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MensagemEnviado: 25/1/2011 19:17
por Elias
g.a.

Re: O sinal está dado

MensagemEnviado: 25/1/2011 0:08
por aaugustobb_69
Deep Puple Escreveu:Reforcei hoje no BPI. Espero que, com esta noticia o BPI vai finalmente entrar em BULL.

La Caixa vai às compras no estrangeiro

O maior accionista do BPI quer crescer no estrangeiro e tem por objectivo para os próximos anos comprar bancos no exterior.

A informação está a ser avançada pelo "El Confidencial", que adianta que esta meta fará parte do plano estratégico para os próximos quatro anos que o grupo espanhol vai apresentar ao mercado na próxima sexta-feira.

A mesma fonte adianta que não estão previstas compras em Espanha pelo maior accionista do BPI, com 30,1% do capital. O plano prevê ainda que o La Caixa deixe de ser uma mutualista para passar a banco e dispersar capital em bolsa.

O "El Confidencial" adianta ainda que estão a decorrer já conversações com o governo da Catalunha e o Banco de Espanha e que o processo de desmutualização do La Caixa vai avançar no segundo trimestre deste ano.

Na sessão de hoje as acções do BPI subiram 1,06% para 1,43 euros.


Eu tambem estou forte no BPI...será que o LA CAIXA vai ter interesse em lançar opa ao BPI???...os outros acionistas tambem são muito fortes, será que eles venderiam assim tão facilmente???...a preços tão baixos...

amanhã se o volume aumentar em relação aos ultimos dias tambem penso reforçar... :wink:

O sinal está dado

MensagemEnviado: 24/1/2011 22:33
por Deep Puple
Reforcei hoje no BPI. Espero que, com esta noticia o BPI vai finalmente entrar em BULL.

La Caixa vai às compras no estrangeiro

O maior accionista do BPI quer crescer no estrangeiro e tem por objectivo para os próximos anos comprar bancos no exterior.

A informação está a ser avançada pelo "El Confidencial", que adianta que esta meta fará parte do plano estratégico para os próximos quatro anos que o grupo espanhol vai apresentar ao mercado na próxima sexta-feira.

A mesma fonte adianta que não estão previstas compras em Espanha pelo maior accionista do BPI, com 30,1% do capital. O plano prevê ainda que o La Caixa deixe de ser uma mutualista para passar a banco e dispersar capital em bolsa.

O "El Confidencial" adianta ainda que estão a decorrer já conversações com o governo da Catalunha e o Banco de Espanha e que o processo de desmutualização do La Caixa vai avançar no segundo trimestre deste ano.

Na sessão de hoje as acções do BPI subiram 1,06% para 1,43 euros.

De todos...

MensagemEnviado: 20/1/2011 15:00
por rasteiro
os bancos, se tivesse que escolher, era este.
penso que é o melhor que está na nossa banca para valorizar a médio prazo.

Mas como ando virado para outras paragens, banca portuguesa para já está fora dos meus planos.

Abraços

.

MensagemEnviado: 12/1/2011 16:08
por psi-20
Parece que as declaraçãoes do Rendeiro acerca do Bpi não foram muito valorizadas (sejam elas verdadeiras ou não...), visto que hoje é o título que mais sobe no psi...

MensagemEnviado: 11/1/2011 12:17
por Nunooo
Pata-Hari Escreveu:O "Dr." Rendeiro além de falta de pudor e de vergonha, peca também por falta de elegância nos seus textos :P . Nada que não seja expectável para quem não conhece limites. Agora fala de jornalistas como tendo "as calças-na-mão" quando expressam, ao contrário de si, bom senso? De facto não se entende como não há justiça feita pelas mãos dos lesados.

Que estes textos sirvam para o seu próprio processo e para decorar o seu próprio funeral.


:clap: :clap: :clap: :clap:

MensagemEnviado: 11/1/2011 8:48
por Pata-Hari
O "Dr." Rendeiro além de falta de pudor e de vergonha, peca também por falta de elegância nos seus textos :P . Nada que não seja expectável para quem não conhece limites. Agora fala de jornalistas como tendo "as calças-na-mão" quando expressam, ao contrário de si, bom senso? De facto não se entende como não há justiça feita pelas mãos dos lesados.

Que estes textos sirvam para o seu próprio processo e para decorar o seu próprio funeral.

Assim fica toda a historia

MensagemEnviado: 11/1/2011 0:11
por Trisquel
O AUMENTO DE CAPITAL DO BPI
Publicado em 08/01/2011 por João Rendeiro
Está escrito nas estrelas que o BPI vai aumentar o capital por um mínimo de € 600 milhões, a €1,1 por acção. O Banco de Portugal dirá quando. Tudo isto, obviamente, será desmentido.

