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Caldeirão da Bolsa

BPI - Tópico Geral

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

por Ulisses Pereira » 25/7/2008 18:10

Aqui ficam os gráficos do BPI onde se pode constatar o domínio dos ursos em todos os horizontes temporais. Só com a ruptura da resistência horizontal na casa dos 2,96 euros é que os touros darão um sinal claro de que algo está a mudar no reinado dos ursos.

Um abraço,
Ulisses
Anexos
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"Acreditar é possuir antes de ter..."

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por MFSC » 25/7/2008 17:57

Será que alguém consegue colocar aqui o gráfico de curto prazo do BPI com as LT, suportes e resistências?
Obrigado.

Abraço
MFSC
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por kanu1929 » 25/7/2008 17:49

Eu comprei a 2,37, 3 v3ndi a 2,51. tinha deixado uma ordem ontem a esse preço para hoje. Só tenho pena de ter pouco capital disponivel...
 
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por Nyk » 25/7/2008 17:44

Actividade internacional representa 35% dos lucros recorrentes do BPI
O BPI apresentou resultados líquidos de 9,1 milhões de euros, com a perda reconhecida no BCP. Excluindo este impacto, os lucros teriam ascendido a 166,4 milhões, sendo a actividade internacional da instituição liderada por Fernando Ulrich, essencialmente o BFA, responsável por mais de 35% deste valor.

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Paulo Moutinho
paulomoutinho@mediafin.pt


O BPI apresentou resultados líquidos de 9,1 milhões de euros, com a perda reconhecida no BCP. Excluindo este impacto, os lucros teriam ascendido a 166,4 milhões, sendo a actividade internacional da instituição liderada por Fernando Ulrich, essencialmente o BFA, responsável por mais de 35% deste valor.

“O lucro líquido na actividade internacional no primeiro semestre de 2008, expresso em euros, ascendeu a 58,5 milhões de euros, o que corresponde a um aumento de 86% relativamente ao semestre homólogo de 2007”, afirma o BPI que salienta o contributo do Banco Fomento de Angola para este resultado.

No primeiro semestre, “o contributo do Banco de Fomento Angola para o lucro consolidado, ascendeu a 56,6 milhões ( o que compara com os 29,7 milhões no semestre homólogo) e o contributo para o lucro da participação de 30% no BCI Fomento (Moçambique), reconhecida por equivalência patrimonial, foi de 1,9 milhões praticamente idêntico ao contributo no semestre”.

Na actividade internacional, o BPI registou um aumento de 35% no número de clientes, para 470 mil, no final de Junho deste ano. “Os recursos totais de clientes, na actividade internacional, registaram um crescimento de 35% para 2.427,5 milhões”, sendo o crescimento dos recursos expressos em dólares de 58%, em termos homólogos”.

Os depósitos à ordem cresceram 8,5%, em termos homólogos, para 1.350,8 milhões de euros, em Junho de 2008, já a carteira de crédito, na actividade internacional, cresceu 33%, em termos homólogos para 1.031,7 milhões de euros, sendo o crescimento da carteira de crédito expressa em dólares de 55%, em termos homólogos.
"A incerteza dos acontecimentos,é sempre mais difícil de suportar do que o próprio acontecimento" Jean-Baptista Massilion.
"Só sabemos com exactidão quando sabemos pouco; à medida que vamos adquirindo conhecimentos, instala-se a dúvida"Johann Goethe
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por Nyk » 25/7/2008 17:43

BPI com menos-valias potenciais superiores a 100 milhões na carteira de obrigações
A carteira de obrigações de empresas do PI, no final do primeiro semestre, tinha menos-valias potenciais de 98,9 milhões de euros, valor que a 24 de Julho já totalizava 114 milhões de euros. Ao contrário da posição no BCP, o BPI não reconheceu estas perdas nas suas contas.

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Nuno Carregueiro
nc@mediafin.pt


BPI com menos-valias potenciais superiores a 100 milhões na carteira de obrigações A carteira de obrigações de empresas do PI, no final do primeiro semestre, tinha menos-valias potenciais de 98,9 milhões de euros, valor que a 24 de Julho já totalizava 114 milhões de euros. Ao contrário da posição no BCP, o BPI não reconheceu estas perdas nas suas contas. No comunicado com a apresentação de resultados do primeiro semestre, o BPI refere que, nos activos financeiros disponíveis para venda, no final do primeiro semestre, registava menos-valias latentes de 81,7 milhões de euros. Este valor é justificado pelas menos-valias nas obrigações de empresas (98,9 milhões em Junho), já que na carteira de acções, o saldo é positivo em 15,1 milhões de euros. È que ao contrário do que efectuou no BCP, reconheceu imparidades de 111,5 milhões de euros, na carteira de obrigações o BPI não registou nenhuma imparidade. Estas obrigações, que no balanço do BPI estão contabilizadas por um valor de 1.558,4 milhões de euros, apresentavam uma menos-valia potencial superior no final do dia de ontem: 114 milhões de euros, segundo o comunicado do banco. A 24 de Julho, as menos-valias totais com as participações financeiras eram de 99,2 milhões de euros. Além das menos-valias nas acções terem aumentado, a posição no BCP (1,2% do capital) regista agora uma menos-valia potencial de 9,9 milhões de euros.
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por jjgustavo » 25/7/2008 17:40

Somente as seguintes questões:
a) Porque vendeu o BPI a participação do BCP em mínimos e à pressa??
Será que a necessidade de gerar liquidez imediata impediu-o de negociar a venda em bloco a um potencial interessado?

b) Porque está o BPI a oferecer taxas para captação de recursos muito acima das taxas euribor...??!

