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BCP diz lucros 2002 caem 17,3%; provisiona 200 milhões (act4

MensagemEnviado: 21/1/2003 20:39
por TRSM
BCP diz lucros 2002 caem 17,3%; provisiona 200 milhões (act4)

O Banco Comercial Português (BCP) anunciou que os lucros de 2002 recuaram 17,3% para os 472,2 milhões de euros em 2002, uma valor abaixo do esperado, tendo igualmente efectuado uma provisão de 200 milhões de euros para fazer face a riscos gerais bancários.
Antes da referida provisão, os lucros atingiram os 472,2 milhões de euros, valor que compara com a estimativa média dos sete analistas contactados pelo Negocios.pt de 494,1 milhões de euros.

O maior banco privado nacional afirmou que a provisão, embora não sendo obrigatória, contribuirá para reforçar a capacidade da instituição para preservar o seu capital na actual conjuntura económica nacional e face ao espectro de uma eventual guerra contra o Iraque.

«Esta decisão tem em consideração a incerteza que subsiste nos mercados de capitais, bem como a evolução da actividade económica nacional projectada para 2003, que justifica medidas de prudência adicional, nomeadamente em matéria de provisões para riscos bancários gerais», justificou em comunicado o presidente do banco, Jorge Jardim Gonçalves.

Após o efeito da provisão, os resultados líquidos atingiram os 272,2 milhões de euros, o que traduz uma quebra líquida de 51,5%, expressa numa quebra da cotação, ao longo do ano, de 49,33% do seu valor. Em 2001, os lucros líquidos do banco alcançaram os 571,67 milhões de euros.

A administração do BCP irá propor um pagamento de um dividendo bruto por acção de 0,10 euros, abaixo dos 0,15 euros pagos no ano passado.

Rácios de rentabilidade caem
A margem financeira, que mede a diferença entre os juros cobrados e os juros pagos, recuou 2,9% para os 1,33 mil milhões de euros, perto dos 1,34 mil milhões de euros esperados pelos analistas.



A rentabilidade dos capitais próprios, ou «return-on equity» (ROE) desceu 2,4 pontos percentuais para os 23,8%, enquanto a rentabilidade dos activos, ou «return-on-assets» (ROA) desceu 0,1 ponto percentual para os 0,8%. Estes valores não incluem a provisão extraordinária.

As dotações para provisões de crédito totalizaram 316 milhões de euros, menos que os 211 milhões de euros registados em 2001, devido ao prosseguimento de uma política de provisionamento «muito prudente» , refere o banco.

Durante o ano passado, o BCP reforçou a sua posição no banco grego Novabank e garantiu uma posição maioritária no Banco Internacional de Moçambique, após a fusão deste com o Banco Comercial de Moçambique, pelo que os números de 2001 estão elaborados em base «pro-forma», através da sua consolidação integral, para uma melhor comparação dos indicadores.

Nesta base, as comissões líquidas cresceram 1,4% para os 499,2 milhões de euros, enquanto os resultados de operações financeiras desceram 42,1% para os 96,8 milhões de euros.

A rubrica de outros proveitos de exploração, expurgados de operações não recorrentes, ascendeu aos 313,4 milhões de euros, mais 11,7% que em 2001.

Custos sobem
O rácio de «cost-to-income», que mede os custos de transformação sobre os proveitos totais, subiu dos 57,3% em base «pro-forma» para os 62,6%, devido parcialmente a um aumento dos custos com o pessoal da ordem dos 5,9% para os 784,5 milhões de euros.

Nas rubricas de outros custos, os gastos administrativos aumentaram 1% para os 529,3 milhões de euros, as amortizações cresceram 12,7% para os 174 milhões de euros, atirando os custos de transformação para uma subida de 4,8% para os 1,48 mil milhões de euros.

Crédito concedido aumenta; activo líquido recua
O crédito sobre os clientes cresceu 5,9% para os 45,45 mil milhões de euros, montante que corresponde a cerca de 36% da riqueza produzida em Portugal num ano.

Este crescimento foi possível graças à titularização de créditos ao consumo no montante de 467 milhões de euros. Descontando este efeito, o crescimento dos créditos teria sido de 7%, segundo um comunicado do banco.

O crédito à habitação aumentou em 19,5%, enquanto o crédito às empresas cresceu 0,8%. Os recursos totais de clientes desceram 3,2% para os 49,01 mil milhões de euros.

O activo líquido total do BCP ascendeu aos 61,85 mil milhões de euros, o que traduz uma quebra de 1,8%.

Qualidade da carteira de crédito melhora; rácio solvabilidade nos 9,8%
A qualidade da carteira de crédito melhorou, tendo o crédito vencido representado 1,5% do total, valor que compara com os 1,7% de 2001.

A cobertura de crédito vencido por provisões situou-se nos 142,2%, quando em 2001, fixava-se nos 146,3% em 2001.

O rácio de solvabilidade situou-se nos 9,8%, segundo os dados do Banco de Portugal, e nos 10,8%, de acordo com as regras do Bank for International Settlements (BIS).



Rácio Tier 1 sobe 0,1 p.p. para 6,6%
No final de Setembro, o banco anunciou a emissão de 700 milhões de euros em valores mobiliários convertíveis em acções por forma a consolidar o rácio de risco de capital (Tier 1), que se deteriorou devido às perdas na actividade seguradora.

