Lucros da Semapa aumentam 68,4% no primeiro semestre
O resultado líquido da Semapa ascendeu a 43,5 milhões de euros no primeiro semestre, o que corresponde a um aumento de 68,4% face ao período homólogo do ano passado.
O resultado líquido da Semapa ascendeu a 43,5 milhões de euros no primeiro semestre, o que corresponde a um aumento de 68,4% face ao período homólogo do ano passado, anunciou a empresa em comunicado à CMVM.
O volume de negócios foi de 811,1 milhões de euros, mais 15,9% do que nos primeiros seis meses de 2009.
Quanto ao EBITDA total, registou um ganho de 58,4% no período em análise, para 207,5 milhões de euros. A margem EBITDA cresceu 6,9 pontos percentuais, para 25,6%.
A dívida líquida, por seu lado, diminuiu em 7,7 milhões de euros, para se fixar nos 1.135,3 milhões de euros. “O primeiro semestre de 2010 evidenciou sinais de recuperação económica a nível mundial, embora com ritmos diferenciados consoante as várias geografias do globo”, refere a empresa.
No mercado do papel, onde a empresa está presente através da Portucel a procura global recuperou em relação aos níveis extremamente baixos do início do ano passado, com especial destaque para o papel de impressão e escrita não revestido, que foi dos que evidenciou maior crescimento, o que se reflectiu no fortalecimento das carteiras de encomendas junto dos produtores, no aumento das taxas de utilização de capacidade e no consequente aumento generalizado dos preços de venda, salienta o comunicado.
Esta evolução, diz a Semapa, foi sustentada por um baixo nível de existências nos principais produtores europeus no início do ano e pela desvalorização da taxa de câmbio do euro face ao dólar, que deu maior competitividade aos produtores europeus.
No que respeita à evolução dos preços, “apesar de já se ter verificado uma subida no preço ao longo do primeiro semestre deste ano, o nível do preço do papel não revestido ainda se encontra abaixo do valor registado no primeiro semestre de 2009, tendo o índice de referência no mercado Europeu, PIX Copy B, do Foex, apresentado uma descida de 5%”.
No mercado da pasta, o preço de lista para a pasta hardwood registou durante o semestre mais seis subidas de preço, no total de 220 USD/t, prolongamento dos aumentos registados no segundo semestre de 2009.
Estas subidas foram essencialmente suportadas pela redução da oferta de pasta nos mercados internacionais, resultante de diversos factores, designadamente: o tremor de terra no Chile; situações meteorológicas muito adversas, sobretudo no sul dos EUA, mas também nos países nórdicos, e restrições ao nível da obtenção de madeira no Canadá, nos países nórdicos, na Península Ibérica e, sobretudo, na Indonésia.
Paralelamente, esta redução da oferta foi acompanhada pelo aumento global da procura de pasta, estimado em 1,4% para os primeiros cinco meses do ano, em consequência do momento positivo que a indústria papeleira atravessa na Europa e EUA, já que a procura na China mostrou algum abrandamento, eventualmente conjuntural, devido ao aumento das capacidades papeleiras em curso.
Como consequência, “os stocks junto de produtores, de utilizadores e nos portos situavam-se, no final do período, em níveis abaixo da média dos últimos anos”.
Entretanto, a actividade da construção e a procura de cimento continuou em queda na generalidade dos países desenvolvidos, em particular nos países europeus e nomeadamente em Portugal, mercado de referência para o Grupo Secil, refere o comunicado.
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