C) Aquela abertura de sucursais " à maluca", aquando da OPA do BCP, não estará a gerar custos fixos preocupantes??!
D) Finalmente:

que acharão os accionistas do BPI, do Dr. Ulrich, que dizia que 7€ por acção era pouco, e que as acções valeriam mais de 8€!???
Dá que pensar não ??
PS.Não tenho qq acção deste Banco.
Bom fim de semana:)
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por Nyk » 25/7/2008 17:39

Aumento de capital eleva rácio de capital do BPI para 6,7% no fim do semestre
O BPI, apesar das perdas financeiras reconhecidas, nomeadamente com o BCP, concluiu o primeiro semestre com um rácio de capital confortável. O "core Tier I" situou-se nos 6,7%, à custo do aumento de capital realizado pela instituição liderada por Fernando Ulrich.

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Paulo Moutinho
paulomoutinho@mediafin.pt


O BPI, apesar das perdas financeiras reconhecidas, nomeadamente com o BCP, concluiu o primeiro semestre com um rácio de capital confortável. O “core Tier I” situou-se nos 6,7%, à custo do aumento de capital realizado pela instituição liderada por Fernando Ulrich.

A instituição, que revelou hoje as suas constas dos primeiros seis meses, “concluiu em Junho, de acordo com o previsto, o aumento do capital social de 760 milhões de euros para 900 milhões. O aumento de capital foi integralmente subscrito e proporcionou um encaixe de 350 milhões de euros”.

“Este aumento permitiu o reforço significativo do rácio de capital. Em 30 de Junho de 2008, o rácio de requisitos de fundos próprios situava-se em 11,2%, o ‘Tier I’ em 7,6% e o ‘core Tier I’ em 6,7%, calculados de acordo com Basileia II”, afirma o banco no mesmo comunicado.

A instituição tem “por objectivo que os rácios ‘Tier I’ e ‘core Tier I’ sejam iguais ou superiores a 7.0% e 5.5%, respectivamente”.
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por MFSC » 25/7/2008 17:32

E "previsões" do comportamento do BPI para amanhã, alguém arrisca? :wink:
E, já agora, será que alguém consegue colocar aqui o gráfico de curto prazo do BPI com as LT, suportes e resistências?
Agradecia imenso. Acompanho diariamente o BPI mas o (pouco) que percebo de AT não me ajuda a "prever" nada para este papel :lol:

Abraço
MFSC
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por Nyk » 25/7/2008 17:27

Prejuízo de 66 milhões no trimestre
BPI regista queda de 95% nos lucros semestrais com perdas de 157 milhões no BCP
O BPI terminou os primeiros seis meses com resultados líquidos de 9,1 milhões de euros, uma quebra de mais de 95% face ao período homólogo. Para esta forte descida nos lucros contribuiu a perda reconhecida com a posição no BCP que ascendeu a 157 milhões. No segundo trimestre, o banco liderado por Fernando Ulrich registou prejuízos de mais de 66 milhões.

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Paulo Moutinho
paulomoutinho@mediafin.pt


O BPI terminou os primeiros seis meses com resultados líquidos de 9,1 milhões de euros, uma quebra de mais de 95% face ao período homólogo. Para esta forte descida nos lucros contribuiu a perda reconhecida com a posição no BCP que ascendeu a 157 milhões. No segundo trimestre, o banco liderado por Fernando Ulrich registou prejuízos de mais de 66 milhões.

“O lucro no semestre incorpora o impacto negativo de 157,4 milhões de euros (após impostos) de menos-valias realizadas e imparidades com o BCP. Excluindo este impacto, o lucro consolidado no semestre seria de 166,4 milhões (uma quebra de 13,8% relativamente ao primeiro semestre de 2007), a que corresponde um lucro líquido por acção de 22 cêntimos”, afirma o BPI no comunicado enviado à CMVM.

O resultado líquido no período em análise cifrou-se em 9,1 milhões, aquém dos 11,4 milhões estimados pelos analistas consultados pelo Jornal de Negócios e pela agência Reuters. As previsões variavam dos 29 milhões de prejuízos, da UBS, até aos 58 milhões de euros de lucros apontados pelo Espírito Santo Research, com o ponto médio a indicar uma queda de 94,1%, face aos 193 milhões do período homólogo.

Em termos trimestrais, as estimativas do painel apontavam para um prejuízo de 64,1 milhões. O BPI revelou, hoje, após o fecho do mercado um resultado líquido negativo de 66,3 milhões, depois dos 97 milhões de lucros nos segundo três meses de 2007.

O banco liderado por Fernando Ulrich salienta, no documento de apresentação das contas, que no primeiro semestre “a actividade doméstica de banca comercial contribuiu com 80,1 milhões de euros para o lucro líquido consolidado, a banca de investimento contribuiu com 7,6 milhões e a actividade internacional contribuiu com 58,5 milhões de euros”.

“O contributo das participações financeiras [que incorpora outros activos além do BCP] foi negativo em 137,1 milhões de euros em resultado do impacto negativo de 65,6 milhões de euros (73,1 milhões antes de impostos) de menos-valias realizadas em BCP e de 91,8 milhões (111,5 milhões antes de impostos) de imparidades relacionadas com a participação no BCP”.

