O que é que o Jogo?

Enviado:
24/6/2005 23:49
por Thomas Hobbes
Tem a ver com a reabilitação de uma zona espectacular como troia?
Podiam fazer resorts para familias como fazem em espanha bem junto a praia....
Mas não apostam em coisas de super luxo e em casinos
mentalidade bruxessa...

Enviado:
24/6/2005 23:28
por luiz22
Governo e Sonae relançam investimento turístico em Tróia
O ministro da Economia e da Inovação, Manuel Pinho, e o presidente da Sonae, Belmiro de Azevedo, assinam na próxima segunda-feira a revisão do contrato de investimento e da concessão da exploração da zona de jogo de Tróia, que permitirá relançar o projecto de investimento turístico para a península de Tróia.
A Sonae compromete-se a construir uma nova unidade de alojamento, uma marina, um parque de recreio aquático, um centro desportivo e um centro equestre.
Com a transferência da concessão da zona de jogo de Tróia para a Amorim Entertnaiment e Gaming International, esta sociedade ficará responsável pela construção e exploração do Casino, de um centro de congressos e pela recuperação de um hotel para classificação de cinco estrelas.
Com o plano definitivo de investimento (PDI) prevê-se um aumento de 8% no emprego no conjunto dos concelhos de Grândola, Álcacer do sal e Setúbal. O valor acrescentado bruto (VAB) está estimado em 37,4 milhões de euros, sendo que o VAB induzido será de 67,3 milhões de euros.
24-06-2005 18:40:54
Pois vai xanax

Enviado:
23/6/2005 19:13
por mcarvalho
A não ser que haja outros heróis que nascem ricos e meninos do papá.. têm dinheiro para serem revolucionários.. espezinham tudo e todos e fazem pouco do homem das botas de Santa Comba Dão por ser pobre, humilde e honesto e , sobretudo por não terem a sua inteligencia nem a sua capacidade de trabalho nem de saber perdoar... porque, se fosse ao contrário esse palermas não perdoariam como não perdoaram aos seus mais fieis seguidores ou criados ,nao sei.... Sugiro a alguns, se me for permitido , que estudem um pouco a história e , se ainda tiverem alguma capacidade de pensar, se é que sabem o que isso é, que o faça para que , um dia mais tarde não se envergonhem deles mesmos se é que ainda exite vergonha ou se sabem o que isso é.
mcarvalho

Enviado:
22/6/2005 11:12
por Rainmaker
acho que só há uma zona no país com potencial turistico superior a Troia. Costa da Caparica é uma zonal claramente mal aproveitada pelo edil almadense. Investimento em feito podia tranformar a costa na Varadero ou Florida portuguesa. Mas não, prefeirmos andar em caminhos de terra e a almoçar em barracas na praia, em vez de termos hoteis resort ***** É a pequenez do tuga
Pois eu acredito que é desta e que .....

Enviado:
22/6/2005 10:36
por Xanax
o Belmirinho em 3 anos vai fazer de Troia o 3º destino turístico Nacional , a seguir ao Algarve e à Madeira.
São projectos estruturantes como este (Sea , Sun and Sand) que quando bem delienados e ambientalmente pensados e claro apoiados estratégicamente em convite dos principais players turisticos internacionais, que poderão dar a Portugal algum rumo e esperança. Podem escrever, Troia entre 2009 e 2025 vai ser um dos destinos turisticos balneares/oceanicos mais falado da Europa. Seja bem vindo srº Engº, começo a acreditar convictamente no projecto/conceito de Troia e na revitalização da 4ª Baia mais bela do mundo. Viva Trrrróóóía.

Enviado:
22/6/2005 9:07
por Kooc
as famosas nacinalizações, e os heróis delas, desaparecidos na semana passada, quase com honras de estado, e com um branqueamento do passado, que devia envergonhar os historiadores. é como esse artigo, a culpa não é de nimguém...
enfim
Os últimos dias da Torralta

