Cimpor - Tópico Geral
Caros Forenses,
Apareceu há bocado uma noticia no site da CMVM que confesso não entendo.
Essa noticia têm a ver com a permuta entre a Votorantin e a InterCement.
Não sei se terá algum efeito negativo ou positivo na cotação da acção, nem sei se estou a ser "comido" nessas trocas baldrocas. Alguém informado pode explicar?
Deixo o link: http://web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/d ... N43026.pdf
Abraço mfsr1980
Apareceu há bocado uma noticia no site da CMVM que confesso não entendo.
Essa noticia têm a ver com a permuta entre a Votorantin e a InterCement.
Não sei se terá algum efeito negativo ou positivo na cotação da acção, nem sei se estou a ser "comido" nessas trocas baldrocas. Alguém informado pode explicar?
Deixo o link: http://web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/d ... N43026.pdf
Abraço mfsr1980
- Mensagens: 2033
- Registado: 3/5/2007 13:55
- Localização: LISBOA
Re: ei lá.....
rasteiro Escreveu:tiraram o dia para malhar nesta menina...
Há novidades?
Abraços
Depois do ultimo negocio no fecho de 31 dez. estas vendas cheiram a esturro....
- Mensagens: 3084
- Registado: 29/11/2007 12:24
- Localização: Coimbra
A cimpor viu reduzida a sua divida esta permuta de activos, o que me parece positivo.
http://web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/FR42821.pdf
http://web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/FR42821.pdf
- Mensagens: 2033
- Registado: 3/5/2007 13:55
- Localização: LISBOA
Re: Cimpor
luanova Escreveu:luanova Escreveu:http://www.associacaodeinvestidores.com/index.php/comunicados/comunicados-publicos/256-reuniao-como-presidente-e-vice-presidente-da-comissao-de-economia-e-obras-publicas-caso-cimpor
Sera isto que esta a mexer com cimpor?
Talves haja aqui uma saída justa para este diferendo.
Provavelmente, a forma mais justa de resolver o problema dos mioritarios, que não tendo vendido na OPA agora se queixam de serem tratados de forma diferente da Votorantim, é entrarem de igual forma num acordo de permuta de activos.
Vejamos, a Votorantim na altura da OPA não quis receber em cash mas antes receber activos da Cimpor em troca das suas acções. Para isso considerou se o preço das acções a 5,50€ e a Votorantim exigiu fabricas da Cimpor por esse mundo fora em valor equivalente.
A consequencia disto foi que concluida a OPA a Votorantim mantinha se accionsta em pleno da Cimpor, dando a ideia de que não tinha aceitado a OPA.
Dando-se a permuta bem depois e tendo-se considerado o preço das acções o mesmo da OPA, abriu-se aqui uma porta para argumentação da ATM.
Esta alega portanto que a Votorantim está com isto a ter uma segunda oportunidade que os minoritários não tem.
Será então que não se pode dar também uma segunda oportunidade aos minoritários nos mesmos moldes que foi dado à Votorantim e desta forma ir ao encontro das pretensões da ATM?
Analisemos com cuidado a situação.
Os actuais minoritarios devem ser na maior parte pequenos accionistas que nada tem a ver com o mundo cimenteiro, por outro lado qualquer fabrica da Cimpor valeria muito mais do que cada uma destas participações minoritárias o que tornaria portanto uma permuta destes activos impraticável.
Temos então de pensar noutro tipo de activos.
A cimpor toma para efeitos de calculo o preço da acção a 5,50€ e em troca das mesmas cede activos de valor equivalente aos accionistas minoritários.
Que melhor activo terá a Cimpor para esta permuta?
Nem mais, cimento.
Sendo um activo bastante fraccionável encaixaria perfeitamente num esquema de permuta de activos.
Basta pensar que a sua fracção mínima – o saco de 30Kg- rondará o preço de uma acção
Desta forma punha-se termo a toda esta novela e ficariam definitivamente satisfeitas as exigências da ATM quanto à dita segunda oportunidade a conceder aos minoritários.