O BPI revela que reconheceu como imparidade, na conta de resultados do semestre, a menos-valia potencial relativa à participação de 2,2% detida no BCP. “Entretanto, já após o final do semestre, até 24 Julho, o BPI reduziu a participação detida no BCP para 1,2%. Nessa data, o valor de mercado da carteira de acções disponíveis para venda era de 125,2 milhões de euros, dos quais 70,4 milhões correspondiam à posição no BCP”, refere.
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por majomo » 25/7/2008 17:21

Pois é, fruto das "brincadeira" com as participações, o BPI "conseguiu" ficar com prejuízos no 2.º trimestre.

Quais eram as previsões dos analistas para os resultados?
Como se ganha dinheiro na bolsa?!
-Devo usar STOP's
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Re: naõ resisti.....

por majomo » 25/7/2008 16:42

Resina Escreveu:
rasteiro Escreveu:e lá foram elas a 2.49€
Já dá para ir jantar fora com os 800€.
Vou tentar comprá-la novamente no fecho, se ela desçer, senão AZARITO.
Acho que isso era evitado...
É so para te gabares que ganhaste 800€!? Acho isso tão foleiro...
Bastava dizeres que o negocio te tinha corrido bem, agora dizeres o valor é mesmo de baixo nível...


Eu penso que no meio de tanto sangue, o pessoal ter algumas alegrias é saudável... :wink:
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Calma....

por rasteiro » 25/7/2008 16:24

É que já não fazia um negócio na bolsa á cerca de 1 més, e hoje correu bem.

Foi só um desabafo....

Não estou aqui para provocar ninguém, mas se entenderam assim, as minhas DESCULPAS.


Abraços
 
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Re: naõ resisti.....

por Resina » 25/7/2008 16:20

rasteiro Escreveu:e lá foram elas a 2.49€
Já dá para ir jantar fora com os 800€.
Vou tentar comprá-la novamente no fecho, se ela desçer, senão AZARITO.
Acho que isso era evitado...
É so para te gabares que ganhaste 800€!? Acho isso tão foleiro...
Bastava dizeres que o negocio te tinha corrido bem, agora dizeres o valor é mesmo de baixo nível...
Se não podes vencê-los, o melhor mesmo é juntares-te a eles!
Porquê ir contra o mercado? Perdemos sempre!
És fraco, junta-te aos fortes!
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por ramos1949 » 25/7/2008 16:18

Cada vez menos dou valor aos analistas financeiros.

Ordenados a 500 euros mes para fazer este traballho claro que quando saem os resultados é sempre acima da expectativa dos ditos.
E aí todos batemos palmas foi porreiro pá, só que os patrões dos ditos não devem ficar muito satisfeistos pois só dizem e escrevem asneiras.

Estou com curiosidade do BPI, parece Totoloto.
Quem acertar vai jantar uma pizza com os amigos e paga a despesa porque tem o contrato por mais seis meses.
E uma maneira de dar emprego a muitos desempregados na profissão.

Com esta idade e formado na profissão tenho pena deles. Estão nas garras do diz e escreve.

ramos
 
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Re: naõ resisti.....

por majomo » 25/7/2008 15:49

rasteiro Escreveu:e lá foram elas a 2.49€
Já dá para ir jantar fora com os 800€.
Vou tentar comprá-la novamente no fecho, se ela desçer, senão AZARITO.


Dá para jantar fora...
Vais jantar a paris?
:mrgreen:
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naõ resisti.....

por rasteiro » 25/7/2008 15:18

e lá foram elas a 2.49€
Já dá para ir jantar fora com os 800€.
Vou tentar comprá-la novamente no fecho, se ela desçer, senão AZARITO.
 
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Acabei de entrar...

por rasteiro » 25/7/2008 13:51

Agora mesmo no BPI.
Penso que os resultados vão ser melhor que o esperado, por isso apostei forte(10.000), a 2.41.
Vou esperar e ver...................
 
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por kanu1929 » 25/7/2008 13:45

O BPI reduziu a sua participação no
rival BCP, com uma menos valia
significativa. Mas a acção continua barata.
Depois de ter aumentado o seu capital
social no passado mês de Junho, mais,
recentemente, o BPI anunciou ter vendido
parte da sua participação no BCP,
passando a deter cerca de 2% do banco
rival, contra 5% anteriormente. A venda
ocorreu já neste mês de Julho e a
operação correspondeu a uma perda
significativa, embora o banco não tenha
comunicado o valor exacto desta menos-
valia. Por outro lado, em Angola,
poderá vir a vender 49% do BFA a parceiros
locais, de maneira a ir de encontro
à vontade das autoridades locais,
prevendo-se que o BPI mantenha 51%
da sua subsidiária angolana, num
mercado promissor onde o grupo tem
uma forte presença e quer continuar a
crescer.
preve-se agora lucros
por acção de 0,35 euros (contra 0,40 anteriormente)
em 2008 e 0,41 euros (0,44
antes) para 2009. Contudo, aos níveis
actuais, a acção permanece barata.

