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Caldeirão da Bolsa

Manifesto pela Paz - Offtopic.

Espaço dedicado a todo o tipo de troca de impressões sobre os mercados financeiros e ao que possa condicionar o desempenho dos mesmos.

manifesto

por jarcorreia » 27/1/2003 1:03

O manifesto é um rol de contradições. Oliveira Martins que é um dos subscritores. Por aquilo que revelou enquanto desempenhou cargos públicos, é homem para dizer que sim e que não, bastando a mudança de sala para mudar de opinião. Portanto não levem muito a sério, deu-lhes "práli".
jarcorreia
 

por atomez » 27/1/2003 0:46

Obrigado, ó Sol Dado.

Concordo bem com o que dizes.

Como isto já vai longo, recomendo a leitura de um texto interessante (e longo...) em http://www.policyreview.org/JUN02/kagan.html sobre o poder e a fraqueza.

É muito curioso como a França e Alemanha por um lado acusam os EUA de "unilateralismo", e por outro tomam sozinhos decisões sobre o futuro da UE sem dar cavaco aos outros 13 países. Deve ser o "bi-lateralismo"...

E como dizia um general americano em vésperas dos bombardeamentos na Jugoslávia - "Pela 3ª vez neste século temos de intervir na Europa para impedir que eles se massacrem uns aos outros"
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A comicidade da obsessão

por Sol Dado » 27/1/2003 0:21

Permitam-me apenas deixar mais esta, retirada do livro acima referido:

no dia 8 de Maio de 2001, o Departamento da Educação americano anunciou que passaria a autorizar as escolas públicas (não se trata de obrigar), a aplicar a separação dos sexos, abolida em 1972, quando o Congresso proibiu que houvesse escolas exclusivamente para raparigas ou para rapazes.

A razão desta medida foi a constatação, no ensino privado, onde as escolas mistas nunca foram obrigatórias, que as escolas divididas por sexos apresentavam resultados muito mais satisfatórios.

Era cada vez maior o número de pais que retiravam os filos do ensino público, onde todas as escolas eram mistas, para os meter no privado, onde apenas algumas escolas o eram.

Foi para fazer face a este desiquilibrio que o Departamento de Educação permitiu a introdução no ensino público de uma certa flexibilidade nesta matéria, sem obrigação nem penalização.

A esta motivação puramente pedagógica, a imprensa europeia atribuiu motivações reacionárias e ideológicas por parte de George W. Bush. Através deste regulamento, que de resto é facultativo, o presidente teria procurado satisfazer as associações da direita cristã que procuram velar pela castidade da sua prole.

A comicidade desta teoria é reforçada, entre outros factos, pela aprovação dada a esta directiva por uma das mais intrasigentes militantes feministas dos Estados Unidos, nada mais, nada menos, do que a senadora democrática de Nova Iorque, a senhora Hillary Rodham Clinton!
:lol:

Enfim, dir-vos-ia que... não deixem as vossas mentes entorpecer! :P
Sol Dado.
 
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Obsessão antiamericana

por Sol Dado » 26/1/2003 23:49

Permitam-me saudar estes corajosos que ousam dizer "não" ao manifesto mais imberbe, ambíguo e contraditório que já li!!

E deixar uma sugestão:

a) a todos os que não conseguem libertar-se da opressão com que este conjunto de "ditas" personalidades nos envolve;

b) a todos os que andam "cegos" pela penumbra em que a esquerda europeia consegue manter nas nossas mentes;

c) a todos os que gostam de um conhecimento justo

"Obsessão antiamericana" (Bertrand Editora) de Jean-François Revel, um filósofo que participou na resistência francesa.

Neste livro descasca bem a génese deste antiamericanismo europeu (tanto de dirieita como de esquerda) e denuncia com clareza a tibieza e estupidez dos argumentos, principalmente esquerdistas e de cariz francófona!

