CALDEIRÃO DE BOLSA

Finalmente o SPX... E aqui é onde manifesto provavelmente a mais radical mudança de opinião face à análise anterior. Na altura considerei como sendo o SPX o que apresentava, dos três, o aspecto mais confortável, mas vejo-me agora obrigado a transportar esse papel para o Nasdaq Composite, pelas razões atrás apresentadas.

O SPX encontra-se ele agora no ponto em que se encontrava o DAX há 8 dias atrás: acaba de quebrar em baixa a importante zona de suporte nos 870-875 (era aliás no DAX e no SPX que podíamos encontrar os suportes mais consistentes e melhores delineados). Assim sendo, a perspectiva <i>bear</i> de curto-prazo vai aos poucos expandindo-se para o médio prazo. As próximas sessões serão desta forma importantes para se verificar se esta quebra é para valer. Se o SPX se afastar claramente destes níveis nas próximas sessões ou, ainda melhor, realizar um <i>retest</i> à zona de Suporte e voltar às quedas, então ficará bastante clara a tendência <i>bear</i> de médio-prazo.

Ainda relativamente ao SPX, uma última referência para o volume ao longo desta <i>downswing</i>: pode-se constatar que a média de volumes ao longa destas sessões de quedas só é comparável aos das quedas anteriores a Outubro/2002. Ou seja, desde que os índices arrancaram para o <i>rallye</i> de Outubro/Novembro que não assistíamos a um volume tão acentuado associado a sessões de queda.

Em resumo, os índices mantêm a tendência <i>bear</i> no curto, começando a surgir aqui e ali sinais de se estar a extender para o médio-prazo.

Mantenho no entanto as minhas ressalvas face ao longo-prazo. Nesse capítulo, remeto para o comentário final da semana anterior já que por enquanto nada invalida aquela hipótese.


PS: Um comentário ao nosso mercado ficará provavelmente para outros post, caso haja disponibilidade de tempo.

Em relação ao Nasdaq vejo-me obrigado a repetir as palavras da semana passada: «não apresenta um cenário tão <i>bear</i> mas não deixa de apresentar sinais preocupantes».

A tendência de curto-prazo continua <i>bear</i>, é certo, encontrando-se agora o índice numa zona que poderá servir de suporte (1330-1350pts). Este foi aliás o primeiro <i>target</i> sugerido para uma <i>swing</i> de baixa no índice (zona essa onde o Nasdaq viu estancadas duas <i>swings</i> de baixa anteriores e que igualmente serviu de resistência a outras tantas <i>swings</i> de alta). Caso esta zona não sustenha as quedas então considero como o mais provável <i>target</i> seguinte os 1250pts (nesse caso estaríamos agora sensivelmente no ponto médio da <i>downswing</i>.

Relembro ainda outra passagem da análise anterior: «Além dos sinais já referidos ainda outro que merece atenção: o claro <i>lower-high</i> realizado ainda para mais com volume relativamente reduzido durante a fase ascendente. Este novo topo do Nasdaq revela a meu ver preocupantes sinais de fraqueza, portanto. Apresenta-se igualmente a possibilidade de uma LTa de curto/médio-prazo, mas mais uma vez creio que a linha não suportará o índice.»

O interesse desta passagem divide-se em duas partes: por um lado, o Nasdaq apesar de ter realizado claramente um <i>lower-high</i>, ainda não garantiu um <i>lower-low</i> ao contrário do DAX e do SPX, revelando uma firmeza relativa curiosa neste índice o que me leva a reiterar a afirmação que, apesar de apresentar um aspecto igualmente <i>bear</i> no curto-prazo, não o é tanto quanto o do SPX e o do DAX; por outro lado, no que se refere à tal possibilidade de LTa é igualmente curioso que ela de facto foi quebrada e aparentemente virou resistência. A sessão de quinta-feira que sugeria a possibilidade do índice ir fechar o <i>gapdown</i> (uma esperança para os <i>longos</i> e uma preocupação</i> para os <i>curtos</i>) viu-se limitada, pelo menos aparentemente, pela LTa agora como resistência.

Se em termos de curto-prazo a tendência é <i>bear</i>, o Nasdaq Composite é aquele que apresenta uma tendência lateral mais segura, nesta altura ainda sensivelmente a meio do <i>range</i> e bastante afastado dos mínimos de Outubro/2002.

Em linha com a análise anterior ( http://www.caldeiraodebolsa.com/forum/v ... &highlight ) onde apresentei uma perspectiva de curto-prazo claramente <i>bear</i>, a semana fez as alegrias dos <i>curtos</i>.

O DAX tinha-nos apresentava na altura a situação técnica mais preocupante e não deixou os créditos por mãos alheias. Os sinais de fraqueza relativa mantêm-se neste índice quando comparado com o Nasdaq Composite (COMPX) ou com o S&P500 (SPX). Além de apresentar uma semana consistentemente negativa, na sessão de quinta-feira onde os índices americanos foram capazes de realizar uma <i>branca</i> com fecho claramente positivo, nesse dia o DAX fechou praticamente em casa e não foi além de uma <i>doji</i>. Ainda de referir, é nesta altura, dos três índices, aquele que de forma mais clara bateu o último mínimo relativo sendo certo que irá realizar um claríssimo <i>lower-high</i>. Por fim, encontra-se já bastante próximo dos mínimos de Outubro/2002, indo bem mais adiantado nesse item igualmente, face aos dois restantes índices em análise.

Sinais de fraqueza relativa não faltam portanto no DAX e por essa razão é claramente o índice mais favorável à tomada de posições curtas e aquele que apresenta os padrões <i>bear</i> mais consistentes.

Neste aspecto nada mudou portanto durante esta semana. No que diz respeito à análise ao índice em si, nada de relevante há a acrescentar à análise anterior dado que já nessa altura o DAX já tinha quebrado em baixa a importante zona de suporte dos 2980-3020pts sendo que esta semana serviu apenas para confirmar foi mesmo a valer.a genuinidade da quebra.