Fernando Ulrich e seus pares no Conselho de Administração do BPI, bem como os accionistas que controlam o Banco, tudo farão para evitar este aumento de capital, mas não é algo que possam evitar por vontade própria pois estão a mercê de eventos que não podem controlar. O Banco de Portugal irá acordar da sua “política de avestruz” tarde ou cedo, muito possivelmente na próxima ronda de testes de stress, no primeiro trimestre do ano, para “sugerir “ o aumento de capital. Com a ajuda de um lápis, folha A4, calculadora de bolso e a consulta do Relatório do BPI de 2009 espero contribuir para que o Banco de Portugal aprofunde a sua complexa reflexão.

PORQUE O AUMENTO DE CAPITAL DO BPI?

O BPI tem importantes pontos fortes que gostaria de, desde logo, sublinhar: a sua posição de liquidez é a melhor da Banca portuguesa e a qualidade da carteira de crédito também. Estes dois pontos são muito importantes nesta fase crítica dos sistemas financeiros europeus. Não obstante, as vulnerabilidades que enunciarei são igualmente muito relevantes em cenário de teste de stress.

A primeira e muito surpreendente vulnerabilidade, é a exposição directa de balanço do BPI aos activos tóxicos da Grécia e da Irlanda, revelada pelo relatório e Contas de 2009. Por razoes que certamente serão explicadas como “com base na informação que existia na altura”, a gestão do BPI decidiu investir nestes países €1,2 mil milhões, ou seja, quase 65% dos seus capitais próprios, que montam a cerca de €1,9 mil milhões. Um analista mais exigente porventura perguntará “mas sendo na altura o spread para a Alemanha praticamente o mesmo que para estes países, porque é que se investiu esta enormidade na Grécia e na Irlanda?”

Em Julho de 2010, o BPI, em conjunto com 90 outros Bancos europeus, fez o chamado “stress-test”, nomeadamente sobre a dívida soberana. Como é hoje sabido foi, infelizmente, uma oportunidade perdida pois a falta de credibilidade do exercício só levou a deterioração da situação dos sistemas financeiros dos chamados países periféricos. O Bank of International Settlements, em Basel, produziu uma base de dados sobre a exposição destes 91 bancos à divida soberana, à data de 31 de Julho de 2010. Podemos aí ver a mais recente “fotografia” disponível publicamente. Evidentemente , esta “fotografia” pode ter-se alterado a 31 de Dezembro de 2010 , o que não creio.

Entre Dez 2009 e Julho 2010 o BPI reduziu, é certo, a sua exposição a Grécia e Irlanda para cerca de € 1,0 mil milhões, sendo então superado pelo BCP com uma exposição de € 1,153 mil milhões. A exposição à Grécia e Irlanda dos outros bancos portugueses analisados é muito mais baixa : o BES tem uma exposição de €464milhoes e a CGD de €257 milhões

O futuro próximo para estes activos tóxicos parece obvio e só não vê quem não quiser. Por exemplo, as obrigações subordinadas do Anglo Irish Bank acabam de ter um “hair-cut” de 80% (oitenta por cento) e na semana passada os ex-ministros do SPD no ex-governo da Alemanha, num artigo no Finantial Times falaram num “inteligent hair-cut” para a dívida soberana da Grécia, Irlanda e Portugal – como se para um investidor faça grande diferença se o “hair-cut” é inteligente ou não. É igualmente publico que Bancos Centrais , como o da Suíça , não aceitam estes activos tóxicos como colateral.

Assim sendo – e considerando a expectativa considerada pelos operadores internacionais de um “ hair-cut” de 30% para estes activos tóxicos – teríamos que considerar num “stress test” ao BPI, que se pretenda credível, uma provisão de cerca de €300 milhões .

Evidentemente, a questão será ainda mais grave se considerarmos a dívida pública portuguesa. Em Dezembro de 2009 o BPI tinha directamente nas suas contas cerca de €3 mil milhões de dívida pública de Portugal (ou seja 1,6 vezes os seus capitais próprios). No entanto e de forma totalmente surpreendente, nos sete meses até Julho 2010, aumentou a sua exposição à dívida portuguesa para €4,2 mil milhões, ou seja um acréscimo de €1,2 mil milhões. Comparando com outros bancos portugueses veja-se, por exemplo que o total de exposição do BES à dívida portuguesa é de €2.2 mil milhões e o BCP apenas de €953 milhões.