Algumas passagens:

Os fanáticos suicidas doutrinados, treinados e financiados por uma rica e poderosa organização terrorista multinacional, assassinaram pelo menos 3 mil pessoas num quarto de hora, na América, e era esta mesma América que era denunciada como sendo o agressor! Porquê? Porque se queria defender e erradicar o terrorismo.
[...]
Tanto quanto sei, foram os Europeus que fizeram do século XX o mais negro de toda a história, nos domínios da política e da moral, entenda-se. Foram eles que desencadearam esses dois cataclismos de uma envergadura sem precedentes que foram as duas guerras mundiais; foram eles que inventaram e concretizaram os dois regimes mais criminosos jamais impostos à espécie humana. E estes cúmulos de maldade e imbecilidade foram atingidos por nós, Europeus, num lapso de tempo inferior a 30 anos.
[...]
Se, à decadência europeia provocada pelas duas guerras e pelos dois totalitarismos, acrescentarmos os quebra-cabeças resultantes no Terceiro Mundo em consequência da descolonização, continua a ser na Europa que se têm de procurar os responsáveis, pelo menos parciais, dos impasses e das convulsões do subdesenvolvimento.
[...]
Foi a Europa[...] que consquistaram, ou quiseram apropriar-se de outros continentes [...] afinal quem eram os ocupantes que viriam a ser os Estados unidos, senão os colonizadores Europeus? E a quem é que esses colonos europeus compravam escravos senão aos negreiros europeus?
[...]
a chacota apiedada de que a América é uma espécie de cabeça de turco ritual para os media europeus, provém, na maioria dos casos, de uma falta de informação tão profunda que chega a parecer intencional.
[...]
já houve um movimento ecologista sincero[...] Mas foi há muito recuperado e distorcido por uma ecologia mentirosa, máscara pintada de verde que disfarça velharias marxistas. Esta ecologia ideológica só vê a natureza ameaçada nas nações onde, em maior ou menor grau, reina a liberdade económica e, bem entendido, na mais próspera de todas elas.
.

Esta gentinha, muito bem na vida, acena-nos com a Carta das Nações Unidas! Mas não é precisamente nos países onde se vai fazer a guerra que mais se infrigem estes direitos humanos? Não é a sharia e a fatwa que são os mais vergonhosos atentados à dignidade humana? E a independência das nações, não foi ela própria conquistada com sangue, suor e lágrimas? A cambada que dirige os países árabes alguma vez sabe o que é "Direito Internacional" ? Mas alguém sabe o que é isso? Se alguém sabe, por favor explique-me!

Foram os bombardeamentos Americanos na ex-Jugoslávia, a pedido da impotente e patética Europa, exemplo de "Direito Internacional"? Foram as matanças de Sérvios, Croatas e Bósnios (uns aos outros, bem entendido!) exemplo de "Direito Internacional"? Foi a França capaz de impor "Direito Internacional" no Ruanda? Timor foi resolvido pelo "Direito Internacional"?

Sinceramente estou farto da camabada esquerdista!! Esta gente contribuiu e contribui muitíssimo para o atraso em que nos encontramos actualmente.

O que a Europa devia estar preocupada era com o facto de aos Americanos bastar decidirem sózinhos atacar, e pronto!

Mas o que vai fazer a pandilha acima? O que deviam preocupar-se era por terem conduzido a Europa ao lugar de subalternidade em que se encontra.

Peço desculpa pelo desabafo, acho que me passei... mas agora também já não apago!
 
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JÁ AGORA, PARA AJUDAR À FESTA:

por CyberNet » 26/1/2003 21:50

Powell: U.S. prepared to act alone

Key week looms in U.S.-Iraq crisis

Sunday, January 26, 2003 Posted: 1:20 PM EST (1820 GMT)




DAVOS, Switzerland (CNN) -- U.S. Secretary of State Colin Powell told European doubters on Sunday the United States was willing to attack Iraq alone.


"Multilateralism cannot become an excuse for inaction," he told world and business leaders at the World Economic Forum in the Swiss town of Davos.

In a 30-minute address that broke no new ground but attempted to enlist world support for U.S. military action against Iraq, Powell rejected criticism from delegates that the United States has not provided enough evidence that Iraqi President Saddam Hussein retains weapons of mass destruction.