Poupança
 
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por Assustado » 24/7/2008 21:28

Amanha com os resultados o BPI vai supreender pela positiva .
Para chegar aos 2,80 vai ser em 2 saltos consulidados ,já existe muito interesse neste banco. :lol:
 
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in bpi

por mcarvalho » 24/7/2008 13:12

POLL RESULTADOS-Lucro BPI 1ro sem08 cai mais 90 pct


24/07/2008


* Resultados BPI do primeiro semestre 2008
* Divulgação resultados a 25 Julho após fecho bolsa
* Resultado BPI descem 93,3 pct para média 13 ME
Por Sérgio Gonçalves
LISBOA, 24 Jul (Reuters) - O lucro líquido do terceiro banco
nacional cotado, Banco BPI, terá caído 93,3 pct no primeiro
semestre de 2008, prejudicado por perdas com a posição no
Millennium bcp , queda de comissões e aumento de custos,
segundo uma Poll de seis analistas.
Os analistas prevêem que o lucro semestral tenha fixado numa
média de 13 ME contra 193 ME no mesmo período de 2007, mas as
estimativas do resultado variam entre um prejuízo de 29 ME e um
lucro de 58 ME.
A grande disparidade de previsões do resultado semestral
decorre da dificuldade em calcular as perdas em que incorreu o
BPI com a sua posição no BCP, banco cuja cotação das acções caiu
48 pct no primeiro semestre.
No segundo trimestre do ano, o BPI reduziu a sua posição no
BCP para cerca de dois pct dos anteriores cinco pct, estimando
os analistas que as perdas no semestre, com a venda de parte da
posição e a imparidade da restante participação, possa ter
alcançado até cerca de 150 ME.
Esta perda terá sido o grande responsável pelos analistas
estimarem um prejuízo médio de 62,5 pct no segundo trimestre
deste ano.
"Os resultados terão sido afectados pelas perdas com a
posição no BCP, enquanto o Top Line (Margem Financeira) deverá
continuar sob pressão e as comissões terão tido uma grande
queda", disse Ana Garcia, analista do Banif, em Lisboa.
Os analistas prevêem, no primeiro semestre do corrente ano,
a margem financeira desça 2,3 pct para uma média de 320,5 ME
contra os 328 ME do mesmo período de 2007.
A descida da margem financeira reflecte as condições mais
difíceis da operação doméstica fruto da desaceleração da
economia em Portugal, competição agressiva entre os maiores
bancos que dificulta o 're-pricing' das carteiras de crédito e
um custo de 'funding' mais alto.
Recentemente, o Banco de Portugal reviu em baixa a sua
previsão de crescimento do Produto Interno Bruto em 2008 para
1,2 pct versus 2,0 pct enteriormente.
Contudo, os analistas antecipam que a participada a 100 pct
Banco de Fomento Angola (BFA) continue a aproveitar o
crescimento em redor dos 20 pct da economia angolana e mostre um
aumento robusto da margem e dos volumes de crédito e depósitos.
O BFA é o líder do mercado em Angola e os analistas realçam
que há grande expectativa em saber em que ponto está a
negociação para vender 49 pct do banco à angolana Sonangol,
vincando que não há visibilidade nem sobre o 'timing' provável
nem sobre o possível preço dessa alienação.
As comissões também são vistas a descerem, sofrendo o
impacto de menores volumes de negócio na banca de investimentos
devido ao adverso momento dos mercados, bem como de menos
activos sob gestão.
Adiantam que os custos, especialmente os relativos a
pessoal, terão subido com a grande expansão da rede de balcões
em Portugal e em Angola, pevendo a generalidade que o
cost-to-income aumente face aos 55,2 pct de Março último.
"Prevemos uma queda homóloga de 10 pct nas receitas e um
aumento de quatro pct nos custos, levando a uma queda de 25 pct
do resultado operacional", refere Tiago Bossa Dionísio, analista
do ESR, numa nota de research.
A maioria dos analistas afirma que o BPI, após o recente
aumento de capital de 350 ME, terá reposto o core-Tier 1 para
acima dos cinco pct versus o baixo nível de 4,3 pct em Março
deste ano.
Desde o início do ano, as acções do BPI caíram 48 pct.
Segundo estimativas do Reuters Knowledge, o BPI negoceia a
desconto face aos pares domésticos ao ter um Price/Earnings
Ratio estimado para 2008 de 6,6 vezes contra 8,38 vezes do Banco
Espírito Santo e 8,82 do Millennium bcp.
O BPI é detido em 25 pct pelo espanhol La Caixa, em 18,8 pct
pelo brasileiro Itaú e em 8,8 pct pela alemã Allianz
.
Segue tabela de estimativas:
Valores em ME
(Os valores entre parênteses são negativo)

RESULTADO LÍQUIDO MARGEM FINANCEIRA
1ro sem08 2do tri08 1ro sem08 2do tri08

ESR 58 (18) 320 161
Banesto 3 (73) 317 157
Keefe, Bruyette & W. 36 (39) 306 155
Caixa BI 10,6 (64,7) 334,2 174,8
Banif (0,6) (76) 302 150
UBS (29) (104,4) 343,7 176,5
---------------------------------------------------------------
MÉDIA 13 (62,5) 320,5 162,4
----------------------------------------------------------------

(Editado por Patrícia Vicente Rua)
((---Sérgio Gonçalves, Lisboa Editorial, 351-21-3509204
lisbon.newsroom@reuters.com; Reuters Messaging:
sergio.goncalves.reuters.com@reuters.net))
 
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por jjgustavo » 24/7/2008 11:23

BPI deverá apresentar prejuízos de 64 milhões com perdas no BCP

O BPI apresenta amanhã as contas do primeiro semestre, mas o mercado estará mais atento aos números trimestrais, onde o banco liderado por Fernando Ulrich deverá apresentar prejuízos de 64 milhões de euros, segundo o CaixaBI. Este resultado é justificado com o reconhecimento de perdas com o BCP.

«Os resultados do primeiro semestre serão inexpressivos com a «novidade» dos resultados trimestrais serem negativos. E isso, embora facilmente explicável, nunca é favorável…», refere o analista André Rodrigues na nota de «research» de antecipação das contas do BPI. Os números serão divulgados amanhã, depois do fecho do mercado.

