Re: Impresa - Tópico Geral
Enviado: 22/5/2021 20:57
Optimiza Escreveu:Lusitanus Escreveu:....Agora dares a entender que a subida da cotação da Impresa é indiferente para o sucesso da operação de troca de obrigações emitidas pela SIC, que uma coisa não tenha ver com a outra, não me parece correto. Como disse, se a cotação da Impresa estivesse "parada" ou a descer isso complicaria a operação de troca do empréstimo obrigacionista da SIC por outro com maior maturidade.
Lusitanus, peço a sua autorização para mencionar que o que escreveu conduz ao engano de investidores obrigacionistas presentes e futuros. E isso não é correto!
Números / Emissão obrigacionista atual do SIC/Grupo Impresa cota no mercado secundário a 101,5% do par
par = valor nominal na colocação no mercado primário / Acima de 100% negoceia a prémio, mercado entende que o risco da Entidade emitente, até maturidade é de 0%.
Perfeitamente normal se considerarmos que Dívida líquida do Grupo Impresa se reduz desde há 9 anos ininterruptamente, que a relação Ebitda/NDebt 2020 (ano pandémico destrutivo) é superior a 1/5, PER é inferior a 4, receita/capitalização bolsista » 4/1, capitalização bolsista/Ebitda = 1,3/1. Agora, especulemos sobre 2021. Será ou não um ano ainda melhor? E a publicidade cresce % como não há mem´oria? e os milhares de conteúdos do streaming Mundial terão algum valor adicional a dar à Opto e ao Grupo leader Impresa (em streaming Mundial na língua dos lusos, nos 9 canais TV lusos, no publishing luso e portais digitais lusos)?
Números/ O que é que alerta o mercado obrigacionista, qual seria a red flag? A) Ação Impresa a 6,5€ como em 2000 e 1 obrigação SIC/Grupo Impresa, da emissão obrigacionista atual, no mercado secundário, a cotar 40% abaixo do par , B) ou a ação Impresa a 0,24€ e 1 obrigação SIC/Grupo Impresa da emissão obrigacionista atual, no mercado secundário, a cotar a 101,5% do par?
Uma jovem com 16 anos, no secundário, sabe que para reforçar o appealing de novas emissões obrigacionistas nunca se compram ações, compram-se montes de obrigações, em mercado secundário, da emissão atual, baixando as yields. Porquê? Por 5 motivos: 1 - Demonstra que a empresa tem risco muito baixo; 2 - Reforça a competitividade da Yield da nova emissão obrigacionista (neste caso 3,95%/ano); 3 - Demonstra que a liquidez e o interesse sobre obrigações do Emitente é grande; 4 - Demonstra a confiança dos obrigacionistas na estratégia da empresa; 5 - Demonstra a competitividade relativa da nova emissão face à emissão próxima da maturidade e, mais importante, demonstra a competitividade relativa face aos milhões de empréstimos obrigacionistas de outros milhões de emitentes pelo Mundo fora.
Se a Impresa cotasse a pouco mais de 12 cêntimos, como aconteceu ainda não há muito tempo (hoje cota praticamente ao dobro), a operação de troca do empréstimo obrigacionista da SIC por um empréstimo obrigacionista com maior maturidade (4 anos) seria agora lançada (o atual empréstimo obrigacionista ainda tem mais um ano de vida)? Penso que não!
Se a Impresa cotasse a pouco mais de 12 cêntimos os atuais obrigacionistas teriam neste momento mais receio em aceitar a troca do empréstimo obrigacionista da SIC por um empréstimo obrigacionista com uma maturidade maior, de quatro anos? Penso que sim!
Daí dizer que a subida da cotação da Impresa não é indiferente para o sucesso da operação de troca do empréstimo obrigacionista da SIC por um empréstimo obrigacionista com maior maturidade. É a minha opinião!