Citing the U.S. history of defending Afghanistan, Bosnia, Kosovo and Kuwait, Powell said the world knows the United States can not only be trusted to consult with its allies, but it can be "trusted to use its enormous political, economic and -- above all -- military power wisely and fairly."

Asked about the U.S. focus on the "hard power" of military force rather than the "soft power" represented by such common values as democracy, free economies and human rights, Powell said the United States "believes strongly" in the latter, but added, "There comes a time when soft power or talking with evil will not work."

Later Jordan's King Abdullah told the Davos Forum he thought it would take a miracle to find a diplomatic solution to avert U.S.-led action against Iraq.

"Unfortunately I believe that we're now a bit too little, too late to see a way out, a diplomatic solution between Iraq and the international community," the king told world leaders.

"Today I think the mechanisms are in place. I think it would be very difficult, it would take a miracle to find a dialogue and a peaceful solution out of the crisis."

Powell reflected on the Sept. 11 terrorist attacks, and the Bush administration's realization that the country would have to go to war to defeat terrorists and states amassing weapons of mass destruction.

He said those lessons applied to Iraq.

"We knew there would be days when our anxieties would well up and we would be afraid to take the next step, and we are approaching one such moment now -- we'll have to take that next step," he said.

"The more we wait, the more chance there is for this dictator with clear ties to terrorist groups -- including al Qaeda -- to pass a weapon, share a technology or use these weapons again," he said.

"The nexus of tyrants and terror, of terrorists and weapons of mass destruction, is the greatest danger of our age."

The United States has offered no proof that Iraq has ties to al Qaeda.

Powell reiterated that granting more time for U.N. inspectors to search Iraq for weapons of mass destruction would not prove fruitful without the cooperation of the Iraqi leader. He added: "there is no indication whatsoever that Iraq has made the strategic decision to come clean and comply with its international obligation to disarm."

Powell stressed that Iraq had "utterly failed" to comply with the U.N. resolution calling for Baghdad to cooperate with weapons inspectors.

"If Iraq does not disarm peacefully at this juncture it will be disarmed," he noted.

Referring to the U.N. Security Council's unanimous vote last year for Resolution 1441, Powell said Hussein's "naked defiance also challenges the relevance and credibility of the council," and added that members "assumed a heavy responsibility to put their will behind its words."

"Multilateralism cannot become an excuse for inaction," he said.

In an apparent allusion to critics who accuse the United States of wanting to attack Iraq in order to seize control of its extensive oil reserves, Powell said the United States is not interested in "any special benefits" if it takes military action against Baghdad.

"We seek nothing for ourselves other than to bring security" to the region, Powell said.

Meanwhile Sunday, UK Prime Minister Tony Blair told British television that inspectors in Iraq must be "given time to do the job" but if they were unable to complete their task then Saddam must be disarmed by force.

His comments came as the White House faced mounting international pressure to grant inspectors more time to complete their task -- even after they submit their report. (European opposition)

Chief U.N. weapons inspector Hans Blix and Mohamed ElBaradei of the International Atomic Energy Agency (IAEA) are scheduled to deliver the report on the progress of Iraq's U.N.-mandated compliance with Resolution 1441 on Monday.

The resolution orders Baghdad to disclose all weapons of mass destruction and related materials. U.N. inspectors have been searching for evidence of such weapons since November.

The IAEA said on Sunday that it had yet to find any proof of Iraq's alleged secret nuclear weapons programme and would be informing the Security Council of this in Monday's update report. (Full story)

Iraq maintains it is complying with U.N. resolutions and that it has no weapons of mass destruction. The Bush administration says it is convinced that Iraq possesses such weapons.

Bush speech to focus on war preparations
The Bush administration was preparing during the weekend for what is expected to be a crucial week full of developments related to the possibility of an Iraqi war.

President Bush gives his annual State of the Union address Tuesday, the day after the U.N. report is due. It was during his 2002 address that Bush included Iraq in his so-called "axis of evil" triumvirate of nations that he says pose a potential threat to the United States.