Mais uma vez o tal analista mais rigoroso perguntaria “Mas estando praticamente todo o crédito do BPI centrado em Portugal porque é que estes € 4,2 mil milhões se não investiram, por exemplo, em divida alemã?”. Como explicar este extraordinário aumento já em 2010 em Portugal, em vez da Alemanha?

Continuando o exercício do teste de stress, se considerarmos um “ hair-cut” de 30% o BPI necessitaria de uma provisão de mais de €1,2 mil milhões só para cobrir o eventual “ hair-cut” da dívida pública portuguesa.

A segunda dimensão da vulnerabilidade, não tem directamente que ver com a gestão do BPI, mas é inevitável num contexto recessivo. Refiro-me às imparidades de crédito referentes à capacidade das empresas e famílias honrarem os seus compromissos de crédito no ciclo económico que se avizinha. A título de exemplo, veja-se que o nível médio de imparidades na Grécia e Irlanda passa os 10% das carteiras de crédito, e em Espanha passa os 5% e a subir. Considerando que estes países entraram no ciclo recessivo bem antes de Portugal parece óbvio o que vai acontecer.

A ultima informação que disponho sobre o rácio de incumprimento do BPI é de uns excelentes 2.4%. Não faço ideia quanto este rácio vai aumentar até ao pico do ciclo daqui a cinco anos, mas sei que por cada 1% de incumprimento adicional o BPI tem que provisionar cerca de €300 milhões. Admito, com algum optimismo, que no mínimo, o BPI tenha que provisionar em adição mais 2% (chegando ao nível actual do muito bem gerido BBVA), o que significaria cerca de €600 milhões de provisões adicionais.

Por outro lado, não vou sequer considerar os requisitos de Basel III pois são dilatados no tempo e vou admitir que a geração interna de lucro anual compensara esta diferença – algo que desde já informo não acreditar, por estimar que a rentabilidade do mercado doméstico será negativa.

Em resumo, admitindo que a gestão do BPI pretende manter o seu actual rácio de solvabilidade (tier I) em 8,7, seria necessário um aumento de capital, no mínimo, de cerca de €600 milhões para cobrir os impactos mencionados. Para além disto, se houver necessidade de “hair-cut” sobre a dívida pública portuguesa, não me parece que o BPI tenha qualquer futuro enquanto entidade independente. Por sua vez, será normal que o aumento de capital se concretize, no mínimo, a um desconto de 20% sobre o valor de mercado, ou seja €1,1 por acção, se o preço das acções se mantiver no actual patamar.

A ESTRUTURA ACCIONISTA DO BPI

Coloca-se então a questão: quem vai subscrever este massivo aumento de capital de cerca de 50% do actual valor em Bolsa do BPI ?

A estrutura accionista do BPI é, a larga distância, a mais forte em Portugal. O fortíssimo Banco espanhol La Caixa detém 30,1%, o melhor Banco Brasileiro Itaú detêm 18,9%, a seguradora alemã Allianz 8,8%, o excelente grupo do Norte Arsopi 3%, tendo-se junto mais recentemente o Grupo Angolano Santoro, que também dispensa apresentações, com 9,9%.

Por sua vez, a gestão do BPI, em particular Fernando Ulrich, detém uma parte muito importante dos respectivos patrimónios (pelo menos no caso de Ulrich de forma alavancada – esperemos que não no BPI), em acções do Banco.

O problema é que por detrás desta força há uma grande fragilidade. Desde logo, a La Caixa, estando no limiar da OPA obrigatória (33%), tem os seus direitos de voto limitados a 20% – uma das situações mais bizarras da banca a nível mundial. Como implicação, parece não se poder contar muito com a La Caixa para a subscrição das acções sobrantes de um tal aumento de capital – pois isso implicaria uma OPA obrigatória. Depois, parece claro que os outros accionistas institucionais não têm nenhuma vontade de aumentar a sua exposição. O Itaú, em particular, convidado repetidamente a fazê-lo, tem sempre deixado claro que a utilização do seu capital na Banca no Brasil é muito mais atractivo. Resta o Grupo Angolano Santoro que já declarou publicamente que vai solicitar ao Banco de Portugal autorização para aumentar a sua posição acima dos 10%. Não tenho dúvida que as acções sobrantes de um tal aumento de capital seriam subscritas pela Santoro, com as óbvias consequências decorrentes. Faltaria um pequeno passo para a Santoro – depois de ser dona dos 50% no BFA – controlar o BPI.