Segundo o CaixaBI, o «BPI irá reconhecer uma perda por imparidade (bruta) da ordem dos 120,6 milhões de euros, em consequência da desvalorização da cotação do título BCP em bolsa».

«Para além disso, durante o segundo trimestre de 2008, o BPI vendeu 93,619 milhões de acções do BCP em mercado. As nossas estimativas indicam quem esta operação conduziu ao registo de uma menos valia da ordem dos 105 milhões de euros. Por outro lado, consideramos ainda o efeito relacionado com a venda dos direitos de subscrição durante o aumento de capital do BCP (encaixe de cerca de 40,5 milhões)».

Neste cenário, o banco de investimento da CGD aponta para que o BPI revele prejuízos de 64,7 milhões de euros, depois de ter registado, no primeiro trimestre, lucros de 75,3 milhões de euros. Este valor funcionará como «almofada» para os resultados semestrais do banco.

«De acordo com as nossas estimativas, a margem financeira ascenderá a 334,2 milhões de euros, ou seja, um aumento de 1,9% em termos homólogos, sendo que o resultado líquido consolidado deverá ascender a cerca de 10,6 milhões de euros», o que representa uma quebra de 94,5% face ao mesmo período do ano passado.

Na sessão de hoje, o BPI está a negociar em queda de 0,95%, a cotar nos 2,615 euros, apresentando um potencial de subida de 83,5% face à avaliação do CaixaBI. O banco de investimento tem um «target» de 4,80 euros e uma recomendação de «comprar» para os títulos da instituição liderada por Fernando Ulrich.



2008/07/24 - 10:50
Fonte: Canal de Negócios
 
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Sabem se se passa algo de extraordinário no BPI?

por pinamiranda » 18/7/2008 16:08

Caros,

Grandes subidas nos dois últimos dias. Sabem porquê?

Bons negócios,

pm
/* Escrever 100 vezes: O objectivo na Bolsa deve ser ganhar dinheiro, mesmo que seja apenas um cêntimo! */
http://paisperfeito.blogspot.com/
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por Ulisses Pereira » 18/7/2008 12:23

Acha que os accionistas do BPI já estão arrependidos de terem rejeitado, há um ano, uma OPA a sete euros?
Na minha opinião os accionistas do BPI – La Caixa e Banco Itaú – assumiram uma posição de controle no BPI. Pelo que deveriam pagar aos restantes accionistas um prémio de controle. O que deveria acontecer seria esses dois bancos lançarem uma OPA a sete euros sobre o BPI, para serem justos para os pequenos accionistas que por sua causa não puderam vender a esse preço na OPA.


A demagogia é tão bonita... Então está preocupado com os pequenos investidores? Os pequenos investidores que quiseram tiveram mais do que oportunidades de vender ao preço da OPA na altura. Só não o fez quem não quis. Já um pouco diferente foi a situação dos accionistas de referência que não se desfazem das posições com a mesma facilidade.

Ou seja, embora eu tenha sido muito crítico com a rejeição da OPA, o presidente do BPP vir agora dizer que quem a recusou devia lançar uma OPA ao mesmo preço é de uma demagogia atroz.

Um abraço,
Ulisses
"Acreditar é possuir antes de ter..."

Ulisses Pereira

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por Nyk » 18/7/2008 10:53

Entrevista do Semanário Económico a João Rendeiro, Presidente do Banco Privado 2008-07-18 10:05
“O La Caixa e o Banco Itaú deviam lançar uma OPA ao BPI”
O presidente do Banco Privado, diz, sem rodeios, que o catalão La Caixa, que tem já 27,5% do BPI, e o brasileiro Itaú, que vai a caminho dos 20%, deveriam lançar uma OPA sobre o BPI a sete euros – preço a que recusaram a OPA do BCP há um ano atrás – em nome da igualdade de tratamento dos accionistas.

Maria Teixeira Alves e Paulo Zacarias Gomes, do Semanário Económico

Os bancos estão sob a pior crise financeira dos últimos anos. Diz-se que é uma crise também contabilística, as IAS [standards internacionais de contabilidade] estão a prejudicar os bancos – têm de registar as menos-valias dos mercados. Há que alterar estas regras para evitar que os bancos vão à falência?
Esses são fenómenos de segunda ordem. Depois da intervenção no Bear Sterns, em seis bancos ingleses, na Bradford and Bingley, ficou já claro que os bancos não irão à falência. As autoridades já deixaram isso muito claro. Há um período bastante difícil de ajustamento e há bancos que vão ter de fazer aumentos de capital…

As desvalorizações dos activos consomem capital e há um momento em que os accionistas não têm mais capital…
Nesses casos, o que existe são fusões…

Acha que isso vai acontecer?
Não necessariamente. A realidade portuguesa é outra. O principal problema de Portugal é ter um défice brutal da balança comercial, que já ultrapassou os 10% do PIB. A economia portuguesa está a ser financiada pelo estrangeiro, e isso é algo estrutural. A dívida externa é, mais ou menos, de 100% do PIB. E como os spreads aumentaram brutalmente e a disponibilidade de crédito reduziu-se mundialmente, isto tem um impacto directo sobre quem precisa sistematicamente de financiamento internacional, como Portugal.