A senior White House official said the president will not use the speech to ask Congress to declare war. Rather, he will use the event as an opportunity to educate the public about the nature of the threat Iraq poses and to tell Americans the prospect for war is "very real." (Full story)

As war preparations continue, an international group of peace activists boarded three British double-decker buses and a taxi Saturday to begin their journey to Iraq in hopes that their presence in that country would prevent bombing by the United States and its allies. (Full story)
Anexos
story.powell.ap.jpg
Powell: "We're talking about the most deadly things one can imagine"
story.powell.ap.jpg (5.95 KiB) Visualizado 1981 vezes
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Mas que grende treta!

por atomez » 26/1/2003 21:23

» Condenando o terrorismo em todas as suas formas;

CONCORDO. Inteiramente.

» Profundamente preocupados com a ameaça iminente de guerra contra o Iraque e com a invocação crescente do recurso a «guerras preventivas»;

DISCORDO. Há momentos em que é preciso fazer a guerra para evitar males muito maiores. Se o Hitler, Estaline ou Salazar tivessem sido travados a tempo, não teriam feito o que fizeram.

O que é que querem agora? Acabar com as sanções ao Iraque mantendo o Saddam no poder? É óbvio que daqui a poucos anos teria armas nucleares, químicas, biológicas, misseis de longo alcance. Estão à espera de quê? Que caia uma coisa dessas em Paris para depois actuarem?

» Confrontados, no Médio Oriente, com a demencial violação pelas autoridades israelitas dos tratados e dos mais elementares direitos humanos dos palestinianos;

DISCORDO. A "demência" é mútua.

» Preocupados com o silêncio e a manifesta ignorância do que representa o processo de globalização a que assistimos, ao arrepio dos mais elementares princípios éticos;

DISCORDO. Esta frase só revela a ignorânica de quem a subscreve sobre o assunto e a impotência em perceberem o que se está a passar.

» Rejeitando um eventual envolvimento de Portugal na preparação de acções militares contra países terceiros, sem autorização prévia da Assembleia da República e sem mandato expresso do Conselho de Segurança das Nações Unidas;

DISCORDO. A política internacional é muito simples - cada país defende os seus interesses o melhor que pode. E nós temos de fazer o mesmo.

» Revoltados com a manipulação anunciada dos meios globais de comunicação e informação;

CONCORDO, claro, mas esta é uma daquelas frases tão genéricas que acabam por não querer dizer nada.

É a minha (irrelevante) opinião.
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Esclarecimento

por Dwer » 24/1/2003 15:31

Ao BuzzLightYear: Tens muita razão. Eu até sabia isso mas não me lembrei. Até que ponto podemos ser manipulados.
De qualquer forma; irrita-me solenemente que se aproveite estas ocasiões para dar 'alfinetadas' nos Israelitas. Se a situação está extremada na Terra Santa a culpa não é só deles. Chama-se demente à política Israelita mas não à prática terrorista dos bombistas suicidas Palestinianos.
De algumas pessoas que subscrevem o documento não é nada de novo.
Curiosamente, quanto à Engª Lurdes Pintasilgo, não é a primeira vez que a vejo envolvida em movimentos para a Paz. Se bem me lembro era acérrima defensora do não estacionamento dos mísseis americanos na Europa, em resposta a idêntica posição da então União Soviética, de estacionamento dos SS-20 na Alemanha de Leste. Digamos que era defensora da Pax Soviética. Agora será da Pax Sadâmica?
Concordo com 70% do documento.
No que toca às liberdades individuais, e à rejeição da manipulação da opinião das pessoas pelos média estou de acordo.
Irrita-me que ao mesmo tempo me estejam a tentar manipular com opiniões altíssimamente controversas em relação ao conflito Israelo-Palestiniano ou com banalidades e meias verdades no que toca à globalização.
Abraços,
Abraço,
Dwer

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.

por Turista » 24/1/2003 15:28

Sou pela retirada do actual poder no Iraque, e com a substituição desse governo pela força internacional, porque nesse pais a população sofre pobreza material tão elevada quando, devido as reservas de petroleo, podiam todos ter muitos milhões no banco. Ver o caso do Japão. A população iraquiana está em guerra todos os dias para encontrar alimentação, saude e respeito. Por isso, essa lista é de um saco de hipócritas.
Turista
 

Red!...

por Surfer » 24/1/2003 15:06

Compreendo muito bem o teu ponto de vista e a tua opinião pessoal. Talvez pela forma como escrevi tenho dado a impressão de radical na opinião.