Resulta, assim, evidente porque é que a gestão e os accionistas de controlo do BPI tudo farão para neutralizar ao máximo o aumento de capital do Banco. O problema é que as condicionantes estão muito para além das vontades da gestão do Banco, que não controla a dinâmica do eventual “default” das dívidas soberanas do Sul da Europa nem a profundidade da recessão portuguesa. No pico da crise financeira de 2008 um presidente de um banco de investimento americano perguntou a Tim Geithner, então Presidente do FED de Nova York, o que deveria fazer nas dramáticas circunstâncias que se estavam a viver, e obteve como resposta: “ajoelhar e… Rezar”

O MASSACRE DOS MOICANOS

No entanto a razão essencial, a meu ver, para que tudo se devesse fazer para que um tal aumento de capital não fosse concretizado, está na cristalização das perdas de capital para os cerca de 21,000 pequenos accionistas do BPI. Como se sabe, a gestão do BPI recomendou aos seus accionistas que não aceitassem a OPA do BCP a €7,2 por acção e o núcleo institucional liderado pela La Caixa facilmente derrotou essa extraordinária oferta, perante a complacência de Carlos Tavares. No entanto, toda a gente sabe que quando se recomenda a rejeição de uma oferta, se constitui a obrigação , em nome do dever da boa ética empresarial – já para não falar da ética de um bom regulador – de apresentar uma alternativa, no mínimo, tão favorável para os investidores. Foi o que, por exemplo, fez a Administração da Portugal Telecom ao rejeitar a OPA da Sonae, criando claramente valor nessa rejeição.

Acontece que no caso do BPI, nem Ulrich nem os accionistas que controlam o Banco, fizeram absolutamente nada. As acções do BPI iniciaram imediatamente uma trajectória descendente que as coloca hoje no patamar de €1,3 por acção, ou seja uma desvalorização de cerca de 80% (oitenta porcento), sem alavancagem, em relação a oferta na OPA. Evidentemente, bastaria uma mínima alavancagem sobre o capital investido para se ter verificado uma perca completa de capital nas acções do BPI.

O BPI, que na oferta do BCP, valia € 6,5 mil milhões vale hoje cerca de 1,2 mil milhões, ou seja uma desvalorização de capital para os seus accionistas de € 5,3 mil milhões.

Chegados aqui, não resisto a uma nota de ordem pessoal. No Banco Privado Português uma provisão largamente reversível de € 500 milhões, deu o que deu. No caso do BPI, uma questão dez vezes maior, quer em montante quer no número de investidores envolvidos, não causa o mínimo lamento ou perturbação, muito menos a demissão de um único responsável…Pelo contrário, apregoa-se estarmos em presença de um exemplo de uma das melhores práticas de Governo de Sociedade existentes no País.

A cristalização das perdas, a par da diluição das posições accionistas dos investidores no quadro desse aumento de capital, seria o último passo do autêntico massacre financeiro em curso no BPI. Resta, no entanto, uma pergunta final, que aliás Ulrich – lui meme- já fez publicamente “Quem, no seu bom juízo, faz um aumento de capital para dar crédito à economia portuguesa? ”

MensagemEnviado: 10/1/2011 23:32
por marciop
O regresso de Rendeiro
10 Janeiro2011 | 15:09
Pedro Santos Guerreiro - psg@negocios.pt

João Rendeiro lançou um blogue. Antes um blogue que um banco: assim o prejuízo fica com o responsável.
É verdadeiramente surpreendente assistir ao regresso de João Rendeiro ao “espaço” mediático. Não pelo seu regresso: Rendeiro é livre de fazer o que entender e de se munir, como diz, de “lápis, folha A4, calculadora de bolso”. Mas pelo conteúdo: vem dar uma aula sobre banca; sobre o BPI; sobre o Banco de Portugal.

O descaramento não tem limites. O Banco Privado Português é um caso de polícia, defraudou milhares de clientes, é uma nódoa na história do sistema financeiro português, está em dissolução – mas o seu fundador e ex-presidente dá lições de banca. E de supervisão: chega ao **mulo de acusar o Banco de Portugal de “política de avestruz”, precisamente aquilo de que foi acusado no BPP.

João Rendeiro não é um patinho feio, é uma ovelha negra para o sistema financeiro. Mas é inocente até prova em contrário. É arguido, no processo BPP, por fraude, abuso de confiança e falsificação, na sequência de queixa dos clientes e de reguladores. Nos últimos dois anos, depois da intervenção no banco, poucas vezes falou (nunca respondeu às perguntas do Negócios...) e quando o fez foi para se vitimizar e para se descartar. O seu argumento é de que não era presidente executivo do BPP à data dos factos. Quem dele suspeita quer provar que Paulo Guichard, que lhe sucedeu no cargo, era correia de transmissão de Rendeiro, que ficou “Chairman”. Quis juris? Os tribunais julgarão.