Enviado:
21/6/2005 23:01
por mcarvalho
Os últimos dias da Torralta
Celso Filipe
Da euforia que marcou a sua construção, passando pelo afundamento em 1974, o projecto aguarda o avanço das obras.
Os adjectivos servem para classificar, e um primeiro olhar contemplativo sobre o complexo turístico de Tróia traz alguns pensamentos, mas todos de sentido único: desolador, triste, nostálgico ou decadente, podem encaixar nesta fotografia sem trair a realidade.
Tróia, ou melhor, a Torralta, é um empreendimento que já transmitiu vários estados de espírito. Da euforia que marcou o início da sua construção (em 1972), passando pelo afundamento empresarial após o 25 de Abril de 74 e a venda à Socifa em 1989, e uma inesperada caminhada para o abismo, até à salvação, em 1998, quando a Sonae comprou os créditos detidos pelo Estado sobre a empresa.
A aquisição da Torralta pelo grupo de Belmiro de Azevedo acendeu uma luz de esperança, mas sete anos passados pouco mudou. O senhor André, motorista único da praça de táxis de Tróia há 12 anos, sintetiza este balanço emocional: “Já ouvi tanta coisa que só quando vir as obras é que acredito. Mas é uma tristeza, uma pena ver tudo assim”.
Este taxista ainda nos vai fazer uma visita guiada por Tróia, mas antes é preciso explicar como lá se chega. Tome-se como ponto de referência Setúbal e, a partir daí, nada mais fácil. O carro ruma à doca das Fontainhas, onde se compra o bilhete para o ‘ferry’ e eis que se está a atravessar o estuário do Sado a bordo do Mira Praia, em 25 minutos de viagem com a cidade pelas costas até atingir a Ponta do Adoxe.
Durante o percurso foram estas as notas tiradas como eventuais tópicos para colorir a reportagem. Os homens de etnia cigana que vendem relógios, óculos e outros artefactos nas Fontainhas, a meia dúzia de estrangeiros que viajam no barco e que, possivelmente, são jogadores de golfe, ou o marinheiro do Mira Praia, bigode branco e farfalhudo, que almoça na mesa comprida do refeitório, tendo por única companhia uma garrafa de litro de vinho tinto.
Chega-se então ao destino e à conversa com o senhor André, estacionado junto à paragem de autocarros, com quem se combina um passeio pela Torralta. “Tudo está negativo” alerta o nosso recém-nomeado guia turístico, referindo-se ao complexo turístico em particular, e ao País em geral.
O seu comentário, aplicado a Tróia, é justo. À excepção da torre Magnóliamar e dos apartamentos, propriedade de privados, tudo o resto está ao abandono e a construção das infra-estruturas nunca chegou a ser terminada. O complexo das piscinas olímpicas agoniza em estado vegetativo, duas torres aguardam pela sentença de implosão e uma terceira espera pacientemente que, ao fim de 20 e muitos anos, seja um dia utilizada para o propósito de turismo que originou a sua construção. Uma outra zona de piscinas, conhecida como o Bico das Lulas, compete com a primeira em matéria de deterioração, os campos desportivos têm a relva aparada mas estão desertos, o velho edifício que albergará o futuro casino está vedado, e o estaleiro destinado a fazer a serventia das obras. Como estas não existem, é um mamarracho inútil.
Mais adiante, o campo de golfe funciona, e do outro lado da estrada (à esquerda de quem se dirige para Sul), está a única estrutura construída recentemente em Tróia. Trata-se, por estranho que pareça, de um morcegário. Sim, uma nova casa destinada a receber os morcegos rabudos que vivem numa das torres condenada à implosão, mas que até agora desdenham a nova casa e se recusam a mudar.
Em locais pouco frequentados não é de estranhar que a presença de dois jornalistas chame a atenção da segurança do complexo, que acaba por nos acompanhar à distância, mas pouco discretamente, durante o resto da visita. O taxista ainda se recorda dos concursos de miss Portugal nos anos 90, e os seus olhos brilham quando fala do apresentador Jorge Gabriel, sempre divertido, camarada e bem disposto.
Memórias difíceis
Quem tem outras memórias é António Eduardo. Trabalhador da Torralta desde 1972, lembra os “momentos muito difíceis” passados em 1997 durante a “maratona de julgamentos no Tribunal de Grândola e quando havia o perigo da empresa fechar”. “Foi angustiante” desabafa, enquanto afaga o queixo, talvez a pensar no turbilhão de sentimentos que o terão assaltado na altura, para de seguida atribuir o mérito da salvação da Torralta ao administrador judicial, João Carvalho das Neves. “Foi uma pessoa extraordinária. Talvez tenha sido devido a ele que a empresa não faliu”.
Rebobinando o filme da Torralta, criada pelos irmãos Agostinho e José da Silva, António Eduardo diz que, visto à distância, “talvez eles tenham sido ligeiramente megalómanos” nos projectos para o empreendimento.