Este é um tema que dá "pano para mangas" e muito mais, mas a minha opinião pessoal sobre a importancia das "palavras" serem uma arma poderosa (hoje demasiada valorizada,), pode ser perigoso pode ter o efeito "contrario" ao desejado, quando usadas e não concretizadas com actos.

É um "cancro" das democracias modernas, as famosas "promessas", são hoje a razão de muito Mal que vagueia por esse mundo fora, já estamos de certa forma habituados a viver conjuntamente infelizmente que quase não por ele, tal como não damos com o nosso odor (suor) porque é nosso e estamos habituados.

Eu não defendo a guerra com o Iraque, agora não sei o que é certo neste momento, não sei de que lado está a razão, mas sinto somos todos um pouco responsaveis por esta situação, pela fome que vagueia no mundo, por outras guerras, outros males.

Então logo eu não atiro uma pedra em nenhuma direcção como esses "senhores".

Esses senhores iguais a muitos outros, assim como os de agora que estão à frente do poder, passaram por situações identicas no passado, quando tiveram que tomar decisões tomaram de acordo com os interesses da altura em vigor e de lá para cá não vimos nenhuma diferença de atitudes, actos. Então esses senhores deveriam ter a consciencia pesada, por que tambem eles são responsaveis por na altura em que eles tiveram oportunidades de mudar algo, não o fizeram!

Eu não concordo com a forma como esse texto foi elaborado e o seu conteudo ao ser subscrito por certos senhores (não interessa quais), por questões de ética desvirtua o objectivo dessas PALAVRAS!

Abraço RED! :)
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Re: Eu não subscrevo!

por Red » 24/1/2003 14:27

Surfer, permite-me discordar, as palavras são fundamentais assim como os actos.

Por exemplo, a Igreja católica ficou calada na segunda grande guerra enquanto os nazis matavam milhões de judeus, isso manchará para sempre a sua história. Além disso, as palavras e as atitudes são também uma arma poderosa.

Percebi que és a favor de actos mas não entendi que actos defendes, suponho que o ataque ao Iraque.

Esses senhores (que vão desde a esquerda à direita) deixaram de fazer o quê quando tinham responsabilidades? E que supostamente os deveria manter calados agora.


É verdade a guerra não é solução para nada, assim como as PALAVRAS também não, a solução são os ACTOS e até hoje ainda não nada de concreto.

Esse texto assinado por algumas pessoas que no passado tiveram grandes responsabilidades nas suas decisões, não deverá servir de alivio de consciência por na altura que tiveram a sua oportunidade de o fazer, por interesses de então, não o fizeram!


abraço,
red.
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Re: Concordo com muito. Discordo abolutamente de algumas coi

por Red » 24/1/2003 14:09

Dwer, obrigado pela tua opinião.
Obviamente que não fui quem escreveu o manifesto, e apesar de concordar com o fundamental, de certeza usaria outras palavras e alteraria algumas coisas.

» Confrontados, no Médio Oriente, com a demencial violação pelas autoridades israelitas dos tratados e dos mais elementares direitos humanos dos palestinianos;

DISCORDO. Absolutamente. Se se usa a a palavra demencial para qualificar os Israelitas, o que dizer dos Palestinianos?
Quando os Palestinianos dançaram nas ruas aplaudindo o 11 de Setembro não vi nenhum discurso condenatório dos senhores subscritores deste documento.


Eu concordo, Israel viola os mais elementares direitos humanos dos palestinianos, parece-me um facto. Também acho é que os palestinianos não têem uma posição sensata já que emocionalmente rejeitam totalmente a existencia de Israel. Obviamente que o terrorismo é condenável e não levará à solução do problema. Mas, é interessante pensar se nós, portugueses, não apoiariamos acções terroristas contra os espanhois ou marroquinos, se eles ocupassem território português e nos mantivessem em campos de concentração.
Dizer que os palestinianos dançaram no 11 de Setembro é uma generalização muito perigosa... Eu fiquei chocado com o drama humano do 11 de Setembro, mas gostei de ver os senhores imperialistas provarem o seu remédio. Pois quem semeia ventos colhe tempestades. E essa mensagem os EUA não aprenderam, de tal maneira que parecem querer continuar a espalhar a sua lei pelo mundo, agora de forma ainda mais explicita. É natural que o mundo não goste e depois se queixe.


