A «polémica» Distribuição...
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Vale a pena
vir ao caldeirão só para ler o que escreves.
Parabéns
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Excelente
Excelente Marco
Um abraço
Fernando dos Aidos

Um abraço
Fernando dos Aidos
Re: A «polémica» Distribuição...
MarcoAntonio Escreveu:O <i>Smart Money</i> não pode seguir a tendência, como faz (ou pode fazer) o pequeno investidor, tem de se antecipar, vendendo quando <i>Dumb Money</i> ainda está a comprar e comprando quando este ainda está a vender... Nem sempre acertam, mas fazem-no a maioria das vezes.
Para mim, esta frase é lapidar!
Parabens pelo artigo!
um abraço MarcoAntonio
Para complementar o texto deixo um gráfico actualizado da PTM que apresenta alguns sinais crescentes de distribuição. Repare-se como cada consolidação tem sido acompanhada cada vez de maior volume, podendo esta última muito dificilmente ser classificada como consolidação.
Pode ainda observar-se como o OBV se manteve estável nos anteriores períodos de consolidação, mercê dos baixos volumes desses períodos. No entanto, destaca-se claramente a correcção abrupta após os últimos máximos. Se ocorrer uma quebra em baixa desta consolidação, estaremos perante uma combinação explusiva do ponto de vista técnico.
Já agora, vale a pena referir que, apesar de extremamente sobrecomprada, a PTM lá foi subindo, no que muito terá ajudado as diversas fases de consolidação quase homogeneamente distribuidas, aliás um pouco como sucedeu com a casa mãe, a PTC, embora nessa o movimento tenha sido mais moderado e menos especulativo.
Pode ainda observar-se como o OBV se manteve estável nos anteriores períodos de consolidação, mercê dos baixos volumes desses períodos. No entanto, destaca-se claramente a correcção abrupta após os últimos máximos. Se ocorrer uma quebra em baixa desta consolidação, estaremos perante uma combinação explusiva do ponto de vista técnico.
Já agora, vale a pena referir que, apesar de extremamente sobrecomprada, a PTM lá foi subindo, no que muito terá ajudado as diversas fases de consolidação quase homogeneamente distribuidas, aliás um pouco como sucedeu com a casa mãe, a PTC, embora nessa o movimento tenha sido mais moderado e menos especulativo.
- Anexos
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- ptm-20030123a.gif (18.32 KiB) Visualizado 1043 vezes
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
A «polémica» Distribuição...
<b>A «polémica» Distribuição...</b>
Com vista a ajudar a esclarecer as dúvidas em torno deste tema, que aliás refira-se de passagem não reúne consenso embora a descrição que aqui faço baseia-se na definição comummente aceite, deixarei algumas impressões sobre o tema bem como alguns links de outras trocas de impressões anteriores aqui no Caldeirão.
A Distribuição consiste na venda de posições por parte de grandes investidores (instituicionais em particular) que não podem libertar-se das suas posições da mesma forma que o pequeno investidor, dado que ao contrário do pequeno investidor isolado, a sua acção afecta seriamente o comportamento do título. Por exemplo, um pequeno investidor que detenha algumas dezenas de milhares (ou até mesmo centenas de milhares) de acções da Portugal Telecom pode desfazer-se das suas posições numa única transacção pois esse movimento é facilmente absorvido pelo mercado. Quanto muito poderá fazer a cotação cair alguns ticks mas passados alguns segundos ou minutos já o mercado esqueceu esse vendedor e qualquer efeito que este poderia ter sobre o título já se esvaneceu. O pequeno investidor só influencia o título quando age «em massa», isto é, quando estamos perante um movimento «concertado» de muitos pequenos investidores que por um mesmo motivo ou motivos semelhantes se encontram a tomar a mesma posição.
No entanto, se se trata de um grande investidor, um institucional por exemplo, que detém vários milhões de acções que pretende vender, só tem duas alternativas: ou efectua uma passagem depois de encontrar um interessado para tomar a contra-parte no negócio ou... Distribui. A Distribuição consiste em espaçar as vendas e, em português corrente, «disfarçar» essas vendas, recorrendo por exemplo a compras ocasionais para segurar a cotação. Ao investidor que está a distribuir não lhe interessa que a cotação caia a pique, o que tenderia a acontecer se não agir cuidadosamente e se não disfarçar os seus movimentos. Não pode vender de uma só vez porque o mercado não consegue absorver de uma só vez a sua posição sem que isso afecte seriamente a cotação e também não pode vender de uma forma muito evidente porque então o mercado apercebe-se dessa situação e a cotação cai igualmente a pique. A este propósito lembro por exemplo uma situação relativamente recente em que o mercado sabia que um grande investidor inglês se encontrava a desfazer-se da sua posição na Telecel. Ao longo de várias semanas a cotação caiu de forma desastrosa. Sinceramente não me recordo se no início existiu distribuição, tería que ir investigar para verificar, o que pretende ilustrar com esta situação é que o mercado não pode saber que um ou mais grandes investidores se encontram a desfazer-se das posições. Pelo contrário, o «distribuidor» terá de aproveitar enquanto ainda existe interesse comprador de pequenos investidores para ir «entregando» ou quando esse interesse não existe ele terá que criar a ilusão que ainda existe esse interesse, com compras ocasionais.