- Mensagens: 1932
- Registado: 21/5/2009 18:43
Mau, então já ninguém se interessa pela cimpor?
http://economico.sapo.pt/noticias/camar ... 59091.html
http://economico.sapo.pt/noticias/cimpo ... 59090.html
http://economico.sapo.pt/noticias/camar ... 59091.html
http://economico.sapo.pt/noticias/cimpo ... 59090.html
- Mensagens: 2033
- Registado: 3/5/2007 13:55
- Localização: LISBOA
Já sairam os resultados 3º Trimestre.
http://web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/FR42472.pdf
Há aí alguém que queira comentar?
http://web3.cmvm.pt/sdi2004/emitentes/docs/FR42472.pdf
Há aí alguém que queira comentar?
- Mensagens: 2033
- Registado: 3/5/2007 13:55
- Localização: LISBOA
Re: Cimpor
luanova Escreveu:http://www.associacaodeinvestidores.com/index.php/comunicados/comunicados-publicos/256-reuniao-como-presidente-e-vice-presidente-da-comissao-de-economia-e-obras-publicas-caso-cimpor
Sera isto que esta a mexer com cimpor?
resultados dia 30 .. de acordo com o site da Cimpor
entretanto continua ..
http://www.associacaodeinvestidores.com ... rei-vai-nu
A história da Oferta Pública (OPA) da Cimpor sempre poderia ser a de uma operetta em que se levaria à pratica o eterno conselho de Voltaire de que “anything that is too stupid to be spoken is sung” e em que teríamos a Oferente como compositores e como maestro o regulador; nesse caso a única condição imposta seria divertir os destinatários. Acontece que aqui o assunto é sério de mais para se brincar e certamente nem o regulador e nem a Oferente, ainda que falhando na análise dos pressupostos, o pretenderam fazer enquanto pessoas de bem. Mas então o que falhou?
Num conto de Hans Cristian Andersen ninguém queira passar por tolo perante tão belo e aprimorado "Rei" deixando-se todos enganar por dois impostores que se faziam passar por "alfaiates" e que conseguiram convencer os demais da sua capacidade de criar trajes tão bonitos e de extraordinárias capacidades que os tornavam invisíveis perante a qualquer pessoa que não fosse qualificada para o cargo que ocupava. Assim,desde logo os ministros e depois o Rei, elogiaram tais trajes "mágicos" de forma a esconder a sua ignorância, foi depois a vez do povo ser colocado à prova, até que, do alto de uma árvore um menino, na sua inocência, espontaneidade e verdade gritou: "O rei vai nu". O rei ficou envergonhado e correu para dentro do seu palácio, mas os espertalhões já tinha fugido com os milhões.
Na Cimpor o que falhou, é que o rei também vai nu, repetindo-se o conto de Cristian Andersen, mas em que a monarquia, os tolos e os alfaiates são outros e onde a ATM – Associação de Invesidores tem sido o "menino" em cima da árvore a gritar para a realidade que é bem diferente daquela que foi "costurada" sobre pressupostos que não se vieram a verificar, como é por exemplo o caso do mecanismo de aquisição/alienação potestativa previsto no Código de Valores Mobiliários (CódVM). Acontece que agora ninguém quer passar por tolo e assumir que o "Rei Vai Nu". Mas vejamos porquê:
A permuta de ativos projetada entre a Intermecent e a Cimpor e consequentemente a transferência pela Intercement para a Votorantim dos ativos recebidos nessa primeira permuta, por troca com as açoes pela Votorantim na Cimpor, representa, inequivocamente, uma segunda oportunidade da Votorantim alinear as suas ações a um preço igual ao da OPA lançada pela Intercement sobre a Cimpor (5.50 euros) e superior ao preço atual de mercado (3.30 euros), recurso que está manifestamente vedado aos restantes acionistas que não acedem a esse privilégio.
Ora, não havendo possibilidade:
(i) Dos acionistas remanescentes gozarem da mesma segunda oportunidade que a Vontorantim dispõe para venderem as suas ações ao mesmo preço que esta o vai conseguir, pois não existe mecanismo legal para o fazer, tendo em conta que tanto a Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), como a própria Oferente afastou a hipótese de alienação potestativa (nos termos do 196.º do CódVM);
(ii) De garantir que a Oferente não venha adquirir as ações remanescente a um preço inferior, seja em por via de compras no mercado, seja por via de uma aquisição potestativa operada ao arrepio do artigo 490º do Código das Sociedades Comerciais (CSC);
(iii) De garantir que a Votorantim não vai receber um prémio pelas suas ações, uma vez que esse premio é já evidente pela diferença entre o preço de mercado e o preço de referência da permuta em causa.