Há uma reacção típica em inocentes: dizerem-se perseguidos pelo sistema político, judicial, bancário ou mediático; nunca mostrar arrependimento, por medo de parecer confissão; e falar, porque um inocente não se cala. Rendeiro falou: o seu texto circula desde ontem à noite nas redes sociais e desde hoje nos jornais, incluindo o Facebook, onde João Rendeiro tem mais de mil amigos, todos eles posteriores ao descalabro do BPP.

Bom, mas admitamos participar no exercício de amnésia geral: vai o BPI ser forçado pelo Banco de Portugal a realizar um aumento de capital? O Banco de Portugal já o disse, no Relatório de Estabilidade do Sistema Financeiro, aliás em relação a todos os bancos: ou aumentam capital ou vendem activos ou reduzem crédito concedido. Disse-o em relação ao BES, o BPI ou BCP. E E Ulrich já respondeu. Não há uma novidade nisto, o que torna o texto uma viagem ridícula mas perigosa: o sistema financeiro está, como o País, no fio da navalha do acesso a financiamento e o alarmismo pode provocar o pânico. Algo que, em Outubro de 2008, ninguém fez ao BPP. Apesar de tudo.

Só há um banco sobre o qual Rendeiro deve falar: o esqueleto que sobra do seu. O resto é atrevimento e provocação. Mas que não deve ser ignorado: isso seria participar na inimputabilidade que Rendeiro reclama para si mesmo.

Este texto de Rendeiro não é prova de inocência, é falta de pudor. O BPP não é comparável ao BPN como um pionés não é comparável a um prego - mas ambos furam uma parede, a da solidez e reputação da banca portuguesa. Rendeiro nunca pediu desculpa nem mostrou qualquer remorso ou sequer consideração por aqueles que perderam dinheiro e viram as suas contas congeladas. Nem é necessário ser culpado para ter esse gesto de dignidade. Mas é preciso ser descarado para continuar, depois disso, a mandar “posts” – sobre banca...


A resposta...

O GUERREIRO DESARMADO
Publicado em 10/01/2011 por João Rendeiro

Na Arte da Guerra, Sun Yan Tse recomenda aos verdadeiros Guerreiros que nunca percam as Armas. Numa versão moderna deste aforismo recomendar-se-ia a Pedro Santos Guerreiro que nunca fique com as calças na mão.

Vem isto a propósito do seu comentário “O regresso de Rendeiro”, na versão on-line do Negócios, ao meu post no blogue http://joaorendeiro.wordpress.com/, onde simulo um teste de stress ao BPI.

E Santos Guerreiro ficou mesmo com as calças na mão. A verdade é que muito recentemente o Jornal de Negócios promoveu no Hotel Sheraton, com o patrocínio da sociedade de Auditores do Banco Privado Português, um pequeno-almoço com Fernando Ulrich.

Pareceu-me muito bem, mas desgraçadamente o Negócios não colocou algumas questões chave que abordo no meu texto. Por exemplo:

-Qual a dimensão dos activos tóxicos do BPI na Grécia e na Irlanda?

-Serão mil milhões de euro em Dezembro de 2010?

-Será verdade que o BPI tem € 4,2 mil milhões em dívida pública portuguesa? Porque não investiu este montante em dívida alemã?

E por aí adiante

Mas não. Em vez de discutir o fundo das questões volta a uma via de ataque pessoal quanto a minha alegada actuação no BPP.

Recordo mais uma vez que não foi formulada contra mim nenhuma acusação. Informo, de novo, que há muitos elementos do triste processo BPP que não são conhecidos publicamente e que estou muito a tempo de dar todas as respostas que sejam necessárias às perguntas de Santos Guerreiro e de outros.

Quando esse tempo chegar, espero apenas não apanhar este Guerreiro, mais uma vez, de calças na mão.

http://joaorendeiro.wordpress.com/2011/ ... desarmado/

MensagemEnviado: 10/1/2011 21:58
por Supermann
Pata-Hari Escreveu:Que patético. As pessoas sujeitam-se ao ridículo por falta de vergonha na cara. Já alguém lhe perguntou no seu blogue porque não fez ele um aumento de capital antes de deixar implodir o seu banco? porque não segregou o património dos clientes que não lhe pertencia protegendo os clientes em vez de o usar como se dele fosse?


Pena não ser apanhado na rua pelos seus clientes... não há de facto vergonha...