O financiamento é mais difícil…
Daí alguns bancos terem feito já alguns aumentos de capital. O BES já tinha feito o aumento antes da crise, teve um timing bom – um pouco de sorte também, mas a sorte procura-se – já depois da crise, o BCP, o Banif e o BPI fizeram aumentos de capital e o BPN também está a fazê-lo. Os bancos portugueses estiveram longe do subprime. Mas o desenvolvimento da crise internacional teve um efeito Portugal e em Espanha, pois tem sempre mais impacto em países com défices da balança comercial, que recorrem fortemente a financiamento internacional. Por consequência, os bancos portugueses decidiram subir significativamente as taxas para os depósitos – se é difícil e caro ir lá fora, há que ir buscar cá dentro o que é possível. Para terem uma ideia, hoje a três meses paga-se 4,5% e é possível que essas taxas ainda venham a subir mais. Os bancos venderam também activos para criar liquidez e isso acabou por ter um efeito negativo nas bolsas.

Foram os bancos que provocaram esta queda nas bolsas?
Bem… é preciso ter cuidado com a atribuição de responsabilidades. Mas é um facto que alguns bancos realizaram vendas de activos em bolsa o que, num mercado depressivo, aceleram o impacto das desvalorizações dos títulos.

O caso do BPI, que vendeu a participação no BCP…
Bom… [risos], não fui eu que disse, mas não foi esse o único caso, há mais um ou outro.

O último um trimestre foi mau para os bancos, em resultados e capital. Há também os fundos de pensões que têm uma parte em acções e que pesam nos rácios quando os desvios ultrapassam o corredor dos 10%.
Eu não estou alarmista com o sistema financeiro português porque o acho sólido. Tem é problemas de liquidez fruto do défice estrutural de liquidez da economia portuguesa. Mas que não coloca em risco a solvência dos bancos.

As receitas dos bancos estão a cair. Há menos comissões de corretagem, de gestão de activos, menos comissões associadas aos créditos, com a nova lei da amortização antecipada e há ainda a possível devolução dos arredondamentos... é muita coisa ao mesmo tempo….
Os problemas são muito diferentes de banco para banco. Por exemplo, o Banco Privado mantém a projecção de crescer 30% os lucros deste ano, para cerca de 31 milhões de euros. Somos um banco de gestão de activos o que nos exclui deste jogo da dificuldade de liquidez. Posso dizer que esta conjuntura deu mesmo ao Banco Privado uma oportunidade extraordinária.

Porquê que o Banco Privado ganha com esta conjuntura?
Os spreads estão altos e isso é uma oportunidade de investimento. Há activos de rendimento fixo que oferecem rentabilidades muito altas e isso possibilita que ofereçamos altas remunerações para os clientes. Temos 70% dos nossos activos na área do rendimento fixo. O que nos permitiu, no primeiro semestre, crescer 35% em volume de activos sob gestão. Isto mostra que a actual crise não é isenta de grandes oportunidades. Mas nem tudo é um mar de rosas. Na parte de acções evidentemente estamos a sofrer com a queda das bolsas.

Qual é o impacto?
Na carteira própria do banco foram seis milhões de euros em menos-valias potenciais (em Junho).

Isso inclui a participação no BCP?
Não. O BCP está na Privado Financeiras. Ora a área onde esta conjuntura teve um impacto negativo forte foi nos veículos de investimento em acções. Temos a Kendell, a Privado Financeiras, a Liminorke. Mas nestas três há comportamentos distintos. A Liminorke, que é o veículo que investiu em energias, tem neste momento tem uma valorização dos activos de 50%, no mark-to-market.

A Liminorke tem uma participação na EDP Renováveis?
Sim. Tem cerca de 1%. Em Portugal tem também uma participação na Galp (menos de 0,5%) e em Espanha tem na Iberdrola Renováveis, na Enagás e na REE. Depois tem 5% na Brisa e 5% na OHL Brasil.

Tem previstos novos investimentos?
Não excluímos tomar posições qualificadas em outras entidades, se for oportuno.

As participações financeiras dos veículos, ainda que sejam de clientes, pelo facto de o banco ter 10% em cada um, afectam os rácios do banco quando há menos valias potenciais?
Sim, mas só na proporção de 10%. E nós temos um excesso de capital, pelo que estamos descansados. O nosso rácio de solvabilidade é de 14%.

A Privado Financeiras tem 2,4% do BCP e as acções chegaram aos 1,025 euros. O Banco Privado está a apanhar um grande embate por aí?
O BCP é a nossa principal dificuldade. A Privado Financeiras é um veículo de investimento que pertence aos clientes do banco e tem um financiamento do JP Morgan com prazo de 2010. Ora, embora as perdas sejam de clientes, eu pessoalmente sinto-as como se fossem minhas.

De quanto é que são as perdas com o BCP? Cerca de 100 milhões de euros?
Cerca disso.

As decisões de investimento dos veículos são tomadas pelo banco?
O banco tem mandatos de gestão. É como se fosse um fundo de investimento.

Não vê então como ameaçadora esta crise que poderá levar os bancos portugueses a terem prejuízos?
Não sei que mal vem ao mundo um banco ter prejuízos. Desde que os rácios estejam equilibrados. É evidente que este cenário leva a uma deterioração da rentabilidade do sistema financeiro. Isso é uma evidência.

O BCP teve 14,7 milhões de lucros no primeiro trimestre ….
Espero que o segundo trimestre do BCP seja bem melhor. Tanto quanto sei a provisão mais importante a fazer é a contabilização adicional de 50 milhões de euros de menos-valias no BPI e a eventual dotação para o fundo de pensões.