Temos de concluir que estamos perante um claro e evidente caso de discriminação dos acionistas, em que a Camargo e a Votorantim saem beneficiadas em relação aos acionistas remanescentes, porque estes não têm a mesma segunda oportunidade para vender a 5.50 euros como tem agora a Votorantim e porque após o controlo conseguido pela Camargo está esta agora em posição de comprar as ações remanescentes a um preço inferior.
Dito de outra forma, a referida troca vem colocar em causa o princípio de igualdade de tratamento, que como a administração da Cimpor bem sabe só poderia ser afastado (e não totalmente) caso os acionistas remanescentes tivessem acesso ao mecanismo de alienação potestativa, algo que não têm.
É sabido, como bem refere Camara (2000)[1], que o lançamento de uma de uma OPA, por si, constitui um factor de pressão superior sobre os destinatários quando comparado com a associada a uma vulgar proposta contractual, em consequência do fundamentado receio de que os acionistas que não aceitarem a oferta fiquem sujeitos a uma nova correlação de forças que os façam cair com “um pacote minoritário de acções, o que provoca uma erosão no seu valor” conforme Bebcuk[2] (citado por Camara, 2000) defende.
Ora, sem precisar de legal opinions de reputados professores que muitas vezes se afastam da realidade, assim se entende o quanto é inaceitável, à luz do aludido princípio de igualdade de tratamento que faz parte da doutrina portuguesa, nomeadamente do artigo 197.º do CódVM, que o controlo da Camargo seja alcançado por meio de uma negociação especial com outro acionista e que lhe confere especiais privilégios, nomeadamente permitindo-lhe uma segunda oportunidade de vender no pós-OPA quando a nova correlação de forças está definida, algo vedado aos restantes acionistas que apenas se podem sujeitar ao deprimido preço de mercado provocado pela OPA e consequente diminuição de liquidez e free float, a ameaça de uma troca de ativos que retira valor à empresa e de uma gestão dominada por interesses maioritários. Socorrendo-nos do douto entendimento de Camara, é o mesmo que dizer que a Votorantim ganhou um beneficio imediato com o tratamento privilegiado que lhe foi concedido, ao afastar desde logo a pressão superior que recai sobre os destinatários da Oferta que não gozavam da garantia de uma segunda oportunidade para vender depois de definido o novo quadro da Sociedade só conhecido depois de apresentados os novos resultados da Oferta.
Provavelmente tanto a CMVM como a Oferente esperavam poder encerrar esta OPA sem os problemas que agora se colocam julgando que podiam afastar esse cenário por via de uma aquisição potestativa ao abrigo do artigo 194º do CódVM ou então com a justificação de que os acionistas podiam deitar mão ao uso da alienação potestativa nos termos do artigo 196.º do aludido código. Acontece que o tiro saiu pela culatra e nem o estudo minucioso das diversas variáveis e implicações da OPA e da projetada permuta de ativos afastou a ideia de uma vitória absoluta que afinal o mercado veio a recusar conceder, não permitindo o preenchimento dos requisitos para que operassem a aquisição potestativa por via do artigo 194º CódVM e matassem assim este problema – provavelmente tal concessão a um negócio estranho como este baseou-se em legal opinions que a realidade e os resultados se encarregaram de tolher a razão.
A CMVM deveria, no correto exercício das suas funções, ter impedido uma troca/OPA nestes moldes, o que não fez, pelo que as consequências desses erros de julgamento e de calculo estão agora a ser pagos pelos acionistas remanescentes e, diriamos, até pelo próprio mercado que vê assim a confiança economica-juridica necessária para tomar decisões fortemente abalada.
O certo é que a diferença entre os 5.50 euros a que Votorantim vai alienar as suas ações nesta privilegiada segunda oportunidade e o preço de 3.30 euros em mercado vai ser suportada pela Sociedade à custa da troca de ativos, o que significa que são os restantes acionistas que vão suportar esse custo de agência.
Os acionistas remanescentes da Cimpor certamente desejam um final feliz para esta operetta. Mas aqui o fim será outro, mais assente na moral do que no romantismo, tal e qual a conclusão que se chegou no conto do “Rei vai nu”. Dito isto, é legitimo que qualquer um se dirija à ATM dizendo que esta faz parte do conto o “Rei vai nu”, mas que tenha a honestidade intelectual de a colocar no seu real papel, o de menino de consciência dos tolos.
