha com a cotação atual e tenho aproveitado todas as quedas abaixo de 0.19€ para reforçar e assim continuarei a fazer. Encaro este investimento, enquanto estiver claramente sub-avaliado, como o meu PPR. Para mim, depois de ter sido a segunda maior subida em 2019, quero acreditar que será, de longe, o melhor investimento em 2020. Quem quiser, acompanha. Quem não quiser, faz outros investimentos (eu próprio tenho alguns outros investimentos numa lógica de trading). Bons negócios!
Àlvaro Escreveu:Investidor M, 0.19 é um forte suporte que só será quebrado se o índice despencar de novo para mínimos. O que referes parece óbvio, mas há uma clara pressão que já dura há muito para forçar Balsemão a deixar de ter maioria. É aquela ideia de fazer televisão com menos dinheiro que só será possível afastando a velha raposa. Mas isso aí... o mais provável é ele fazer uma coisa com piada na Impresa antes de partir deste Mundo. Há uma tríade que está a funcionar na perfeição: Balsemão, Daniel Oliveira, Cristina Ferreira. Hoje mesmo, quem produz o Programa da Cristina foi buscar uma figura de relevo que recentemente foi afastado da Tvi.
optimiza Escreveu:LISBOA_CASINO Escreveu:Sr, Presidente, Srs Administradores, Sr, Diretor Geral MESTRE Daniel Oliveira, Brilhante Sra da Apresentaçáo, Exma Sra D. Cristina Ferreira e a todos os colaboradores da SIC.
O meu obrigado
por este excelente ano de 2019 e só não direi fantástico porque o Presidente afirma que, fantástico. é o inicio de 2020!
Se o mercado reage ou não.
Quero lá saber !
Continuarei a ser acionista da empresa que irá duplicar os resultados semestrais a apresentar em Setembro de com maior crescimento de resultados em 2020 ( pelo menos até Julho de 2020 (Resultados semestrais a duplicar e acima dos 6 milhões).
Ps: obrigado optimiza, e InvestidorM pelas trocas de ideias sobre os números que temos avançado e que permitiram reforçar a confiança que temos nos mesmos. Provavelmente, poucos foram os posts que estiveram tão perto dos resultados a 6 meses de distância.
Embora as audiências não sejam muito relevantes no dia a dia da acão, ajudam a traçar projeccoes de resultados crediveis.
Alvaro, nunca foi fácil pregar no deserto, mas talvez seja compensador !
Bons negócios
Boa noite, resultados IPR foram de facto excecionais para um primeiro ano que começou em 7 Fev (incompleto portanto) de crescimento e liderança do Sic1+6 canais (23,3% de MShare - consolidados apenas em Junho e nas tabelas comerciais apenas em Setembro), e das plataformas Expresso no digital/online/papel. Como já comentámos, o mispricing Impresa atinge agora foros de irracionalidade (benchmark setorial, benchmark Psi20 e benchmark S&P500) e , capitalizando a 33M quando já deveria estar a capitalizar, pelo PER actual, pelo Passivo/Ebitda e pelo RL actual, hoje devia ter uma Capit. Bolsista de 116M/0,7€ por ação (máx. histórico acima de 1.000M/6€ ação), e isto sem qq pendor especulativo via parceria/OPA/fusão (lá em baixo vou expecular sobre RL2020 e outros factores adicionais de multiplicação da irrisória cotação).
O IFA actualizou continuamente informação sobre decisões, shares e estratégia IPR, enquanto Lisboa Casino e o Álvaro foram os únicos a alvitrar que o PER Impresa era o melhor, globalmente, de todo o sector..e de facto é! PER de 4.3 (=168M ações*0,202€/7.835€RL) , face a um PER médio de 14,8 no PSI, PER médio de 24,7% nos Media da Europa/Ásia e América do Norte (nem os Benchmarks Comcast, At&T Time Warner, TF1 ou RTL chegam sequer a 2/5 desta performance, de 18,9 no S&P500 e de 23,8 no Compx.
Investor M, projetou de forma irrepreensível os resultados (face aos "meus" 6M, os seus 7,6M de RL a IPR deu 7,8M/ face ao "meu" PER estimado de 5,2, o "seu" PER de 4.6 a IPR deu 4.3 (PER/Price earnings ratio » define o nº de anos que demora a "pagar" as ações com o seu resultado líquido). Projeta um RL2020 de 11,3M face à minha projeção de 13,2M*.
Análise resumida dos Resultados financeiros e concorrenciais de 2019 e extrapolação para próximo ano 2020 (primeiro ano completo do novo grupo Impresa):
2 aspetos Insuficientes: 1/ Apenas 74,2% YoY de crescimento dos IVR (chamadas de valor acrescentado) para 11,2M, quando esperava 13,3M (desaceleração da subida no 3º e 4º trim. que deveria ter atingido os 100% de crescimento » receita mais sedutora de todas porque tem uma margem operacional única em termos empresariais » 94% de fillet mignon). Área vital para as projeções 2020 porque tem de atingir os 14M.
2/ O Ebitda negativo de 2,1M da sub-holding InfoPortugal, Incompreensível como é que a única sub-holding com perdas é a que fatura menos, a única que não está em força no Digital, a única que não é estratégica nem relevante para o Grupo (porquê este trash container?). Em 2020, esta área devia passar a rentável, fundida, vendida ou eliminada.
10 aspetos Muito Positivos:
1/ Resultados líquidos da IMPRESA de 7,8 M€ (+150%), um aumento de 4,7 M€ relativamente ao período homólogo do ano passado(PER4,3).