O BES é o que está mais defendido financeiramente para enfrentar a crise?
Se olharmos para os gráficos de evolução das cotações dos bancos verifica-se que a pior desvalorização é do BPI, a segunda pior é a do BCP, mas muito próximo está a evolução do BES. Isso no prazo de um ano, ou mesmo desde o início do ano. O que o mercado está a dizer é que não há uma grande diferença entre os dois. E faz algum sentido que seja assim. Porque quer o BES, quer o BCP estão muito vulneráveis à economia portuguesa. Nenhum tem um peso da actividade internacional que passe os 30%. Estou a ser puramente objectivo.

E o BPI?
A situação do BPI é complexa por causa da exposição ao mercado angolano. Angola representa mais de 30% dos resultados do BPI, e havendo dificuldades com as autoridades angolanas isso penaliza o título do BPI. Depois há as participações financeiras, no BCP e na Zon, onde o banco teve menos valias. Daí a possibilidade de ter um prejuízo no trimestre. »»

Acha que os accionistas do BPI já estão arrependidos de terem rejeitado, há um ano, uma OPA a sete euros?
Na minha opinião os accionistas do BPI – La Caixa e Banco Itaú – assumiram uma posição de controle no BPI. Pelo que deveriam pagar aos restantes accionistas um prémio de controle. O que deveria acontecer seria esses dois bancos lançarem uma OPA a sete euros sobre o BPI, para serem justos para os pequenos accionistas que por sua causa não puderam vender a esse preço na OPA.

Desde a OPA o poder destes accionistas no BPI aumentou?
Evidentemente. Há um aumento expressivo das participações no BPI. E mais cedo ou mais tarde essas participações terão de ter uma correspondência na gestão. A tarefa dos accionistas é terem poder na gestão e isso é normal. Agora o que não podem é prejudicar os pequenos accionistas. Têm de pagar um prémio de controlo.

E em relação ao BCP? O Banco Privado está para ficar?
Sim. Temos um projecto de cinco anos. Esperamos que em 2010, 2011, que é o nosso horizonte de investimento, o mercado já esteja melhor para vender. O actual managment estima que em 2010 o BCP tenha mil milhões de euros de resultados líquidos. Com base nesses resultados e com um PER normalizado, nós estimamos que teremos um retorno de dois dígitos no nosso investimento. Vamos aguardar e aguentar estoicamente a situação.

Agora uma pergunta maldosa. Votou a favor de Joe Berardo para o Conselho de Remunerações?
Nós abstivemo-nos.

O Banco Privado pretende entrar no futuro nos órgãos sociais do BCP?
É uma matéria ainda prematura. Como é óbvio o Conselho Geral e de Supervisão vai ter eleições. Não é impossível que o banco mude para um modelo monista no final do ano. Mas só se houver um consenso muito alargado entre accionistas. Neste momento os accionistas estão muito pouco virados para polémicas. O que vai haver é um diálogo tranquilo e se não houver consenso ficará o modelo dualista. Agora quer o Conselho Geral e de Supervisão, quer o Conselho Superior irão ter alterações significativas porque já hoje não representam a actual estrutura accionista.

E sobre as investigações ao banco?
Para mim são matérias do passado. E apesar de ainda estarem a decorrer, terão pouco impacto material no banco. Já foi tudo provisionado. As investigações dos reguladores têm mais um impacto mediático do que um impacto real. »»

A actual crise põe os bancos à mercê de grandes dificuldades financeiras..
É preciso compreender os fundamentos desta crise financeira e bancária que tem três componentes: é uma crise de créditos, uma de leverage (alavancagem) e uma de mismatch de funding. A seguir ao ano 2000, quando houve o ataque às torres gémeas, a Reserva Federal e o Governo americano tiveram uma política, quer monetária, quer orçamental, muito agressiva para combater o efeito depressivo desse acontecimento. As taxas de juro do dólar baixaram significativamente e o Governo americano entrou num défice orçamental para combater as dificuldades da economia. Na altura havia o comentário de que o governo Republicano se tinha tornado keynesiano, fruto das circunstâncias. Desenvolveram-se então os défices gémeos: o orçamental e o da balança de pagamentos. Sendo a economia norte-americana a maior do mundo, a conjugação desses dois défices criou um efeito de punção da procura a nível mundial. No resto do mundo, as economias emergentes começaram a acelerar o seu crescimento, o que já vinha a acontecer há alguns anos. O que deu origem à subida do preço do petróleo e das commodities, incluindo a alimentação. Por outro lado, o facto de as taxas de juro estarem, na altura, muito baixas levou a que os investidores procurassem estratégias de yield pickup, isto é, procuraram investimentos com retornos razoáveis o que convidada a leverages mais altos.

Quer explicar o que é um leverage aos nossos leitores?
Quando se tem taxas de juro de 1,5%, para conseguir um retorno de 5% ou 6% tem de se fazer uma alavancagem sobre essas posições, um leverage. Dívida sobre dívida. Desenvolveu-se então um sistema financeiro altamente alavancado, muito baseado em créditos que dessem um yield adicional. O risco remunera melhor e por isso os bancos, para conseguirem mais rentabilidades, foram à procura desses créditos – e daí que tenham entrado nos produtos com base em créditos hipotecários de alto risco, no subprime. Esses créditos de alto risco ofereciam rentabilidades interessantes. Daí também o investimento em SIV – Special Investment Vehicles e nos conduit funds, que os bancos usavam muito e que serviam-se da liquidez de curto prazo, e daí também o papel dos mercados monetários para investir nestes activos de prazos mais longos. Foi assim que surgiu o mismatch de funding. Neste enquadramento, quando se dá início à crise imobiliária nos EUA e quando os primeiros créditos começam a entrar em default, há um efeito de bola de neve que ataca estas três componentes (créditos em default, leverage sobre esses créditos e mismatch) e assim surge a crise financeira que ainda hoje estamos a viver.