* Presidente da ATM – Associação de Investidores e Analistas Técnicos do Mercado de Capitais, doutorando em gestão de empresas e autor do livro “Estudos no Mercado de Capitais” editado pela ATM e patrocionado pela NYSE EuronextLisbon.
As opiniões expressas neste texto são-no a título exclusivamente pessoal.
entretanto continua ..
http://www.associacaodeinvestidores.com ... rei-vai-nu
A história da Oferta Pública (OPA) da Cimpor sempre poderia ser a de uma operetta em que se levaria à pratica o eterno conselho de Voltaire de que “anything that is too stupid to be spoken is sung” e em que teríamos a Oferente como compositores e como maestro o regulador; nesse caso a única condição imposta seria divertir os destinatários. Acontece que aqui o assunto é sério de mais para se brincar e certamente nem o regulador e nem a Oferente, ainda que falhando na análise dos pressupostos, o pretenderam fazer enquanto pessoas de bem. Mas então o que falhou?
Num conto de Hans Cristian Andersen ninguém queira passar por tolo perante tão belo e aprimorado "Rei" deixando-se todos enganar por dois impostores que se faziam passar por "alfaiates" e que conseguiram convencer os demais da sua capacidade de criar trajes tão bonitos e de extraordinárias capacidades que os tornavam invisíveis perante a qualquer pessoa que não fosse qualificada para o cargo que ocupava. Assim,desde logo os ministros e depois o Rei, elogiaram tais trajes "mágicos" de forma a esconder a sua ignorância, foi depois a vez do povo ser colocado à prova, até que, do alto de uma árvore um menino, na sua inocência, espontaneidade e verdade gritou: "O rei vai nu". O rei ficou envergonhado e correu para dentro do seu palácio, mas os espertalhões já tinha fugido com os milhões.
Na Cimpor o que falhou, é que o rei também vai nu, repetindo-se o conto de Cristian Andersen, mas em que a monarquia, os tolos e os alfaiates são outros e onde a ATM – Associação de Invesidores tem sido o "menino" em cima da árvore a gritar para a realidade que é bem diferente daquela que foi "costurada" sobre pressupostos que não se vieram a verificar, como é por exemplo o caso do mecanismo de aquisição/alienação potestativa previsto no Código de Valores Mobiliários (CódVM). Acontece que agora ninguém quer passar por tolo e assumir que o "Rei Vai Nu". Mas vejamos porquê:
A permuta de ativos projetada entre a Intermecent e a Cimpor e consequentemente a transferência pela Intercement para a Votorantim dos ativos recebidos nessa primeira permuta, por troca com as açoes pela Votorantim na Cimpor, representa, inequivocamente, uma segunda oportunidade da Votorantim alinear as suas ações a um preço igual ao da OPA lançada pela Intercement sobre a Cimpor (5.50 euros) e superior ao preço atual de mercado (3.30 euros), recurso que está manifestamente vedado aos restantes acionistas que não acedem a esse privilégio.
Ora, não havendo possibilidade:
(i) Dos acionistas remanescentes gozarem da mesma segunda oportunidade que a Vontorantim dispõe para venderem as suas ações ao mesmo preço que esta o vai conseguir, pois não existe mecanismo legal para o fazer, tendo em conta que tanto a Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), como a própria Oferente afastou a hipótese de alienação potestativa (nos termos do 196.º do CódVM);
(ii) De garantir que a Oferente não venha adquirir as ações remanescente a um preço inferior, seja em por via de compras no mercado, seja por via de uma aquisição potestativa operada ao arrepio do artigo 490º do Código das Sociedades Comerciais (CSC);
(iii) De garantir que a Votorantim não vai receber um prémio pelas suas ações, uma vez que esse premio é já evidente pela diferença entre o preço de mercado e o preço de referência da permuta em causa.
Temos de concluir que estamos perante um claro e evidente caso de discriminação dos acionistas, em que a Camargo e a Votorantim saem beneficiadas em relação aos acionistas remanescentes, porque estes não têm a mesma segunda oportunidade para vender a 5.50 euros como tem agora a Votorantim e porque após o controlo conseguido pela Camargo está esta agora em posição de comprar as ações remanescentes a um preço inferior.