Ainda ninguem lhe disse pq aquilo deve estar de certeza com moderação... o homem só deve aceitar os comentários que quer e que abonam a favor. É so comentários a desfazerem-se em elogios lá no blog... enfim

MensagemEnviado: 10/1/2011 19:51
por artista_
Eu não consigo compreender é o que é que o Rendeiro quer com afirmações deste género!?? Não seria melhor ficar quietinho no seu canto?! Só o facto de aparecer já é uma falta de respeito para com os clientes do BPP que perderam tudo no banco...

abraços

artista

MensagemEnviado: 10/1/2011 18:58
por pdcarrico
Trisquel Escreveu:O regresso de Rendeiro
10 Janeiro2011 | 15:09
Pedro Santos Guerreiro - psg@negocios.pt

João Rendeiro lançou um blogue. Antes um blogue que um banco: assim o prejuízo fica com o responsável.
É verdadeiramente surpreendente assistir ao regresso de João Rendeiro ao “espaço” mediático. Não pelo seu regresso: Rendeiro é livre de fazer o que entender e de se munir, como diz, de “lápis, folha A4, calculadora de bolso”. Mas pelo conteúdo: vem dar uma aula sobre banca; sobre o BPI; sobre o Banco de Portugal.

O descaramento não tem limites. O Banco Privado Português é um caso de polícia, defraudou milhares de clientes, é uma nódoa na história do sistema financeiro português, está em dissolução – mas o seu fundador e ex-presidente dá lições de banca. E de supervisão: chega ao **mulo de acusar o Banco de Portugal de “política de avestruz”, precisamente aquilo de que foi acusado no BPP.

João Rendeiro não é um patinho feio, é uma ovelha negra para o sistema financeiro. Mas é inocente até prova em contrário. É arguido, no processo BPP, por fraude, abuso de confiança e falsificação, na sequência de queixa dos clientes e de reguladores. Nos últimos dois anos, depois da intervenção no banco, poucas vezes falou (nunca respondeu às perguntas do Negócios...) e quando o fez foi para se vitimizar e para se descartar. O seu argumento é de que não era presidente executivo do BPP à data dos factos. Quem dele suspeita quer provar que Paulo Guichard, que lhe sucedeu no cargo, era correia de transmissão de Rendeiro, que ficou “Chairman”. Quis juris? Os tribunais julgarão.

Há uma reacção típica em inocentes: dizerem-se perseguidos pelo sistema político, judicial, bancário ou mediático; nunca mostrar arrependimento, por medo de parecer confissão; e falar, porque um inocente não se cala. Rendeiro falou: o seu texto circula desde ontem à noite nas redes sociais e desde hoje nos jornais, incluindo o Facebook, onde João Rendeiro tem mais de mil amigos, todos eles posteriores ao descalabro do BPP.

Bom, mas admitamos participar no exercício de amnésia geral: vai o BPI ser forçado pelo Banco de Portugal a realizar um aumento de capital? O Banco de Portugal já o disse, no Relatório de Estabilidade do Sistema Financeiro, aliás em relação a todos os bancos: ou aumentam capital ou vendem activos ou reduzem crédito concedido. Disse-o em relação ao BES, o BPI ou BCP. E E Ulrich já respondeu. Não há uma novidade nisto, o que torna o texto uma viagem ridícula mas perigosa: o sistema financeiro está, como o País, no fio da navalha do acesso a financiamento e o alarmismo pode provocar o pânico. Algo que, em Outubro de 2008, ninguém fez ao BPP. Apesar de tudo.

Só há um banco sobre o qual Rendeiro deve falar: o esqueleto que sobra do seu. O resto é atrevimento e provocação. Mas que não deve ser ignorado: isso seria participar na inimputabilidade que Rendeiro reclama para si mesmo.

Este texto de Rendeiro não é prova de inocência, é falta de pudor. O BPP não é comparável ao BPN como um pionés não é comparável a um prego - mas ambos furam uma parede, a da solidez e reputação da banca portuguesa. Rendeiro nunca pediu desculpa nem mostrou qualquer remorso ou sequer consideração por aqueles que perderam dinheiro e viram as suas contas congeladas. Nem é necessário ser culpado para ter esse gesto de dignidade. Mas é preciso ser descarado para continuar, depois disso, a mandar “posts” – sobre banca...


:clap: :clap: :clap: :clap:

Texto muito bom mesmo.

Chega a ser repugnante este Rendeiro.