Agora, um outro futuro está à porta e Tróia deverá renascer, na plenitude, para o turismo, em 2008. Um acontecimento a que António Eduardo já não deverá assistir como trabalhador. “Deve estar a chegar a hora de me reformar, mas como moro em Setúbal hei-de cá vir fazer as minhas visitas. Passei aqui bons momentos, principalmente nos primeiros anos”.
Um aperto de mão confiante, as habituais palavras de despedida e é tempo de regressar. Mas como o ‘ferry’ se faz esperar registam-se mais impressões no bloco de apontamentos, para defender a memória de eventuais esquecimentos.
Feita a consulta das mesmas, a reportagem poderia terminar de uma de três formas. Pelo único casal que está na praia, a usufruir do sol do fim da tarde. Um bonito postal de férias. Pelo homem dos gelados, envergando a antiga camisola da Olá, de riscas vermelhas e brancas com a marca estampada nas costas numa oval azul, a apregoar olha o gelado, fresquinho!... Uma imagem que desperta sempre memórias. Ou então, pelos pescadores que tentam a sorte no pontão, apesar do letreiro avisar que é “proibido pescar”. Uma situação que permite explorar a teoria do contraditório. Mas não. O melhor é mesmo acabar a história por aqui.
Uma triste decisão
A vida de Agostinho da Silva confunde-se com a da Torralta - Club Internacional de Férias, por ele criada em 1962, e com a de Tróia, onde desenvolveu um projecto turístico, revolucionário para a época, com infra-estruturas como um clube hípico, uma marina e um centro de estudos oceanográficos. Hoje, o empresário tem 81 anos e continua ligado ao sector. O seu investimento mais recente é na Praia Verde, um empreendimento localizado entre Vila Real de Santo António e Monte Gordo (Algarve), mas Tróia continua a ser a sua “jóia da coroa”, em termos afectivos.
O empresário não fala com a imprensa e são os mais próximos que se encarregam de contar a história de um homem que “chegou a ser dono de meio Algarve” e desenvolveu turisticamente Tróia, como conta um seu colaborador de longa data. Agostinho da Silva nasceu na aldeia de S. Lourenço, próximo da Ericeira, e rumou a Lisboa na década de 30 para se empregar na Casa Fidalgo, ao Conde Redondo. Ganhou dinheiro na intermediação imobiliária e fez um grande negócio ao vender uma área de 1700 hectares na península de Tróia a Walter Moreira Salles, banqueiro e ex-ministro da Fazenda brasileiro. A transacção ocorreu em 1962 e, oito anos depois, Agostinho da Silva adquiriu uma parcela de terreno – 500 hectares – onde implantou o Complexo Turístico de Tróia. Na que foi a primeira experiência de “capitalismo popular”, a Torralta captou 27 mil accionistas, atraídos pela promessa de um juro de 10% (mais 3% do que os bancos ofereciam) e desenvolveu o conceito, na altura pioneiro, do direito real de habitação periódica. Os folhetos distribuídos classificavam a Torralta como o “investimento chave” e explicavam os méritos do mesmo : “com uma colocação de capital segura, uma valorização garantida, obterá um investimento numa indústria em plena expansão: o turismo”. O recurso à publicidade foi outra forma de captar os accionistas. Ficaram célebres frases publicitárias como “o meu tio, que é um homem sério, tem um cão chamado Fiel e comprou acções da Torralta”, e “um lugar para si, uma sociedade para todos”.
Agostinho da Silva não descurou nenhum pormenor para Tróia. Contratou Conceição e Silva, o arquitecto que então era uma referência (e em cujo ‘atelier’ trabalhava Tomás Taveira), para conceber o empreendimento e defendia conceitos que hoje muitos apregoam como novidade. Eis um exemplo: “As propriedades agro-pecuárias, além da missão de abastecer de produtos essenciais na indústria turística e da sua correcta integração no desenvolvimento económico regional e nacional, permitem diversificar a oferta turística mediante condições adequadas à caça e à pesca turísticas, aos desportos náuticos e outras modalidades de turismo rural”. O sonho desmoronou-se com o 25 de Abril de 74 e o empresário sucumbiu financeiramente, tendo vendido a Torralta em 1989 à Socifa, liderada por um grupo de empresários em que pontificavam Fausto de Almeida e Albino Moutinho. “Uma decisão triste de que ainda hoje não se esqueceu”, como sintetiza o mesmo colaborador.
Comentários
isabel sarmento
Li o vosso artigo sobre a Torralta em Tróia e fico surpreendida e triste por não dizerem as verdadeiras razões da falência da Torralta - a nacionalização e a autogestão foram as verdadeiras causas do que aconteceu à Torralta. É que pelo vosso artigo o que quem não sabe pode perceber é que foi uma má gestão ou o desinteresse que provocaram a falência desta empresa. Há que lembrar que nem tudo foram rosas no 25 de Abril de 74 e temos de chamar as coisas pelo nome certo!
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