O que normalmente acontece durante uma fase de distribuição é uma queda relativamente ligeira, não muito acentuada, mas acompanhada de grande volume, o que permite distingui-la de uma fase de consolidação (que ocorre em regra com baixo volume) já que ambas surgem por norma após um forte movimento altista. Enquanto a consolidação serve para aliviar o título de situações de sobrecompra e permite uma subida sustentada e é um padrão <i>bullish</i> pois normalmente seguem-se-lhe novas subidas, a distribuição é um padrão <i>bearish</i> que antecede inversões de tendência ou quedas fortes. Note-se que as distribuições são levadas a cabo por grandes investidores, melhor informados, as suas ferramentas são diferentes da do pequeno investidor e logo a sua forma de actuar é igualmente diferente. O <i>Smart Money</i> não pode seguir a tendência, como faz (ou pode fazer) o pequeno investidor, tem de se antecipar, vendendo quando <i>Dumb Money</i> ainda está a comprar e comprando quando este ainda está a vender... Nem sempre acertam, mas fazem-no a maioria das vezes. Estão melhor informados e têm maior poder para influenciar o mercado mesmo quando agem isoladamente.
Em termos técnicos, a distribuição pode ser detectada por observação directa do comportamento preço/volume ou com a ajuda de indicadores como o OBV ou o CMF. Em minha opinião, os indicadores servem mais como sinal de confirmação e com um aspecto mais de quantificação. O investidor, seguindo a sessão com alguma atenção ou por observação dos gráficos ao final do dia pode detectar os sinais de distribuição mais rapidamente que o indicador (o OBV necessita normalmente de pelo menos uns 3 dias para que os sinais de distribuição sejam visíveis, através de uma quebra acentuada no indicador ou de uma divergência negativa face ao comportamento do preço).
O post começa a ficar um pouco longo pelo que uma descrição da acumulação talvez fique para outra altura. No entanto não será difícil de imaginar o que se passa numa fase de acumulação após esta descrição, creio. De qq das formas, adianto que existe uma clara distinção entre as duas, até porque se tratam de operações inversas, com objectivos inversos. Qualquer uma delas está associado a fortes volumes, mas as acumulações tendem a surgir após grandes quedas, junto a um suporte, por exemplo.
Refiro apenas que a distribuição (acumulação) pode iniciar-se ainda na fase de subida (descida), mas por norma as fortes vendas acabam por estancar rapidamente a subida entrando-se numa fase de lateralização ou queda ligeira...
Talvez a descrição seja demasiado longa para um fenómeno relativamente simples e fácil de entender. Mas como surgiram muitos posts em torno deste tema tentei apresentar uma descrição relativamente pormenorizada. Deixo ainda um link para uma troca de impressões com o Fernando dos Aidos sobre este tema, há alguns dias atrás e se alguém tiver algo a acrescentar (ou discordar) esteja à vontade para acrescentar dados à discussão...
http://caldeiraodebolsa.sonet.pt/forum/ ... highlight=
PS: Como o tema é algo genérico e do interesse geral, suponho, colocarei o mesmo post em separado.
Com vista a ajudar a esclarecer as dúvidas em torno deste tema, que aliás refira-se de passagem não reúne consenso embora a descrição que aqui faço baseia-se na definição comummente aceite, deixarei algumas impressões sobre o tema bem como alguns links de outras trocas de impressões anteriores aqui no Caldeirão.
A Distribuição consiste na venda de posições por parte de grandes investidores (instituicionais em particular) que não podem libertar-se das suas posições da mesma forma que o pequeno investidor, dado que ao contrário do pequeno investidor isolado, a sua acção afecta seriamente o comportamento do título. Por exemplo, um pequeno investidor que detenha algumas dezenas de milhares (ou até mesmo centenas de milhares) de acções da Portugal Telecom pode desfazer-se das suas posições numa única transacção pois esse movimento é facilmente absorvido pelo mercado. Quanto muito poderá fazer a cotação cair alguns ticks mas passados alguns segundos ou minutos já o mercado esqueceu esse vendedor e qualquer efeito que este poderia ter sobre o título já se esvaneceu. O pequeno investidor só influencia o título quando age «em massa», isto é, quando estamos perante um movimento «concertado» de muitos pequenos investidores que por um mesmo motivo ou motivos semelhantes se encontram a tomar a mesma posição.