*2020 » De uma forma puramente conjetural, assumindo um crescimento de 5% e de aumento de custos em 1,4% (apesar de os custos financeiros se reduzirem ano após ano), remontando o Forward PE 12M a) pela evolução explícita do RL 4ºtrim 2018 para 4ºtrim 2019; b) pela evolução % do RL do 3º trim. 2019 para o 4º trim. 2019; c) pela projeção histórica 2018/19/20 de 1,1 RL 1ºtrim (2º melhor trim. anual porque beneficia da facturação efectiva da maioria do cash publicitário Natalício de Novembro e Dezembro), face ao 4ºtrim, d) considerando a redução do RL noutros 12,8M e a redução dos encargos financeiros em 8% face a 2019, chegariamos a 13,2M RL 2020 e a um forward PE 2020 de 2,57 (para a cotação actual).
2/ O EBITDA superou os 25,1 M€, registando uma melhoria de 38,6% face ao EBITDA de 2018. A melhoria no desempenho operacional da SIC ficou patente no aumento de 35% do EBITDA que alcançou os 27 M€.
* 2020 - sem os pesados investimentos de 2019, com a redução continuada do passivo e maior receita, o EBITDA tem de alcançar "OtoPatamar" » 35M. Iniciar também programa de recompra de ações de forma a reduzir free float a 25%.
3/Os canais SIC, ou seja, a SIC generalista e os 6 canais por cabo, terminaram o ano de 2019 a liderar com uma quota de mercado de 23,3%, um crescimento de 2.5 p.p. quando comparado com o ano de 2018. Domínio nos targets comerciais que dão o fulcro da receita publicitária (A/B C D 15/54 e A/B C D 25/54).
*2020 - Projeta-se a manutenção dos 25% de market share dos 7 canais alcançado na 2ª quinzena de Dezembro e mantida até final de Fevereiro.
4/ DIGITAL Topmanagement1/ Agregado de sites da SIC apresentou, em 2019, uma assinalável melhoria face aos resultados obtidos no ano anterior, +71,2%, tendo registado uma média de 16.324.691 visitas por mês em 2019.
* 2020 - aumento das visitas mensais em 10% e de 80% na receita publicitária digital (em desenvolvimento no último quadrimestre 19).
5/ DIGITAL Topmanagement2/ Número de leitores e assinantes digitais EXPRESSO volta a crescer O EXPRESSO é também a publicação portuguesa líder na circulação digital paga, vendendo, em média, em 2019, mais de 27 mil exemplares por edição. Receita média por assinante baixa no digital mas aumentou o nº de assinantes e aumentou a receita publicitária do publishing via digital.
* 2020 - aumento dos assinantes digitais em 5% e aumento de 80% na receita publicitária digital.
6/ DIGITAL Topmanagement3/ • O agregado de sites do Expresso apresentou uma melhoria de 19,6% em termos de média mensal de visitas em 2019 face à média mensal do ano 2018, tendo registado uma média de 11.836.363 visitas por mês em 2019.
* 2020 - aumento das visitas mensais em 10% e de 80% na receita publicitária digital (em desenvolvimento no último quadrimestre 19).
7/ Resultados financeiros 2019 de -7,3M, terão de melhorar 2,7M em *2020 (acréscimo contextualizado em 2019), fruto da redução consecutiva de 8/9% na dívida líquida e do seu menor custo médio (-40bp?)
8/ As receitas totais do Grupo IMPRESA atingiram 181,9 M€, um crescimento de 5,6%, relativamente ao volume de negócios de 2018. Para este valor contribuíram, em particular, os aumentos nas receitas de publicidade (+7,4%) e de IVR’s (+74,2%).
*2020 - O crescimento das receitas terá de atingir no mínimo 5% tendo por base renegociações da distribuição internacional, Nos e Vodafone, explosão da receita publicitária digital (+80%?), exportação de programas e novelas, nova parceria empresarial em streaming com a Altice (outra?), IVR´´ com crescimento mandatório de 18%, crescimento marginal da publicidade tradicional (2%).
9/ Excelente controlo de custos operacionais que aumentaram apenas 1,8%, resultante do aumento da actividade e da melhoria no desempenho da empresa. Em 2020 os custos operacionais só deviam aumentar 1,4%.
10/A dívida remunerada líquida diminuiu 12,8 M€, em termos homólogos, situando-se em 166,4 M€ , o valor mais baixo desde 2005, ano da tomada de controlo de 100% da SIC.
*2020 - Com dívida e serviço de dívida cada vez menor, com RL+facturação cada vez maiores, no final de 2020 a dívida líquida terá de estar abaixo dos 150M (menos 17M de dívida)
Buzzwords 2020 (a reforçar): Estratégia Digital (bombar na publicidade, monetização, page views)/Direção de programas e entretenimento (Daniel O. é a chave de todo o projeto)/ Liderança no Publishing e nos 7 canais SIC/Vendas Internacionais/Parceira 50/50 oficial no streaming e parceria 100% conteúdos e publicidade com rádios G Renascença/Reentrada media no PSI20 com Cofina em Nov./atingir 80% CB Cofina pós-AC/Qualidade ímpar nos Estúdios+régie (25M), câmaras Hd/equipamentos gerais (20M) , instalações (40M)e terrenos sede (30M)/motivação dos RH/+ venda de packages publicitários integrados da Sic generalista e 6 canais cabo até às subholdings do digital e publishing.
Candelstick Escreveu:70 acções a 0.2020 num único negócio… estes valores deveriam ser proibidos… 14€...