MensagemEnviado: 10/1/2011 16:35
por Ulisses Pereira
Muito, muito bom :)

MensagemEnviado: 10/1/2011 16:21
por Trisquel
O regresso de Rendeiro
10 Janeiro2011 | 15:09
Pedro Santos Guerreiro - psg@negocios.pt

João Rendeiro lançou um blogue. Antes um blogue que um banco: assim o prejuízo fica com o responsável.
É verdadeiramente surpreendente assistir ao regresso de João Rendeiro ao “espaço” mediático. Não pelo seu regresso: Rendeiro é livre de fazer o que entender e de se munir, como diz, de “lápis, folha A4, calculadora de bolso”. Mas pelo conteúdo: vem dar uma aula sobre banca; sobre o BPI; sobre o Banco de Portugal.

O descaramento não tem limites. O Banco Privado Português é um caso de polícia, defraudou milhares de clientes, é uma nódoa na história do sistema financeiro português, está em dissolução – mas o seu fundador e ex-presidente dá lições de banca. E de supervisão: chega ao cúmulo de acusar o Banco de Portugal de “política de avestruz”, precisamente aquilo de que foi acusado no BPP.

João Rendeiro não é um patinho feio, é uma ovelha negra para o sistema financeiro. Mas é inocente até prova em contrário. É arguido, no processo BPP, por fraude, abuso de confiança e falsificação, na sequência de queixa dos clientes e de reguladores. Nos últimos dois anos, depois da intervenção no banco, poucas vezes falou (nunca respondeu às perguntas do Negócios...) e quando o fez foi para se vitimizar e para se descartar. O seu argumento é de que não era presidente executivo do BPP à data dos factos. Quem dele suspeita quer provar que Paulo Guichard, que lhe sucedeu no cargo, era correia de transmissão de Rendeiro, que ficou “Chairman”. Quis juris? Os tribunais julgarão.

Há uma reacção típica em inocentes: dizerem-se perseguidos pelo sistema político, judicial, bancário ou mediático; nunca mostrar arrependimento, por medo de parecer confissão; e falar, porque um inocente não se cala. Rendeiro falou: o seu texto circula desde ontem à noite nas redes sociais e desde hoje nos jornais, incluindo o Facebook, onde João Rendeiro tem mais de mil amigos, todos eles posteriores ao descalabro do BPP.

Bom, mas admitamos participar no exercício de amnésia geral: vai o BPI ser forçado pelo Banco de Portugal a realizar um aumento de capital? O Banco de Portugal já o disse, no Relatório de Estabilidade do Sistema Financeiro, aliás em relação a todos os bancos: ou aumentam capital ou vendem activos ou reduzem crédito concedido. Disse-o em relação ao BES, o BPI ou BCP. E E Ulrich já respondeu. Não há uma novidade nisto, o que torna o texto uma viagem ridícula mas perigosa: o sistema financeiro está, como o País, no fio da navalha do acesso a financiamento e o alarmismo pode provocar o pânico. Algo que, em Outubro de 2008, ninguém fez ao BPP. Apesar de tudo.

Só há um banco sobre o qual Rendeiro deve falar: o esqueleto que sobra do seu. O resto é atrevimento e provocação. Mas que não deve ser ignorado: isso seria participar na inimputabilidade que Rendeiro reclama para si mesmo.

Este texto de Rendeiro não é prova de inocência, é falta de pudor. O BPP não é comparável ao BPN como um pionés não é comparável a um prego - mas ambos furam uma parede, a da solidez e reputação da banca portuguesa. Rendeiro nunca pediu desculpa nem mostrou qualquer remorso ou sequer consideração por aqueles que perderam dinheiro e viram as suas contas congeladas. Nem é necessário ser culpado para ter esse gesto de dignidade. Mas é preciso ser descarado para continuar, depois disso, a mandar “posts” – sobre banca...

MensagemEnviado: 10/1/2011 9:01
por Pata-Hari
Que patético. As pessoas sujeitam-se ao ridículo por falta de vergonha na cara. Já alguém lhe perguntou no seu blogue porque não fez ele um aumento de capital antes de deixar implodir o seu banco? porque não segregou o património dos clientes que não lhe pertencia protegendo os clientes em vez de o usar como se dele fosse?


Pena não ser apanhado na rua pelos seus clientes... não há de facto vergonha...

MensagemEnviado: 10/1/2011 8:27
por Trisquel
Rendeiro: Blogue ataca BPI
O ex-presidente do Banco Privado Português (BPP) João Rendeiro inaugurou um blogue denominado ArmaCritica. No primeiro texto, Rendeiro critica a situação financeira do Banco Português de Investimento (BPI) e defende que o mesmo será obrigado, brevemente, a realizar um aumento de capital de 600 milhões de euros.