Dito de outra forma, a referida troca vem colocar em causa o princípio de igualdade de tratamento, que como a administração da Cimpor bem sabe só poderia ser afastado (e não totalmente) caso os acionistas remanescentes tivessem acesso ao mecanismo de alienação potestativa, algo que não têm.
É sabido, como bem refere Camara (2000)[1], que o lançamento de uma de uma OPA, por si, constitui um factor de pressão superior sobre os destinatários quando comparado com a associada a uma vulgar proposta contractual, em consequência do fundamentado receio de que os acionistas que não aceitarem a oferta fiquem sujeitos a uma nova correlação de forças que os façam cair com “um pacote minoritário de acções, o que provoca uma erosão no seu valor” conforme Bebcuk[2] (citado por Camara, 2000) defende.
Ora, sem precisar de legal opinions de reputados professores que muitas vezes se afastam da realidade, assim se entende o quanto é inaceitável, à luz do aludido princípio de igualdade de tratamento que faz parte da doutrina portuguesa, nomeadamente do artigo 197.º do CódVM, que o controlo da Camargo seja alcançado por meio de uma negociação especial com outro acionista e que lhe confere especiais privilégios, nomeadamente permitindo-lhe uma segunda oportunidade de vender no pós-OPA quando a nova correlação de forças está definida, algo vedado aos restantes acionistas que apenas se podem sujeitar ao deprimido preço de mercado provocado pela OPA e consequente diminuição de liquidez e free float, a ameaça de uma troca de ativos que retira valor à empresa e de uma gestão dominada por interesses maioritários. Socorrendo-nos do douto entendimento de Camara, é o mesmo que dizer que a Votorantim ganhou um beneficio imediato com o tratamento privilegiado que lhe foi concedido, ao afastar desde logo a pressão superior que recai sobre os destinatários da Oferta que não gozavam da garantia de uma segunda oportunidade para vender depois de definido o novo quadro da Sociedade só conhecido depois de apresentados os novos resultados da Oferta.
Provavelmente tanto a CMVM como a Oferente esperavam poder encerrar esta OPA sem os problemas que agora se colocam julgando que podiam afastar esse cenário por via de uma aquisição potestativa ao abrigo do artigo 194º do CódVM ou então com a justificação de que os acionistas podiam deitar mão ao uso da alienação potestativa nos termos do artigo 196.º do aludido código. Acontece que o tiro saiu pela culatra e nem o estudo minucioso das diversas variáveis e implicações da OPA e da projetada permuta de ativos afastou a ideia de uma vitória absoluta que afinal o mercado veio a recusar conceder, não permitindo o preenchimento dos requisitos para que operassem a aquisição potestativa por via do artigo 194º CódVM e matassem assim este problema – provavelmente tal concessão a um negócio estranho como este baseou-se em legal opinions que a realidade e os resultados se encarregaram de tolher a razão.
A CMVM deveria, no correto exercício das suas funções, ter impedido uma troca/OPA nestes moldes, o que não fez, pelo que as consequências desses erros de julgamento e de calculo estão agora a ser pagos pelos acionistas remanescentes e, diriamos, até pelo próprio mercado que vê assim a confiança economica-juridica necessária para tomar decisões fortemente abalada.
O certo é que a diferença entre os 5.50 euros a que Votorantim vai alienar as suas ações nesta privilegiada segunda oportunidade e o preço de 3.30 euros em mercado vai ser suportada pela Sociedade à custa da troca de ativos, o que significa que são os restantes acionistas que vão suportar esse custo de agência.
Os acionistas remanescentes da Cimpor certamente desejam um final feliz para esta operetta. Mas aqui o fim será outro, mais assente na moral do que no romantismo, tal e qual a conclusão que se chegou no conto do “Rei vai nu”. Dito isto, é legitimo que qualquer um se dirija à ATM dizendo que esta faz parte do conto o “Rei vai nu”, mas que tenha a honestidade intelectual de a colocar no seu real papel, o de menino de consciência dos tolos.
* Presidente da ATM – Associação de Investidores e Analistas Técnicos do Mercado de Capitais, doutorando em gestão de empresas e autor do livro “Estudos no Mercado de Capitais” editado pela ATM e patrocionado pela NYSE EuronextLisbon.
As opiniões expressas neste texto são-no a título exclusivamente pessoal.
mcarvalho
- Mensagens: 7051
- Registado: 17/2/2004 1:38
- Localização: PORTO
mfsr1980 Escreveu:mcarvalho Escreveu:resultados dia 13... também
Tens a certeza?