Para o efeito, o BCP realinhou a sua estratégia para os seguros, tendo retirado da seguradora pan-europeia a Seguros & Pensões, numa operação que custou 150 milhões de euros.

O rácio de Tier 1 subiu apenas um ponto percentual (p.p.) para os 6,6%, com o banco a manter a sua meta de elevar este indicador para os 7% no médio prazo, ou 0,5 pontos percentuais por ano.

As acções do BCP fecharam a perder 5,83% para os 2,10 euros.

Por Ricardo Domingos

2003/01/21 18:58:00

Re: BCP admite aumento de capital; prossegue alienações de a

MensagemEnviado: 21/1/2003 20:02
por Flying Turtle
TRSM, citando as suas fontes geralmente bem informadas, Escreveu:[...]«Não deslumbramos aumento de capital [...)», referiu Jardim Gonçalves


Que o engenheiro não está deslumbrado com a eventual necessidade de recorrer a um aumento de capital para repor rácios é coisa que não espanta ninguém :roll: , agora que não o vislumbre isso já é outra coisa... :twisted:

:lol: :lol: :lol:

Um abraço
FT

SSSB espera deterioração operacional nos resultados da banca

MensagemEnviado: 21/1/2003 19:54
por TRSM
SSSB espera deterioração operacional nos resultados da banca portuguesa

21-1-2003 18:11



O Schroder Salomon Smith Barney (SSSB) estima que os resultados da banca portuguesa reflictam uma deterioração operacional, no quarto trimestre de 2002.
Os analistas reduziram as estimativas para o Banco Comercial Português, baixando a recomendação, de 2H (in line, risco elevado), para 3H (underperform, elevado risco).

O SSSB afirma que o Banco Espírito Santo continua a ser um dos mais caros bancos a nível europeu.

Quanto ao Banco Português de Investimento, os analistas do SSSB revêem em alta as estimativas e aumentam o preço-alvo de 2,20 para 2,40 euros

BCP distribui dividendo de 0,1 euros por acção

MensagemEnviado: 21/1/2003 19:49
por TRSM
BCP distribui dividendo de 0,1 euros por acção


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BCP distribui dividendo de 0,1 euros por acção

O Banco Comercial Português anunciou hoje que vai propor à assembleia geral a distribuição de um dividendo de 0,10 euros por acção, referente ao exercício de 2002, num total de 232,7 milhões de euros, que equivalem a cerca de metade dos lucros do banco.
O Banco Comercial Português anunciou hoje que os lucros de 2002 totalizaram 472,2 milhões de euros, tendo decidido distribuir 49,3% deste montante aos accionistas em forma de dividendos, tal como se tinha comprometido.

A este dividendo, que terá de ser aprovado em AG, corresponde um «dividend yield» de 4,4% e compara com os 0,15 euros anunciados o ano passado.

O Banco Comercial Português caiu 5,83% para os 2,10 euros.

2003/01/21 16:45:00
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BCP admite aumento de capital; prossegue alienações de activ

MensagemEnviado: 21/1/2003 19:46
por TRSM
BCP admite aumento de capital; prossegue alienações de activos não estratégicos

O Banco Comercial Português admite a realização de um aumento de capital, prosseguindo as alienações de activos não estratégicos e a venda da Seguros e Pensões, explicou Jardim Gonçalves, presidente do BCP, em conferencia de imprensa.
«Não deslumbramos aumento de capital, mas se for necessário faremos», referiu Jardim Gonçalves em conferência de imprensa, depois de anunciar que os lucros de 2002 desceram 17,3% para 472,7 milhões de euros. Contando com uma provisão de 200 milhões de euros os lucros desceram 51,5%.

O ano de 2002 foi marcado pela realização de operações para dotar o banco de capitais próprios através de uma emissão valores mobiliários convertíveis de 700 milhões de euros, que tiveram impacto nos rácios de solvabilidade de 1,4%.

O administrador do BCP [BCP] António Rodrigues referiu que a primeira opção do banco para alavancar os fundos próprios do banco será a prossecução «da venda de activos não estratégicos, no momento em que for mais oportuno».

A geração de resultados dessas operações não está determinado facto que levará o banco a realizar uma análise para a eventualidade de necessidade da realização de um aumento de capital, disse o mesmo responsável ao Negocios.pt.

Além dos activos não estratégicos o banco procura um comprador para parte ou totalidade da Seguros e Pensões, que deverá ocorrer em 2003.

«Há muita maneira de gerar fundos próprios», adiantou Jardim Gonçalves em conferência de imprensa. O banco fará «uma operação (aumento de capital) se for necessário», sublinhou o presidente do BCP, depois dos analistas terem avançado que o banco precisa de reforçar os fundos próprios.

BCP prevê aumentar Tier 1 em 0,5 pontos percentuais por ano

O BCP detinha no final de 2002 um rácio de solvabilidade Tier 1 de 6,6%, depois do provisionamento da ONI e do Fundo de Pensões.

O banco prevê um aumento, por ano, de 0,5 pontos percentuais neste rácio, que dependerá do comportamento dos resultados do banco. Segundo explicou António Rodrigues, este valor implica que o banco obtenha lucros na ordem dos 500 milhões de euros e distribua em dividendos 50% desse valor.

O BCP fechou a descer 5,83% para os 2,1 euros.

2003/01/21 18:16:00

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