No entanto, se se trata de um grande investidor, um institucional por exemplo, que detém vários milhões de acções que pretende vender, só tem duas alternativas: ou efectua uma passagem depois de encontrar um interessado para tomar a contra-parte no negócio ou... Distribui. A Distribuição consiste em espaçar as vendas e, em português corrente, «disfarçar» essas vendas, recorrendo por exemplo a compras ocasionais para segurar a cotação. Ao investidor que está a distribuir não lhe interessa que a cotação caia a pique, o que tenderia a acontecer se não agir cuidadosamente e se não disfarçar os seus movimentos. Não pode vender de uma só vez porque o mercado não consegue absorver de uma só vez a sua posição sem que isso afecte seriamente a cotação e também não pode vender de uma forma muito evidente porque então o mercado apercebe-se dessa situação e a cotação cai igualmente a pique. A este propósito lembro por exemplo uma situação relativamente recente em que o mercado sabia que um grande investidor inglês se encontrava a desfazer-se da sua posição na Telecel. Ao longo de várias semanas a cotação caiu de forma desastrosa. Sinceramente não me recordo se no início existiu distribuição, tería que ir investigar para verificar, o que pretende ilustrar com esta situação é que o mercado não pode saber que um ou mais grandes investidores se encontram a desfazer-se das posições. Pelo contrário, o «distribuidor» terá de aproveitar enquanto ainda existe interesse comprador de pequenos investidores para ir «entregando» ou quando esse interesse não existe ele terá que criar a ilusão que ainda existe esse interesse, com compras ocasionais.
O que normalmente acontece durante uma fase de distribuição é uma queda relativamente ligeira, não muito acentuada, mas acompanhada de grande volume, o que permite distingui-la de uma fase de consolidação (que ocorre em regra com baixo volume) já que ambas surgem por norma após um forte movimento altista. Enquanto a consolidação serve para aliviar o título de situações de sobrecompra e permite uma subida sustentada e é um padrão <i>bullish</i> pois normalmente seguem-se-lhe novas subidas, a distribuição é um padrão <i>bearish</i> que antecede inversões de tendência ou quedas fortes. Note-se que as distribuições são levadas a cabo por grandes investidores, melhor informados, as suas ferramentas são diferentes da do pequeno investidor e logo a sua forma de actuar é igualmente diferente. O <i>Smart Money</i> não pode seguir a tendência, como faz (ou pode fazer) o pequeno investidor, tem de se antecipar, vendendo quando <i>Dumb Money</i> ainda está a comprar e comprando quando este ainda está a vender... Nem sempre acertam, mas fazem-no a maioria das vezes. Estão melhor informados e têm maior poder para influenciar o mercado mesmo quando agem isoladamente.
Em termos técnicos, a distribuição pode ser detectada por observação directa do comportamento preço/volume ou com a ajuda de indicadores como o OBV ou o CMF. Em minha opinião, os indicadores servem mais como sinal de confirmação e com um aspecto mais de quantificação. O investidor, seguindo a sessão com alguma atenção ou por observação dos gráficos ao final do dia pode detectar os sinais de distribuição mais rapidamente que o indicador (o OBV necessita normalmente de pelo menos uns 3 dias para que os sinais de distribuição sejam visíveis, através de uma quebra acentuada no indicador ou de uma divergência negativa face ao comportamento do preço).
O post começa a ficar um pouco longo pelo que uma descrição da acumulação talvez fique para outra altura. No entanto não será difícil de imaginar o que se passa numa fase de acumulação após esta descrição, creio. De qq das formas, adianto que existe uma clara distinção entre as duas, até porque se tratam de operações inversas, com objectivos inversos. Qualquer uma delas está associado a fortes volumes, mas as acumulações tendem a surgir após grandes quedas, junto a um suporte, por exemplo.
Refiro apenas que a distribuição (acumulação) pode iniciar-se ainda na fase de subida (descida), mas por norma as fortes vendas acabam por estancar rapidamente a subida entrando-se numa fase de lateralização ou queda ligeira...
Talvez a descrição seja demasiado longa para um fenómeno relativamente simples e fácil de entender. Mas como surgiram muitos posts em torno deste tema tentei apresentar uma descrição relativamente pormenorizada. Deixo ainda um link para uma troca de impressões com o Fernando dos Aidos sobre este tema, há alguns dias atrás e se alguém tiver algo a acrescentar (ou discordar) esteja à vontade para acrescentar dados à discussão...
http://caldeiraodebolsa.sonet.pt/forum/ ... highlight=
PS: Como o tema é algo genérico e do interesse geral, suponho, colocarei o mesmo post em separado.
FLOP - Fundamental Laws Of Profit
1. Mais vale perder um ganho que ganhar uma perda, a menos que se cumpra a Segunda Lei.
2. A expectativa de ganho deve superar a expectativa de perda, onde a expectativa mede a
__.amplitude média do ganho/perda contra a respectiva probabilidade.
3. A Primeira Lei não é mesmo necessária mas com Três Leis isto fica definitivamente mais giro.
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