No site da cimpor o próximo evento é:
30 de novembro - Divulgação dos Resultados - 3º Trimestre 2012
ainda bem que levantas a dúvida... agora estou baralhado
aqui,
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php ... &id=585537
está que é no dia 13..
abraço
mcarvalho
- Mensagens: 7051
- Registado: 17/2/2004 1:38
- Localização: PORTO
Caro perseu
bem vindo ao Caldeirão de Bolsa. uma misturada e eu mcarvalho penso que represento um pouco dessa amalgama
Este é um fórum diversificado mas em que todos têm algo em comum:
a bolsa
.........
Quanto à tua questão... a minha opinião é esta:
estamos num país em que tudo é possivel.. podes imaginar o que quiseres..
tudo pode acontecer..
e se houver responsáveis .. já prescreveu.. ou culpam o porteiro ou o gajo das fotocópias..
e há alguns que esperneiam .. nas acabam por por parar e ficar a remoer.. normalmente ou se suicidam ou batem na mulher..
...............
sugiro que peças informações à Associação de investidores e se permites vai transmitindo aqui para o caldeirão..
Se partilharmos a nossa opinião e informação duma forma honesta, consciente e correcta.. todod beneficiaremos disso
grande abraço para ti e mais uma vez .. que te sintas bem
bem vindo ao Caldeirão de Bolsa. uma misturada e eu mcarvalho penso que represento um pouco dessa amalgama
Este é um fórum diversificado mas em que todos têm algo em comum:
a bolsa
.........
Quanto à tua questão... a minha opinião é esta:
estamos num país em que tudo é possivel.. podes imaginar o que quiseres..
tudo pode acontecer..
e se houver responsáveis .. já prescreveu.. ou culpam o porteiro ou o gajo das fotocópias..
e há alguns que esperneiam .. nas acabam por por parar e ficar a remoer.. normalmente ou se suicidam ou batem na mulher..
...............
sugiro que peças informações à Associação de investidores e se permites vai transmitindo aqui para o caldeirão..
Se partilharmos a nossa opinião e informação duma forma honesta, consciente e correcta.. todod beneficiaremos disso
grande abraço para ti e mais uma vez .. que te sintas bem
mcarvalho
- Mensagens: 7051
- Registado: 17/2/2004 1:38
- Localização: PORTO
Cimpor - tomada de decisão
mcarvalho Escreveu:http://www.associacaodeinvestidores.com/index.php/comunicados/comunicados-publicos/251-cimpor-secretaria-de-estado-do-tesouro-a-provedor-de-justica
Ter-se-á de aguardar pela decisão do tribunal, ou a pp CMVM poderá alterar a decisão, impondo a OPA potestativa ou a revisão do valor de aquisição?
Aquele que deixa de ser melhor, deixa de ser bom! Aristóteles
- Mensagens: 7051
- Registado: 17/2/2004 1:38
- Localização: PORTO
http://sicnoticias.sapo.pt/economia/201 ... cao-da-edp
O Ministério Público (MP) suspeita que a empresa chinesa que comprou 21 por cento da EDP teve conhecimento das propostas dos outros concorrentes. No último instante, a China Three Gorges terá deixado cair a sua oferta mais alta. Estão também a ser investigadas as operações de privatização da REN e da CIMPOR.
O Ministério Público (MP) suspeita que a empresa chinesa que comprou 21 por cento da EDP teve conhecimento das propostas dos outros concorrentes. No último instante, a China Three Gorges terá deixado cair a sua oferta mais alta. Estão também a ser investigadas as operações de privatização da REN e da CIMPOR.
mcarvalho
- Mensagens: 7051
- Registado: 17/2/2004 1:38
- Localização: PORTO
pelo gráfico, o que vejo aqui foi cruzamento de linhas, e uma puxada pelo próprio sistema a funcionar.
Para já nada mais do que isso~
se for algo em contrário, OK....
Abraços
Para já nada mais do que isso~
se for algo em contrário, OK....
Abraços
mfsr1980 Escreveu:luanova Escreveu:Grande subida na CIMPOR. Haverá novidades dos Brasileiros ou foi só mercado?
Logo saberemos se foi informaçãpo priveligiada...
Rasteiro
- Mensagens: 3084
- Registado: 29/11/2007 12:24
- Localização: Coimbra