» Preocupados com o silêncio e a manifesta ignorância do que representa o processo de globalização a que assistimos, ao arrepio dos mais elementares princípios éticos;

Discordo moderadamente. Não ao fundamentalismo anti-globalização.


Concordo, não ao fundamentalismo anti-globalização.

abraço,
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por BuzzLightYear » 24/1/2003 13:50

Como Comentário à Afirmação:

"Quando os Palestinianos dançaram nas ruas aplaudindo o 11 de Setembro não vi nenhum discurso condenatório dos senhores subscritores deste documento".

Já é público, à algum tempo pois até houve demissões na BBC, que as imagens dos Palestinianos a aplaudir o 11.09 eram imagens de arquivo que nada tinham a ver com o 11.09.

Já viram como, por vezes, somos manobrados pelos Media?

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Eu não subscrevo!

por Surfer » 24/1/2003 13:22

"A guerra não é solução para a fome, para a miséria ou para o desemprego. A guerra não é solução para resolver a situação de quase dois terços da Humanidade, que vive abaixo dos níveis de vida mínimos. A guerra não resolve a opressão nem o terrorismo. A guerra não pode –nem deve– ser uma bandeira religiosa."

É verdade a guerra não é solução para nada, assim como as PALAVRAS também não, a solução são os ACTOS e até hoje ainda não nada de concreto.

Esse texto assinado por algumas pessoas que no passado tiveram grandes responsabilidades nas suas decisões, não deverá servir de alivio de consciência por na altura que tiveram a sua oportunidade de o fazer, por interesses de então, não o fizeram!

Chega de PALAVRAS e passemos aos ACTOS!!!

Senão não passamos nunca de um pais de "Prós & Contras"

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Concordo com muito. Discordo abolutamente de algumas coisas.

por Dwer » 24/1/2003 13:13

Caro RED,

Como disse acima há algumas coisa com as quais discordo neste texto:


» Condenando o terrorismo em todas as suas formas;

Concordo

» Profundamente preocupados com a ameaça iminente de guerra contra o Iraque e com a invocação crescente do recurso a «guerras preventivas»;

Concordo

» Confrontados, no Médio Oriente, com a demencial violação pelas autoridades israelitas dos tratados e dos mais elementares direitos humanos dos palestinianos;

DISCORDO. Absolutamente. Se se usa a a palavra demencial para qualificar os Israelitas, o que dizer dos Palestinianos?
Quando os Palestinianos dançaram nas ruas aplaudindo o 11 de Setembro não vi nenhum discurso condenatório dos senhores subscritores deste documento.


» Preocupados com o silêncio e a manifesta ignorância do que representa o processo de globalização a que assistimos, ao arrepio dos mais elementares princípios éticos;

Discordo moderadamente. Não ao fundamentalismo anti-globalização.

» Rejeitando um eventual envolvimento de Portugal na preparação de acções militares contra países terceiros, sem autorização prévia da Assembleia da República e sem mandato expresso do Conselho de Segurança das Nações Unidas;

Concordo

» Revoltados com a manipulação anunciada dos meios globais de comunicação e informação;

[b]Concordo[/b]

Vimos juntar a nossa voz a quantos, em todo o mundo, querem construir e preservar a paz.

Apelamos, em consequência, ao lançamento de acções cívicas contra as limitações dos direitos e garantias democráticas e contra histerias securitárias que visam condicionar as liberdades individuais. Neste sentido, propomos defender e desenvolver, por todos os meios ao nosso alcance, uma verdadeira Cultura da Paz no respeito dos princípios da Carta das Nações Unidas.

Concordo.