"Noticia CM"

MensagemEnviado: 9/1/2011 20:30
por pepi
AC Investor Blog Escreveu:O BPI é o úncio papel que detenho na banca Portuguesa como já frizei várias vezes, exactamente porque estas movimentações cheira-me a OPA num futuro próximo.... é interesse a mais..... Como o Ulisses diz e bem, quer quer comprar não o diz, vai comprando....... :wink:


AC, estabeleceste algum stop losses para o BPI?

MensagemEnviado: 9/1/2011 20:27
por EuroVerde
artista Escreveu:
EuroVerde Escreveu:Não estou a entrar. Imagina uma lateralização por mais 1 ou 2 meses. Ainda não quebrou a LTD


Vou citar o que ainda hoje escreveste noutro tópico

EuroVerde Escreveu:Normalmente quando a AT nos diz para comprar na quebra consistente de uma resistência, o bom investidor já devia ter comprado bem abaixo da resistência (e vice versa para os susportes).


Afinal em que ficamos?!

abraço

artista



oh meu caro Artista!

A minha frase de cima é o que se dará na realidade com esses 2 bancos.
A minha frase de baixo é dita de forma geral, não a uma empresa nem a este momento em concreto! Existem milhares de activos.


Estaria a falar de coisas diferentes? Obviamente. Tu é que confundes o que falo em momentos separados.

Vejamos: a lateralização em BES e BPI acontece e ambos estão abaixo da LTD. Um bom investidor vai comprar no momento chave que é: ainda quando a cotação estiver abaixo da LTD sob um suporte mas mais próxima do que está actualmente. A prática é a melhor conselheira do que eu.
Se em AT vamos esperando por confirmações, muitas vezes acabamos por chegar tarde: imagina que alguém vê uma certa força e a LTD é quebrada, nesse momento do rompimento, entra. Anda ali positivo a 1 ou 2% do timing de entrada um dois dias, e logo volta ao suporte após a quebra da LTD. Nem sempre o compimento da LTD significa rumo ascendente.

Quantas vezes uma acção não quebra uma LTD, sobe ligeiramente e volta a descer em força?
Quantas vezes uma acção não quebra uma LTA em baixo e logo volta ao rubro?

Certamente o normal é na quebra de uma LTA dar-se um movimento descendente como no caso evidente dos indices em 2007.

MensagemEnviado: 9/1/2011 16:15
por artista_
EuroVerde Escreveu:Não estou a entrar. Imagina uma lateralização por mais 1 ou 2 meses. Ainda não quebrou a LTD


Vou citar o que ainda hoje escreveste noutro tópico

EuroVerde Escreveu:Normalmente quando a AT nos diz para comprar na quebra consistente de uma resistência, o bom investidor já devia ter comprado bem abaixo da resistência (e vice versa para os susportes).


Afinal em que ficamos?!

abraço

artista

MensagemEnviado: 9/1/2011 15:49
por EuroVerde
artista Escreveu:
EuroVerde Escreveu:Tanto BPI como BES.
Reparem na descida e para onde se desloca a seta do meu gráfico.


Estás então a prever uma lateralização... presumo então que estás a entrar no BPI?

abraço

artista


Não estou a entrar. Imagina uma lateralização por mais 1 ou 2 meses. Ainda não quebrou a LTD

MensagemEnviado: 9/1/2011 14:42
por artista_
EuroVerde Escreveu:Tanto BPI como BES.
Reparem na descida e para onde se desloca a seta do meu gráfico.


Estás então a prever uma lateralização... presumo então que estás a entrar no BPI?

abraço

artista

MensagemEnviado: 9/1/2011 0:48
por EuroVerde
Tanto BPI como BES.
Reparem na descida e para onde se desloca a seta do meu gráfico.

BPI

MensagemEnviado: 7/1/2011 21:21
por MIGUELV73
Fica o grafico.

MensagemEnviado: 7/1/2011 15:15
por artista_
Ainda assim, em termos técnicos está a testar os mínimos anteriores que ainda não foram quebrados, veremos se reage... embora, como disse o Elias o BPI tenha negociado hoje a valores que já não negociava desde finais de 96!!!!!!!

abraços

artista

MensagemEnviado: 7/1/2011 15:11
por artista_
É algo triste ver estes gráficos, eles são um claro reflexo da chamada "Década perdida", são a prova mais que evidente que na última década andámos para trás :(

O do BPI é apenas um caso que, ao contrário de outras épocas, está longe de ser um caso isolado. Agora isolados são os casos das empresas onde este cenário não se verifica (a JMT será o mais exemplar)!

abraços

artista