Só a CGD é que investiu em produtos estruturados com subprime, mas o que não quer dizer que os bancos portugueses não estejam expostos…
Já lá vamos. Dizia eu que estes três efeitos originaram write-offs de perdas brutais, nos balanços dos bancos. E isso levou à necessidade de aumentos de capital, para compensar perdas, mas também para se conseguirem desfazer do leverage e do mismatch. Os bancos tiveram de trazer para dentro do balanço volumes muito grandes de activos que estavam fora do balanço (em veículos). E assim estes activos também passaram a consumir capital.

Parece que está a falar do BCP…
Estou a falar da crise a nível internacional.

Mas esse reflexo nas contas dos bancos é imediato ou ainda há efeitos por reflectir?
O essencial, sobretudo nos Estados Unidos e nos bancos suíços, está feito. Mas é um efeito dinâmico, à medida que a economia tem dificuldades, há créditos adicionais que entraram em default, mas isso já são efeitos de segunda ordem.

Que activos são esses que entram no balanço? Malparado?
Os tais veículos de investimento de clientes e os conduits funds. Perante as desvalorizações dos activos os bancos não tiveram alternativa senão trazer os activos para dentro do balanço dos bancos, que assim ficaram com balanços relativamente fracos. O facto de trazerem activos para dentro do balanço, deixa menos capital disponível para a função de crédito normal. A disponibilidade de crédito fica reduzida e os spreads aumentam. O crédito que era extremamente fácil e barato até ao Verão do ano passado, em três, seis meses, passou para uma conjuntura diferente: crédito caro, taxas de juro altas e disponibilidade escassa.

Acha que com a crise financeira e com o mark-to market os bancos vão à falência?
A nível internacional, o que aconteceu foram vários rounds de aumentos de capital. O Citibank já fez dois, a UBS outros dois. Ninguém está a ver o Citibank ir à falência.

A política monetária e orçamental depois de 11 de Setembro é o gatilho?
Sim, mas isso poderia ter sido contrabalançado se entretanto a Reserva Federal tivesse aumentado as taxas de juro. Os historiadores talvez venham a concluir que o senhor Greenspan errou de uma maneira brutal ao não ter aumentado as taxas de juro nos últimos anos. O crescimento da procura das commodities industriais, alimentares e de petróleo tem duas componentes – interna pois os próprios países já estavam em crescimento (China, Índia, Brasil) e externa derivada dos défices externos. Hoje temos uma crise financeira e o aquecimento dos mercados emergentes a pressionar os preços das commodities e os EUA e a Europa a sofrerem o início do credit crunch, das dificuldades de crédito e da inflação. Há outro efeito, deflacionista, que é a transferência de riqueza dos países que não têm estas commodities, para aqueles que as têm. Os termos de troca ficam alterados em desfavor dos países consumidores.

E qual o papel da especulação financeira no preço do petróleo?
Não subscrevo essa tese. Há um estudo muito interessante, que compara as commodities que têm mercados de futuros com as que não têm. Se essa teoria tivesse alguma sustentação, as commodities que têm mercados de futuros teriam crescido mais do que as outras. Ora, o que se verifica, é o contrário. Não subscrevo as teorias da especulação bolsista e da conspiração.

Mas a era do petróleo barato acabou?
Sim. Com a desaceleração das economias mais desenvolvidas e com o facto das commodities terem subido muito, estamos perto de um plateau. E também perto de um plateau do petróleo. Os especialistas do sector acham que o petróleo devia estar entre os 80 e os 100 dólares, esse seria o preço razoável, o que não significa que não possa subir. Mas acho que tenderá, mais cedo ou mais tarde, a cair. Estamos, nos EUA e na Europa, a assistir à conjugação de três fenómenos: dois deflacionistas – o credit crunch e a transferência de riqueza para os países produtores – e um inflacionista, a subida dos preços. E a inflação nos mercados emergentes ainda é mais alta do que nos países da OCDE. Mas acho que o fenómeno inflacionista é minimamente temporário.

Acha que a inflação vai corrigir automaticamente com as deflações?
Exactamente, estes fenómenos deflacionistas são estruturais e muito mais fortes do que o inflacionista, que vai ser transitório, demorará seis meses no máximo.

Então não faz sentido aumentar as taxas de juro? A recente subida decretada pelo BCE foi errada?
Foi errada. Os fenómenos deflacionistas têm muito mais força do que o inflacionista e por isso a economia europeia vai entrar numa desaceleração económica muito mais rápida do que aquilo que se está a pensar. »»
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por Vencer na Bolsa » 13/7/2008 21:11

MarcoAntonio Escreveu:Assim, numero redondos (vi só de forma aproximada, nem vale a pena tentar ser muito exacto) dá pelos 1.70/1.80 euros.

ok,
Eu também fiz um cálculo tipo "OLHÓMETRO".
A ideia não era saber o valor exacto, era somente ter uma ideia até onde poderia ir, caso se confirmasse o padrão técnico.
( se "cair" abaixo de 2€, então verei melhor).
Vencer na bolsa (Livro online): http://vencernabolsa.blogspot.com/
A busca da liberdade financeira: http://vencernabolsa.blogspot.com/2008/10/procura-da-liberdade-financeira.html
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