Abraços,[/b]
Abraço,
Dwer

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Manifesto pela Paz - Offtopic.

por Red » 24/1/2003 12:54

É um tema actual e importante e perece-me relevante deixar aqui.
Quem quiser pode subscrever.
red

-----------------------------------------------------------

Pela Paz,
Contra a Guerra



NÓS, OS POVOS DAS NAÇÕES UNIDAS, DECIDIDOS:

A preservar as gerações
vindouras do flagelo da
guerra (...);
A reafirmar a nossa fé nos
direitos fundamentais do
do homem, na dignidade e no
valor da pessoa humana, na
igualdade de direitos dos
homens e das mulheres, assim
como das nações, grandes e
pequenas...

Carta das Nações Unidas, 1945



Somos diariamente bombardeados pela propaganda de guerra e pelo coro dos seus arautos em solo europeu, como se a guerra fosse inevitável.

Essa propaganda serve interesses do capital financeiro internacional e anónimo, constituindo uma ameaça à soberania, dignidade e liberdade das nações e dos povos. Essa propaganda, a pretexto da luta contra o terrorismo, pretende justificar novas medidas de repressão e censura, impondo à sociedade uma perigosa interpretação da segurança que retira direitos, liberdades e garantias aos cidadãos e cria «inimigos» e desconfianças onde existe diferença e legítima contestação.

A guerra não é solução para a fome, para a miséria ou para o desemprego. A guerra não é solução para resolver a situação de quase dois terços da Humanidade, que vive abaixo dos níveis de vida mínimos. A guerra não resolve a opressão nem o terrorismo. A guerra não pode –nem deve– ser uma bandeira religiosa.

A propaganda da guerra revela uma «cegueira sinistra» –como sublinhou o Papa– visto que se opõe ao direito internacional e ao desenvolvimento sustentável da Humanidade, garantes do futuro das gerações vindouras. Retira aos cidadãos e às instituições democráticas, nacionais e internacionais, o acesso pleno à informação e o poder decisório sobre as questões essenciais do desenvolvimento, da solidariedade, da justiça social e da paz. Desvirtua a utilização pacífica da ciência e da técnica, colocando-as ao serviço da destruição e da exploração desenfreada das pessoas e da natureza.


Assim,

» Condenando o terrorismo em todas as suas formas;

» Profundamente preocupados com a ameaça iminente de guerra contra o Iraque e com a invocação crescente do recurso a «guerras preventivas»;

» Confrontados, no Médio Oriente, com a demencial violação pelas autoridades israelitas dos tratados e dos mais elementares direitos humanos dos palestinianos;

» Preocupados com o silêncio e a manifesta ignorância do que representa o processo de globalização a que assistimos, ao arrepio dos mais elementares princípios éticos;

» Rejeitando um eventual envolvimento de Portugal na preparação de acções militares contra países terceiros, sem autorização prévia da Assembleia da República e sem mandato expresso do Conselho de Segurança das Nações Unidas;

» Revoltados com a manipulação anunciada dos meios globais de comunicação e informação;

Vimos juntar a nossa voz a quantos, em todo o mundo, querem construir e preservar a paz.

Apelamos, em consequência, ao lançamento de acções cívicas contra as limitações dos direitos e garantias democráticas e contra histerias securitárias que visam condicionar as liberdades individuais. Neste sentido, propomos defender e desenvolver, por todos os meios ao nosso alcance, uma verdadeira Cultura da Paz no respeito dos princípios da Carta das Nações Unidas.



Lisboa, 7 de Janeiro de 2003



Os primeiros subscritores

Mário Soares
Freitas do Amaral
José Saramago
M. Lourdes Pintasilgo
António Almeida Santos
Rui Vilar Rui Alarcão
Manuel Alegre
Mário Ruivo
Maria Barroso Soares
Vasco Vieira de Almeida
António Sousa Franco
Guilherme d' Oliveira Martins
Júlio Pomar
Maria João Pires
Manuel Carvalho da Silva
José Gomes Canotilho
José Mariano Gago
Nuno Grande
Boaventura Sousa Santos
António Dias da Cunha
Maria de Sousa
Helena Roseta
Luís Moita
António Mega Ferreira
Alfredo Caldeira
Cónego Arnaldo Pinho


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